terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CARNÊ DE COMPRAS A PRAZO VOLTOU



Com parcelas de acordo com o bolso, crediário atrai clientes sem conta em banco

Janaína Oliveira






NO DNA DA MARCA – Dona do crediário mais popular do Brasil, Casas Bahia permite parcelamento em mais de 12 vezes no carnê

Uma das modalidades de compras mais antigas no mercado brasileiro, o carnê voltou a aparecer como solução para muitos consumidores em tempos de juros do cartão de crédito nas alturas e restrição de empréstimos por parte de bancos e financeiras.
As vendas parceladas no boleto cresceram 29% no ano passado, na comparação com 2015. E a expectativa é a de que o aumento chegue a 37% em 2017, ante 2016, segundo estimativa da MultiCrédito, empresa que atua há mais de 30 anos no setor.
Segmentos como relojoaria, ótica, móveis, decoração e estética são alguns dos que mais percebem o incremento do crediário.
“Para os lojistas, o crediário funciona como um instrumento para aumentar as vendas em um ambiente de crise e oferta restrita de crédito”
Flávio Vaz Peralta
vice-presidente da MultiCrédito
Segundo o vice-presidente comercial da MultiCrédito, Flávio Vaz Peralta, o aumento do uso dos carnês é decorrência de dois fatores. “Do lado do consumidor, o crediário atende a um público não ‘bancarizado’, que não possui cartão, mas que trabalha no mercado informal e gera receita. Esse consumidor ajusta a parcela de acordo com o bolso”, diz. Já para lojistas, funciona como um “novo” instrumento para aumentar as vendas em um ambiente de crise e oferta restrita de crédito.
“O mote dos anúncios voltados a ‘quanto você quer pagar?’ tem forte apelo perante o consumidor. Mas para evitar o risco de inadimplência é preciso investir em tecnologia e inteligência, principalmente no que diz respeito a conceder crédito para pessoas que não têm conta bancária, por exemplo. Temos cada vez mais demanda do varejo para identificar os melhores consumidores”, afirma Peralta.
Segundo ele, a maioria das lojas, das grandes redes varejistas ao pequeno comércio, faz com que o consumidor pague o crediário no próprio estabelecimento. “Assim o cliente vê os produtos e acaba consumindo mais”, diz.
29% dos consumidores que usam carnê têm de 21 a 30 anos, mostra pesquisa da MultiCrédito feita no último trimestre de 2016 com 1.759 consumidores inadimplentes

Pesquisa do SPC Brasil em parceria com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que 30% dos consumidores ainda utilizam crediário ou carnê. Desses, 48% possuem em média 1,7 carnês ou crediário atualmente.
Sonho de consumo
A contratação do serviço é feita principalmente por meio da solicitação à loja (58,5%) e as principais motivações para ter esse tipo de serviço é poder comprar mais (42,3%) e realizar um sonho de consumo (20,2%).
6% taxa de juros mensal média aplicada no crediário em mInas, segundo a anefac. a do cartão de crédito, por exemplo, passa de 15%; no cheque especial, chega a 12,58%
Em relação à inadimplência no uso do crediário ou carnê, 32,7% dos entrevistados que possuem essas modalidades já ficaram com o nome sujo pelo não pagamento e 5,9% ainda estão negativados.
O crediário e o carnê são utilizados, principalmente, para compras de roupas (75%), calçados (64%) e eletrodomésticos (34,3%), sendo que 17,6% fazem compras parceladas usando esses meios ao menos uma vez por mês.

DENÚNCIAS DE CORRUPTOS TEM AOS MONTES - APURAÇÃO E CONDENAÇÃO NADA.



Os quatro operadores de propina do PMDB na 'Lava Jato'

Estadão Conteúdo 





O PMDB, partido do presidente Michel Temer (PMDB), tem quatro operadores de propinas identificados pela "Lava Jato" no esquema de corrupção na Petrobras: Jorge e Bruno Luz, João Augusto Henriques e Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano. Os dois primeiros - pai e filho - foram presos na sexta-feira, 24, nos Estados Unidos, alvo da 38ª fase da operação.

Com três anos de investigações, a "Lava Jato" fecha o cerca contra políticos do PMDB. O partido controlava a Diretoria de Internacional da Petrobras, no esquema de fatiamento da áreas estratégicas da estatal por partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva. À partir de 2007, a legenda também teve participação na área de Abastecimento, junto com o PP.

Considerados por investigadores da força-tarefa, em Curitiba, engrenagem da complexa e sofisticada máquina de corrupção engendrada na Petrobras, por políticos agentes públicos e empresários, os operadores de propina foram nos três anos de "Lava Jato" os principais pontos de expansão da investigação - que se encontra em seu momento de maior contraofensiva política.

É da Diretoria Internacional o estrondoso episódio da compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Sob o negócio, paira a acusação de prejuízo de cerca de R$ 800 milhões, como a do Tribunal de Contas da União (TCU). A "Lava Jato" tem um inquérito aberto, em que já foram identificados pagamentos de propinas e irregularidades no negócio.

Além da aquisição de refinarias no exterior, a diretoria cota do PMDB cuidava das compras de plataformas de exploração de petróleo fora do Brasil, da aquisição de campos de exploração de petróleo e gás.

Operadores

Fernando Baiano foi o primeiro operador do PMDB preso pela "Lava Jato". Ele foi detido em novembro de 2014, acusado de atuar em nome do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró.

O lobista fechou em 2015 acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) e conseguiu o direito de cumprir prisão domiciliar - a partir de novembro de 2015 - por suas revelações. Ele citou propinas para o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA), nos negócios de Pasadena, entre outros.

Ex-Internacional entre 2003 e 2008, Cerveró teve que fazer delação premiada, após o operador do PMDB confessar seu envolvimento no esquema e a arrecadação de valores para os políticos do partido - que lhe davam sustentação no cargo.


João Henriques é um ex-executivo da Petrobras, que depois de deixar o cargo passou a atuar como lobista. Além de abrir portas na estatal para empresários, operacionalizava a corrupção de agentes públicos e políticos, para garantir benefícios nas disputas de mercado por contratos.

Henriques foi preso em setembro de 2015, mesmo mês em que Fernando Baiano fechou sua delação premiada com a força-tarefa. Segundo a "Lava Jato", ele tinha relação direta com o ex-diretor de Internacional Jorge Zelada, preso desde julho de 2015 e que sucedeu Cerveró no cargo.

Foi das investigações que tinham como alvo os dois operadores ligados ao PMDB que a "Lava Jato" chegou à Blackout. A 38ª fase levou para a cadeia o mais antigo operadores de propinas da Petrobras, que foi citado em delações premiadas como elo da corrupção com medalhões do partido. O lobista está preso desde sábado, 25, no Brasil.

Com ameaças veladas de Eduardo Cunha de virar delator e agora a prisão de mais um operador de propinas do PMDB, as chances de um deles buscar a força-tarefa para fazer revelações aumenta, na avaliação de investigadores.

Defesa

A assessoria do PMDB diz:

"O presidente do PMDB, senador Romero Jucá, afirma que os envolvidos nesta operação "não tem relação com o partido e nunca foram autorizados a falar em nome do PMDB."


DÓLAR MAIS BARATO FAVORECE A COMPRA DOS PRODUTOS IMPORTADOS



Empresários aproveitam recuo de 10,7% no dólar para conquistar mais clientes

Tatiana Moraes 









Recuperação – Flávio Morais, da Enoteca Decanter: expectativa de que o câmbio contrabalance as vendas ruins de 2016


Depois de ir às alturas e travar o consumo de produtos importados, o dólar inverteu neste ano o movimento para queda brusca, saciando o apetite do consumidor pelas delícias que vêm de fora, como vinhos e azeites. Os empresários que trabalham com produtos importados aproveitam a valorização de 10,7% do real sobre o dólar, no confronto com dezembro, para repassar o ganho aos clientes como estratégia de alavancar as vendas e driblar a crise.
O diretor comercial da rede de supermercados Supernosso, Rodolfo Nejem, garante que a queda do dólar contribui para a redução dos preços dos produtos importados. O ganho para a empresa vem do aumento do tíquete médio (valor médio de vendas). E ele diz que a redução de preço impacta inclusive produtos que estão sendo entregues agora, mas que tiveram a compra contratada antes da mudança no câmbio.
“Nossos pedidos são constantes e o prazo para pagamento é dilatado. Coisas que pedi lá atrás estou recebendo agora, com preço melhor, acompanhando a cotação”, afirma Nejem.

Vinhos

Com três lojas em shoppings da cidade e um restaurante em Lourdes, a Mon Caviste também comemora o recuo da moeda norte-americana. Embora a casa seja especializada em vinhos franceses, o proprietário Felipe Lins explica que o desembaraço dos contêineres no Brasil fica mais barato.
“Conseguimos internalizar a mercadoria por um preço melhor e o imposto também fica menor. Repassamos tudo ao consumidor, esperando conquistar mais clientes”, diz.
Na Mon Caviste é possível encontrar vinhos franceses a partir de R$ 49. “Como trabalhamos com pequenos produtores, normalmente conseguimos preços melhores. Nossa propósito é mudar a ideia de que vinho francês é caro”, diz.
Os descontos na Enoteca Decanter, que chegam a 40% em épocas de promoções, tendem a ficar ainda mais atrativos se os vinhos forem comprados com dólar em queda. Segundo o proprietário da casa, localizada na Savassi, Flávio Morais, 2016 foi um ano duro devido à crise, e promoções foram realizadas constantemente para estimular as vendas.
“Passamos o ano inteiro em promoções. Estamos reduzindo a margem de lucro para que o consumidor possa levar o produto para casa. Com a retração do dólar, é possível intensificar as promoções. Além disso, essa queda pode recompor a margem de lucro”, diz.
Ele acredita que em 60 dias o recuo na cotação da moeda norte-americana comece a aparecer nas gôndolas com mais intensidade. “Estamos começando a comprar para o inverno, que é uma época mais forte de vendas. Se o dólar se mantiver em queda, os preços serão ainda melhores”, afirma.
Procura pela moeda estrangeira sobe 40% em duas semanas
O recuo na cotação do dólar fez com que pessoas que estão com viagens marcadas para o exterior corressem às casas de câmbio. Nas últimas duas semanas, a Câmbio Cotação registrou aumento de 40% nas negociações com moeda norte-americana, conforme o diretor da empresa, Alexandre Fialho.
Ele explica que o ideal para quem vai viajar é comprar a moeda estrangeira aos poucos. “Assim, a pessoa não vai comprar nem o dólar mais caro nem o mais barato. Ela acaba alcançando uma cotação média”.

Comércio

Na Gujoreba, lojas de artigos diversos importados, as encomendas são constantes. Segundo o gerente, Gustavo Batista, a retração na cotação do dólar tem efeito direto no preços dos produtos que são comercializados na loja.
“Como os nossos preços são bem baixos, qualquer queda representa muito. Fazemos questão de repassar a queda aos clientes, que são muito sensíveis aos preços. Eles acabam levando mais produtos”, afirma.
Na loja é possível encontrar cerca de 20 mil itens, a maioria importada da China. Batista comenta, no entanto, que demora cerca de dois meses para que a queda do dólar chegue às prateleiras. “Ainda temos estoque do Natal. Assim que pedirmos nova remessa, o preço será menor”, afirma.
Além de o consumidor ser beneficiado com produtos mais baratos, o dólar em queda faz com que a inflação seja pressionada para baixo, conforme observa o professor de economia do Ibmec Reginaldo Nogueira. Em contrapartida, ele pondera que as empresas exportadoras são prejudicadas pela cotação em baixa. “Como o faturamento das empresas é em dólar, e o dólar está mais baixo, elas acabam lucrando menos”, diz.

EXPECTATIVA PARA APRESENTAÇÃO DO ORÇAMENTO DOS EUA POR TRUMP

Porta-voz de Trump diz que foco é reduzir custo, expandir benefícios e acesso

Estadão Conteúdo







A proposta para o orçamento dos EUA será apresentada amanhã em discurso de Trump ao Congresso


O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou há pouco que o a proposta do presidente Donald Trump para o orçamento dos Estados Unidos, que será apresentada amanhã em discurso do republicano ao Congresso, pretende focar em três objetivos: reduzir custos, expandir benefícios e elevar o acesso dos cidadãos norte-americanos a questões como emprego e rede de educação.
Spicer disse que, nos últimos anos, o governo dos Estados Unidos não tratou o dinheiro dos americanos, em referência aos recursos públicos, com "o devido respeito". O porta-voz citou como exemplo o Obamacare, sistema de saúde implementado pelo ex-presidente Barack Obama e que é duramente criticado pelo presidente Donald Trump. Spicer ressaltou a intenção de Trump de substituir o Obama por um novo programa.
Spicer não deu mais detalhes sobre a proposta de orçamento que Trump vai apresentar ao Congresso amanhã. Antes de Spicer, o diretor de orçamento do governo, Mick Mulvaney, afirmou que os números exatos sobre cada uma das áreas especificadas no orçamento serão conhecidos nos próximos, à medida que as discussões forem avançando entre os parlamentares.


MULTAS DA LAVA JATO VÃO PARAR NO STF

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