quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

"LA CASA DE PAPEL" - FENÔMENO DA PRODUÇÃO ESPANHOLA NO CINEMA



Produção espanhola ‘La Casa de Papel’ se firma como fenômeno na Netflix

Jéssica Malta










SUCESSO – Com uma estreia sem muito alarde, a série, adicionada no final do ano passado no catálogo da Netflix, acompanha a história de oito pessoas recrutadas para um grande assalto

“O que é roubar um banco, comparado a fundar um banco?”. A frase do dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht é a escolhida pelo pesquisador e professor de cinema Athaídes Braga para definir a produção espanhola “La Casa de Papel”, que mesmo sem muito alarde inicial, sem divulgação grandiosa pela Netflix, se firmou como um fenômeno da plataforma.
Não por acaso, referências a história – que acompanha oito pessoas recrutadas para um grande assalto à Casa da Moeda de Madri – povoaram o Carnaval brasileiro nas fantasias de vários foliões, que ostentavam os uniformes vermelhos e máscaras do pintor Salvador Dalí, utilizadas pelos personagens da série
Mas o frisson vai além da inspiração carnavalesca. A produção está entre as vinte séries mais populares do mundo na lista da base de dados IMDB, além de ser habitué na lista de conteúdos em alta da Netflix.
Para Braga, a justificativa para tanto sucesso está relacionada principalmente ao formato e origem do seriado, que trazem vários elementos inesperados. “É uma produção bem diferente do modelo norte-americano”, pontua. “Os ganchos não são previsíveis, a apresentação dos personagens é bem distinta, não existe aquele reconhecimento direto do protagonista, do antagonista e do bandido. A cada momento acontece um desdobramento diferente e isso é algo que raramente acontece em produções norte-americanas”, observa.
O foco na cultura espanhola – o que acaba fugindo da hegemonia hollywoodiana ou britânica – também é um dos pontos fortes da produção para o pesquisador. “É uma série menos industrial. Não vem de um grande estúdio, com um grande investimento e aposta em uma narrativa, uma cultura e uma língua diferentes do que estamos acostumados”, diz.
O caráter político e combativo de “La Casa de Papel” é outro fator destacado por Braga. “A série tem uma crítica muito forte e uma proposta de ser revolucionária. Tem um pensamento marxista de tomar a ferramenta que produz o dinheiro, através da ocupação da Casa da Moeda.
O pesquisador enfatiza ainda a relação da produção com o contexto sociopolítico atua, o que pode ser uma chave para a identificação da audiência. “Pode ser que um público mais conservador não goste, mas a série está trazendo exatamente um sintoma desses tempos de hegemonia do capital financeiro sobre todo mundo, da relação com as instituições, com a polícia”, explicita. “E traz essas questões com uma beleza plástica. É uma série diferenciada e genial”, exalta.


A MAIORIA DOS PROFESSORES NÃO ACOMPANHAM AS EVOLUÇÕES TENOLÓGICAS



Professor Hi-Tech demanda formação

Estadão Conteúdo








Entre as novas ferramentas estão apresentações interativas, formulários virtuais de avaliação e programas que permitem o uso do celular para exercícios de reconhecimento de voz

Dos aplicativos de celular à realidade virtual, o domínio da tecnologia deve ocupar espaço cada vez maior na formação de professores. Segundo especialistas e diretores de colégios, novas competências têm sido incorporadas à prática dos profissionais com rapidez e devem passar de diferenciais a exigências para quem ensina língua inglesa.

Entre as novas ferramentas estão apresentações interativas, formulários virtuais de avaliação e programas que permitem o uso do celular para exercícios de reconhecimento de voz. Exercícios que antes eram feitos com lápis e papel hoje podem ser aplicados a distância, com programas para smartphones.

"Sites ou aplicativos ficam na moda por um tempo e desaparecem quando chega outra coisa melhor", diz Alberto Costa, coordenador da Cambridge English, que faz avaliação de proficiência em inglês e preparo de professores. "Quando se fala em desenvolver competências, isso significa realmente dar ao professor ferramentas para poder usar o que existe de maneira criativa e, ao mesmo tempo, com propósito pedagógico."

Para o coordenador da área de Inglês do Colégio Lourenço Castanho, Roberto Vicente, os professores não devem apenas se adaptar às novidades tecnológicas que fazem sucesso entre os alunos, mas também apresentar novidades.

"É quase uma consequência inevitável que nós fiquemos atentos às tecnologias que fazem parte da vida dos alunos", diz o coordenador. "Buscamos também nos apropriar de coisas que os alunos não conhecem para também apresentar a eles e mostrar caminhos interessantes, tentar estimular a criatividade."

Treinamento

Especializada em certificados de proficiência, a Cambridge English mantém um site que reúne cursos gratuitos e um recurso de autoavaliação para professores, que mostra quais competências são mais deficientes. A instituição também promove encontros para treinar os profissionais.

"O professor precisa saber qual é o ponto de partida dele" diz Costa. "O primeiro passo é a autoavaliação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

NOVO DELEGADO CHEFE DA POLÍCIA FEDERAL É NOMEADO



Delegados pedem ao novo chefe da PF 'independência funcional'

Estadão Conteúdo








Galloro vai assumir a cadeira número 1 da PF em substituição ao delegado Fernando Segovia


Os delegados de Polícia Federal declararam "apoio integral" ao novo chefe da corporação, Rogério Galloro, mas sugerem a ele que "prestigie a independência funcional" da categoria. Eles querem que Galloro "apoie integralmente" a autonomia da PF, antiga aspiração da classe.

Em nota pública, o Sindicato dos Delegados da PF em São Paulo informou que "espera do novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado experiente, técnico e com bom histórico na carreira, que conduza um processo de fortalecimento da instituição, impedindo interferências externas".

Galloro vai assumir a cadeira número 1 da PF em substituição ao delegado Fernando Segovia, que teve vida curta no cargo, menos de quatro meses. Cercado de polêmicas, o apadrinhado do ex-senador José Sarney (MDB/AP) tomou posse no dia 20 de janeiro, mas caiu nesta terça-feira (27) por ordem do ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Os delegados apontam para o que classificam de risco de desmonte da Polícia Federal. "É preciso que o novo DG (diretor-geral) considere a necessidade urgente de abertura de concurso público para o preenchimento dos cargos vagos, impedindo assim o desmonte do órgão, que prestigie a independência funcional dos delegados de Polícia Federal e que apoie integralmente a autonomia da PF."

COLUNA ESPLANADA DO DIA 28/02/2018



Bancada do rolo

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








Dez dos 20 deputados titulares do Conselho de Ética da Câmara respondem a processos na Justiça. São investigados por crimes que vão de improbidade administrava a danos ambientais e recebimento de propina no âmbito das investigações da "Lava Jato". O colegiado, ao qual “cabe zelar pela observância dos preceitos éticos”, se reúne hoje para instaurar processos de investigação que podem levar à cassação dos deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Paulo Maluf (PP-SP), Celso Jacob (PMDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC) – os últimos três detentos no presídio da Papuda.
Coitado do velho
Indignado com a situação de Maluf, seu cliente preso, o advogado Kakay manda mensagens diárias via whatsApp para contatos, com argumentos jurídicos da defesa.
General na pista
Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira convidou o General Augusto Heleno para ser o candidato a presidente do Brasil pelo partido. Heleno analisa.
Vez de Wagner
O cerco da PF a Jaques Wagner começa a minar o Plano A de Lula da Silva para lançar o ex-governador baiano ao Planalto. Clima de barata voa no PT.
Cassino$
Há um lobby forte nos bastidores do Congresso Nacional, de donos de conglomerados americanos e europeus, para o Congresso aprovar apenas a legalização dos cassinos e excluir o bingo e jogo do bicho das pautas. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia é simpático à ideia, capitaneada em especial por deputados do seu DEM.
Surpresa!
A indicação do general de Exército Joaquim Silva e Luna para o comando do Ministério da Defesa pegou militares de surpresa. O oficial é da cota pessoal do ex-ministro Aldo Rebelo, que aparelhou a pasta com dirigentes do PCdoB – partido do qual era filiado.
É guerra
Conforme a Coluna antecipou em dezembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, rescindiu acordos de delação de Wesley Batista, um dos donos da J&F, e de Francisco de Assis e Silva, ex-executivo do grupo. Mais um passo de Dodge para cercar o desafeto Rodrigo Janot, seu antecessor e desafeto, que bolou o acordo.
Corte rachada
De quem transita na Corte, e bem perto das principais portas: há dois grupos de ministros no STF, os que veem tentativa de derrubar a Lava Jato, e os que enxergam manobras para liberar fichas-sujas. Um grupo da toga grita, outro silencia.
Batalha partidária
A Comissão de Ética Pública da Presidência acolheu denúncia do ex-sem-terra petista e ex-reitor da UnB José Geraldo contra o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) – que será notificado hoje para se explicar por que quer derrubar a disciplina “O Golpe de 2016” do curso de um professor de Ciência Política da universidade.
Risco iminente
São tantos os candidatos enrolados com a Justiça e outros barrados que a Câmara Federal quer confrontar o STF e aprovar lei que a limita retroatividade da Lei da Ficha Limpa. Em outubro de 2017 a Corte decidiu que a inelegibilidade para crimes de abuso de poder econômico ou político vale para condenações anteriores a 2010 – quando a Ficha Limpa passou a valer.
Segurança Jurídica
A proposta, do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), tramita em ritmo de prioridade na Comissão de Constituição e Justiça. Ele justifica que o objetivo do “projeto é evitar que tal retroação comprometa a segurança jurídica e a soberania popular”.
Garimpo
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) quer aumentar pena para quem extrair recursos minerais “sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença”. O projeto está previsto para pauta hoje na Comissão de Meio Ambiente do Senado. Atualmente, os punidos levam apenas de seis meses a um ano de prisão.
Detalhe
O Amapá, terra de Alcolumbre, é explorado por grandes mineradoras estrangeiras.
Ponto Final
“Será que a nossa capacidade de raciocinar, de somar dois e dois foi enublada por alguma magia?”
Do senador Roberto Requião (PMDB-PR), ao criticar a intervenção no Rio de Janeiro