sexta-feira, 25 de julho de 2014

CONHEÇA OS BRICS



Conheça os BRICS
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

A ideia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.
O peso econômico dos BRICS é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos BRICS já supera hoje o dos EUA ou o da União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final).
Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação.
Etapa importante para aprofundar a institucionalização vertical do BRICS foi a elevação do nível de interação política que, desde junho 2009, com a Cúpula de Ecaterimburgo, alcançou o nível de Chefes de Estado/Governo. A II Cúpula, realizada em Brasília, em 15 de abril de 2010, levou adiante esse processo. A III Cúpula ocorreu em Sanya, na China, em 14 de abril de 2011, e demonstrou que a vontade política de dar seguimento à interlocução dos países continua presente até o nível decisório mais alto. A III Cúpula reforçou a posição do BRICS como espaço de diálogo e concertação no cenário internacional. Ademais, ampliou a voz dos cinco países sobre temas da agenda global, em particular os econômico-financeiros, e deu impulso político para a identificação e o desenvolvimento de projetos conjuntos específicos, em setores estratégicos como o agrícola, o de energia e o científico-tecnológico. A IV Cúpula foi realizada em 29 de março de 2012, em Nova Délhi. A V Cúpula foi realizada em Durban, na África do Sul, em 27 de março de 2013.
Além da institucionalização vertical, o BRICS também se abriu para uma institucionalização horizontal, ao incluir em seu escopo diversas frentes de atuação. A mais desenvolvida, fazendo jus à origem do grupo, é a econômico-financeira. Ministros encarregados da área de Finanças e Presidentes dos Bancos Centrais têm-se reunido com frequência. Os Altos Funcionários Responsáveis por Temas de Segurança do BRICS já se reuniram duas vezes. Os temas segurança alimentar, agricultura e energia também já foram tratados no âmbito do agrupamento, em nível ministerial. As Cortes Supremas assinaram documento de cooperação e, com base nele, foi realizado, no Brasil, curso para magistrados dos BRICS. Já realizaram-se, ademais, eventos buscando a aproximação entre acadêmicos, empresários, representantes de cooperativas. Foram, ainda, assinados acordos entre os bancos de desenvolvimento. Os institutos estatísticos também se encontraram em preparação para a II e a III Cúpulas e publicaram uma coletânea de dados. Versões atualizadas da coletânea foram lançadas por ocasião da Cúpula de Sanya e da Cúpula de Nova Délhi. Em síntese, o BRICS abre para seus cinco membros espaço para (a) diálogo, identificação de convergências e concertação em relação a diversos temas; e (b) ampliação de contatos e cooperação em setores específicos.

Um pouco dos BRICS: O Brasil inaugura a Nova Ordem Mundial


ANNE KAROLYNE 

COMENTÁRIO:

·  O Relincho "ideológico" dos números....kkkk (virgilio tamberlini) 24.07.2014 às 18:33
BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública mobiliária federal interna subiu 4,02 por cento em junho frente a maio, atingindo 2,111 trilhões de reais, influenciada pelo aporte feito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no fim do mês passado. Com isso, o estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 3,77 por cento no período, para 2,203 trilhões de reais, informou nesta quinta-feira o Tesouro Nacional. Em maio, a dívida interna havia crescido 3,57 por cento na comparação mensal. No mês passado, houve emissão líquida de títulos públicos de 65,06 bilhões de reais, a maior do ano, incluindo os 30 bilhões de reais emitidos pelo Tesouro ao BNDES. O Tesouro também informou que a apropriação de juros somou 16,49 bilhões de reais em junho. No mês passado, os títulos prefixados representaram 40,73 por cento do total da dívida, maior que os 39,68 por cento no mês anterior. A meta do governo para o ano é que fique entre 40 e 44 por cento. Os papéis corrigidos pela inflação representaram 36,12 por cento da dívida em junho, ante 36,67 por cento em maio, dentro da meta de 33 a 37 por cento para o ano. Já os títulos corrigidos pela Selic corresponderam a 19,13 por cento do total do passivo em junho, ante 19,39 por cento em maio, ainda acima do teto da meta de 19 por cento para 2014. No mês passado, informou ainda o Tesouro, o estoque da dívida externa somou 91,72 bilhões de reais, 1,61 por cento menor em relação a maio. Nesta manhã, o Tesouro comunicou que concluiu a emissão de 3,55 bilhões de dólares em novo bônus com vencimento em 2045, cuja operação envolveu a recompra de 2 bilhões de dólares em outros títulos no exterior. Como a liquidação financeira ocorre no dia 1º de agosto de 2014, afetará a dívida naquele mês.


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