quarta-feira, 31 de outubro de 2018

PARECE QUE O SER HUMANO ODEIA A NATUREZA E FAZENDO PARTE DELA


WWF: população de vertebrados cai 89% nas Américas do Sul e Central em 44 anos

Estadão Conteúdo









A nova edição do relatório "Planeta Vivo", lançado nesta terça-feira (30), aponta que a população mundial de animais vertebrados diminuiu 60% de 1970 a 2014. Elaborado pela organização ambientalista WWF, o estudo aponta que a redução chega a 89% entre as espécies que habitam as Américas do Sul e Central.

O relatório analisou a situação de 16.704 populações de 4.005 espécies de vertebrados entre 1970 e 2014. Segundo o estudo, o índice de extinção é mais acelerado em cinco grandes grupos: aves, mamíferos, anfíbios, corais e cicadáceas (tipo de plantas datadas do período pré-histórico).

Dentre as populações que sofreram maiores perdas, está a dos animais de água doce, que tiveram uma queda de 83% da população. Já o Índice de Habitats de Espécie para mamíferos caiu 22% de 1970 a 2010, número que chega a 60% no Caribe. O número de elefantes da zona de Selous-Mikumi, na Tanzânia, por exemplo, caiu 66% de 2009 a 2014. Desde 1976, a redução é de 86%.

Outro exemplo é o número de coalas, que caiu de 326,4 mil, em 1990, para 188 mil, em 2010, uma redução de 42%. O principal motivo é o desmatamento da região central da Austrália, onde se concentra a maior parte das espécimes.

Também caiu de 81,6%, em 1970, para 78,6%, em 2014, o Índice de Intensidade da Biodiversidade (BII), que estima a permanência da biodiversidade original de cada região. Segundo a WWF, o impacto real pode ser maior, pois a estimativa não incorpora os efeitos das alterações climáticas e os impactos da mudança do uso da terra.

"A situação é verdadeiramente ruim, o que já dizemos há algum tempo, mas ela não deixa de piorar. Se tem colocado muita atenção no clima unicamente. Mas esquecemos dos outros 'sistemas' (bosques, oceanos, etc), que estão interconectados com e clima e que são muito importantes para a conservação da vida na Terra", declarou Marco Lambertini, diretor-geral da WWF, à reportagem.

Ao divulgar o relatório, a organização defende a criação de um "Acordo de Paris para a Natureza". "É necessário um conjunto de ações coletivas, juntamente com um roteiro para metas, indicadores e métricas para reverter a perda de natureza, incluindo, por exemplo, cenários para mudanças no uso da terra, mudanças na dieta, colheita sustentável, bem como abordagens tradicionais de conservação, como áreas protegidas", diz o texto divulgado pela ONG. (Com agências internacionais)

DESAFIOS DE JAIR BOLSONARO NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DO BRASIL


Imprensa internacional destaca desafios de Bolsonaro na Presidência

Agência Brasil








As reportagens indicam que o novo presidente terá como desafios fazer a economia do Brasil crescer e vencer a polarização

A vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição para presidente da República é assunto nos principais jornais e agências internacionais nesta segunda-feira (29). As reportagens indicam que o novo presidente terá como desafios fazer a economia do Brasil crescer e vencer a polarização, registrada durante a campanha eleitoral, com o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.
Os jornais da Argentina demonstram preocupação com o enfraquecimento do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, suspensa temporariamente). Agências e jornais dos Estados Unidos e da Europa mencionam a ascensão da direita.
Para o norte-americano The New York Times, há uma "guinada à direita" no Brasil e considera que essa é a mudança "mais radical" desde o fim da ditadura no país. O texto destaca que a campanha do presidente eleito se sustentou na defesa da família, na confiança na religião e nas Forças Armadas.
O também norte-americano Washington Post compara Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ele utilizar de forma intensa as redes sociais e apresentar-se como a nova alternativa.
O foco da agência de notícias Reuters é a economia. Com base em declarações do coordenador econômico da equipe de Bolsonaro, Paulo Guedes, destaca que a reforma da Previdência será prioridade. Outra agência de notícias, a Bloomberg, ressalta o discurso de austeridade e recuperação das contas públicas.
O espanhol El País menciona um período de “incertezas” para o novo governo. O francês Le Monde menciona o que chama de “extrema direita”.
Para a Xinhua, agência pública de notícias da China, o desafio do presidente eleito é dar mais celeridade à economia brasileira. A Notimex, agência pública de notícias do México, destaca que Bolsonaro terá o desafio de enfrentar o baixo crescimento econômico da economia. A agência pública do Equador, Andes, ressalta a polarização registrada no país.
A preocupação dos jornais argentinos Clarín e La Nación está no possível enfraquecimento do Mercosul. O receio se baseia em uma declaração de Paulo Guedes sobre não incluir o bloco entre as prioridades do próximo governo. Ao La Nación, o embaixador da Argentina no Brasil, Carlos Magariños, amenizou a declaração de Guedes, destacado a relevância do Mercosul para toda a região.

NOVO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO VAI CRIAR SUPERMINISTÉRIO DA ECONONOMIA


Bolsonaro vai criar superministério da Economia com fusão de várias pastas

Agência Brasil









O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro confirmou a criação do superministério


Os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente serão fundidos no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), assim como as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio - formando este último o superministério da Economia. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (30), após reunião na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro.
O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro, Paulo Guedes, apontado como futuro ministro da Economia, confirmou a criação do superministério, enquanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para Casa Civil, reiterou sobre a fusão do Meio Ambiente com a Agricultura.
Guedes e Onyx conversaram com os jornalistas após reunião, onde trataram sobre a formatação do governo e o início dos trabalhos da transição. Amanhã (31) Onyx deverá ir a Brasília para se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que coordena a equipe de transição do governo Temer.
Redução de ministérios
Onyx afirmou que o objetivo é reduzir de 29 ministério para 15 ou 16. Guedes acrescentou que a junção das pastas é importante para dar agilidade às decisões.
“Nós vamos salvar a indústria brasileira. Está havendo uma desindustrialização há mais de 30 anos. Nós vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais brasileiros”, disse Guedes.
Guedes disse que o governo pretende simplificar e reduzir drasticamente o número de impostos. “Será uma abertura gradual. E a razão do Ministério da Indústria e Comércio estar próximo da Economia é para justamente existir uma mesma orientação econômica em tudo isso. Não adianta a turma da Receita ir baixando os impostos devagar e a turma do Ministério da Indústria e Comércio abrir muito rápido. Isso tudo tem que ser sincronizado, com uma orientação única."
Previdência
Ambos confirmaram também que o próprio presidente eleito que vai conduzir a discussão sobre a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência, quem comanda essa decisão é o presidente. O professor Paulo Guedes e toda equipe estão conversando com o presidente, que vai nos sinalizar”, disse Onyx.
Nessa segunda-feira (29) Bolsonaro, em entrevistas a emissoras de televisão, afirmou que pretende ir a Brasília na próxima semana quando se reunirá com o presidente Michel Temer e também pretende agilizar o debate sobre a reforma da Previdência.
Para Guedes, quanto mais rápido o processo avançar, melhor. “Do ponto de vista econômico, quanto mais rápido melhor. Nós estamos atrasados, essa reforma podia ter sido feita lá atrás. Agora, existe um cálculo político”, observou.
Em seguida, o futuro ministro da Economia acrescentou: “Acho que, na parte econômica, nós devemos avançar o mais rápido possível. O nosso Onyx, corretamente, não quer que uma vitória nas urnas se transforme em uma confusão no Congresso”.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 31/10/2018


Segredos de Estado

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










Há um mês todo um andar do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funcionou a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, foi ocupada por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Secretaria Institucional (GSI) para a transição do Governo, e já se falava em Jair Bolsonaro como novo presidente. O trabalho sigiloso e de inteligência vinha acompanhando o candidato desde então. Assim como na Polícia Federal, que faz a escolta do agora presidente eleito, há informações de que ele corre risco de vida.
Detectores
Mais de 50 militares da Força Nacional de Segurança foram destacados para reforçar a proteção do CCBB durante a transição entre o atual governo Temer e o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Também foram instalados detectores de metais em todas as entradas do prédio e dos gabinetes.
O líder
O deputado Arthur Lira (AL), líder do PP, é o nome de Jair Bolsonaro para presidir a Câmara Federal.
BNDES
O atual presidente do BNDES, Diego Oliveira, está em campanha para tentar permanecer na presidência do banco. É um dos cargos mais visados do alto escalão, já que o BNDES é o terceiro maior banco de fomento do mundo. A permanência de Oliveira esbarra, no entanto, na determinação de Jair Bolsonaro para a nomeação de técnicos para o alto escalão.
Cotado 
O economista Carlos Da Costa, ex-diretor de Comércio Exterior do BNDES, primeiro a pedir demissão quando Diogo Oliveira se tornou presidente, é cotado para assumir a presidência do banco. Foi o responsável pelo maior planejamento estratégico nos últimos 40 anos quando era, então, diretor de Comércio Exterior. Costa também tem pensamento econômico liberal bem próximo a Paulo Guedes.
Expectativa 1
Quem será Levy Fidelix no Governo de Bolsonaro? O presidente do PRTB, partido do vice General Mourão, submergiu dos holofotes políticos há meses.
Expectativa 2 
O que será de Valdemar da Costa Neto, o dono do PR, sem o controle do Ministério dos Transportes e da Infraero a partir de Janeiro? Ele comanda nomeações há quase duas décadas no setor.
Expectativa 3
Vem aí Magno Malta, sem batina e bíblia na mão, o Orador-Geral da União.
Fundos 
Crítico dos fundos Partidário e de Financiamento de Campanhas, o presidente eleito pelo PSL, Jair Bolsonaro, somou cerca de 15% em recursos públicos no total de despesas nos dois turnos da campanha.
PSL & PRTB 
Conforme valores declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSL repassou R$ 339 mil à campanha vitoriosa de Bolsonaro. Outros R$ 24 mil foram transferidos pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), legenda do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão. Os dois fundos são irrigados com verbas públicas.
Lista de extradição 
Além do italiano Cesare Battisti, ex-ativista acusado de terrorismo na Itália e exilado no Brasil, o governo de Jair Bolsonaro já tem outros dois nomes na lista de extradição após a posse em janeiro.
Refugiados 
Os paraguaios Juan Arrom e Anuncio Martí, acusados de sequestro, receberam do governo brasileiro, em 2003, o status de refugiados e, desde então, não podem ser extraditados. Ontem, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, pediu a Bolsonaro, por meio do Twitter, a extradição da dupla.
Cultura
Maestro Nelson Niremberg, criador do Projeto Aquarius, nos anos 70, apoiador de Bolsonaro e de Wilson Witzel, entregou aos dois eleitos projetos para a área de cultura.

DEFESA DE BOLSONARO AO STF SOBRE IDA A EMBAIXADA DA HUNGRIA

  Bolsonaro na embaixada da Hungria ...