quinta-feira, 31 de julho de 2014

PROBLEMAS PARA REFLEXÃO



PROBLEMAS PARA REFLEXÃO

·        PRESÍDIOS – Holanda cobra diária de presos – “O governo holandês decidiu adotar a mesma política da Dinamarca e Alemanha e impor a seus presidiários o pagamento de 16 euros/dia por ficarem atrás das grades. O projeto de lei deriva dos acordos pactuados pela atual coalizão do poder, formada por liberais de direita e social democratas, e busca duas coisas: obrigar o criminoso a assumir o custo de seus atos e poupar concretamente, 65 milhões de euros (205 milhões de reais) em despesas judiciais e policiais. Na Holanda existem 29 presídios, sendo que deste total oito foram fechados por falta de presos. O governo holandês diz que o detento é parte integrante da sociedade e, se comete um delito, tem obrigação de contribuir com os gastos inerentes”.
Aqui no Brasil, é o contrário, constroem-se mais presídios, pois, os atuais não comportam o excesso de presidiários. E o custo para a manutenção dessa grande quantidade de presos. Temos casos que o cidadão comete um delito só para ser preso, pois  está desempregado e não tem onde comer e dormir e a prisão é o melhor lugar para ele – isto é um absurdo e não se fala em mudar esse estado de coisas. 

·        ECONOMIA – Cenário da estagnação – “É impressionante como os números da nossa economia, infelizmente, seguem ruins! Do noticiário desses últimos dias, o destaque é que o mercado não crê que o nosso PIB ultrapasse os pífios 0,9% em 2014. E que o nível de confiança da indústria, é o menor desde 2009. E, de quebra, os juros livres para o consumidor final são os maiores em três anos, porque subiu para 43% ao ano no mês de junho. E para complicar vem o FMI divulgando uma nota de que os fundamentos econômicos do país estão moderadamente frágeis e a nosso moeda, sobrevalorizada em 15% e que as contas externas podem piorar caso o0s preços das commodities tenham uma queda prolongada. É um quadro extremamente preocupante, porque a criação de empregos, que já e baixa, também pode ser mais afetada”,
A presidente Dilma Roussef ao ser sabatinada ontem (30/07/2014) por empresários da Confederação Nacional da Indústria (CNI), teve dificuldades para convencer os empresários ante números tão ruins da realidade da qual é a principal gerente.
Outro problema à vista, é a possiblidade de um “tarifaço” nos preços caso a presidente seja reeleita em outubro.
Segundo os candidatos presidenciáveis da oposição, tantos os combustíveis como a energia, estão com os preços represados por razões eleitorais, já que um aumento teria impacto na inflação e efeitos negativos à campanha de reeleição da presidente.
A CNI apresentou aos três candidatos à Presidência (Dilma, Aécio e Campos), melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto, uma agenda de propostas que passam por reforma tributária, incentivo a áreas como infraestrutura e até medidas impopulares como alteração no cálculo de reajuste do salário mínimo e  benefícios previdenciários. 

·        FUNDOS ABUTRES – Fundos especulativos – Depois de dar um calote, em 2001, a Argentina procurou seus credores e propôs a eles pagar cerca de 30% do que devia. Mais de 92% aceitaram e, a partir de 2005, passaram a receber. Os outros 8% recusaram o negócio, ficaram de fora da troca e processaram o país na justiça dos Estados Unidos que determinou o pagamento da dívida.
Pagar esses credores pode afetar toda a dívida renegociada, com outros credores, em 2005 e 2010, em conta que pode superar USS$100 bilhões – as reservas do país hoje não chegam a USS$30 bi.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera o Brasil uma das cinco economias emergentes mais vulneráveis do mundo atualmente, em situação frágil para enfrentar uma possível deterioração das condições globais. O país será afetado de forma dura se o processo de normalização das políticas monetárias das nações ricas – retirada de estímulos e aumento dos juros – for acidentado e se os próprios emergentes continuarem crescendo abaixo do esperado, como ocorre há três anos.
Combinados, esses fatores podem gerar turbulências, limitar e encarecer o acesso a recursos, derrubar as commodities que alimentam as exportações, aumentar dívidas e travar investimentos, reduzindo ainda mais a projeção de expansão do PIB brasileiro, de apenas 2% em 2015.
Questionada se, diante de 15 meses de prognósticos ruins e repetição das mesmas recomendações, o governo brasileiro estava falhando na adoção de políticas para corrigir fragilidades, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, foi incisiva.
“Temos reiterado as mesmas fortes recomendações para que reformas estruturais sejam feitas, gargalos sejam reduzidos na economia e que o potencial, a capacidade de o Brasil entregar crescimento seja liberada. E isso não vem sendo feito”.

Fontes: Jornal Hoje em Dia dos dias 30 e 31/07/2014

sexta-feira, 25 de julho de 2014

CONHEÇA OS BRICS



Conheça os BRICS
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

A ideia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.
O peso econômico dos BRICS é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos BRICS já supera hoje o dos EUA ou o da União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final).
Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação.
Etapa importante para aprofundar a institucionalização vertical do BRICS foi a elevação do nível de interação política que, desde junho 2009, com a Cúpula de Ecaterimburgo, alcançou o nível de Chefes de Estado/Governo. A II Cúpula, realizada em Brasília, em 15 de abril de 2010, levou adiante esse processo. A III Cúpula ocorreu em Sanya, na China, em 14 de abril de 2011, e demonstrou que a vontade política de dar seguimento à interlocução dos países continua presente até o nível decisório mais alto. A III Cúpula reforçou a posição do BRICS como espaço de diálogo e concertação no cenário internacional. Ademais, ampliou a voz dos cinco países sobre temas da agenda global, em particular os econômico-financeiros, e deu impulso político para a identificação e o desenvolvimento de projetos conjuntos específicos, em setores estratégicos como o agrícola, o de energia e o científico-tecnológico. A IV Cúpula foi realizada em 29 de março de 2012, em Nova Délhi. A V Cúpula foi realizada em Durban, na África do Sul, em 27 de março de 2013.
Além da institucionalização vertical, o BRICS também se abriu para uma institucionalização horizontal, ao incluir em seu escopo diversas frentes de atuação. A mais desenvolvida, fazendo jus à origem do grupo, é a econômico-financeira. Ministros encarregados da área de Finanças e Presidentes dos Bancos Centrais têm-se reunido com frequência. Os Altos Funcionários Responsáveis por Temas de Segurança do BRICS já se reuniram duas vezes. Os temas segurança alimentar, agricultura e energia também já foram tratados no âmbito do agrupamento, em nível ministerial. As Cortes Supremas assinaram documento de cooperação e, com base nele, foi realizado, no Brasil, curso para magistrados dos BRICS. Já realizaram-se, ademais, eventos buscando a aproximação entre acadêmicos, empresários, representantes de cooperativas. Foram, ainda, assinados acordos entre os bancos de desenvolvimento. Os institutos estatísticos também se encontraram em preparação para a II e a III Cúpulas e publicaram uma coletânea de dados. Versões atualizadas da coletânea foram lançadas por ocasião da Cúpula de Sanya e da Cúpula de Nova Délhi. Em síntese, o BRICS abre para seus cinco membros espaço para (a) diálogo, identificação de convergências e concertação em relação a diversos temas; e (b) ampliação de contatos e cooperação em setores específicos.

Um pouco dos BRICS: O Brasil inaugura a Nova Ordem Mundial


ANNE KAROLYNE 

COMENTÁRIO:

·  O Relincho "ideológico" dos números....kkkk (virgilio tamberlini) 24.07.2014 às 18:33
BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública mobiliária federal interna subiu 4,02 por cento em junho frente a maio, atingindo 2,111 trilhões de reais, influenciada pelo aporte feito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no fim do mês passado. Com isso, o estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 3,77 por cento no período, para 2,203 trilhões de reais, informou nesta quinta-feira o Tesouro Nacional. Em maio, a dívida interna havia crescido 3,57 por cento na comparação mensal. No mês passado, houve emissão líquida de títulos públicos de 65,06 bilhões de reais, a maior do ano, incluindo os 30 bilhões de reais emitidos pelo Tesouro ao BNDES. O Tesouro também informou que a apropriação de juros somou 16,49 bilhões de reais em junho. No mês passado, os títulos prefixados representaram 40,73 por cento do total da dívida, maior que os 39,68 por cento no mês anterior. A meta do governo para o ano é que fique entre 40 e 44 por cento. Os papéis corrigidos pela inflação representaram 36,12 por cento da dívida em junho, ante 36,67 por cento em maio, dentro da meta de 33 a 37 por cento para o ano. Já os títulos corrigidos pela Selic corresponderam a 19,13 por cento do total do passivo em junho, ante 19,39 por cento em maio, ainda acima do teto da meta de 19 por cento para 2014. No mês passado, informou ainda o Tesouro, o estoque da dívida externa somou 91,72 bilhões de reais, 1,61 por cento menor em relação a maio. Nesta manhã, o Tesouro comunicou que concluiu a emissão de 3,55 bilhões de dólares em novo bônus com vencimento em 2045, cuja operação envolveu a recompra de 2 bilhões de dólares em outros títulos no exterior. Como a liquidação financeira ocorre no dia 1º de agosto de 2014, afetará a dívida naquele mês.


ATOS E CONSEQUÊNCIAS



  Mais uma vez tomamos licença ao Jornalista Eduardo Costa para divulgar o seu artigo abaixo, que exprime com grande sapiência o que ocorre infelizmente no nosso Brasil e especialmente em Minas Gerais, à respeito da responsabilidade que os nossos gestores público devem ter com os recursos e alerta para a falta de compostura e desprezo com que conduzem a coisa pública. 

'Todo ato tem que ter consequência'

Jornalista Eduardo Costa 

A frase do psicanalista Jacques Lacan me faz abstrair das últimas notícias para visitar a “Neverland”, rancho da Califórnia onde viveu boa parte de sua vida o rei do pop Michael Jackson que o vendeu para uma empresa dele mesmo. É onde gostaria ir, pelo menos para um fim de semana. Quem sabe lá, na Terra do Nunca, poderia entender melhor as coisas que se passam por minha cabeça, numa mistura de fatos e ficção, especulações e declarações, fingimentos e sofrimentos.

Quem sabe se lá eu conseguiria entender como alguns malucos que se dizem separatistas atiram num avião a dezenas de milhares de metros de altura e matam três centenas de inocentes, que sequer conheciam, só para avisar que estão na área. Já que na Terra Santa a guerra nunca termina – e ninguém consegue me explicar tanto ódio – quem sabe na Terra do Nunca a gente encontre religiosos conhecedores do sexto mandamento? Ah, pode ser que lá eu entenda melhor a história de uma construtora que fez um viaduto, o viaduto caiu, e a empresa diz que a culpa é de outra, que fez o projeto, e que a obrigação de fiscalizar para ver se tinha ferragem suficiente e não apenas um décimo era da outra, a contratante, que até agora nada diz e manda o coronel dar explicações para as pessoas? É Terror...  Lá, tem-se certeza de que quando a famosa pega a obra não terceiriza serviços e explicações. Lá, talvez, os 14 milhões do asfalto do aeroporto fossem transferidos para a duplicação da rodovia de Neves (a cidade), até porque, é onde moram centenas de milhares de trabalhadores que precisam chegar enquanto o aeroporto passa a maior parte do tempo no cadeado que, por sinal, está nas mãos do senhor.
E, a propósito de aeroporto, se todo dia cancelam voos para Juiz de Fora, Uberlândia e outras cidades de médio porte, que história é esta de asfaltar Cláudio... Bem, assim como o tal projeto, do tal viaduto que caiu, pode ter sido feito por algum magnata que já presidiu sindicato das consultoras, quem sabe o asfalto do campo de pouso não foi feito pelo líder das construtoras? E, quem sabe, não seja ele também um amigo doador para campanhas e mais campanhas e choques de gestão? Falar nisso, eu vi um filme no qual o avô bancou a abertura da pista e o neto asfaltou... Laços de família! Mas, tudo isto é só desvario, Lacan na minha cabeça... Aliás, é também dele a frase: “Você pode saber o que disse; mas nunca o que o outro escutou”... A propósito, lembrei agora de que tem gente que vive num mundo diferente, onde ganha a obra, contribui prá campanha, vai jogar pôquer no Panamá e, se o viaduto cair, bem, “acidentes acontecem”. Pessoas morrem. E a conta? A deputada carioca sumiu com os ativistas procurados pela polícia, o prefeito de Muzambinho proibiu criação de galinha no perímetro urbano... Ah, e tem também o Dunga. Virgem Maria!

Bem, abraço a todos e, no fim de semana, em “Neverland” ou não, vou tomar umas, pois, como diz Sebastião Nery, que lançou livro essa semana em BH, “a embriaguez é a lucidez da consciência trôpega”. Fui!
 

terça-feira, 15 de julho de 2014

HUMILDADE



O Brasil não somente dá vexame no futebol e em outras áreas também perde de goleada para a Alemanha como: na mobilidade urbana, educação, saúde, qualidade de vida e o mais importante, na sua administração governamental. A chancelar Ângela Merkel é uma das mais prestigiadas mundialmente pelo seu caráter e retidão e capacidade administrativa e além de todas essas qualidades é muito humilde. 

Humildade evita vexame
Eduardo Costa 

Sei que ninguém aguenta mais repercussão daquele jogo. Mas, permitam-me lembrar de que as comparações entre Brasil e Alemanha devem ficar restritas ao futebol. Caso contrário, a surra vai ser pior. Queria dividir com vocês parte de um texto de Luiz Flávio Gomes. É preciso refletir sobre os dados:

“Entre 1980 e 2012, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Alemanha passou de 0,780 para 0,920. É o 5º país no índice geral, 80 anos de esperança de vida e renda per capita de US$ 41 mil. O IDH mede a renda das pessoas, escolaridade e expectativa de vida. Ela saiu arrasada da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Saiu destruída do nazismo e da Segunda Guerra Mundial (1933-1945). Hoje é a nação economicamente mais forte da Europa, tendo alcançado o nível excelente em qualidade de vida em poucas décadas. Técnica, planejamento, organização, dedicação, empenho: são qualidades que eles esbanjam orgulhosamente.

E o Brasil? De 1980 a 2012 nós melhoramos (saímos de 0,522 para 0,730 no IDH), mas ocupamos a vergonhosa posição de número 85. Somos hoje menos que a Alemanha em 1980. Pior: há muitos anos estamos patinando na casa dos oitenta no IDH. O Brasil melhorou, mas estamos longe das nações civilizadas. Nossa esperança de vida é de 74 anos, escolaridade média de 7 anos (contra 13 dos alemães) e nossa renda per capita é de US$ 12 mil. Tanto Brasil como Alemanha estão entre os 10 países mais ricos do planeta.
Ocorre que eles são ricos e promoveram o desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas (5º do mundo); nós somos ricos e extremamente desiguais: baixa escolaridade, ¾ da população são analfabetos funcionais, piores índices na educação, ridícula competitividade, precária inovação, serviços públicos de quinta categoria, transporte público indecente, saúde doente, Justiça injusta e morosa, escola analfabeta etc. Somos, não por acaso, o 85º país do mundo (dentre 186) em termos de qualidade de vida. Temos capacidade para produzir riqueza, mas nunca soubemos transformar isso em qualidade de vida para todos.

Sabemos ganhar, mas não temos a menor ideia do que seja distribuir. Socioeconomicamente sabemos rivalizar, não cooperar. O índice Gini da Alemanha (é o que mede a desigualdade: quanto mais se aproxima do zero, mais igualdade; quanto mais perto do 1, mais desigualdade) é de 0,27; o do Brasil é 0,51. Somos o dobro de desiguais. O que isso provoca? Violência, desorganização social, péssima qualidade de vida, miséria, fome etc. Um exemplo: os alemães contam com menos de 1 assassinato para cada 100 mil pessoas (0,8, em 2011). E o Brasil? 29 para cada 100 mil (em 2012). Somos mais de 30 vezes mais violentos que eles. Essa é uma das nossas tragédias, que os alemães não conhecem. Somos ainda o 12º país mais violento do mundo, o campeão mundial nos homicídios em números absolutos (56 mil por ano) e, das 50 cidades mais letais, 16 estão no nosso país”.


Só me permito acrescentar: lá, eles não dirigem com medo de serem esmagados por um viaduto em via de grande tráfego.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

EMPREENDEDORISMO - MITOS

EMPREENDEDORISMO – MITOS QUE PODEM LEVAR SUA EMPRESA À FALÊNCIA

·        PAIXÃO PELO NEGÓCIO – O problema da paixão por uma ideia ou por um produto pode cegar e não deixar que o empresário veja seus problemas. Análise crítica é sempre necessária para quem está colocando o dinheiro em risco.
·        CONTRATAÇÃO DE AMIGOS E PARENTES – Uma pessoa de confiança no campo pessoal não é necessariamente um empregado adequado. A contratação pode criar problemas de gestão para a empresa, já que a demissão de amigos e parentes vira um problema pessoal.
·        ABRIR UM NEGÓCIO PARA NÃO TER CHEFE – Na sua empresa, o proprietário pode não ter chefe, mas deve saber que terá que atender pedidos de funcionários, de fornecedores e de clientes a todo instante. Não dar ouvido e atenção a eles pode levar o negócio ao fracasso.  
·        EU COMPRO MEUS PRODUTOS E OUTROS TAMBÉM VÃO COMPRÁ-LOS – Não é porque você pagaria por um produto ou serviço que haverá cliente para ele. Antes de lançar um produto no mercado, é preciso testá-lo para ver se outras pessoas gostam, se há melhorias para serem feitas,  se o tamanho do público comprador é suficiente para o seu investimento.
·        CRIE ALGO QUE OS CLIENTES QUEIRAM E OS INVESTIDORES VIRÃO – Se seu negócio precisa de investidores, não adianta achar que basta uma boa ideia para atraí-los. O empreendedor precisa saber apresentar seu produto para seus clientes e seu negócio para os investidores, mostrando planejamento, capacidade executiva e projeção de lucros.
·        ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO – Dividir o trabalho com pessoas bem capacitadas é uma forma de melhorar a qualidade do serviço que sua empresa oferece. Achar que o empresário pode fazer tudo sozinho, sem sócios ou sem dividir responsabilidades é um erro comum em pequenos negócios.
·        EMPRESA PEQUENA NÃO PRECISA DE PLANO DE NEGÓCIO – Não é porque sua empresa é pequena que ela não precisa de planejamento. Saber aonde se quer chegar ajuda a tomar decisões do dia-a-dia e é o primeiro passo para alcançar objetivos.
·        O LUCRO DA MINHA EMPRESA É O MEU SALÁRIO – A renda da empresa e do proprietário não podem se confundir.  Do lucro se houver, devem sair a remuneração dos sócios, dos acionistas e ainda dinheiro para o caixa e para futuros investimentos.
·        INVESTIR EM  PRODUTOS QUE ESTÃO NA MODA NÃO SIGNIFICA GARANTIA DE SUCESSO – Sem muito dinheiro em caixa, pequenos empresários têm pouca margem de erro, assim, especialistas sugerem que o empreendedor só deve apostar em um mercado que conheça e com o qual possa lidar.
·        EMPRESÁRIO NÃO DEVE TIRAR FÉRIAS – Muitas vezes o empreendedor considera-se insubstituível dentro da empresa e acha que deve abrir mão das férias, no entanto, é importante para os negócios que haja uma pessoa para assumir o posto de liderança quando for preciso.
·        INOVAÇÃO CUSTA CARO – Inovação não é sinônimo de investimento em tecnologias caras, mudar um processo, um rótulo, uma forma de atendimento pode dar bons resultados em uma pequena empresa. Não custa lembrar que deixar de inovar pode tornar o negócio obsoleto.


Fonte: Site BOL

O FANTASMA DA INFLAÇÃO

O FANTASMA DA INFLAÇÃO

O Plano real completou 20 anos no dia primeiro de julho de 1994 e poucas pessoas, principalmente os mais jovens,  desconhecem o que realmente a inflação representa para a economia brasileira e como ela afeta o dia-a-dia dos brasileiros.
“Os brasileiros com menos de 40 anos talvez não tenham noção do que significava viver em um país em que os preços eram remarcados todos os dias e o dinheiro parecia derreter nos bolsos.  Mas era exatamente essa a sensação provocada pelo cenário inflacionário anterior a 1994”.  
“Correr ao supermercado para comprar produtos por um preço mais baixo, manter vários carros na garagem para lucrar com a posterior venda deles e ter uma despensa em casa para guardar reserva de comida.  Todos esses fatores não fazem o menor sentido para a nova geração consumista que mal sabe administrar a própria mesada e o próprio salário”.
“Os consumidores de hoje vão ao supermercado pelo menos uma vez por semana. As cozinhas de casas modernas mal contemplam espaço para os alimentos. E o uso do salário pode ser planejado com facilidade. A realidade é bastante diferente e, certamente, mais fácil”.
“Durante os anos 1980 e a primeira metade dos anos 1990, o país viveu uma era prolongada de desacerto monetário, e quem pagou por ele foi a população mais pobre que, sem acesso ao sistema bancário, não dispunha das contas remuneradas, da poupança e de outros mecanismos capazes de reduzir os efeitos da corrosão da moeda e essa corrosão era intensa”.
“O Brasil teve nesse período seis moedas diferentes – e isso teve consequências desastrosas sobre o sistema produtivo e sobre a capacidade de investimento das empresas e das pessoas. O dinheiro perdeu nove zeros no período. A inflação voraz se aproximou de inacreditáveis 2.500% ano no ano de 1993, e a corrosão teria sido maior no ano seguinte se não fosse implantado o Plano Real pela equipe do presidente Itamar Franco”.
“A inflação pode até ter deixado de corroer a moeda com a mesma força do passado, mas nunca deixou de representar uma ameaça à saúde da economia.
A inflação nada mais é do que a consequência do desmazelo com as contas públicas. Quando o governo gasta mais do que arrecada, o resultado é inflação. Quando as impressoras da Casa da Moeda funcionam aceleradas e a emissão de dinheiro supera o equilíbrio necessário para um quadro de estabilidade de preços, a consequência é mais inflação.
Quando a taxa de juros serve como ferramenta de estímulo ao consumo, a consequência é mais inflação ainda. Isso vale para qualquer país. No caso brasileiro, além dos riscos permanentes relacionados à falta de rigidez na gestão das contas públicas, há problemas adicionais. Esses são 100% brasileiros.
Como uma herança maldita do tempo em que os preços subiam dia sim e outro também, o governo e a sociedade conservaram o hábito de estabelecer indexadores para tudo.
Tudo no país, a começar pelos aluguéis, pelos pedágios nas rodovias, pela conta de luz e água, IPTU e outros impostos, e todo qualquer outro preço administrado, aumenta de acordo com a inflação passada. E sempre que esses preços sobem, a sociedade, com toda razão, pressiona por aumentos de salário – e a consequência desses aumento é inflação futura.
Há exatos 20 anos. O Brasil conseguiu acabar com a inflação galopante. Mas manteve vivos os mecanismos de indexação que nunca permitiram que ela desaparecesse por completo. Tais mecanismos, somados à despreocupação incurável do governo com a qualidade das contas públicas, revelam que o monstro da inflação que tantos estragos causou no passado está enjaulado. Mas continua vivo e pode se soltar a qualquer instante. Ameaçador como nunca deixou de ser”.

Fonte: Eduardo Galuppo – Jornal Hoje em Dia do dia 01/07/2014.