quarta-feira, 31 de maio de 2017

MEIRELES CONFIRMA QUE NÃO HAVERÁ MUDANÇA NA PRESIDÊNCIA POR ESSES DOIS ANOS



Hipótese de trabalho é que não haverá mudança na Presidência, diz Meirelles

Estadão Conteúdo






Meirelles foi bastante pressionado pelos jornalistas quanto à possibilidade sobre a questão de seu nome ser um dos cogitados para assumir a Presidência da República

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, manteve nesta terça-feira (30), o discurso de que a sua hipótese de trabalho é a de que não haverá mudança no comando da Presidência da República, mesmo diante da crise política que se agravou a partir da revelação da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, de conversas que teve com o presidente Temer. Meirelles foi bastante pressionado pelos jornalistas quanto à possibilidade sobre a questão de seu nome ser um dos cogitados para assumir a Presidência da República no caso de uma eventual saída do presidente Temer do comando da Presidência, mas não titubeou.

"Não trabalho com hipóteses. A minha hipótese de trabalho é que não vai haver mudança no comando da Presidência", reiterou Meirelles, que participou nesta terça do Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo.

Dados econômicos

O ministro embasou o seu discurso o tempo todo sobre dados positivos da economia e previsões de que o crescimento obtido no primeiro trimestre será mantido ao longo do segundo trimestre. Disse que continuará a fazer o seu trabalho e ressaltou que a agenda econômica já tem apresentado bons resultados. Citou o aumento do poder de compra do consumidor em decorrência da queda da inflação e afirmou que a menor propagação da inflação pela economia significará juros estruturais mais baixos.

"É importante o País sair da crise e crescer mais. Portanto existe um conjunto amplo de medidas e reformas que estão em andamento e teve hoje uma demonstração muito importante. O presidente do Senado e da Câmara terem expressado o seu engajamento, seu compromisso de seguir com a aprovação das reformas", disse, acrescentando que com isso o Brasil dá uma mostra de maturidade.

Segundo Meirelles, há uma consciência nacional de que se deve fazer as reformas para o País voltar a crescer. "O Brasil está fazendo as reformas à tempo e à hora", disse o ministro. De acordo com ele, o País já oferece oportunidades concretas de investimento e que o momento de investir no Brasil é agora. "O Brasil tem consolidada hoje a estrutura para crescer independentemente da política", disse.




TRUMP DESEJA APROVAÇÃO URGENTE DE SUAS REFORMAS



Trump deseja que Senado altere regras para aprovar reformas com maioria simples

Estadão Conteúdo









O pedido de Trump acabaria com o limite atual de 60 votos necessários, permitindo que a maioria republicana aprovasse qualquer legislação sem ser impedida pela minoria democrata


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que o Senado mude suas regras internas para permitir que projetos do governo precisem somente de maioria simples para serem aprovados.

Em seu perfil no Twitter, Trump afirmou que "o Senado dos EUA deve mudar para 51 votos, imediatamente, e obter a reforma na saúde e os CORTES DE IMPOSTOS aprovados rápida e facilmente. Os democratas fariam isso, sem dúvidas!", escreveu. Os comentários do presidente referem-se a um procedimento especial conhecido como "reconciliação", que exige apenas maioria simples dos 100 votos totais no Senado. Os republicanos planejam usar essa regra tanto para a votação de reforma na saúde quanto para a reforma tributária.

O pedido de Trump acabaria com o limite atual de 60 votos necessários, permitindo que a maioria republicana aprovasse qualquer legislação sem ser impedida pela minoria democrata.

Em reação ao tuíte, os republicanos ressaltaram que já estão usando um procedimento que permitiria a aprovação das duas medidas por maioria simples. "O senador McConnel [Mitch McConnell, líder republicano no Senado] concorda que tanto a reforma da saúde quanto a tributária são essenciais, e é por isso que os republicanos no Congresso estão usando o processo de reconciliação, a fim de evitar um filibuster partidário desses dois itens críticos da agenda legislativa", disse Antonia Ferrier, porta-voz de McConnell, em uma declaração. Fonte: Dow Jones Newswires.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 31/05/2017



Cerco a aliados

Coluna Esplanada -  Leandro Mazxzini






O presidente Michel Temer mantém a agenda repleta de encontros com parlamentares da base e ministros para medir a temperatura de apoio ao Governo e evitar a fuga de aliados. Dos ministros da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), e do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), recebeu a informação de que os partidos mantêm-se “fechados” com o Palácio. Foi o mesmo tom da conversa de Temer com o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) que se mantém como líder “pardo” da bancada na Câmara.
Nanicos
Nesta semana, Temer dará prioridade às conversas com os líderes dos chamados “partidos nanicos” – relegados desde o início do Governo do peemedebista.
Amém
A Igreja quebrou o silêncio sobre o cenário: “Se houver eleição indireta, é preciso consenso de nome que não esteja ligado a falcatruas”, diz Dom Leonardo, da CNBB.
Pega geral
Os ex-governadores do DF foram só os primeiros presos por causa do superfaturamento, na arena de Brasília. Os portões foram abertos pelas construtoras nas delações.
Perdeu, doutora
O Governo Dilma recusou equipamento alemão de comunicação criptografada oferecido ao Palácio há dois anos. Ela preferiu investir nos sistemas C-Gov e Cripto-Gov, elaborados pela Abin, mas que só foram usados para e-mail e telefone após os vazamentos de Snowden sobre as conversas da presidente monitoradas pelos EUA.
Arma de guerra
O sistema alemão é tão poderoso que é proibido nos Estados Unidos, e se alguém tentar entrar com ele no aeroporto, deve ser declarado como arma de guerra, e o cidadão passa a ser monitorado pelo FBI e CIA.
Fone blindado
Aliás, os sistemas criados pela Abin estão em funcionamento no Palácio. Abrangem o chamado telefone vermelho do presidente, em linha segura com ministros da Esplanada.


Alerta dado
Presidente da Associação Nacional do Ministério Público de Contas, Júlio Marcelo – que apontou ilegalidade nas contas de Dilma – questiona: “Onde estavam os tribunais de contas? O que faziam enquanto elefantes brancos eram erguidos para a Copa?”.
Meritocracia
O Congresso Nacional pode dar um basta às indicações políticas para o TCU, dos tribunais de Contas dos Estados e dos municípios. Tramita na CCJ uma PEC que prevê realização de concurso público para as carreiras dos órgãos de Contas.
Sem ligações
A matéria é relatada pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que frisa: “Esse sistema tem permitido que o cargo de conselheiro dos tribunais de contas sirva para indicações que levam à troca de favores para ex-políticos e parentes de políticos”.
Cegueira
Presidente da comissão especial que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) procura suavizar a grave crise política deflagrada pelo escândalo JBS. “É teste para nossa democracia que está em aperfeiçoamento”.
Grita do QG
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, reprovou, em reservado, o recuo do presidente Michel Temer ao revogar o Decreto de Lei e Ordem para reprimir protestos na Esplanada. Nos bastidores da caserna, a informação é de que Villas Bôas já teria informado ao ministro Raul Jungmann (Defesa) a intenção de deixar o posto.
Segredo do Palácio
O cotado para o posto é o general Sérgio Etchegoyen, hoje chefe do Gabinete de Segurança Institucional do Palácio.
Coach empresarial
Staff de professores brasileiros que moram há anos nos EUA, capitaneados por Jorge Bittencourt (Ibmec Rio), vai ministrar curso de 10 a 20 de julho na Flórida para os conterrâneos que querem investir na terra do tio Sam. https://www.gpsbrasil-usa.com/.
Mais segurança
A insegurança normativa e a instabilidade política afastam investidores do Brasil, apesar de o país em ‘liquidação’ com o real desvalorizado frente a moedas. Só um exemplo, nosso Código comercial é de 200 anos atrás, com pequena atualização na década de 70.

A JBS PAGARÁ MULTA BILIONÁRIA AO GOVERNO



Controladora da JBS fecha acordo de leniência com multa de R$ 10,3 bilhões

Agência Brasil









A JBS é líder mundial do processamento de carne bovina

 
A Procuradoria-Geral da República e os negociadores da holding J&F, controladora da empresa JBS, chegaram a um acordo no valor de R$ 10,3 bilhões da multa que deverá ser paga pela empresa para a assinatura do acordo de leniência. O montante, a ser pago em 25 anos, representa, segundo o Ministério Público Federal, o maior para esse tipo de acordo no mundo. Considerando a correção, a projeção é que o total a ser pago pela J&F, o chamado valor futuro, alcance cerca de R$ 20 bilhões.
O acordo, que deverá ser assinado nos próximos dias, inclui fatos investigados nas operações Greenfield, Sépsis e Cui Bono, além da Bullish e da Carne Fraca. Do total a ser pago, R$ 8 bilhões serão destinados à Fundação dos Economiários Federais (Funcef) (25%), à Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) (25%), ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (25%), à União (12,5%), ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) (6,25 %) e à Caixa Econômica Federal (6,25%).
“O restante da multa, R$ 2,3 bilhões, será pago por meio de projetos sociais, especialmente nas áreas de educação, saúde e prevenção da corrupção. O prazo de pagamento foi fixado em 25 anos, sendo que, neste período, os valores serão corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo [IPCA]”, diz nota do MPF.
Pelo acordo, os pagamentos serão feitos exclusivamente pela holding controladora e deverão ser iniciados em dezembro de 2017. O total estipulado na negociação representa 5,62% do faturamento livre de impostos registrado pelas empresas do grupo em 2016. De acordo com o Ministério Público Federal, o percentual de multa por faturamento equivale à média verificada em outros quatro acordos firmados no âmbito da Operação Laja Jato.
Em termos absolutos, o montante representa mais que a soma dos valores que serão pagos por Odebrecht (R$ 3,28 bilhões), Brasken (R$ 3,1 billhões), Andrade Gutierrez (R$ 1 bilhão) e Camargo Corrêa (R$ 700 milhões). Segundo o MPF, diferentemente do que previram outros acordos, no caso da J&F, todo o valor de multa arrecadado ficará no Brasil.