sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

PROJETOS DO GOVERNO PARA O ANO DE 2022

 

Prioridades legislativas

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Fachada do Congresso Nacional, sede das duas Casas do Poder Legislativo brasileiro. Obra do arquiteto Oscar Niemeyer. As cúpulas abrigam os plenários da Câmara dos Deputados (côncava) e do Senado Federal (convexa), enquanto que nas duas torres – as mais altas de Brasília, com 100 metros – funcionam as áreas administrativas e técnicas que dão suporte ao trabalho legislativo diário das duas instituições. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Fachada do Congresso: governo espera a aprovação de microrreformas econômicas em 2022, mas mesmo elas podem ser um desafio| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O governo federal encerra 2021 já com o foco em 2022. As atenções, naturalmente, estarão voltadas para o calendário eleitoral. Mas o Palácio do Planalto também espera colocar em votação e aprovar no Congresso algumas pautas econômicas, sobretudo microrreformas como marcos regulatórios setoriais.

As grandes reformas, como a administrativa e a tributária, oficialmente são tratadas como prioridades. Mas, nos bastidores, governistas reconhecem que ambas têm pouca chance de avançar num ano eleitoral.

Na reta final de 2021, com a aprovação no Congresso da PEC dos Precatórios, da nova Lei do Câmbio (PL 5387/19), da nova Lei de Cabotagem, a chamada “BR do Mar” (PL 4199/20), e do Marco Regulatório das Ferrovias (PL 3754/21), o governo obteve sucesso em algumas pautas consideradas prioritárias pelo Planalto.

Outras, contudo, ainda permanecem estagnadas, a exemplo do PL 591/21, a privatização dos Correios e o PLP 11/20, que altera regras do ICMS sobre os combustíveis. A despeito da prioridade dada pelo governo a ambas, as pautas podem ter mais dificuldades de tramitar em 2022 devido a dificuldades políticas e eleitorais que o governo travará no Congresso em um ano de eleições.

O Senado, onde tramitam ambos os projetos, tem sido a Casa onde o governo encontra mais dificuldades para ver suas propostas avançarem. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é um pré-candidato à presidência da República.


Quais são os projetos que o governo quer ver aprovados pelo Congresso em 2022
Além da privatização dos Correios e da alteração de regras do ICMS sobre os combustíveis, outros propostas são tratadas como prioridades por equipe econômica e pelo Planalto:

Marco do Setor Elétrico (Projeto de Lei 414/2021).
Marco Legal do Reemprendedorismo (PLP 33/20).
Marco Legal das PPPs, as Parcerias Público-Privadas (PL 7063/17).
O projeto das Debêntures de Infraestrutura, que cria novos instrumentos financeiros para projetos de infraestrutura (PL 2646/20).
Além dessas pautas, outros projetos são tratados como relevantes pelo Planalto, segundo informações obtidas pela Gazeta do Povo:

O PL 4728/20, que trata da adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), o PL 4728/20.
O PL 6299/02, que facilita a liberação de novos agrotóxicos e renomeia as substâncias como pesticidas.
O PL 2633/20, que trata da regularização fundiária.
O PL 2159/21, que trata da nova Lei do Licenciamento Ambiental.
O PL 3179/12, que regulamenta o homeschooling.
O PL 3227/21, que modifica o Marco Civil da Internet.
O PL 490/07, que altera o Estatuto do Índio e estabelece que as terras indígenas devem ser demarcadas por meio de leis.
O PL 191/2020, que regulamenta o garimpo em terras indígenas.

Reformas estruturantes têm pouca chance de sair do papel em 2022
Já as reformas estruturantes, principalmente a administrativa e a tributária, continuam a ser tratadas formalmente como prioritárias pelo governo. Mas figuram em uma lista de “panorama futuro” – o que significa que nem o próprio governo acredita que possam avançar num ano eleitoral.

A reforma administrativa, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 32/2020, tende a permanecer travada no plenário da Câmara. O mesmo vale para a reforma tributária prevista pela PEC 110/19, que tramita no Senado; para o projeto que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), lei que unifica o PIS e Cofins, que tramita na Câmara; e a reforma do Imposto de Renda (IR), o PL 2337/21, que está no Senado.

“A reforma tributária que eu tanto lutei para que saísse acho que não sai mais. A CBS não pode nascer antes do que a PEC 110, a não ser que se faça uma alteração constitucional bem pequena caso não aprove a PEC. Mas, de toda a forma, não acredito que [as propostas] avancem”, lamenta o deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), presidente da Frente Parlamentar Mista pelo Brasil Competitivo.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), negou anteriormente à Gazeta do Povo que as reformas estruturantes serão deixadas de lado e afirmou que elas seriam retomadas em 2022. Ele entende ser possível retomar a agenda de reformas estruturantes no início do ano legislativo, em fevereiro, e seguir o ritmo até abril, prazo final da janela partidária para a disputa eleitoral.

“Como o prazo final de filiações é 4 de abril, nós poderemos votar ainda no início do ano que vem matérias, porque o período eleitoral começa quando se definem as chapas e as filiações. Vamos fazer um esforço para votar”, afirmou Barros.

À época, o líder do governo garantiu que a tramitação das microrreformas independeria das macrorreformas. “Pautas como os marcos do setor elétrico, das ferrovias e das PPPs são prioridades que já estão tramitando na Casa. Temos a intenção de votar essas pautas independentemente das reformas”, destacou Barros.

A despeito da convicção do líder do governo em retomar as reformas estruturantes em 2022, as chances de matérias como as reformas administrativa e tributária avançarem e serem aprovadas nas duas Casas do Congresso são quase nulas. O foco no calendário eleitoral habitualmente eleva a impopularidade das reformas estruturantes e as torna quase impossíveis de serem aprovadas em um ano eleitoral. E mesmo as microrreformas correm o risco de não passar.

O líder do Novo na Câmara, Paulo Ganime (RJ), é um entusiasta das macro e microrreformas, mas entende que nem todos os novos marcos regulatórios terão chances de ser aprovados ainda em 2022. “Queremos avançar nessas pautas regulatórias, mas nem todas irão [avançar]. Não temos nem tempo”, pondera.

“Digamos que a gente consiga fazer com que todos os relatores liberem seus pareceres e as matérias estejam prontas para ir à votação. (…) Podemos votar alguma coisa no início do próximo ano, mas há pouco tempo para aprovar tudo nas duas Casas e levar à sanção. Espero que possamos avançar pelo menos umas três ou quatro [microrreformas], mas não será simples”, analisa Ganime.

Pautas sociais podem ter alguma prioridade no Congresso
Além das pautas econômicas, outras matérias que podem ir à votação no Congresso são propostas pontuais com foco em programas sociais. É o que tradicionalmente os governos e os parlamentares apostam nos anos eleitorais para, em alguma medida, ampliar sua popularidade.

O governo apostou na PEC dos Precatórios e na Medida Provisória (MP) 1.061/2021, a que institui o programa Auxílio Brasil, para encerrar o ano com seu programa social já estruturado. Mas a defesa de propostas que venham a ampliar o bem-estar dos mais pobres é um cenário não descartado pelo analista político Lucas Fernandes, coordenador de análise política da BMJ Consultores Associados.

“O governo vai tentar ir para o tudo ou nada na agenda populista. A AGU [Advocacia-Geral da União] já entrou no STF [Supremo Tribunal Federal] com o pedido para poder aumentar os gastos sem furar o teto de gastos por conta das eleições. O governo vai ficar nessa de jogar para medidas populistas, mas não vai conseguir aprovar nada substancial da agenda econômica”, diz Fernandes.

O consultor fala em referência a um julgamento no STF que pode permitir o governo zerar a fila de benefícios que receberão o Auxílio Brasil e ampliar o valor do benefício sem incorrer nas limitações da lei eleitoral, que impede o aumento desse tipo de gasto a partir de 1.º de janeiro de 2022.


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OPINIÃO CIENTÍFICA EM XEQUE COM O COVID-19

 

Artigo
Por
Philip Klein* – Gazeta do Povo
National Review

Anthony Fauci, Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.| Foto: Jim Lo Scalzo/EFE

Ao longo da pandemia, a frase “confie nos cientistas” se transformou em um chavão vazio que significa desacreditar qualquer leigo que tenha a ousadia de questionar a sabedoria das políticas públicas sobre a Covid-19. Esse chavão precisa ser rapidamente abandonado assim que entrarmos em 2022.

O problema da frase “confie nos cientistas” é duplo. Primeiro, porque os chamados especialistas frequentemente se enganam. As pessoas se isolaram, se trancaram e usaram máscaras por quase dois anos, e a Covid-19 continua a se espalhar, com mais de 800.000 pessoas mortas só nos Estados Unidos.

Tampouco se pode dizer que os surtos de Covid-19 se limitaram a áreas que desconsideraram os protocolos de saúde pública. No momento, a cidade de Nova York, que exige máscaras e é o lar de um dos primeiros e mais rígidos regimes de passaporte vacinal dos EUA, está relatando um número recorde de casos.

O argumento de que a variante ômicron é diferente porque é capaz de escapar das vacinas também não é uma defesa particularmente convincente dos especialistas. Antes da ômicron, havia quatro variantes principais de Covid-19, e era apenas uma questão de tempo até que alguma delas descobrisse uma maneira de contornar as vacinas. Argumentar que as pessoas deveriam ser encorajadas a se vacinar de qualquer maneira, pois isso reduz as chances de Covid-19 grave ou morte é justo. Mas se mudássemos o foco para “reduzir as mortes” em vez de “parar” ou “desacelerar” a propagação, nossas políticas seriam muito diferentes do que são agora.

Contudo, deixemos de lado o fato de que a orientação de especialistas não se mostrou eficaz na prevenção da disseminação da Covid. Mesmo se a orientação fosse mais eficaz do que tem sido, ainda não justificaria “confiar cegamente nos cientistas”. A razão é que, mesmo se estivessem fazendo seu trabalho com eficácia, os cientistas de doenças infecciosas estariam, de forma míope, focados em fornecer orientação sobre a maneira mais eficaz de combater as doenças infecciosas. No entanto, é função dos formuladores de políticas e, em última análise, das pessoas, equilibrar o risco da doença com outras considerações.

É comum tentar desacreditar aqueles de nós que questionam as orientações de saúde pública com afirmações absurdas como: “quando alguém em sua família precisa de cirurgia, você faz isso sozinho ou pede a um médico para fazer?” Isso não vem ao caso, mas vamos entrar na provocação. Não, não faria sentido para um membro da família não treinado, ou para uma pessoa qualquer numa lanchonete, realizar uma cirurgia em vez de um médico.

Mas antes mesmo de chegar ao ponto da cirurgia, o médico dava ao paciente alguns detalhes sobre os riscos da cirurgia e o período de recuperação, bem como as consequências de não fazer nada. Digamos que a cirurgia nas costas acarrete algum grau de risco e um longo período de recuperação. Alguns pacientes podem decidir viver com a dor em vez de passar por ela. Outros podem decidir que vale a pena o potencial de uma cirurgia bem-sucedida no alívio da dor. Famílias com entes queridos que enfrentam os estágios finais de uma doença terminal lutam o tempo todo com decisões sobre se, em certo ponto, é melhor continuar tratando a doença de forma agressiva ou fazer a transição para cuidados paliativos e se concentrar em mantê-los o mais confortáveis ​​possível em seus dias restantes.

O oposto óbvio para isso é que a Covid-19 é diferente, porque é uma doença infecciosa e as decisões individuais têm consequências para a sociedade como um todo. Apesar disso, como sociedade, tomamos todos os tipos de decisões que tentam encontrar um equilíbrio entre prevenir a morte e regular o comportamento humano. Provavelmente poderíamos reduzir substancialmente as mortes no trânsito se definíssemos os limites de velocidade em 20 quilômetros por hora e o nível legal de álcool no sangue em zero, punindo os infratores com prisão perpétua. Mas não fazemos isso, porque tais políticas extremas seriam indesejáveis.

Durante a epidemia de Covid-19, sempre houve uma troca entre a interrupção da rotina normal das pessoas e o desejo de minimizar a doença e a morte. Com o tempo, porém, o cálculo mudou. No início, a compensação foi apresentada como: “Se as pessoas ficarem em casa por duas semanas, elas podem reduzir a chance de espalhar involuntariamente um vírus que tem chances reais de matar alguém mais velho ou com problemas de saúde.” Nesse ponto, a maioria dos americanos, mesmo aqueles em estados majoritariamente republicanos, estava disposta a fazer essa troca.

Agora, estamos operando em uma situação em que pessoas mais velhas e mais vulneráveis podem ser vacinadas e receber reforço, reduzindo substancialmente o risco de doenças graves. Em 2022, a pílula Paxlovid, recentemente autorizada para tratamento de Covid-19, estará amplamente disponível. Nesse ponto, qualquer pessoa que ficar doente — vacinada ou não — terá outra ferramenta disponível para reduzir a ameaça de doenças graves. Portanto, por um lado, a ameaça de morte da Covid-19 não é a mesma que era no início de 2020.

Por outro lado, não estamos mais debatendo se devemos nos acomodar por algumas semanas. Estamos debatendo mudanças permanentes — se crianças de até dois anos devem usar máscaras oito horas por dia na escola e em creches, e se as pessoas devem ter que mostrar evidências de vacinação nos últimos seis meses para manter um emprego, embarcar num avião, comer em um restaurante ou ir ao cinema.

As pessoas podem escolher lados diferentes nessas questões, mas a realidade é que esses debates são muito mais complicados do que a tola réplica “confie nos cientistas” nos faz acreditar. Um cientista interessado apenas em combater um vírus não precisa se preocupar com a sobrevivência das empresas, o efeito sobre o emprego das pessoas, a educação das crianças — ou sua saúde mental. Mas o resto de nós, sim.

Infelizmente, o presidente Biden renunciou a todo julgamento ao lidar com a Covid-19, levando ao extremo seu slogan de campanha de confiar nos especialistas. Esta semana, ele disse que não poderia comentar sobre a ideia de tomar a medida draconiana de obrigar a vacinação para viagens domésticas, dizendo que só poderia ponderar “quando eu receber uma recomendação da equipe médica”.

O comentário de Biden veio mesmo quando algumas das vozes mais proeminentes na arena da saúde pública admitiram nos últimos dias que a decisão de reduzir os tempos de quarentena pela metade não foi motivada principalmente por razões científicas, mas mais por considerações práticas de manutenção de uma sociedade funcional.

Explicando a decisão, a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Rochelle Walensky, disse à CNN: “Isso realmente teve muito a ver com o que pensávamos que as pessoas seriam capazes de tolerar”.

Em conversa com Chris Hayes, da MSNBC, Anthony Fauci disse que, como muitas pessoas serão infectadas nas próximas semanas, se todos ficarem em quarentena por dez dias, “isso pode ter um impacto negativo em nossa capacidade de manter a estrutura da sociedade, de todos os trabalhadores essenciais de que você precisaria, caso sejam mantidos fora de atividade por um período de dez dias”. Pressionado a responder se a decisão foi motivada pela ciência ou por questões práticas, Fauci disse: “Nada vai ser 100 por cento” e “não queremos que o perfeito seja inimigo do bom”.

Enquanto abandonamos a prática do seguir “a ciência” cegamente ao tomar decisões políticas com base no julgamento arbitrário das autoridades sanitárias sobre o que as pessoas podem “tolerar”, é perfeitamente apropriado que não-cientistas questionem um regime de Covid-19 que tem um efeito significativo sobre suas vidas, seus negócios e seus filhos. Em outras palavras, “confie nos cientistas” não devia chegar a ver o ano novo.

*Philip Klein é editor do National Review Online.
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PT QUER CRIAR FEDERAÇÃO DE EQUERDA

 

Eleições 2022
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Partido do ex-presidente Lula, o PT negocia federação com outros partidos de esquerda| Foto: Carlos Meneses/EFE

Além da aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta numa federação de partidos de esquerda para ampliar a construção de sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2022. Além do PT, a aliança pode contar com a adesão do PSB, PCdoB, Psol e PV.

A possibilidade de criação de federações partidárias foi aprovada pelo Congresso Nacional durante a reforma eleitoral deste ano. A nova lei permite que dois ou mais partidos se unam, funcionando como se fossem uma única legenda por uma legislatura. Diferentemente das coligações, os partidos federados precisam permanecer unidos de forma estável durante pelo menos os quatro anos do mandato legislativo e seguir as mesmas regras do funcionamento parlamentar e partidário. Além disso, a federação ocorre de forma nacional, estadual e municipal.

De acordo com a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), as discussões para formar a federação partidária de esquerda já foram abertas, mas uma definição só deve ocorrer em março de 2022. “A federação é um desafio pra nós, porque é um instituto novo. Nós estamos agora estudando melhor como se faz na prática a composição”, afirma.

Integrantes do PT passaram a defender a federação como forma de eleger uma grande bancada de esquerda para o Congresso Nacional. A expectativa do grupo é eleger ao menos 100 deputados e pelo menos 30 senadores. “A projeção que a gente faz apenas do PT já ampliaria a nossa bancada. Com a federação, há o potencial de ampliar mais a bancada deste campo [a esquerda]”, afirma a presidente do PT.

Na avaliação dos petistas, a federação, além de palanques e de tempo de propaganda no rádio e na TV, também pode garantir a Lula uma viabilidade política maior com o Congresso em caso de vitória nas urnas.

De acordo com aliados de Lula, as projeções e negociações estão sendo feitas com base nas pesquisas eleitorais. No último levantamento Datafolha, de dezembro, o petista apareceu na liderança da corrida eleitoral com 48% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que somou 22%.


PSB é o partido com maior impasse sobre a federação com o PT

Apesar da ofensiva do PT, a construção de candidaturas aos governos estaduais já impõe resistências dentro de alguns partidos de esquerda para a formação de uma federação partidária da esquerda.

No Espírito Santo, por exemplo, o governador Renato Casagrande (PSB) pretende disputar a reeleição. Ele já sinalizou que entende que não seria beneficiado pelo apoio do PT no estado. Além disso, o senador Fabiano Contarato se filiou recentemente ao partido de Lula e não descarta entrar na disputa contra Casagrande.

Além disso, o imbróglio sobre a candidatura ao governo de São Paulo segue sendo outro empecilho entre o PT e o PSB. Enquanto o partido de Lula resiste em abrir mão da candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes, o PSB quer lançar Márcio França.

“Nós seguiremos insistindo que o PT se concentre na eleição presidencial e não queira disputar com o PSB os governos estaduais. Se essa postura for mantida pelo PT, a federação não existirá”, afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Além do Espírito Santo e de São Paulo, o PSB quer que o PT abra mão de candidaturas próprias aos governos do Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Enquanto tenta dissuadir os impasses com o PSB, o PT já pavimentou a federação com outras siglas. No PV, por exemplo, o apoio ao ex-presidente petista foi aprovado pela maioria dos diretórios estaduais.

“Quem fez gestos de ampliação do leque de forças foi a pré-candidatura de Lula. A chapa Lula-Alckmin representa a frente democrática que irá vencer o autoritarismo, tirando Jair Bolsonaro da Presidência da República”, afirmou o presidente nacional do PV, José Luiz Penna.

No Psol, houve deliberação para conversas sobre união com PCdoB e Rede. Outras propostas de federação, incluindo PT, PCdoB e Rede, ainda estão sendo analisadas pelas instâncias nacionais da legenda. Mas a possível entrada do ex-tucano Geraldo Alckmin na chapa de Lula, como candidato a vice, é um entrave para o Psol se aliar com o PT. Integrantes do partido inclusive já cogitam lançar candidatura própria à Presidência – o que até então estava descartado para apoiar Lula.

Federação de esquerda preocupa bancada do PDT
As negociações para a federação entre o PT e outros partidos de esquerda acenderam um alerta na bancada de deputados do PDT, que tem Ciro Gomes como pré-candidato à Presidência. Com o fim das coligações proporcionais, parlamentares pedetistas acreditam que terão dificuldades para renovar seus mandatos diante da união dos demais partidos de esquerda.

Estagnado nas pesquisas eleitorais, Ciro Gomes vem sendo pressionado por alguns diretórios estaduais do PDT para que abra mão de sua candidatura ao Palácio do Planalto. Com isso, o partido poderia discutir sua entrada na federação com os demais partidos de esquerda. A cúpula da legenda, no entanto, é favorável à manutenção do nome do pedetista.

“Não [há chance de desistir], a minha candidatura não me pertence. Eu antes queria muito ser presidente do Brasil, mas vendo que o nosso país está passando, eu agora preciso salvar o Brasil. Preciso juntar todo mundo que tenha boa vontade para salvar esse país desse desastre que está aí”, disse Ciro Gomes recentemente durante evento em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

A expectativa da bancada, no entanto, é de que Ciro Gomes leve sua pré-candidatura até o final do primeiro trimestre, mas que assuma o compromisso de abrir mão do pleito caso não cresça nas pesquisas eleitorais. As federações partidárias devem obter registro de estatuto até seis meses antes das eleições, mesmo prazo definido em lei para que qualquer legenda esteja registrada e apta a lançar candidatos.

Apesar da pressão, Ciro Gomes afirma que a federação não seria boa para o PDT. “Para nós uma federação é ruim, porque queremos afirmar princípios, ideias, projetos (…). Federação é um ajuntamento de quem só pensa em eleger-se”, diz o pedetista.

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CONTAS FEDERAIS FECHAM O ANO NO AZUL

 


Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Banco Central

Sede do Banco Central, em Brasília| Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

As contas federais estão fechando o ano no azul pela primeira vez em oito anos. Vai sobrar aí uns R$ 25 bilhões. R$ 5 bilhões da diferença dos gastos e da arrecadação e mais R$ 20 bilhões que os ministérios deixaram de gastar. Isso que a gente está vendo aí coisas absurdas. O governo federal tem 1.296 imóveis funcionais, tem só 706 ocupados, e para os outros está pagando auxílio moradia. É uma coisa que tem que corrigir. Mas, enfim: as contas somadas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência estão com o resultado positivo de R$ 5 bi, que podem ser somados aos R$ 20 bi que os ministérios deixaram de gastar.

Verbas para a educação
Enquanto isso, atenção para o ensino no ano que vem: o fundo de financiamento estudantil, o FIES, vai ter 111 mil vagas no ano que vem. 66 mil no primeiro semestre, 44 mil no segundo semestre. E tem R$ 0,5 bilhão para financiar os estudantes. São estudantes pobres, que estão matriculados em faculdades privadas, cuja família tenha uma renda não maior do que três salários mínimos per capita, que tenham já feito o exame do ENEM, e que tenham tido notas razoáveis.

Uma medida provisória também que o presidente assinou lá em São Francisco do Sul está reservando R$ 3,5 bilhões para pagar a conexão e para comprar computadores para professores e alunos da rede pública.

Mais uma: houve o despacho do ministro da Educação aprovando um parecer da sua consultoria jurídica dizendo: só lei federal, e essa lei não existe, pode impedir que um aluno de estabelecimento federal entre na aula por causa de não ter certificado de vacina, por não ter vacina. Não pode impedir, a menos que o Congresso, no ano que vem, venha a fazer uma lei federal, o que vai ser muito difícil.

Petrobras em recuperação
Eu falei dos bons resultados do governo, e a Petrobras, que é uma sociedade de economia mista de capital aberto, que eu falei outro dia que conseguiu reaver R$ 6,170 bilhões que foram desviados, roubados dela, pena que a prisão não trouxe de volta os que roubaram. Mas além disso, a dívida da Petrobras despencou de US$ 160 bilhões para US$ 59 bilhões. Isso que ela perdeu – porque Lula deu de presente para o Evo Morales – as instalações da Bolívia, depois comprou aquela refinaria enferrujada lá em Pasadena, fez aquele péssimo negócio com o Hugo Chávez da refinaria Abreu e Lima… a administração Silva e Luna está recuperando a nossa principal empresa estatal, e uma das maiores empresas deste país.

Turismo
Eu falei em certificado de vacina, e eu gostaria de registrar que aqueles dois navios de cruzeiro que estão com brasileiros, que ficaram diante de Camboriú, estavam indo para Ilhabela, estavam com 32 casos de Covid, e agora estão com 146. E todo mundo, para entrar no navio, tem que estar com certificado de vacina. Pois é.

Agora, em Camboriú o prefeito baixou um decreto proibindo caixas de som nos lugares públicos, em nome do sossego público. Vai virar praia americana. Porque os EUA é assim, pelo menos na Califórnia. Eu vi isso. Quem quiser escutar música na praia vai ter que usar fone de ouvido. Porque é proibido obrigar o vizinho de praia a ouvir a sua música. Fico lembrando de algumas praias aqui no Brasil que são um inferno de barulho…


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PARTIDOS PEQUENOS E STF PERSEGUEM O PRESIDENTE

 

Jogada midiática
Prazo para explicações do presidente: a farsa que o STF encena junto com senadores

Por
J.R. Guzzo = Gazeta do Povo

Estátua A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, praça dos três poderes, Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF)

Estátua da Justiça, na frente do prédio do STF.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Tornou-se um vício na política brasileira. Um senadorzinho de algum cafundó que se elege com meia dúzia de votos, um dos partidos nanicos que vivem às custas do pagador de imposto ou um desocupado qualquer, desde que tenha carteirinha de “esquerda”, pedem ao Supremo Tribunal Federal que dê “48 horas” de prazo para o presidente da República responder porque agiu, ou não agiu, assim ou assado. O STF atende correndo, todas as vezes, e lá vai alguém no Palácio do Planalto ocupar o seu expediente arrumando uma resposta qualquer, que nunca se fica sabendo qual foi. É uma palhaçada.

É também uma nova comprovação da descida do STF na militância política mais barata que se poderia encontrar. As explicações exigidas em “48 horas” são, invariavelmente, disparates em estado puro, sem uma molécula de relevância para o interesse público. O autor do pedido não está interessado em esclarecer nada – quer apenas agredir o governo com política de baixa qualidade e aparecer por um instante no noticiário. Os ministros agem como seus cúmplices.

O STF nunca exigiu, nos governos anteriores, explicação nenhuma, sobre nenhum assunto, de presidente nenhum – e só Deus sabe quanta coisa haveria para explicar. Com Jair Bolsonaro, de repente, o PT e seus serviçais descobriram que os ministros aceitam qualquer coisa para mostrar que são os grandes inimigos do presidente – e inventou-se essa extravagância de responder a uma estupidez qualquer em “48 horas”, ou “três dias”, ou seja lá o que for.

No fim das contas, acaba sendo apenas mais uma trapaça do eixo esquerda-STF. Na hora de exigir as “explicações”, os senadorzinhos etc. aparecem no noticiário, junto com os parceiros do tribunal; fazem barulho e ganham mais 15 minutos de fama. Mas, como ninguém aí tem a mais remota intenção de levantar questões sérias, nem de informar o público sobre coisa nenhuma, acaba não acontecendo nada.

Querem só fazer a pergunta; estão pouco se lixando para a resposta. O que importa é a gritaria. Feito um requerimento de “explicações”, já estão armando o requerimento seguinte – e depois mais um, e assim por diante. O resultado é que ninguém, a começar pelos participantes desta fraude, tem a menor ideia sobre o que o governo “explicou”. Tanto é assim que nenhum dos ultimatos do STF resultou em qualquer providência conhecida.

É ilegal? Provavelmente. É uma farsa? Com certeza. Ou seja: é a cara desse STF que está aí.


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INTERCÂMBIO PROFISSIONALIZANTE

 

 Eagle Intercâmbio – Startup

O sonho de fazer um intercâmbio e levar toda a família é possível! Agência fundada por brasileiros que vivem nos Estados Unidos traz a solução

Se você está lendo esse texto, provavelmente já pensou em fazer um curso no exterior para aperfeiçoar o seu currículo, mas acabou desistindo – o peso de ficar longe da família, mesmo que seja por poucos meses, se tornou um empecilho, né? E foi pensando nesse público que a Eagle, agência de intercâmbio no Vale do Silício, passou a oferecer pacotes de intercâmbio que permitem e facilitam a migração para o Canadá, tornando a viagem ainda mais completa e prazerosa, um programa bem família mesmo.

“Os objetivos de cada faixa etária na hora de realizar um intercâmbio é bem variado e enquanto os jovens buscam liberdade e a fluência em um novo idioma; as pessoas com mais de 30 anos querem autonomia e um currículo mais completo; mas a vida já estruturada em seu país de origem muitas vezes adia esse sonho. Por isso, fomos atrás de alternativas que fossem vantajosas para todos” – garante Cláudio Cantamessa, da Eagle Intercâmbio.

A ideia da agência é ofertar entre os diversos pacotes de intercâmbio, um que ofereça tranquilidade para todos os membros da família. “Esses cursos são uma porta de entrada para os processos de migração para o Canadá, pois permitem que o aluno exerça trabalho remunerado enquanto estuda. A família toda é bem-vinda, eles recebem o mesmo visto e, se tiverem filhos, eles passam a ter direito a escola pública, sem custo adicional”, explica Arleth Bandera, CEO da Eagle.

Além disso, não dominar o idioma inglês não é um impeditivo para seguir com essa opção de curso. O Collège National (escola parceira da Eagle nessa empreitada) oferece um suporte de idioma super interessante, são 4 meses de inglês ou francês que ajudarão o intercambista a se preparar para a próxima fase e escolher o programa que mais se adequa ao seu estilo de vida.

A maioria dos cursos tem duração de 1 ou 2 anos, ideal para a adaptação completa da família, que ainda pode permanecer no Canadá por mais 3 anos. Todos os cursos permitem que o aluno trabalhe enquanto estuda por até 20h e, após a formação, todos conseguem a permissão de trabalho por até 40h semanais, o PGWP – Post Gradution Work Permit, por até 3 anos. E se todos se adaptarem bem (inclusive ao trabalho), ao final do processo será possível solicitar residência definitiva no país (que pode ser aprovada ou não).

Os cursos mais procurados são: Gestão de Projetos (com duração de um ano) e os de Empreendedorismo e Tecnologia, como Gerenciamento de Redes (de dois anos), que ainda oferece programa de estágio.

“Assim o brasileiro consegue trabalhar, estudar e ainda viver legalmente em outro país enquanto amplia os seus conhecimentos, aprimora o seu currículo, conhece e desfruta de outra cultura. Poder investir em um futuro melhor para a família e ainda conseguir tê-los por perto é o grande diferencial desse programa.” – finaliza a CEO da empresa.

Para saber mais sobre esses programas, como participar e muito mais, acesse: www.eagleintercambio.com

Sobre a Eagle Intercâmbio: Essa startup localizada no Vale do Silício (Califórnia) é a primeira agência de intercâmbio feita totalmente por brasileiros na região. Com clientes oriundos de diferentes localidades, a presença física da equipe da Eagle nos Estados Unidos permite que a empresa dê suporte em tempo real aos seus alunos, entendendo e identificando as necessidades de cada um deles. Dessa forma, a startup faz parte de um seleto grupo de agências, com um dos maiores índices de aprovação de vistos para alunos brasileiros. Já são mais de 1000 alunos brasileiros formados pela Eagle. Para saber mais acesse: www.eagleintercambio.com

REALIDADE VIRTUAL E METAVERSO

 

A socialite vai dar uma festa em sua ilha, Paris World, no jogo Roblox

 Por Redação Link – O Estado de São Paulo

Paris Hilton no Metaverso

Paris Hilton no MetaversoPUBLICIDADE

Paris Hilton, que normalmente ataca de DJ em baladas em Dubai, China e em Ibiza,  resolveu trabalhar na sua própria festa virtual de ano novo — no metaverso. Em seu mundo virtual, chamado Paris World, no jogo Roblox, a socialite compartilha uma versão da sua casa em Beverly Hills, além da mansão de cachorros e um calçadão com homenagens a seu casamento com Carter Reum, que ocorreu neste ano no píer de Santa Mônica.

Os convidados poderão fazer uma tour pela mansão, um passeio marítimo — assim como ela fez no casamento —, navegar de iate e andar de carro de luxo ou jet ski. A experiência da festa virtual será gratuita para quem estiver no jogo, mas algumas regalias, como compras de roupa e acessórios, com design da artista de NFT Blake Kathryn, e o passeio de jet ski serão cobrados à parte. O preço para fazer parte do ‘mundo de Paris’ não foi divulgado.

Com o evento, Paris agora se junta a um grupo de artistas que entraram de vez no metaverso. “Para mim, o metaverso é um lugar onde você pode fazer tudo o que pode fazer na vida real no mundo digital”, disse Hilton, que trabalhou para criar aspectos de sua vida mundial para os fãs.

“Nem todo mundo consegue experimentar isso, então é nisso que temos trabalhado juntos desde o ano passado – dando a eles todas as minhas inspirações do que eu quero naquele mundo”, completou.

A socialite também entrou, recentemente, no mercado de ativos digitais. Em outra colaboração com Blake neste ano, a empresária vendeu três obras de arte digital em NFT e faturou mais de US$ 1 milhão. 

Conheça apps que podem ajudar a tornar realidade as promessas de ano novo

Para atingir as metas pessoais , é necessário organização e planejamento

 Por Rafael Nunes* – O Estado de S. Paulo

Apps para ajudar a organizar a sua rotina

Apps para ajudar a organizar a sua rotina

Todo começo de ano é aquela velha história: planos e promessas tomam conta dos corações e mentes das pessoas. Mas para tornar tudo isso realidade, é necessário planejamento e organização. 

A tecnologia não faz milagre, mas pode dar uma mão nos primeiros passos para novos hábitos. Uma geração de aplicativos consegue organizar sua rotina por meio de planilhas, agendas e lembretes interativos que ajudam a não esquecer de nada. 

Google Keep

O Keep pode ser usado como bloco de notas, para fazer listas e anotações de maneira rápida e simples. Você também pode fazer post-its para criar listas de rotina para suas tarefas e marcá-las como concluídas assim que finalizadas.

Ele possui uma função pincel para desenhar ou escrever a mãos suas notas, e também permite adicionar imagens e gravações aos afazeres. É possível compartilhar por link suas notas com membros da casa ou do seu grupo de amigos para que todos estejam sempre atualizados. O app é gratuito e está disponível para iPhone e Android.

Google Agendas

Google agendas é um organizador em forma de calendário com três modos de visualização: diário, semanal e mensal. Assim, é possível alcançar diferentes níveis de organização. 

É possível marcar datas de reuniões ou tarefas com lembretes, e criar alarmes com 30 minutos de antecedência do evento agendado. O app também é integrado ao Google WorkPlace, para que o planejamento seja alinhado com a disponibilidade de agenda dos colegas. O app é gratuito e está disponível para Android e iPhone.

Excel

Quem não conhece o clássico programa da Microsoft? Ele virou app para iPhone e Android e pode ser útil no planejamento de gastos na casa, seja semanal, mensal ou de longo prazo. Tem ferramentas simples para ajudar com cálculos dos mais básicos aos mais complexos, e que podem ser compartilhados entre usuários para que não haja perda de controle de dinheiro. 

Também pode ser usado como planejador de afazeres dos dias, permitindo com que o usuário mude as cores das tarefas de acordo com importância ou data. Ele é gratuito.

Trello

O Trello é um app que permite visualização e controle de fluxo dentro do ambiente de trabalho, com um layout de quadros editáveis com cartões para o nome, data e descrição das tarefas. 

É usado principalmente por profissionais para organizar escritórios com muitos funcionários e funções, permitindo interação dentro da própria plataforma, e recurso de “etiquetas”  e “conclusão de tarefa”, mas também serve como um bom organizador de estudos e viagens, sendo simples e intuitivo. O app é gratuito e está disponível para Android e iPhone

Pocket

Esse aplicativo é um armazenador que guarda textos e vídeos de diversos lugares para ler mais tarde ou compartilhar com amigos notícias e artigos. Para guardá-los, basta tocar no ícone de compartilhamento da plataforma utilizada e tocar em “Adicionar ao Pocket”.

Tem layout simples e intuitivo, permitindo organizar com tags os textos e vídeos mais importantes – é possível também descartar quando não houver mais necessidades. Um exemplo simples é guardar uma receita de bolo para fazer no fim de semana. O app é gratuito está disponível para Android e iPhone.

Toggl Track

Um aplicativo “cronômetro” que ajuda com o tempo de execução de tarefas ao longo do dia. Cada relógio pode ser nomeado para melhorar o desempenho em determinadas tarefas.

Para dias cheios, e para quem trabalha em home office, é um ótimo modo de se manter informado e mais ágil no tempo dentro e fora do trabalho, e para se ter uma ideia de quantas coisas é possível se fazer em apenas um dia. O app é gratuito e está disponível para Android e iPhone.

*é estagiário sob supervisão do editor Bruno Romani 

Bilionários no espaço, vazamentos e apagão do WhatsApp: veja os acontecimentos da tecnologia em 2021

Ano foi marcado por escândalos de privacidade e fortalecimento de planos relacionados ao metaverso

 Por Rafael Nunes – O Estado de S. Paulo

Jeff Bezos, fundador da Amazon, esteve presente no primeiro voo espacial com humanos da Blue Origin

Jeff Bezos, fundador da Amazon, esteve presente no primeiro voo espacial com humanos da Blue Origin

Se pudéssemos, todos teríamos saído da Terra em 2021 – não foi um ano fácil para ninguém. Há quem tenha concretizado esse feito: enquanto cresciam os debates sobre regulação e denúncias de desigualdade de renda global, Jeff Bezos, fundador da Amazon e segundo homem mais rico do mundo, entrou em um foguete e foi para o espaço. 

Mark Zuckerberg adoraria ter pegado uma carona: os Facebook Papers, conjunto de documentos vazados da empresa, revelaram que a rede social está disposta a sacrificar a segurança dos usuários para lucrar. A pressão aumentou e o apagão do WhatsApp, em outubro, escancarou todo o poder da empresa. Para dar uma despistada, o Facebook mudou seu nome corporativo (agora chama-se Meta) e mirou no conceito de metaverso. Seria a chance de um recomeço para o dono do WhatsApp e do Instagram?

Quem vai ter dificuldades de deixar os problemas do ano para trás são os brasileiros, que foram afetados por ondas de megavazamentos e apagões de dados. Se as suas informações não foram expostas e você não foi vítima de uma tentativa de golpe nos últimos meses, você não esteve em 2021.   

Mas o mercado de tecnologia não teve só notícias negativas. Nadando contra a crise econômica nacional, as startups brasileiras tiveram um ano histórico. E o setor viu o nascimento de um gigante: após a maior rodada de investimento de uma startup da América Latina, o Nubank abriu capital e estreou como o mais valioso banco de toda a região, superando nomes tradicionais como o Itaú

A seguir, veja o “resumão” do Link com o que aconteceu de mais importante no mundo da tecnologia em 2021. 

Megavazamentos 

O ano de 2021 tirou a paz dos brasileiros logo em janeiro. O dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe, revelou um vazamento de dados de proporções gigantescas, que expôs informações de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos no Brasil. O megavazamento atingiu algumas das maiores autoridades do País, que foram expostos na internet – entre elas, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O episódio jogou luz sobre uma temporada agitada no mercadão ilegal de informações pessoais. Nos meses seguintes, outros casos vieram à tona, como o vazamento de dados que expôs 100 milhões de celulares em fevereiro, como os de Bolsonaro, do jornalista William Bonner e da apresentadora Fátima Bernardes.

Mudanças na política de privacidade do WhatsApp

O ano foi conturbado para o WhatsApp. Em janeiro, a empresa divulgou uma nova política de privacidade que gerou barulho entre os usuários. Muitos se preocuparam com a obrigatoriedade de compartilhamento de dados entre o app de mensagens e o Facebook, proprietário do serviço. O aplicativo passou a mostrar uma solicitação para aceitar as novas regras: o aviso dizia que os usuários que não aceitassem as novas políticas até 8 de fevereiro de 2021 não poderiam mais usar suas contas – elas ficariam congeladas. 

Pressionado por autoridades de privacidade, o WhatsApp estendeu o prazo para a mudança e, em maio, anunciou que não limitaria mais o app para quem não aceitasse os novos termos. 

A febre do Clubhouse

Clubhouse ganhou muita popularidade nos seus primeiros meses de existência, com a ideia de ser uma rede social de áudios ao vivo – em janeiro, a plataforma quase multiplicou por três sua base de usuários. Mesmo numa era em que muitos dispensam mensagens de áudio no WhatsApp e em que a oferta de podcasts é abundante, o app virou febre. 

Contudo, a ideia de exclusividade acabou limitando a rede de crescer – para entrar na rede social nos primeiros meses deste ano, era preciso receber um convite de um usuário já cadastrado e ser usuário de iPhone, duas exigências abolidas ao longo de 2021. Outras redes sociais, como o Twitter, se adaptaram rapidamente à tendência de áudios e lançaram recursos similares de bate-papo ao vivo. 

Divórcio de Bill Gates

Depois de 27 anos casados, Bill Gates e Melinda anunciaram o divórcio em maio. De acordo com Melinda, o casamento já estava “invariavelmente quebrado” há alguns anos, mas um dos fatores divulgados como fundamentais na separação foi a relação de Gates com Jeffrey Epstein, bilionário acusado de crimes sexuais e morto na prisão antes de seu julgamento, em 2019. 

A fortuna do casal estava estimada em US$ 146 bilhões – os valores da divisão do patrimônio não foram informados nos documentos oficiais. O fim do casamento de Bill e Melinda Gates foi oficialmente firmado em agosto. 

Bilionários no espaço

E os acontecimentos do mundo da tecnologia de 2021 não ficaram restritos à Terra. Richard Branson, fundador da Virgin Galactic, fez uma viagem ao espaço em julho, a bordo da nave Unity. No mesmo mês, Jeff Bezos, fundador da Amazon, repetiu o feito e esteve presente no primeiro voo espacial com humanos da Blue Origin, sua empresa de exploração espacial. 

As viagens dos bilionários alteraram a lógica de visita ao espaço sideral: até então, o ambiente era exclusivo de pesquisadores e pilotos de avião, quase sempre financiados por dinheiro público. Branson e Bezos abriram as portas para o turismo espacial privado, no qual qualquer pessoa precisa apenas desembolsar (muito) dinheiro para viajar além da Terra. 

Apagão do WhatsApp

Não há como esquecer o dia 4 de outubro. No horário de almoço de uma segunda-feira qualquer, todos os serviços do Facebook, incluindo WhatsApp e Instagram, pararam de funcionar. Durante o que se atribui a uma manutenção de rotina, um erro interno na companhia de Mark Zuckerberg causou uma queda nos servidores que deixou várias pessoas e empresas no escuro, sem comunicação por quase um dia inteiro.

Um dia para se esquecer em muitos sentidos, já que muitas pessoas dependem das plataformas, até mesmo para trabalho. O problema também causou um prejuízo de quase US$ 6 bilhões para o patrimônio pessoal de Mark Zuckerberg, um dos homens mais ricos do mundo. 

Telegram surge no cardápio brasileiro

Rival do WhatsApp, o app de mensagens Telegram invadiu os celulares dos brasileiros em 2021. Com número ilimitado de participantes e ferramentas de divulgação, a plataforma se especializou em não ser só uma alternativa para conversar, mas também um repositório de vídeos e imagens.

Sendo assim, em 2021, o Telegram virou palco para discussões sobre eventos como o BBB 21 e a CPI da covid.

Facebook Papers

No ano que o Facebook atingiu a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado, a empresa foi alvo de uma das maiores crises de sua história. Um consórcio chamado “The Facebook Papers”, formado por diversos veículos jornalísticos ao redor do mundo, começou a publicar detalhes de documentos confidenciais da companhia de Mark Zuckerberg. Os materiais foram inicialmente divulgados por Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que coletou pesquisas internas da rede social após pedir demissão em maio. 

Estadão participou do consórcio, ao lado de veículos como The New York Times, The Guardian e Le Monde, e revelou informações envolvendo o Brasil: os documentos mostraram como o País se tornou, nos últimos anos, um terreno fértil para discurso de ódio, desinformação e ataques à democracia na plataforma.

Metaverso

Em meio ao escândalo dos Facebook Papers, a estratégia de Mark Zuckerberg foi olhar para um outro caminho. A companhia mudou o nome de sua holding (a “empresa-mãe”) para Meta, sinalizando o novo foco de seus negócios no conceito de metaverso. 

metaverso pretende simular universos em ambientes digitais a partir do uso de realidade virtual e aumentada. A ideia da empresa é ir além das redes sociais, englobando projetos de um novo mundo virtual. 

Fundadores fora

Grandes figuras do mundo da tecnologia abandonaram suas crias neste ano. Depois de seis anos, Jack Dorsey deixou no final de novembro o comando do Twitter, empresa que ele ajudou a fundar em 2006. Em agosto, Jeff Bezos deixou o comando da Amazon após 27 anos.

As saídas têm como pano de fundo uma pressão crescente contra as gigantes de tecnologia. Mais do que apresentações glamourosas de produtos e balanços financeiros estupendos, os CEOs passaram a lidar com críticas envolvendo temas como privacidade, segurança e monopólio. Depor perante congressistas americanos, por exemplo, virou rotina para os chefões – EUA e Europa têm cobrado cada vez mais esclarecimentos sobre concorrência desleal, moderação de conteúdo e funcionamento de algoritmos, entre outras questões. 

O ano dos unicórnios

O ano de 2021 foi recheado de aportes em startups brasileiras, popularizando as megarrodadas de investimentos (na casa das centenas de milhões de dólares). Consequentemente, o Brasil viu surgir 9 “unicórnios” (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) neste ano, sinal do amadurecimento do setor de inovação do País – ao todo, existem hoje 22 dessas empresas de tecnologia no País.

O mais recente unicórnio brasileiro veio no fim de dezembro: a Facily, uma plataforma que une comércio eletrônico e social commerce para atuar como um hipermercado digital de compras coletivas.

A vez das startups latinas

Em 2021, os bons ventos da inovação chegaram à América Latina como um todo. Pegando carona no ecossistema brasileiro, a região registrou recorde em investimentos em startups neste ano, o que gerou uma nova geração de “unicórnios” (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). 

Segundo relatório trimestral da consultoria americana CB Insights, o território somou US$ 14,8 bilhões em aportes até setembro – em 2020, o valor foi de US$ 5,4 bilhões, até então o mais alto da série histórica.

Nubank virou adulto

Depois de levantar um aporte de US$ 1,15 bilhão em junho, o Nubank abriu capital em 2021, simbolizando a força do ecossistema de inovação do Brasil. 

A fintech estreou na Bolsa de Nova York e na brasileira B3. Em moeda local, o Nubank foi avaliado em R$ 233 bilhões, à frente de Itaú (R$ 213 bilhões), tornando-se o banco mais valioso da América Latina. 

Relembre as principais notícias do mundo da tecnologia em 2021

Nubank virou adulto

Depois de levantar um aporte de US$ 1,15 bilhão em junho, o Nubank abriu capital em 2021, simbolizando a força do ecossistema de inovação do Brasil.

Megavazamentos

O ano de 2021 tirou a paz dos brasileiros logo em janeiro. O dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe, revelou um vazamento de dados de proporções gigantescas que expôs os dados de 223 milhóes de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de Registros de Veículos no Brasil.