sexta-feira, 31 de julho de 2015

TODOS SÃO CULPADOS



  

Márcio Doti


O dever de seguir as leis é do cidadão, esteja ele investido em função pública, profissional liberal, empresário ou qualquer outra atividade que exerça. E a pesquisa realizada recentemente pela CNT, a Confederação Nacional dos Transportes, deixa evidente que o brasileiro começa a enxergar por esse ângulo a cobrança que deve exercer sobre as pessoas e suas responsabilidades perante a lei. Uma grande maioria outrora indiferente já está cobrando de quem exerce cargo público a responsabilidade pela vigilância, pela correção de erros, pelas atitudes e suas consequências.

No Mensalão, a julgar pelas punições, o recado deixado foi o de que o ato de corromper é mais grave do que aquele de se deixar corromper. Quem responde pela corrupção são os empresários. Foi isso que ficou compreendido a partir das punições aplicadas.

O chamado operador do Mensalão, Marcos Valério, pegou pena de 39 anos de prisão. Cristiano Paes e o sócio Rolemberg pegaram penas de quase 30 anos.

Já o super poderoso ministro do governo Lula, José Dirceu, pegou pena de 6 anos e já está até em casa. Delúbio Soares, tesoureiro do PT, o partido do governo, também pegou pena pequena, o mesmo acontecendo com Genoíno. Ou seja, quem detinha cargos públicos e políticos de alta responsabilidade pegou penas pequenas. Os empresários é que apareceram como grandes culpados pela corrupção. Mas quem aceita ou não a proposta de corrupção é quem detém o poder de decisão, os que exercem função pública.

A pesquisa da CNT revela que o povo responsabiliza mais os homens públicos do que empreiteiras, funcionários e empresários. O povo começa a perceber que é dos políticos que ele tem que cobrar as iniciativas, seja para negar espaço à corrupção, seja para punir aqueles que se desviam da linha.

Não quer dizer que empresários ou qualquer categoria de cidadãos possam ficar impunes quando cometem desvios. Cabe, contudo, àqueles que exercem cargos públicos o dever de fazer prevalecer o que é certo.

Também já passa da hora de não se aceitar mais como atenuante a argumentação de que outros cometeram os mesmos erros ou erros semelhantes. Se alguém mais cometeu erros iguais ou parecidos, que alguém pague pelo que fez ou que se puna quem deixou de cobrar, de exigir correção, de responsabilizar culpados. Chega dessa história de adversários se eximirem de culpa ou pelo menos tentarem se eximir apenas porque os erros praticados são iguais e cometidos em épocas diferentes.

“Pesquisa da CNT revela que o povo responsabiliza mais os homens públicos do que empreiteiras, funcionários e empresários”

DILMA E OS GOVERNADORES



  

Orion Teixeira


Os governos federal e estaduais estão em mundos diferentes e pensam, diametralmente oposta e divergentemente, sobre os rumos da economia e da política. Não há como fazer acordos, pactos ou parcerias além daquelas demonstradas na foto de Dilma Rousseff com os 27 governadores. Na economia, a presidente está focada no ajuste fiscal, nos cortes de gastos, para conter a crise. Os governadores consideram equivocada essa diretriz, convencidos de que ela só traz recessão e desemprego. Na avaliação deles, ajustes e retomada do crescimento não seriam incompatíveis.

Na política, se o objetivo era dividir a crise com os governadores e a responsabilidade pela governabilidade, a presidente Dilma Rousseff permanece isolada. A outrora poderosa presidente convidou-os e reuniu-se, ontem, com os governadores para pedir apoio, quase que um apelo por socorro para sair da enrascada que se meteu desde o início deste segundo mandato.

Ao contrário do que Dilma pensa, eles acham que a responsabilidade pelo diálogo com o Congresso Nacional é do governo federal e não dos governadores, via bancadas estaduais.

Outra divergência: Dilma queria que eles fossem intermediários; eles consideram que, em vez de interlocução, soaria como pressão política despropositada, de fora para dentro.

Ao chamar os governadores, ela reconheceu também que perdeu a governabilidade e o apoio do Congresso Nacional. Por isso, teme a aprovação de projetos-bomba, que onerem ainda mais as contas públicas, como aqueles que estenderam o reajuste do salário mínimo para aposentadorias que ganham mais de um e o aumento de 59% aos servidores do Judiciário, entre outros. Outra bomba de efeito retardado começa na eventual recomendação da rejeição das contas governamentais de 2014 pelo Tribunal de Contas da União, que abriria campo para a reprovação de fato no Congresso Nacional, com estímulo a pedidos de impeachment.

Muitos do que ali foram estavam também em 2013, no auge das manifestações de rua, quando a presidente os convocou para pedir apoio a cinco pactos nacionais. Nenhum deles foi para frente. O segundo semestre será o grande teste para Dilma. Na prática, os resultados da reunião de ontem não têm prazo para acontecer além dos sorrisos da foto.

PGR e BB travam depósitos judiciais

O governador Fernando Pimentel (PT) havia pensado em tudo. Aprovou na Assembleia Legislativa, sob protestos da oposição, e sancionou em tempo recorde a lei que o autoriza a usar 75% dos depósitos judiciais no valor de R$ 5,6 bilhões. Pediu até à presidente Dilma para adiar a sanção de projeto concorrente federal que limitava o alcance dos estados. Agora, esbarra em dois problemas.

Primeiro, não contava que o Banco do Brasil pudesse travar, por meio de sua burocracia, a liberação dos recursos. Segundo, ontem, a Procuradoria-Geral da República entrou no Supremo Tribunal Federal contra a lei mineira por considerá-la inconstitucional. De acordo com a norma, o governo pretende usar os recursos no custeio da Previdência Social, pagamento de precatórios e assistência judiciária, e na amortização da dívida do Estado com a União. O prazo de Dilma está vencendo. A favor de Pimentel, apenas mais uma semana do recesso forense.

EMPREITEIRAS



Máquina de corrupção
Janio de Freitas  


Nem tanto pela prisão de alguém eminente como o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, posto sob suspeita de corrupção como presidente da Eletronuclear, mas pela abertura de nova frente de investigações, a Lava Jato dá um passo para a demonstração de que a máquina corruptora movida pelas empreiteiras não tem limites.
Hidrelétricas, estradas, pontes, infraestrutura de comunicações, metrôs, edificações –onde quer que as grandes empreiteiras estiveram ou estejam, é área minada por corrupção. Seja no nível federal, seja no estadual e no municipal. Licitações e contratos corretos por certo houve e há, mas como fatos fora do sistema. Assim é pelo menos desde a abertura da Transamazônica no período do general Médici –ocasião em que foram estabelecidas as fórmulas, hoje uma norma, de compartilhamento da obra e de entendimento entre as empreiteiras para divisão das oportunidades.
Faço eco do já escrito aqui muitas vezes: atacar a corrupção manobrada pelas grandes empreiteiras, para obras públicas e para seus negócios de concessões e privatizações, seria mudar toda a prática política no Brasil. A voracidade de parlamentares e partidos que oprime governos, para entrega de ministérios, secretarias e empresas a políticos e a indicados seus, origina-se nas grandes empreiteiras e seus interesses tentaculares, lançados sobre a administração pública.
Não há um só propósito legítimo para que partidos e seus políticos rebaixem-se até a condição de chantagistas para obter diretorias em estatais, autarquias e ministérios. Manietar as empreiteiras e, portanto, fechar aqueles guichês de corrupção seria, além do mais, dar a tais seções do serviço público a possibilidade de se tornarem mais eficientes. E a custos menores. Um Brasil que o Brasil não conhece.
Petrobras, Eletronuclear –vamos em frente?

LÂMPADAS



  
O Fim das lâmpadas incandescentes



Desde 1º de julho, a lâmpada incandescente de 60 watts não pode mais ser comercializada no Brasil. As de 100 W e 150 W já estavam proibidas e, até junho de 2017, as de demais potências também serão atingidas pela medida.

A baixa eficiência é o principal motivo dessa proibição. De 5% a 10% da energia gasta para o funcionamento da lâmpada incandescente é transformada em luz, o restante é desperdiçado em calor. Já a durabilidade não ultrapassa as 2 mil horas. Ou seja, vilã do bolso e do meio ambiente.

Uma das alternativas disponíveis no mercado é a eficiente lâmpada de LED, que possui diversas vantagens sobre as comuns. Para se ter uma ideia, uma LED de 10 W ilumina o equivalente a uma incandescente de 60 W e pode permanecer acesa por mais de 25 mil horas. É produzida com materiais recicláveis e não esquenta, e seu bulbo é feito de plástico. Por tudo isso, é mais econômica, ecológica e segura.

Confira no quadro abaixo a comparação entre os dois tipos de iluminação utilizando 6 lâmpadas por 3 horas por dia, durante 30 dias.
De acordo com a simulação, o uso das lâmpadas incandescentes apresentaria um gasto anual de 388,8 kWh e as de LED, 64,8 kWh, ou seja, uma diferença de 324 kWh.

Evite o Desperdício de Energia

O consumo de energia depende de duas grandezas: potência dos equipamentos e o tempo de utilização dos mesmos.
Então, em sua residência, você só possui 2 caminhos para evitar o desperdício de energia: ao adquirir um eletrodoméstico tente identificar entre os similares os que possuem menores potências e preste bastante atenção no tempo de funcionamento destes, pois em muitas das vezes os equipamentos permanecem ligados desnecessariamente.
1) - Exemplos de escolhas  de equipamentos de menores potências ou os chamados “eficientes”.
1 - Se você possui uma lâmpada incandescente de 60 Watts de potência, quando esta queimar substitua por uma fluorescente compacta de 15 Watts (economia de 75% nesta substituição).
2 - Na compra de geladeiras verifique sua necessidade, ou seja, a capacidade da mesma em litros e então escolha as que possuírem a Etiqueta do Procel e esteja enquadrada no Modelo A ou B da escala, este procedimento deve ser adotado para todos os equipamentos etiquetados pela Inmetro e Procel.
3 - Ao adquirir secadoras de roupas ou de cabelo, máquinas de lavar roupa ou louças, chuveiros, ferro elétrico, TV e demais eletrodoméstico sempre pergunte pela potência e procure saber a potência que o concorrente está fabricando.
É importante ter em mente que, geralmente, o valor gasto com o consumo de energia é inúmeras vezes superior ao preço de compra de um equipamento elétrico. A exemplo da compra de um veículo, onde o consumo de combustível é levado em consideração, o mesmo comportamento deve ser adotado na compra de qualquer equipamento elétrico.
2) – Exemplos de atenção com o tempo de funcionamento dos Eletrodomésticos.
1 – Uma geladeira trabalha para retirar o calor dos produtos acondicionados em seu interior e o ar quente. Este entra pela borracha de vedação em mau estado ou quando a mesma é aberta. Então evite colocar produtos quentes, deixar a porta aberta por muito tempo e faça a vistoria da borracha de vedação através do teste da folha de papel.
Outra questão a ser observada é a realização do degelo: se ela não faz automaticamente, este deverá ser realizado sempre que a camada de gelo atingir 1 cm.
Como podemos ver, o tempo de funcionamento da geladeira depende do número de vezes e o tempo que a porta é aberta, do estado de conservação da borracha de vedação, da freqüência do degelo, da quantidade e da temperatura dos produtor acondicionados.
2 – Sempre que for utilizar um eletrodoméstico como o ferro de passar, lavadoras, secadoras, procure fazê-lo na quantidade indicada pelo fabricante e dentro do bom senso. Ligar o ferro para passar uma peça de roupa ou lavar poucas peças de roupa apenas em caso de urgência.
3 – A função stand-by foi desenvolvida para proporcionar conforto, mas temos que ter conhecimento que consome energia e dependendo da quantidade de equipamentos utilizando este recurso diariamente, ocorrerá um consumo mensal elevado devido a este conforto. O uso correto da energia não implica em redução do conforto, mas cabe um alerta.
4 – Geralmente existe a dúvida que ao ligar e desligar um equipamento como lâmpadas, computadores, Tv e outros, podemos diminuir sua vida útil. Estes equipamentos são projetados para suportar uma elevada situação de liga-desliga então a recomendação é que desligue se não for utilizá-los por alguns minutos porque geralmente estes minutos são transformados em horas e vem a desculpa mais usada no desperdício: ESQUECI.
5 – Como foi dito e deve ser reforçado, o uso consciente de energia não deve diminuir o conforto, mas equipamentos de elevadas potências, como o chuveiro, secador de cabelo e outros com potência acima de 1.000 watts deverão receber uma atenção especial. O tempo de utilização pode não ser muito elevado, mas como possuem grandes potências, pode-se apurar consumo elevado.
Enfim, fique atento a estes dois procedimentos e o seu desperdício será reduzido.


CONFLITO ENTRE ISRAEL E IRÃ SAI DAS SOMBRAS

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