Temer diz que
não tem mais como negociar com caminhoneiros
Agência Brasil
Na última
quinta-feira (24) o governo fechou acordo com parte das entidades representantes
dos caminhoneiros
O presidente Michel
Temer disse nesta terça-feira (29) que o governo “espremeu” todos os recursos
para a atender as demandas dos caminhoneiros. Em entrevista ao programa Cenário
Econômico, da TV Brasil, ele disse que não há mais o que negociar com a
categoria e acredita no fim da paralisação até esta quarta-feira (30).
“Fizemos o que foi
possível. Esprememos todos os recursos governamentais para atender os
caminhoneiros e para não prejudicar a Petrobras. A essa altura não temos mais
como negociar, o que fornecer. Tenho a impressão que entre hoje e amanhã isso
estará normalizado”. O presidente citou ainda a determinação de algumas
entidades representantes de caminhoneiros para que a categoria voltasse ao
trabalho.
Uma delas foi a
Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). Em nota divulgada à
imprensa, a entidade avaliou com sucesso a paralisação iniciada no dia 21 de
maio. A entidade lembrou das negociações com o governo e do apoio popular e
disse que se a categoria não voltar ao trabalho “tudo que foi conquistado corre
o risco de se perder”. “Entendemos que daqui para frente só haverá prejuízo aos
caminhoneiros, de modo que a CNTA e todas as entidades sindicais de sua base
pedem a compreensão pelo fim da paralisação”, finaliza a nota.
Na última
quinta-feira (24) o governo fechou acordo com parte das entidades
representantes dos caminhoneiros. Foram 12 itens, incluindo o preço do diesel
reduzido em 10% por 30 dias. No último domingo, no entanto, Temer voltou a
negociar com a categoria e acordou uma redução maior por mais tempo: R$ 0,46 a
menos nas bombas por 60 dias. O acordo firmado no domingo, e anunciado em
pronunciamento presidencial no mesmo dia, também determinou a isenção da
cobrança de pedágio para os caminhões que circularem com eixo suspenso em todo
o país, dentre outros pontos.