terça-feira, 31 de dezembro de 2019

A REFORMA TRIBUTÁRIA É A MAIS URGENTE DAS REFORMAS


Ministro diz que próximo desafio do governo é reforma tributária

Agência Brasil




Ele é um construtor de pontes, como gosta de ressaltar.  Essa foi uma das habilidades que ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, teve que colocar muito em prática neste ano.
Afinal, dialogar com centenas de parlamentares de diferentes partidos, estados e interesses não é tarefa das mais fáceis. O general do Exército é um dos mais novos ministros do governo Bolsonaro. Assumiu em julho deste ano com a responsabilidade de afinar a relação do Executivo com o Legislativo. Chegou no meio da tramitação da Reforma da Previdência e termina o ano com ela aprovada.
O sucesso da negociação faz o ministro vislumbrar um ano novo menos turbulento. “A minha esperança é que o ano de 2020 vai ser mais sereno, até porque já nos conhecemos, eu como articulador. Existe uma expressão mineira que diz que no andar da carruagem é que as melancias vão se acertando. Eu tenho quase que absoluta certeza de que vai ser um relacionamento mais sereno, mais produtivo, mais do que foi 2019”, avalia.
O ministro conversou com a jornalista Katiuscia Neri e contou ao programa Impressões, da TV Brasil, sobre uma das táticas que usou para melhorar as relações do governo com o Congresso: “Foi me aproximar, conversar com eles, ir nos gabinetes, no Senado. Eu comecei a implementar uma maneira direta e, às vezes, eles ficavam assustados. Eu apareço no plenário, o pessoal se assusta, mas eu me sinto bem".
Na mesa do ministro já há uma lista extensa de projetos para o segundo ano do governo Bolsonaro: pacto federativo, reforma administrativa e a reforma tributária. Essa última é, segundo o ministro, a prioridade do governo nas articulações políticas com o Congresso. “ A reforma tributária é fundamental, ela é o complemento da reforma previdenciária”, afirma.
Mas, para o projeto andar, o ministro lembra que existe um gargalo: as eleições do ano que vem: "temos até mais ou menos julho”.  E enfatiza que não adianta acelerar o processo. “O presidente não impõe nada ao Congresso, ele foi parlamentar por 28 anos. Às vezes, eu falo com ele, ele fala: 'Ramos, é o Congresso, ele que decide'. O Congresso, a gente manda um projeto, eles mexem... é democracia.”


Ele é um construtor de pontes, como gosta de ressaltar.  Essa foi uma das habilidades que ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, teve que colocar muito em prática neste ano

A reforma tributária pode ser considerada uma das mais ambiciosas e mais difíceis para aprovação. Por isso, o ministro Ramos sabe que o caminho não vai ser fácil. "A da Previdência mexeu com as pessoas, né? A tributária, além de mexer com as pessoas, vai mexer com os estados. O Brasil é um continente, cada estado tem seu interesse e com suas regiões com níveis de economia diferentes.”
O trabalho de articulação não é dos mais fáceis e o ministro chegou a ganhar um apelido de um senador pelo esforço que tem feito em unir o Congresso. “Eles falaram que eu sou surfista de tsunami. E eu perguntei ao senador, e ele me disse: "Quando a coisa está começando... vem você com a prancha e vai tentando resolver o problema.”
Com tanto desafio pela frente, o ministro diz que tem horas em que precisa parar e fazer o que chama de terapia: praticar o hobby de andar de moto. “Eu tenho desde garoto, meu pai me deu quando eu era cadete. A moto, para mim, é um prazer, uma paixão que eu tenho", conclui.

QUEM FOI JESUS?


Voltando no tempo

Manoel Hygino







O Natal 2019 passou, mas deixou registros inapagáveis em cada ser humano que o viveu, sobretudo entre os cristãos. Em sua tradicional homilia, além da bênção Urbi et Ortbis, no Vaticano, o papa Francisco enfatizou a importância do amor incondicional diante da lógica do mercado. Em missa na Basílica de São Pedro, o pontífice, argentino de nacionalidade, Jorge Bergloglio, apelou à paz entre as nações, pedindo especificamente pelos países latino-americanos, que passam “por um período de agitação social e política”.
A missa de Natal celebra o nascimento de Jesus, em Belém, segundo a tradição cristã. Embora nenhum texto do Novo Testamento indique o dia e a hora, sua comemoração se faz em 25 de dezembro, como escolhido no século 4, o que permitiu a circuncisão no dia 1º de janeiro. A comunidade cristã permanece assim no âmbito de acontecimentos milenares.
Geoffrey Blainey, autor de obras consagradas como “Uma breve História do Mundo” e “Uma breve História da Cristianismo”, brilhante estudioso e já consagrado, professor de Harvard, faz algumas observações, adequadas ao tempo de agora. Ele pergunta: Afinal, quem foi Jesus? Um mito ou um homem de infinita sabedoria? Qual a origem dos Evangelhos e o que se sabe a respeito daqueles que os teriam redigido? Que fatos levaram o cristianismo ao redor do mundo?
Recorda o autor, por exemplo, que Jesus em quase todos os seus ensinamentos usava uma língua semítica, o aramaico, ainda empregado presentemente em várias regiões do Oriente Médio. Ele falava um pouco de hebraico e um pouco de grego, mas o aramaico era o natural. Assim, a palavra “abba”, que significa “pai” e empregada por Jesus quando orava no Jardim de Getsêmani, é do aramaico, como aconteceu durante a crucificação, embora o idioma fosse pouco usado pelos grupos cristãos fundados nas primeiras décadas após sua morte. A maior parte das primeiras igrejas cristãs da Palestina se valia do hebraico, principal língua dos judeus. Mas os judeus cristãos que se reuniam fora dali utilizavam o grego, a principal na metade oriental do Império Romano. Os quatro Evangelhos, que compreendem a essência do Novo Testamento, foram escritos em grego.
Assim, Jesus e Bíblia são gregos, como o é “anjo”, significando mensageiro. Depois da morte de Cristo, os doze apóstolos receberam o nome, também grego, de “apóstolos”; bispo quer dizer “inspetor” e eucaristia “Ação de Graças”; “Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa”. Até hoje, ouve-se a oração “Senhor, tem piedade” na versão grega – “Kyrie eleison”.
Em Roma, a língua dos primeiros cristãos era o grego. Vitor, um norte-africano morto em 198, foi o primeiro papa a abandonar o grego e escrever em latim. Perpétua, morta no Norte da África, em 203, foi talvez a primeira cristã a escrever em latim, que acabou por ser o idioma dos cristãos ocidentais.
E há muito mais. O mais antigo registro feito por um dos primeiros cristãos é uma carta de poucas linhas, escrita por Paulo – a Primeira Epístola dos Tessalônicos, encontrada em torno de vinte anos depois da morte de Jesus.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 31/12/2019


Mudança de reitores

Coluna Esplanada – Lendro Mazzini







A despeito da Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro que freia o controle sindical – e, em muitos casos, até partidário, de esquerda – nas reitorias das universidades federais, com votação direta de alunos, professores e servidores, seis delas já enviaram a lista tríplice para a escolha do futuro reitor, segundo consulta da Coluna ao Ministério da Educação. São as Universidades Federais de Roraima (UFRR),  do Vale do São Francisco (Univasf), do Espirito Santo (Ufes) e de São João del-Rei (UFSJ).
Mistério
O MEC ainda não informou se vai manter o processo para essas federais, feito sob consulta a professores e servidores, ou se vai anular as escolhas e indicar votação.
Reitor sem partido
Como publicamos nesta semana, o governo quer democratizar o processo de escolha para reitores, para não ficar refém de sindicatos de professores partidarizados.
Macuxi fez história
Em Roraima, deixará o cargo o professor doutor Jefferson Fernandes do Nascimento. Foi o primeiro roraimense de fato a assumir o cargo, descendente da etnia Macuxi.
Embates
No Espírito Santo, sairá do cargo Reinaldo Centoducatte, que também é presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Vive em embates com o ministro Abraham Weintraub.
Sofra, cidadão...
A taxa de juros do cartão de crédito rotativo para o cliente regular, aquele que paga o mínimo de 15% da fatura dentro do prazo, subiu de 286,4% em outubro para 293,9% em novembro. A informação é do próprio Banco Central. E a facada será mais forte nas férias de verão.
Discurso político
A imprensa é rejeitada pela maioria dos brasileiros. É o que concluiu uma pesquisa recente do Instituto Paraná Pesquisas: 62,4% dos entrevistados alegam falta de isenção quando trata da cobertura do governo federal. Muito disso vem do discurso de ódio contra jornalistas pregado pelo ex-presidente Lula da Silva e, agora, pelo presidente Jair Bolsonaro.
É do jogo
Como já disse na praça o ex-deputado Miro Teixeira, político não gosta de notícia, gosta é de poder. É do jogo. O ineditismo está na militância fazendo coro.
Incitar é crime!
Bolsonaro sancionou ontem o Projeto de Lei 8.833/17, que modifica o Código Penal e inclui o crime de induzir pessoas à automutilação no mesmo artigo que já tratava do crime de indução ao suicídio.
Pena
O PL saiu do Senado, foi aprovado pela Câmara em outubro e sancionado pelo presidente. Agora lei, prevê pena de reclusão de seis meses a dois anos para quem induzir ou instigar alguém a se suicidar ou se automutilar, ou até auxiliar a pessoa. E tem mais agravante – se os crimes ocorrerem através da internet, a pena dobra.

MULTAS DA LAVA JATO VÃO PARAR NO STF

  Brasil e Mundo ...