quinta-feira, 31 de agosto de 2023

RÚSSIA SOFRE BOMBARDEIOS DE DRONES DA UCRÂNIA

 

História por IGOR GIELOW • Folha de S. Paulo

Ataque de drone em Moscou. 24/7/2023 REUTERS/Maxim Shemetov

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Ucrânia promoveu o maior ataque com drones contra o território russo desde o início da guerra promovida por Vladimir Putin em fevereiro de 2022. Ao menos seis regiões foram alvejadas, e houve danos importantes a quatro aviões de transporte pesado Iliuchin Il-76, o principal cargueiro militar de Moscou.

Nesta quarta (30), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que os bombardeios só puderam ocorrer em áreas tão diversas e distantes da fronteira ucraniana com apoio de inteligência de países da Otan, a aliança militar ocidental. “Os ataques não passarão impunes”, disse a porta-voz Maria Zakharova.

A ação começou no final da noite de terça (29) em Pskov, 600 km a noroeste da capital. “O Ministério da Defesa está repelindo um ataque de drones contra o aeroporto”, escreveu no Telegram o governador Mikhail Vedernikov, que postou um vídeo de um grande incêndio, com sons de explosões e de sirenes.

Pskov fica a cerca de 60 km da fronteira com a Estônia, um membro da Otan, e pertence a uma região a 800 km da Ucrânia que ainda não havia sido atingida na guerra. Sedia uma importante base aérea, e a agência estatal russa Tass relatou que ao menos dois dos Il-76 foram engolfados por chamas.

Os aviões, de origem soviética, são o esteio da aviação de transporte militar da Rússia, que opera 110 deles. Antes, drones de Kiev haviam danificado e destruído bombardeiros estratégicos em bases dentro do país de Putin, e no ano passado metade de uma frota de caças na Crimeia foi destruída.

Devido aos ataques, os voos no aeroporto moscovita de Vnukovo foram suspensos na madrugada. Segundo a Defesa russa, três drones foram derrubados em Briansk, dois em Orlov, e outro, em Kaluga.

Houve ao menos um ataque contra Moscou, alvo constante de drones nas últimas semanas. Segundo a prefeitura, um aparelho foi derrubado perto do distrito de Ruzki. Por fim, Riazan também foi atingida.

Em Briansk, apesar dos relatos russos de que não houve grandes danos, vídeos em redes sociais mostraram a explosão de um drone sobre uma fábrica de microeletrônicos. Houve também explosões não identificadas em uma sétima localidade, Tula. Ainda é incerto que tipo de aparelho foi usado contra Pskov.

Os ucranianos têm alguns drones de longo alcance, que podem atingir alvos a mais de mil quilômetros, mas eles são maiores e em tese mais fáceis de serem identificados por defesas aéreas. Já modelos pequenos, de curto alcance, precisam ser lançados de dentro do território russo, sugerindo a infiltração de comandos ucranianos ou a colaboração de rebeldes contrários ao Kremlin.

Nesta semana, o foco parecia direcionado mais à Crimeia anexada, que teve dois dias seguidos com drones sendo abatidos por defesas russas. Ainda nesta madrugada na região, a Rússia disse ter afundado quatro botes de alta velocidade que transportavam soldados de tropas especiais ucranianas para tentar entrar na península. Outros dois botes foram destruídos perto da ilha da Cobra, no leste do mar Negro.

Kiev ainda não comentou esses episódios, que ocorreram uma semana depois de uma ação secreta que envolveu a entrada de forças especiais na Crimeia, com direito a hasteamento da bandeira ucraniana e a destruição de uma poderosa bateria antiaérea S-400 dos russos na região.

Em contrapartida, alarmes de ataque aéreo soaram em toda a Ucrânia durante a noite. Kiev sofreu um dos maiores ataques com mísseis e drones desde o final de 2022, e ao menos duas pessoas foram mortas.

Toda essa movimentação assimétrica ocorre enquanto a Ucrânia sofre para fazer avançar sua contraofensiva, lançada em 4 de junho. Nas duas últimas semanas, o Ministério da Defesa local anunciou a conquista da cidade de Robotine, o que poderia sugerir uma entrada mais incisiva na região de Zaporíjia.

Na prática, contudo, o avanço nem chegou ainda à primeira das três linhas fortificadas dos russos na região. Com o frio se aproximando, e a paciência do Ocidente cada vez mais duvidosa, a ação de Kiev se tornou uma corrida contra o tempo, temperada com um aumento nas ações de impacto mais simbólico.

Se os Il-76 foram destruídos, contudo, há um ganho militar evidente, dada a importância do aparelho para as Forças Armadas do Kremlin. De acordo com os relatos iniciais, não houve vítimas nos ataques.

O GOVERNO PRECISA DE UMA REFORMA ADMINISTRATIVA QUER QUEIRA QUER NÃO

História por Redação Itatiaia 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) recebeu, nesta quarta-feira (30), um manifesto em favor da reforma administrativa assinado por 23 frentes parlamentares. Ele voltou a defender a aprovação da proposta.

Lira afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa entrar na discussão da reforma “por bem ou por mal”.

“Precisamos fazer que o governo entenda, por bem ou por mal, assim ou assado, que ele tem que entrar nessa discussão. A gente não consegue fazer uma votação com 308 [votos] sem o consenso basilar sobre os princípios”, afirmou Lira ao receber o documento das frentes parlamentares.

O presidente da Câmara defende há meses a aprovação da reforma administrativa, com base em um projeto elaborado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) que não avançou no plenário.

Lira argumentou que o conteúdo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pode evoluir conforme as negociações políticas e que as mudanças a serem aprovadas não atingirão os atuais servidores públicos. Ele ressaltou que ainda não há no horizonte a criação de um grupo de trabalho ou de uma nova comissão para rediscutir a proposta, mas isso depende do governo e da pressão

“Não há encaminhamentos ainda. Regimentalmente, a PEC está pronta para plenário. A distância de ela estar pronta e ir para plenário é apoio, é desmistificar as versões”, reforçou.

O texto que promove mudanças nas carreiras dos servidores públicos enfrenta resistências dentro do Partido dos Trabalhadores (PT).

A medida não está entre as prioridades do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer no primeiro semestre que é “ilusório” atribuir à reforma administrativa uma grande capacidade de redução das despesas públicas no curto prazo.

VÍDEO – Governo recua e apoia PEC das Forças Armadas restrita a eleições

Em resolução divulgada nesta quarta (30), o PT reiterou críticas à reforma administrativa em curso no Congresso por entender que a proposta “precariza o serviço público”.

O manifesto em apoio a reforma administrativa foi entregue em um almoço promovido pela Frente Parlamentar do Comércio e Serviços e defende que a diminuição do Estado cria um ambiente mais favorável.

“Quando o Estado diminui suas despesas e regulações excessivas, as empresas podem se beneficiar de um ambiente mais favorável para investimentos e expansão, levando à criação de empregos e aumento da produção”, diz o manifesto

Entre as 23 frentes parlamentares que assinam o manifesto, estão a da agropecuária (FPA) e a do Empreendedorismo (FPE). Algumas das frentes são presididas pelo mesmo parlamentar, como o caso do deputado Carlos Gaguim (União-TO), que assina cinco vezes o documento.

 

SUS NA UTI POR FALTA DE VERBAS

História por Notas & Informações • Jornal Estadão

Celebrado como uma das maiores conquistas civilizacionais da história do Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), o maior serviço público de saúde do mundo, é fundamentalmente prestado por entes privados. Sem as Santas Casas e hospitais filantrópicos o SUS seria, quantitativa e qualitativamente, inviável.

Os hospitais estatais são insuficientes e, via de regra, ineficientes e caros. Os hospitais beneficentes respondem por 50% dos atendimentos do SUS e 70% dos casos de alta complexidade. Em mais de 800 municípios, eles são o único serviço de saúde. Seria um modelo exemplar de parceria público-privada – o Estado arrecada recursos dos cidadãos e repassa-os a quem tem estrutura e expertise –, se um dos parceiros cumprisse a sua parte.

Mas há décadas esses hospitais são asfixiados pelo subfinanciamento. Entre 1994 e 2022, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou reajuste de 636% e o salário mínimo, de 1.597%, a tabela de procedimentos do SUS foi reajustada em 93%. Os custos dos hospitais beneficentes chegam a ser oito vezes menores que os dos hospitais federais. Mesmo assim, em média, a cada R$ 100 gastos por eles em atendimentos do SUS, só R$ 60 são cobertos pelo Estado. Segundo o Conselho Federal de Medicina, há procedimentos em que a defasagem chega a 17.270% em comparação à Classificação Brasileira de Procedimentos Médicos.

O déficit anual dos hospitais beneficentes é da ordem de R$ 10,9 bilhões por ano – e vem subindo. Em seis anos, mais de 300 fecharam as portas. Outros resistem à custa do sucateamento de suas estruturas e altos endividamentos, que chegam a cerca de R$ 20 bilhões. Assim, os pilares do SUS estão ruindo por causa da incúria dos governos federais, que capitalizam o prestígio do SUS descapitalizando seus parceiros.

É literalmente salutar, portanto, a iniciativa do governo paulista de complementar os repasses federais. A um custo anual de R$ 2,5 bilhões, todos os 5 mil procedimentos terão algum complemento, no mínimo de 10% a 20%, podendo chegar a 400%. Para dar uma ideia da defasagem, os repasses para retirada de vesícula passarão dos R$ 996 federais para R$ 4.483 no total; para cirurgia de hérnia, a elevação será de R$ 434 para R$ 1.957; parto, de R$ 443 para R$ 2.217.

O programa deveria ser emulado por outros Estados, mas está longe de ser uma solução definitiva. Poucos Estados têm a capacidade financeira de São Paulo – e, em geral, os que menos têm mais dependem do SUS. Repasses estaduais, melhorias na gestão ou créditos a juros menos escorchantes têm sido paliativos incapazes de conter o sangramento a que os hospitais estão submetidos pelo subfinanciamento.

Para resgatar o SUS da UTI, o governo federal precisa de um plano de renegociação de dívidas e reposição das perdas acumuladas pelos hospitais, e para tirá-lo definitivamente da enfermaria, precisa atualizar a tabela de procedimentos. É uma questão de justiça para com os hospitais beneficentes – e de saúde para 7 em 10 brasileiros que dependem dos cuidados do SUS.

 

GOVERNO PRETENDE ZERAR DÉFICIT FISCAL COM AUMENTO DE IMPOSTOS

Equipe econômica aposta em sete principais medidas para elevar receita da União no próximo ano e cumprir meta estabelecida no arcabouço; mudanças no tribunal da Receita respondem por um terço das verbas extras

Por Adriana Fernandes, Mariana Carneiro e Bianca Lima – Jornal Estadão

BRASÍLIA – Depois de meses debruçada sobre o Orçamento de 2024, a equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fechou o pacote de medidas arrecadatórias que serão consideradas na peça orçamentária.

Serão previstos R$ 168 bilhões em verbas extras no próximo ano com o objetivo de zerar o déficit das contas públicas, como determina o novo arcabouço fiscal. O Estadão apurou que esse montante será viabilizado por meio de sete medidas principais, sendo que as mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), espécie de tribunal da Receita Federal, responderá por um terço do valor: R$ 54,7 bilhões.

Equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fechou o pacote de medidas arrecadatórias que serão consideradas no Orçamento de 2024.
Equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fechou o pacote de medidas arrecadatórias que serão consideradas no Orçamento de 2024. Foto: Andre Borges/EFE

As transações tributárias, negociações feitas com contribuintes por meio do Fisco e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), vem na sequência, com uma previsão de R$ 42,1 bilhões – sendo R$ 30 bilhões no âmbito da Receita e R$ 12,1 bilhões por meio de uma nova modalidade que será realizada pela PGFN.

O time comandado por Haddad e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também incluiu na conta a vitória do governo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu que benefícios estaduais não podem ser abatidos de tributos federais. Logo, as empresas terão de pagar mais impostos. A decisão, segundos os cálculos da Fazenda, deve render R$ 35,3 bilhões a mais aos cofres públicos em 2024.

taxação dos “super-ricos”, por meio das mudanças nos fundos offshore (aplicações no exterior) e exclusivos, somam outros cerca de R$ 20 bilhões adicionais. Essas medidas foram batizadas de “Robin Hood”, por focarem o andar de cima da população brasileira, e enfrentam resistências dentro do Congresso Nacional. Elas foram enviadas à Câmara dos Deputados nesta segunda-feira.

A mudança na forma de tributação dos chamados Juros Sobre Capital Próprio (JCP), um instrumento de remuneração dos acionistas, pode gerar mais R$ 10 bilhões extras em 2024, segundo as previsões. O projeto de lei com as alterações, no entanto, ainda não foi enviado ao Congresso. O governo precisa encaminhar a matéria até essa quinta-feira, para que possa ser contabilizada no Orçamento do próximo ano.

O JCP é um instrumento usado por grandes empresas que permite que a remuneração (distribuição de lucros) aos acionistas seja enquadrada como despesa – e, assim, abatida do Imposto de Renda.

Há, ainda, a expectativa de arrecadar R$ 700 milhões com a regulamentação das apostas esportivas – estimativa abaixo do esperado. Inicialmente, o governo chegou a prever R$ 15 bilhões, depois R$ 2 bilhões e agora está na casa dos milhões. Os textos já estão na Câmara e podem ser votados na próxima semana.

Os números da equipe econômica estão cercados de ceticismo no Congresso e no mercado financeiro. Ainda assim, a ministra Simone Tebet afirmou nesta quarta-feira que, pelas variáveis à disposição do governo neste momento, é possível, sim, alcançar a meta de déficit zero no ano que vem.

“Hoje, nós temos crença que, se todas as variáveis que estão sendo apresentadas se concretizarem, os números não mentem, vão dizer que nós teremos meta fiscal zero”, disse.

Tebet voltou a dizer que considera a meta “audaciosa” mas afirmou que o Ministério da Fazenda apresentou números de que é possível alcançá-la: “hoje, a conta fecha”, disse ela, ainda que haja a incerteza sobre a aprovação dessas medidas no Congresso.

“A meta é audaciosa, ninguém discute. O ministro da Fazenda tem essa consciência. Preciso que todas as variáveis se confirmem, mas tenho que trabalhar com aquilo que é a variável de hoje. Ninguém tem bola de cristal, não posso prever nem se precisaremos mexer na meta para mais ou para menos, não sabemos o que virá”, disse.

 

HELICÓPTERO CAIU SOBRE ÁRVORES NA FLORESTA AMAZÔNICA E TODOS SOBREVIVERAM

 

‘Só pegava no sono quando o cansaço vencia o medo’, conta piloto após três dias perdido na Amazônia

Josilei Albino de Freitas, um engenheiro da Funai e mecânico sobreviveram à queda de um helicóptero no interior do Amapá

Por Andréia Bahia – Jornal Estadão

“De cada dez helicópteros que caem na floresta amazônica quatro não são encontrados e em praticamente todos os acidentes há registro de óbitos”, relata o piloto Josilei Albino de Freitas, de 51 anos, ao afirmar que pode ser considerado um milagre ele, o engenheiro da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) José Francisco Vieira e o mecânico Gabriel Assis terem sobrevivido à queda de um helicóptero no interior do Amapá, no último dia 16. Eles ficaram até sábado, 19, perdidos na floresta.

A aeronave estava a 900 metros de altura, sobrevoando uma área de reserva na Serra do Navio, a 130 km de Macapá, destino da viagem, quando sofreu uma pane mecânica e caiu sobre duas árvores, que amorteceram a queda. Vieira, que filmou os 7 minutos da queda, bateu a cabeça e Assis trincou uma costela. O piloto saiu ileso.

Helicóptero sofreu uma pane mecânica e caiu sobre duas árvores, que amorteceram a queda de 900 metros de altura
Helicóptero sofreu uma pane mecânica e caiu sobre duas árvores, que amorteceram a queda de 900 metros de altura Foto: Josilei Albino de Freitas

Era a última viagem da equipe que fazia atendimentos de saúde a comunidades indígenas que não são acessadas por estradas e nem por aviões. O contrato com o Ministério da Saúde terminaria no dia 17 e eles estavam retornando da aldeia de Bona para Macapá, um voo de aproximadamente 2 horas. O helicóptero caiu a cerca de 10 minutos do destino.

Além dos alimentos do kit de sobrevivência, eles transportavam duas caixas com cerca de 7 quilos de peixes. “Era um calor insuportável e os peixes rapidamente iam apodrecer. Então, defumamos parte deles”, conta Freitas.

Josilei conta que não conseguia dormir nas barracas devido ao calor na Floresta Amazônica
Josilei conta que não conseguia dormir nas barracas devido ao calor na Floresta Amazônica Foto: Josilei Albino de Freitas

No kit havia também barracas e redes, mas eles não conseguiam dormir nos equipamentos devido ao calor. “Dormia na rede, mas só pegava no sono por volta das 3 horas da madrugada, quando o cansaço vencia o medo. E era com uma faca e lanterna na mão”, conta o piloto.

Para afugentar os animais, principalmente as onças, eles mantinham uma fogueira acesa e também faziam as necessidades fisiológicas nos limites do local onde estavam instalados para afastar os bichos. “O animal entende que a área tem dono”, explica Freitas. A água do rio foi o maior problema porque era muito suja e já no dia seguinte após a queda Freitas passou a ter diarreia.

O helicóptero não tinha sistema de SOS, apenas um rádio com alcance limitado. Freitas mandava mensagens duas vezes por dia, às 9h30 e 16h, a fim de alcançar alguma aeronave que sobrevoasse o local que estavam. Eles também soltaram rio abaixo uma garrafa pet com as coordenadas do local do acidente e R$ 70. “Para incentivar quem achasse a nos enviar socorro”, conta Freitas. Ainda não se tem notícia da garrafa.

Sete quilos de peixes foram defumados para não apodrecer no meio da selva
Sete quilos de peixes foram defumados para não apodrecer no meio da selva Foto: Josilei Albino de Freitas

Na sexta-feira, sem nenhum retorno no rádio, o mecânico Gabriel Assis decidiu descer o rio em um colchão inflável, que furou no mesmo dia. Ele pernoitou na beira do rio e, no dia seguinte, fez uma jangada para continuar a busca por socorro.

Na manhã de sábado, o piloto e o engenheiro ouviram o barulho de um avião e rapidamente mandaram uma mensagem de rádio, que foi captada pela aeronave do Pará. Por volta das 14 horas, uma equipe da Força Aérea Brasileira fez o resgate de Freitas e Vieira no local e do mecânico Gabriel, que estava em uma pedra no rio, a 12 km do local do acidente.

Na chegada em Macapá, todos estavam severamente desidratados e Gabriel teve uma convulsão provocada pelo estresse, mas recebeu alta no domingo. As causas do acidente estão sendo investigadas e Josilei Freitas já foi autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a reabilitar sua carteira, que tem 25 anos. Em caso de acidentes aéreos, o documento é suspenso.

Ele já está em casa, na cidade de Valparaíso de Goiás ,e disse que o acidente não vai fazê-lo deixar de voar. “Vou procurar as causas do acidente e aprender com os erros.”

PARA LULA TUDO SE RESUME A UMA LUTA DE RICOS CONTRA POBRES

Para o presidente brasileiro, tudo se resume a uma luta de ricos contra pobres

Por William Waack – Jornal Estadão

Lula se diz dedicado a duas tarefas formidáveis: reconstruir o Brasil e mudar a ordem internacional. Em ambas afirma estar enfrentando de forma efetiva a luta de ricos contra os pobres.

Para Lula, países avançados não investem nos pobres e insistem via FMI em cobrar dívidas impagáveis. São sempre os poderosos que começam as guerras e a ONU não pode fazer nada pois dezenas de países (presumivelmente “pobres”) não têm voz na instituição que deveria governar o mundo, de preferência pelo voto.

Mas o mundo não será mais o mesmo agora que os Brics se expandiram, disse Lula. Esse coletivo já é economicamente mais poderoso que o G7 , nem precisará mais do dólar para comerciar entre si e vai dar uma sacudida naquele Conselho de Segurança inoperante.

Lula tem resumido tudo a uma luta de ricos e pobres, como há 20 anos, mas agora achando que é o dono de todas as verdades
Lula tem resumido tudo a uma luta de ricos e pobres, como há 20 anos, mas agora achando que é o dono de todas as verdades Foto: Wilton Junior/Estadão

No Brasil, os ricos não estavam no imposto de renda nem os pobres no orçamento público. Ricos escapavam da tributação que penalizava sobretudo os trabalhadores de renda mais baixa. Uma dupla injustiça, segundo Lula, pois quem faz a economia crescer são apenas os trabalhadores.

Mas agora essa situação mudou com a MP que taxa fundos dos super-ricos para compensar o aumento da faixa de isenção do IR. Soma-se a isso a política de valorização do salário mínimo e regras para contas públicas com ênfase na receita e não em corte de despesas e o Brasil está, segundo Lula, diante de uma efetiva correção da desigualdade.

É óbvio que esse tipo de extrema simplificação funciona num palanque mas tem escassa utilidade para orientar política externa e políticas públicas. A visão de Lula da ordem internacional é a de uma espécie de “luta de classes” consolidada numa “tirania” de poucos sobre muitos, e desconhece o básico da relação de forças e motivos de ação das potências. Além de atribuir à ONU um papel que nunca teve.

Em encontros no Brics, na África do Sul, Lula aceitou a proposta chinesa de incorporar mais países em uma disputa geopolítica
Em encontros no Brics, na África do Sul, Lula aceitou a proposta chinesa de incorporar mais países em uma disputa geopolítica Foto: Phil Magakoe/AFP

A desigualdade brasileira, uma das piores do mundo, tem raízes profundas e hoje se perpetua numa economia fechada, de produtividade estagnada (fora a da agroindústria, que Lula não entende) e sufocada por um Estado balofo e ineficiente. Patrimonialismo é o nome do jogo político no qual Lula está profundamente mergulhado, e que não permite o tratamento igual a cidadãos, segmentos ou regiões.

A diferença entre o que Lula enfrentou há vinte anos e as situações às quais se dedica agora é o enorme aumento da complexidade e gravidade desses desafios. O mundo se divide numa perigosa luta de contestação da ordem vigente, que deixa o Brasil em posição muito delicada.

Quanto ao lado doméstico, o Brasil faliu ao tentar financiar um estado de bem estar social, e cresce de maneira pífia há décadas. Seus sistemas político e de governo pioraram quanto à eficácia, e a relação entre os Poderes se desequilibrou.

Lula continua enxergando tudo preso às mesmas visões de 20 anos atrás. Mas com uma grande diferença: hoje ele se acha dono das verdades absolutas.

 

O ÚNICO MINISTRO MILITAR DE LULA FOI DEMITIDO E ISSO AFETA AS FORÇAS ARMADAS

 

Generais notaram ausência de G. Dias, então chefe do GSI, na cerimônia do Dia do Exército ao lado do presidente; leia bastidor

Por Felipe Frazão – Gazeta do Povo

BRASÍLIA – A demissão do general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias, agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), não deve afetar a relação do Exército com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oficiais da ativa e da reserva ouvidos pelo Estadão sob a condição de anonimato afirmam que G. Dias não era visto como um representante da cúpula das Forças Armadas no primeiro escalão do governo.

Um general de quatro estrelas lembrou que G. Dias não foi um ministro indicado, sugerido ou endossado pelo Exército ao presidente, apesar do vínculo direto com o Alto Comando. Um assessor do atual comandante disse que G. Dias estava na reserva há anos, era antigo colaborador da segurança presidencial do petista e, por isso, uma escolha pessoal de Lula. Além disso, o general de três estrelas não demonstrava ambições políticas e atuava com pouco apego ao cargo, de forma discreta, cumprindo uma missão a pedido do presidente.

Militares da ativa e da reserva afirmam que demissão do único general no ministério de Lula não afeta relações com Forças Armadas FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Militares da ativa e da reserva afirmam que demissão do único general no ministério de Lula não afeta relações com Forças Armadas FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR

Um ex-comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, conhecedor das rotinas do Palácio e do GSI, avalia que Lula o manteve até agora no cargo por consideração ao antigo colaborador, mesmo com todas as queixas e desconfianças sobre os militares que manifestou. Para o oficial, “no fundo, Lula não queria um milico lá, ainda mais o chefe”. E a escolha por um militar passou a fazer menos sentido ainda porque a Polícia Federal assumiu a segurança pessoal do presidente – as instituições PF e Forças Armadas têm culturas e métodos distintos.

G. Dias foi diretor do Departamento de Segurança e assessor-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Em março de 2006, assumiu como secretário de Segurança da Presidência da República. Sempre circulou muito próximo do presidente, espécie de “sombra”. Assumiu a Coordenadoria de Segurança Institucional e trabalhou com a ex-presidente Dilma Rousseff após passar à reserva em 2013.

Nesta quarta-feira, dia 19, Lula voltou a falar sobre seus dissabores com a caserna. Mas participou de uma cerimônia, em tentativa de recobrar as relações. “Hoje foi o Dia do Exército Brasileiro e todo mundo sabe o quanto eu andava magoado com os militares desse País por conta de tudo o que aconteceu. Fiquei a noite inteira pensando ‘vou ou não vou?’. Tomei a decisão de ir e acho que Deus me ajudou a decidir”, disse o presidente. “Fui para mostrar ‘eu não guardo rancor’. Esse Exército não é mais o Exército de Bolsonaro, é o Exército de Caxias, é o Exército com compromisso constitucional.”

A ausência de G. Dias ao lado de Lula, na solenidade no Quartel-General do Exército, foi notada e comentada no generalato. Os mais antigos se perguntaram: “Cadê o G. Dias?”. Achavam que ele deveria estar na cerimônia por chefiar, até então, uma pasta com perfil militar na Presidência da República. Naquela altura, já circulava entre os generais a informação de que ele fora flagrado em uma situação complicada, embora as imagens não tivessem sido veiculadas pela CNN Brasil.

Ausência de G. Dias ao lado de Lula, na solenidade no Quartel-General do Exército, foi notada e comentada entre os oficiais.
Ausência de G. Dias ao lado de Lula, na solenidade no Quartel-General do Exército, foi notada e comentada entre os oficiais. Foto: RICARDO STUCKERT/PR

A ordem no Comando do Exército é não tratar publicamente do assunto. A cúpula da Força Terrestre acompanha agora quem vai ficar com o comando GSI, que possui em sua maioria cargos e atribuições militares. Embora a pasta tenha sofrido grande desidratação, com perda de atribuições, oficiais acham pouco provável que Lula avance a ponto de extingui-la por completo. Mas deve eliminar um problema, a cobrança por desmilitarizar a pasta.

O desfecho mais provável, segundo oficiais militares e ministros de Lula, é a escolha de um civil para chefiar a pasta. Lula entregou o comando, de forma interina, a Ricardo Capelli, jornalista e braço-direito do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ele havia atuado como secretário-executivo de Dino e como interventor da União na segurança do Distrito Federal, após os ataques antidemocráticos.

Perda de prestígio

Sem nenhuma base política, G. Dias havia perdido poder e prestígio e viu sua pasta ser esvaziada no governo depois do atos golpistas de 8 de janeiro. G. Dias havia entrado numa disputa de versão com o próprio Exército, sobre a dispensa de um reforço de segurança às vésperas do ataque ao Palácio do Planalto, e não encontrava apoio amplo nem na caserna para permanecer no governo.

A situação se tornou irreversível após a CNN Brasil divulgar imagens que mostram o então ministro indicando uma saída pela escada a invasores que estavam na porta do gabinete de Lula. As gravações do próprio Palácio do Planalto mostram a equipe do GSI, de forma passiva, sem deter os invasores. Um deles cumprimentou um dos extremistas e fez um gesto de positivo a outro grupo. Um terceiro agente do GSI serviu água.

Blindado externamente, ele sofria forte questionamento de colegas ministros. Em vez de demitir um homem de sua confiança, Lula reduziu as atribuições históricas do GSI, desprestigiando o general. G. Dias já havia deixado de ser o responsável pela segurança pessoal imediata de Lula, o círculo de homens armados que fazem as vezes de guarda-costas. A tarefa passou a ser desempenhada por policiais federais, ligados a uma secretaria nova instalada no gabinete pessoal de Lula.

O presidente determinou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) saísse do organograma do GSI. A Abin passou a ser vinculada à Casa Civil, chefiada por Rui Costa, que conduzia reuniões sobre o assunto sem a presença do próprio G. Dias. O general nunca conseguiu emplacar um nome vinculado a si para chefiar a agência.

Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram o ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, orientando bolsonaristas durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram o ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, orientando bolsonaristas durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Foto: Reprodução/CNN

Dois dias após o fracasso na proteção da Presidência, G. Dias dizia ter preparo para se defender de “fogo amigo ou fogo inimigo”, por causa de seus 44 anos de Exército. Em duro recado, Lula chegou a dizer a G. Dias que ele precisava “assumir o controle” e “tomar conta” da pasta o quanto antes, segundo ministros, e ordenara um pente-fino em toda a equipe herdada do general bolsonarista Augusto Heleno.

G. Dias fez circular a versão de que as dificuldades de reação no 8 de janeiro estavam vinculadas ao fato de que não havia ainda trocado todos os integrantes do GSI – apenas os que eram diretamente ligados ao ex-ministro Heleno. Até para não haver uma quebra de comunicação e de comando, dada a necessidade de reforço na segurança para a posse de Lula, alguns militares em postos-chave foram mantidos, mas não adiantou. Outros erros de preparo ficaram patentes, como efetivo insuficiente. A situação de G. Dias foi comparada ao desgaste do coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, ex-comandante do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP).

O coronel Fernandes sofreu intenso desgaste na tropa e teve de responder a interrogatórios em investigações perante o Supremo Tribunal Federal para explicar sua conduta e de seus subordinados na repressão ao ataque golpista. Num vídeo gravado por um policial, ele bateu boca com a PM, uma disputa de comando durante a operação, e parecia querer evitar a prisão e somente evacuar o Planalto. As imagens da CNN sugeriram algo semelhante por parte do ministro. Ele afirma que conduzia todos para um andar abaixo, onde prisões foram efetuadas. Mas um oficial experiente lembrou que não foi apenas o comandante do BGP que não deu voz de prisão aos invasores.

A JORNADA DO CLIENTE ABRANGE AS INTERAÇÕES DO CLIENTE COM A SUA MARCA DA DESCOBERTA ATÉ A PÓS-COMPRA

Caio Justo

Na era digital, onde as opções são vastas e as informações estão ao alcance de um clique, entender a jornada do cliente é crucial para construir relacionamentos duradouros e impulsionar as vendas. Neste blog, vamos explorar como entender e atender às necessidades dos clientes em cada estágio da jornada do cliente.

Neste blog, vamos explorar como entender e atender às necessidades dos clientes em cada estágio da jornada do cliente.

 A jornada do cliente abrange todas as interações que um cliente tem com sua marca, desde a descoberta até a pós-compra.

1. Descoberta e Conscientização

Nesta fase, os clientes estão buscando soluções para seus problemas ou necessidades. É crucial que sua presença online seja notável e atraente. Isso envolve estratégias de marketing de conteúdo, SEO e anúncios direcionados. Certifique-se de que suas mensagens e conteúdo ressoem com seu público-alvo e demonstrem o valor que você oferece.

2. Consideração e Pesquisa

Nesta etapa, os clientes estão avaliando suas opções. Eles pesquisam detalhadamente produtos, preços, recursos e avaliações. Fornecer informações claras e detalhadas sobre seus produtos, comparativos com concorrentes e até mesmo avaliações de clientes pode influenciar positivamente a decisão de compra.

3. Decisão e Compra

Quando os clientes estão prontos para comprar, é essencial que o processo seja o mais fácil e eficiente possível. Isso envolve uma navegação intuitiva no site, opções de pagamento convenientes e um processo de checkout simplificado. Certifique-se de oferecer opções claras para contato, caso os clientes tenham dúvidas ou necessitem de assistência.

4. Experiência pós-compra e Fidelização

Após a compra, a jornada do cliente não termina. A experiência pós-compra é tão importante quanto qualquer outro estágio. Envie e-mails de agradecimento, peça feedback, ofereça suporte pós-compra e forneça informações úteis sobre como usar o produto. Construir um relacionamento contínuo com o cliente pode levar a vendas repetidas e recomendações para outros.

5. Advocacia do Cliente

Clientes satisfeitos são os melhores defensores de sua marca. Incentive-os a compartilhar suas experiências positivas por meio de avaliações, testemunhos e nas mídias sociais. Clientes satisfeitos não apenas se tornam clientes recorrentes, mas também podem se tornar embaixadores da sua marca.

Conclusão

Entender a jornada do cliente é essencial para construir relacionamentos fortes e impulsionar as vendas. Ao atender às necessidades dos clientes em cada estágio – desde a descoberta até a advocacia – você está construindo uma base sólida de clientes fiéis e satisfeitos. Esteja disposto a ouvir o feedback dos clientes, ajustar sua abordagem conforme necessário e oferecer um atendimento excepcional em cada interação. Ao fazer isso, você está criando uma experiência que ressoa com os clientes e os mantém voltando para mais.

Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT

O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo. Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.

Um ecossistema empresarial abrangente:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as oportunidades certas para expandir seus negócios.

Notícias e insights atualizados:

Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se manterem à frente da concorrência.

Diversão e engajamento:

Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 223.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

STF E CONGRESSO PODEM VOTAR E TOMAREM DECISÕES DIFERENTES SOBRE O MARCO TEMPORAL DOS INDÍGENAS

 

História por Anna Beatriz Anjos • Agência Pública

A decisão sobre a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas está simultaneamente nas mãos de dois poderes da República: o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. A Agência Pública entrevistou especialistas para entender o que ocorre caso a Corte e o parlamento encaminhem definições diferentes sobre o tema.

O movimento indígena e organizações indigenistas acreditam que o STF deve rejeitar o conceito jurídico, segundo o qual só devem ser reconhecidos pelo Estado territórios ocupados pelos indígenas em outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição. 

A retomada do julgamento pelo tribunal foi marcada para esta quarta-feira (30), após o ministro André Mendonça devolver o processo na noite da última quinta-feira (24) – ele havia pedido vistas no dia 7 de junho. Por enquanto, são públicos três votos: os do relator Edson Fachin e de Alexandre de Moraes, contrários à tese, e o de Kassio Nunes Marques, favorável. Oito ministros ainda precisam se posicionar sobre o tema e podem paralisar o processo para analisá-lo mais profundamente.

Já no Congresso, a expectativa é de que o projeto de lei que trata do assunto (PL 2.903/23) seja aprovado. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne 50 dos 81 senadores e 324 dos 513 deputados federais, defende o marco temporal e articula para que o PL 2.903/23 seja votado antes da conclusão do julgamento no Supremo

PL 2903 impacta direitos previstos na Constituição© Fornecido por Agência Pública

Na semana passada, a matéria passou pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, e agora tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Lá, a relatoria ficou com o senador Marcos Rogério (PL-RO), que já se manifestou publicamente a favor do marco temporal. 

A etapa seguinte à CCJ é a votação do PL no plenário do Senado. Depois disso, se os senadores fizerem mudanças no texto, ele volta para a Câmara, que pode aceitá-las ou rejeitá-las, sem propor novos trechos ao projeto. 

Concluída essa fase, a matéria será encaminhada para análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode sancionar ou vetar dispositivos do texto. Se houver vetos, eles serão examinados pelo Congresso, em sessão conjunta da Câmara e Senado, que pode derrubá-los. Só ao fim desse processo, a lei será promulgada e entrará em vigor.

PL deve ser votado no plenário do Senado© Fornecido por Agência Pública

O jurista Martonio Mont’Alverne Barreto Lima, professor da Universidade de Fortaleza (Unifor) e especialista em direito constitucional, explica que, caso o marco temporal vire lei pelas mãos do Congresso antes da conclusão do julgamento no STF, a Corte pode seguir por dois caminhos.

“Pode dizer: não é mais comigo, porque já existe uma lei sobre isso”, afirma, destacando que essa decisão ficará a cargo do relator do processo, o ministro Edson Fachin. “Ou pode dizer: há uma lei fixando o marco temporal [para demarcação de terras indígenas] a partir de 5 de outubro de 1988, que era o que eu já estava discutindo, então vou apreciar a constitucionalidade daquilo que o Congresso definiu”. 

De acordo com Lima, nesta última hipótese, o STF poderia aproveitar o julgamento atual para analisar a constitucionalidade da lei.

A advogada Ana Carolina Alfinito, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e assessora jurídica da ONG Amazon Watch, reconhece a possibilidade de o STF decidir não mais se posicionar sobre o marco temporal caso seja instituída uma lei que determina a sua aplicação como critério para a demarcação de terras indígenas. No entanto, ela a considera pouco provável. 

“O relator está muito interessado que esse julgamento aconteça. A presidente [da Corte] Rosa Weber também quer pautar [a questão]. Isso se tornou, inclusive, um tema de debate dentro do STF”, pontua. 

Alfinito avalia ainda que, com o voto de Alexandre de Moraes, proferido em 7 de junho, o STF tem a oportunidade de “fazer uma conciliação” em torno do marco temporal. O ministro rejeitou a tese, mas colocou duas novas propostas sobre a mesa: o pagamento de “indenização prévia” a proprietários de imóveis sobrepostos a terras indígenas; e a compensação por “territórios de interesse público”. Esta última situação prevê a possibilidade do Estado oferecer aos indígenas áreas alternativas àquelas que reivindicam. 

Ministra do STF Rosa Weber deseja se manifestar sobre o tema ainda em setembro© Fornecido por Agência Pública

Para a advogada, a indenização seria uma forma de apaziguar os dois lados. “O tribunal está numa posição confortável: é capaz de superar a tese inconstitucional do marco temporal e, ao mesmo tempo, agradar as forças políticas que o defendem”, argumenta.

Na visão de lideranças indígenas e especialistas, porém, o PL 2.903/23 traz uma série de outros ataques aos direitos indígenas que vão além do marco temporal. 

Entre outros pontos, o texto atual proíbe a ampliação de territórios já demarcados e permite que obras relacionadas à “política de defesa e soberania nacional” sejam realizadas sem consulta aos povos afetados (leia aqui reportagem da Pública sobre 10 itens polêmicos do PL). 

Um parecer da consultoria jurídica da Advocacia-Geral da União (AGU) junto ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI) publicado neste mês concluiu que “diversos dispositivos” do projeto de lei são inconstitucionais.

Por causa desses vários pontos polêmicos, os especialistas ouvidos pela reportagem compreendem que, se a matéria for convertida em lei, será necessário o questionamento de sua constitucionalidade no STF.

Caso o Supremo conclua seu julgamento antes de  o PL 2.903/23 ser votado pelo Congresso, a expectativa dos especialistas é que isso acabe interferindo na tramitação legislativa. “Se o STF decidir logo, certamente influenciará no texto em curso no Legislativo. Seria muito estranho o Legislativo afrontar o STF com um texto que colide com a decisão da Corte”, afirma Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima, considera que a decisão trará repercussões à tramitação do projeto.

VAR O ÁRBITRO DE VÍDEO ESTÁ CAUSANDO MUITAS POLÊMICAS NO BRASIL

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A atuação do árbitro de vídeo no país rende críticas desde que foi implementada no Brasileiro, em 2019. Neste ano, a tecnologia do VAR já protagonizou momentos polêmicos nos campeonatos nacionais, seja por sua omissão ou pela interferência em lances duvidosos.

A reportagem cita abaixo algumas das principais decisões que repercutiram nos últimos meses. As jogadas vão desde impedimentos milimétricos a pênaltis controversos e pinturas anuladas.

*

GOLAÇO INVALIDADO EM PALMEIRAS X VASCO

O caso mais recente foi o do gol de fora da área de Paulinho, do Vasco, que foi anulado no Allianz Parque no último domingo (27). O lance ocorreu aos 15 minutos do primeiro tempo, quando a partida ainda estava empatada sem gols.

O tento não foi válido porque o VAR acusou impedimento de Vegetti no início da jogada. A polêmica existiu pela interferência do árbitro de vídeo no lance que poderia ser interpretado como uma nova jogada.

POSSÍVEL TOQUE DE MÃO NO MAJESTOSO

O gol da classificação do São Paulo sobre o Corinthians, pela semifinal da Copa do Brasil, também resultou em polêmica. O Tricolor venceu por 2 a 0 em 16 de agosto e confirmou a vaga na final do torneio.

Torcedores do Alvinegro ficaram na bronca de que a bola teria batido no braço de Lucas e que o VAR não viu. A equipe de arbitragem da CBF fez a checagem no momento, constatou que não houve infração e nem sequer considerou que foi uma jogada polêmica.

PÊNALTI EM FLAMENGO X GRÊMIO

A outra partida da semifinal da Copa do Brasil foi outra que ficou marcada pelo VAR. No jogo de volta, disputado no Maracanã, o Flamengo tinha a vantagem de ter vencido o Grêmio por 2 a 0 no primeiro confronto, fora de casa.

O Flamengo teve um pênalti a favor por toque no braço de Rodrigo Ely, que “saltou com o braço aberto”, na interpretação do árbitro de vídeo. Arrascaeta converteu a cobrança e confirmou a classificação do Rubro-Negro, enquanto o técnico Renato Gaúcho disparou contra a CBF.

PÊNALTIS A FAVOR DO CUIABÁ

O Dourado bateu o São Paulo em jogo com dois pênaltis assinalados depois da intervenção do VAR, no Brasileiro, em 22 de julho.

O árbitro não marcou em campo nenhum dos dois lances, mas mudou a decisão após a revisão. Deyverson chegou a desperdiçar a primeira cobrança, mas a equipe saiu vitoriosa por 2 a 1.

GOLS ANULADOS NO FLA-FLU

Tanto o Flamengo quanto o Fluminense tiveram gols anulados após atuação da tecnologia no clássico pelo Brasileiro, em 16 de julho. Em ambos os lances, o árbitro chegou a validar o tento em campo, mas voltou atrás após ser chamado pelo árbitro de vídeo.

Além disso, cada um dos times reclamou de um pênalti não marcado no duelo, que o árbitro não assinalou nem foi chamado pelo VAR para revisar.

IMPEDIMENTO MILIMÉTRICO DE GABIGOL

O Flamengo teve um gol anulado por impedimento no limite contra o Athletico, pela Copa do Brasil, em 12 de julho. Mesmo assim, o time rubro-negro bateu o adversário por 2 a 0, na Ligga Arena, e avançou no torneio.

Gabigol chegou a balançar a rede, mas o VAR traço a linha de impedimento e acusou infração milimétrica. A decisão viralizou e o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, corroborou a decisão afirmando que “o corpo inclinado tem uma tendência a enganar o visual”.

PÊNALTI NÃO MARCADO PARA O PALMEIRAS

O clube alviverde questionou uma possível penalidade no clássico contra o São Paulo, pela Copa do Brasil, em 5 de julho. O time tricolor venceu os dois jogos e eliminou o rival no torneio.

O árbitro não viu toque no braço de Pablo Maia e também não foi acionado pelo árbitro de vídeo. Nas redes sociais, o Palmeiras ironizou: “E o VAR?” —a reclamação ocorreu após uma semana quente nos bastidores entre o clube a CBF.

PINTURA DE BICICLETA ANULADA

O palmeirense Rony teve um gol de bicicleta anulado no empate com o Atlético-MG, pelo Brasileiro, em 28 de maio. O atacante foi lançado em velocidade, dominou de cabeça entre os zagueiros adversários e emendou um chute de bicicleta, encobrindo o goleiro.

O tento, porém, foi anulado após revisão do VAR. A arbitragem de vídeo entendeu que Rony estava em posição irregular no início da jogada e foi alvo de reclamações do próprio Rony e do Palmeiras.

 

O GOVERNO ATUAL NÃO QUER MILITAR NA POLÍTICA E NEM COM CARGO POLÍTICO

 

História por CÉZAR FEITOZA E JULIA CHAIB • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo Lula (PT) decidiu enviar ao Congresso Nacional uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que criará regras para proibir que militares da ativa das Forças Armadas disputem eleições ou ocupem cargos no primeiro escalão do Executivo.

A definição do conteúdo da PEC ocorreu na segunda-feira (28), cinco meses após o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ter fechado um acordo sobre o tema com os comandantes Tomás Paiva (Exército), Marcos Olsen (Marinha) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica).

O impasse que atrasou o envio da proposta ocorreu por indefinição do Palácio do Planalto, que recebeu em março uma primeira versão da redação.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, avaliava inicialmente encaminhar o texto ao Congresso dentro de um projeto já em tramitação, para acelerar a análise.

A ideia agora é que um parlamentar governista no Senado apresente o texto avalizado pelo Planalto. Um dos mais cotados para a relatoria é o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), que foi ministro da Defesa em 2015. Ele diz que ainda não foi procurado pelo Planalto. “Mas eu vou lutar pela relatoria”, disse.

A reportagem teve acesso à minuta da proposta enviada ao presidente Lula.

O texto, assinado por Múcio e pelo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), diz que a Constituição define limites para a atuação política dos militares.

“O texto constitucional veda aos militares, por exemplo, a sindicalização e a greve, bem como a filiação a partido político enquanto estiverem na ativa. Além disso, tendo em vista a relevância da atividade militar, o ordenamento jurídico lhes impõe restrições à cumulação de cargos, bem como ao exercício de cargo, emprego ou função pública civil temporária”, diz trecho do documento.

Os dois ministros argumentam ainda que a proibição de militares permanecerem na ativa quando disputarem eleições ou ocuparem cargos no primeiro escalão do Executivo é uma “cautela adicional” para garantir a “neutralidade política das Forças Armadas”.

“Com esse objetivo, propõe-se que o militar em serviço ativo, estável, que queira se candidatar a cargo eletivo, seja transferido para a reserva no ato do registro da candidatura”, afirmam.

Para evitar casos como o do governo de Jair Bolsonaro (PL), que colocou militares da ativa em cargos estratégicos do Executivo, a proposta ainda cria uma “vedação para que eles ocupem cargos de Ministro de Estado, enquanto estiverem na ativa”.

Na gestão de Bolsonaro, os generais Eduardo Pazuello e Luiz Eduardo Ramos atuaram como ministros da Saúde e da Secretaria de Governo, respectivamente, ainda nos quadros ativos do Exército.

Ramos deixou a Força após pressão política, e Pazuello decidiu permanecer na ativa mesmo diante de críticas. Na pré-campanha de Bolsonaro à reeleição, o ex-ministro da Saúde chegou a participar de uma motociata promovida por apoiadores do ex-presidente e saudou, ao microfone, os manifestantes.

A participação de Pazuello foi alvo de uma investigação no Exército, para possível punição por desrespeito ao Estatuto Militar. O comando da Força, no entanto, decidiu não punir o militar.

As mudanças promovidas pela proposta são no artigo 14, para limitar a elegibilidade de militares àqueles que estão na reserva, e no artigo 87, para transferir para a reserva os militares que assumirem cargos de ministro de Estado.

A PEC não mexe no artigo 142, como defendia setores do PT. Parlamentares do partido de Lula elaboraram uma proposta mais ampla, que retirava da Constituição a possibilidade das Forças Armadas participarem de operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

A proposta, capitaneada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), estava na fase de recolhimento de assinaturas quando Múcio e os comandantes das Forças decidiram apresentar a PEC dos militares na política a Lula.

Pelas regras atuais, militares da ativa podem pedir uma licença de suas funções para se filiar a partidos políticos e disputar eleições. Se não forem eleitos, as Forças Armadas autorizam o término da licença, e os oficiais ou praças podem voltar aos quartéis.

A avaliação de Múcio e dos comandantes das Forças é que a regra é permissiva e, na prática, pode causar a politização dos militares.

“Você não pode imaginar como isso é salutar para o país, para a democracia. O militar tem carreira, serve ao Estado brasileiro. Você sai para a política, tem insucesso [na eleição] e volta: você não é mais nem militar e fica sonhando com uma nova eleição”, disse o ministro à Folha de S.Paulo em março.

“[O militar que tenta a política] perde os princípios hierárquicos e perde o gosto pelas Forças Armadas. Nós não estamos proibindo. Quem for que seja feliz na política. Quem ficar que seja forte como militar”, completou.

Nesse mesmo caminho, os comandantes das Forças fizeram um pente-fino para identificar militares da ativa que estavam filiados a partidos políticos –infração prevista na Constituição.

“Com o propósito de cumprir a legislação vigente, decorrido o prazo estipulado de 90 dias sem que haja a correspondente desfiliação, serão adotadas as medidas disciplinares cabíveis em decorrência do eventual descumprimento da norma constitucional”, dizia um comunicado interno da Marinha, obtido pela Folha de S.Paulo, que dava prazo para os militares se desfiliarem.

A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA GARANTE AO JOVEM COMPREENDER O CARÁTER ILÍCITO DE SEUS ATOS

 

História por Coronel Ulysses* • Jornal Estadão

Coronel Ulysses Foto: Divulgação© Fornecido por Estadão

A pauta sobre a redução da maioridade penal no País permeia discussões da comunidade jurídica e da própria sociedade há mais de três décadas. Os questionamentos a respeito da imutabilidade etária da idade penal, que ocorrem desde a década de 40, são robustecidos face aos avanços quanto a diretos civis alcançados pelos jovens e adolescentes ao longo desse período.

Direitos civilistas tutelados ao jovem na idade mencionada possibilitam votar, bem assim, por meio do instituto da emancipação, casar; contrair responsabilidades pela condução de uma família. Não para por aí. Ao jovem emancipado é passível firmar contratos de compra e venda. O alcance desses direitos alavanca a polêmica sobre a maioridade penal no Brasil. A premissa é simples: se o jovem de 16 anos tem discernimento para galgar direitos civilistas de elevada responsabilidade, pode também responder criminalmente por fatos típicos que vier a praticar. Então, rever a inimputabilidade penal dessa faixa etária se torna urgentíssima.

Outra premissa que alimenta o debate, agregada aos avanços civilistas supracitados, é representada pelo fato do acesso facilitado à informação possibilitado pela revolução tecnológica das últimas décadas. Esse acesso garante ao adolescente e ao jovem contemporâneo capacidade plena de compreender o caráter ilícito de seus atos.

A consequência da inércia na modernização normativa sobre o tema – sustentada pela desarrazoada manutenção da imputabilidade penal no País há mais de 80 anos – é perversa. E mais: conduziu o crime organizado, representado pelo narcotráfico, a utilizar a mão de obra de menores de idade na prática de delitos de traficância e de extrema hediondez.

Enquanto no Brasil prevalece o romantismo jurídico garantista e o discurso da lacração ideológica da esquerda – que estagnam os movimentos destinados à redução da maioridade penal – se observa movimento inverso em outros países ocidentais. Nos Estados Unidos da América a maioria dos estados federados submete o jovem a partir de 12 anos a processos criminais na condição de adulto. O mesmo ocorre na maioria dos países europeus, onde a maioridade penal é inferior a dezoito anos[i]. Vejamos:

Tabela com maioridade penal em países da Europa Foto: BBC News Brasil© Fornecido por Estadão

Insisto na tese que o avanço da pauta em nosso País é fruto da obtusa influência garantista sobre a comunidade jurídica. No entanto, o sentimento popular é avesso a essa concepção. São inúmeras as pesquisas de opinião[ii] realizadas nos últimos anos por órgãos independentes que externam categoricamente o desejo de parcela significativa da população brasileira País favorável à redução da maioridade penal.

Além da população brasileira ser manifestamente favorável à redução, a medida de internação prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), limitada há três anos, é outro motivo de indignação da sociedade – em especial quando os atos infracionais praticados configuram, em tese, crimes hediondos, homicídios dolosos e lesão corporal seguida de morte. É inquestionável que um jovem de 16 ou 17 anos possui capacidade de discernimento para responder por seus atos.

O Parlamento – na aspiração de cumprir seu papel constitucional – se debruça sobre o tema há exatos trinta anos. No ano de 1993, o então Deputado Federal Benedito Augusto Domingos (PPB/DF) protocolou a PEC 171/1993, versando a respeito da redução da maioridade penal. A proposta de Domingos se destinava a alterar o art. 228, da Constituição Federal, a fim de reduzir a maioridade penal para 16 anos.

O projeto em questão tramitou na Câmara de Deputados por 22 anos, tendo recebido diversas contribuições por meio de outras propostas de emendas constitucionais que discutiam a maioridade penal – todas elas adensadas aos autos originários da PEC 171/1993. Diversas audiências públicas também foram realizadas em comissões permanentes.

No dia 19 de agosto de 2015, a matéria foi aprovada em segundo turno, em projeto substitutivo. O texto aprovado previa que maiores de 16 anos deveriam cumprir pena em estabelecimento separado dos maiores de 18 anos e dos menores inimputáveis em casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

A matéria é encaminha para análise no Senado Federal em 20 de agosto de 2015. Ali a proposta passou a tramitar com a designação de PEC 115/2015. Mas, para prejuízo da sociedade, a proposta de redução da maioridade penal foi arquivada, sem a devida apreciação, ao final da legislatura com base no art. 332, § 1º, do Regimento Interno do Senado Federal[iii].

Considero que o esforço empreendido por nossos pares no passado – para enfrentar durante mais de duas décadas tema de relevância extremamente significativa para a sociedade – não merece ser descartado. Por esse motivo, resgatei a referida Proposta de Emenda Constitucional e submeti-a ao escrutínio do Congresso Nacional.

Outros projetos com objetivos idênticos tramitam na Câmara. A intenção é válida, pois urge a necessidade de se reduzir a maioridade penal no País. E insisto: essa redução é indispensável para se evitar o aliciamento de jovens de 16 e 17 anos para o tráfico de drogas e, definitivamente, se romper a incoerência entre os avanços na legislação civilista e o retardo histórico que mantém nossa legislação penal inerte, ante a evolução da sociedade que clama a redução da maioridade penal.

*Coronel Ulysses é deputado federal (UB-AC), 2.º vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, advogado especializado em Segurança Pública

[i] <https://www.terra.com.br/noticias/ mundo/caso-de-estupro-coletivo-reacende-discussao-sobre-maioridade-penal-na-alemanha,a0f11007ca43dae0236f7f59e23c9accewzud40v.html>

[ii] <https://conexaoto.com.br/2022/09/14/pesquisa-aponta-que-maioria-dos-brasileiros-aprovam-a-reducao-da-maioridade-penal>; <https://www.band.uol.com.br/noticias/jornal-da-band/ultimas/brasileiros-sao-a-favor-de-reducao-da-maioridade-penal-16450406>; <https://diariodopoder.com.br/politica/parana-pesquisas-767-dos-brasileiros-sao-a-favor-da-reducao-da-maioridade-penal>; <https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/14/84-dos-brasileiros-sao-favoraveis-a-reducao-da-maioridade-penal-de-18-para-16-anos-diz-datafolha.ghtml>; e <https://www.camara.leg.br/noticias/467476-pesquisa-839-dos-brasileiros-sao-favoraveis-a-reducao-da-maioridade-penal/>.

[iii] Art. 332. Ao final da legislatura serão arquivadas todas as proposições em tramitação no Senado, exceto:

[…]

§ 1º Em qualquer das hipóteses dos incisos do caput, será automaticamente arquivada a proposição que se encontre em tramitação há duas legislaturas, salvo se requerida a continuidade de sua tramitação por 1/3 (um terço) dos Senadores, até 60 (sessenta) dias após o início da primeira sessão legislativa da legislatura seguinte ao arquivamento, e aprovado o seu desarquivamento pelo Plenário do Senado.

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