quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

VISITAÇÃO PROIBIDA AO CONGRESSO EM BRASÍLIA DURANTE O CARNAVAL


Visitação ao Congresso Nacional será suspensa durante o Carnaval

Agência Brasil









Congresso Nacional estará fechado para troca de carpete durante o carnaval. Visitas ficarão suspensas


Quem estiver em Brasília durante o carnaval com planos de conhecer a Câmara dos Deputados e o Senado terá que refazer a programação.
É que entre o sábado (2) até a quarta-feira de cinzas (6), a visitação nas duas Casas estará fechada para troca o carpete do Salão Verde e das Galerias do Plenário da Câmara.
Segundo o coordenador de Visitação Institucional do Senado, Tadeu Sposito do Amaral, o procedimento inviabiliza a presença de visitantes devido ao forte cheiro de cola nessas áreas.
No Senado, durante a folia, o foco será na limpeza carpete do Salão Azul, impedindo o trânsito de pessoas pelo espaço.
“Sentimos por fecharmos o tour justamente em um momento em que muitos turistas visitam Brasília, mas as intervenções são importantes para a conservação do prédio. É natural que obras e reparos ocorram nessas ocasiões, já que não há trabalho legislativo, atividade-fim do parlamento”, justificou Amaral.
A visitação é gratuita e será reaberta na quinta-feira (7) para visitas agendadas previamente pelo site do Congresso (www.congressonacional.leg.br/visite). As visitas sem marcação serão retomadas somente na sexta-feira (8) com grupos saindo a cada meia hora, de 9h às 17h30.

NOVO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL


Campos Neto toma posse como presidente do Banco Central

Agência Brasil










Campos Neto, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi um dos formuladores da política econômica do governo


O economista Roberto Campos Neto tomou posse nesta quinta-feira, (28) como presidente do Banco Central (BC), em reunião privada no Palácio do Planalto. Ele assume o lugar de Ilan Goldfajn, que estava no comando da instituição desde junho de 2016. A transmissão do cargo ocorre depois do Carnaval, em data ainda a ser definida, quando o novo presidente deve discursar em solenidade com a presença de convidados.
Campos Neto, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi um dos formuladores da política econômica do governo e integrou a equipe brasileira que foi ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em janeiro deste ano. Na última terça-feira (26), o economista passou por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, pela manhã, e teve o nome aprovado no colegiado. À noite também foi aprovado pelo plenário da Casa.
Durante a sabatina, Campos Neto defendeu a autonomia do Banco Central e afirmou que terá como foco estabilizar o poder de compra da população e assegurar um sistema financeiro sólido e eficiente.
Perfil
Nascido em 1969, Roberto de Oliveira Campos Neto é bacharel e mestre em economia pela Universidade da Califórnia. O novo presidente do BC tem longa trajetória no sistema financeiro, iniciou a carreira no Banco Bozano Simonsen e trabalhou no Banco Santander por vários anos.
Ele é neto do economista, diplomata e escritor Roberto Campos (1917-2001), defensor do liberalismo econômico, que participou do governo Juscelino Kubitschek e foi ministro do Planejamento do governo Castello Branco.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 28/02/2019


Ruralista$

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini









O Governo de Jair Bolsonaro (PSL) lança ofensiva sobre a maior bancada da Câmara para alcançar os 308 votos necessários visando aprovar o texto da reforma da Previdência no plenário. Apesar da baixa nas últimas eleições, a Frente Parlamentar Agropecuária se recompôs na nova Legislatura e já conta com mais de 200 deputados. Na última semana, Bolsonaro e ministros foram à posse do novo presidente da Frente, Alceu Moreira (MDB-RS), e nesta semana o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, foi a almoço oferecido pelos ruralistas.
Nem tanto
Mas a bancada tem divergências sobre o texto. Alguns deputados preparam emendas para alterar a idade mínima do trabalhador rural e aumentar tempo de transição.
Bloco na rua
O deputado federal Wladimir Garotinho (RJ) está deixando o PRP para ingressar nas fileiras do PSD. Consultada, a assessoria não retornou.
O Hino
Vem do governo Lula, a pedido do ministro Fernando Haddad, a obrigatoriedade de cantar o Hino Nacional diariamente nas escolas públicas, conforme antecipamos no Twitter na segunda. Mas filmar a garotada foi invenção de Vélez Rodriguez.
Terceirização
A terceirização irrestrita na administração pública amplia o risco de corrupção e traz prejuízos aos cofres públicos, afirma a procuradora Ana Cristina Tostes Ribeiro, vice-coordenadora nacional de Combate a Irregularidades Trabalhistas na Administração Pública (Conap). A flexibilização da terceirização entrou em vigor este ano após a assinatura do Decreto nº 9507, e da Portaria nº 443, do Ministério do Planejamento.

Nos autos
A procuradora Carolina Mercante, coordenadora nacional da Conap, lembra que, “na operação Lava Jato foram constatados diversos casos de corrupção envolvendo a contratação de empresas terceirizadas".
Fala, Saturnino
Do ex-senador Saturnino Braga, ao lamentar as mortes – quase 400 vidas ceifadas – em Brumadinho: “Desde que foi privatizada, a Vale perdeu seu caráter desenvolvimentista e passou a ter como prioridade o lucro. A Vale privatizada está desmoralizada pelo que aconteceu em Mariana e Brumadinho”. Tem razão.
Defesa na pista
A Dismaf e a Infosolo, empresas de Basile Pantazis, enviaram à Coluna certidão do Supremo Tribunal Federal comprovando que nunca estiveram envolvidas no Mensalão (embora a Dismaf tenha sido investigada), nem condenadas por inidoneidade pela CGU. Os trilhos importados da China que a Dismaf vendeu para a Ferrovia Norte-Sul receberam atestado de qualidade após perícia técnica provocada pelos concorrentes.
Guerra 1
As empresas de Pantazi e a poderosa B3, empresa dona da Bolsa de São Paulo, trava na praça uma velada disputa pelo mercado de registro de contratos de financiamento de veículos pelo Brasil.
Guerra 2
Um advogado entrou com ação criminal perante o Ministério Público de Minas Gerais. Acusa ser proposital o “espelhamento” no pagamento igual do volume de todos os registros de financiamentos de automóveis no último ano do Governo de Fernando Pimentel (PT), que somam R$ 40 milhões. As empresas Infosolo e CBTI receberam exatamente a mesma quantia pelos registros. A suspeita é de que a coincidência seja burla da lei.
Bandeira
Além de criar o monopólio do DETRAN de Minas Gerais durante a gestão do petista Pimentel, a empresa Infosolo demonstra força com outro comissário da esquerda:  comanda o registro de automóveis no Governo Flavio Dino, do PCdoB.
Rádio e TV
Um dos mais respeitados jornalistas do circuito, Francisco Câmpera foi aprovado por unanimidade pelo Conselho a diretor-geral da Fundação Roquete Pinto – que cuida da rádio no Rio, Cinemateca em SP, TV Escola e TV para surdos. Câmpera já criou ouvidorias (interna e externa), enxuga o quadro e prepara a recuperação do acervo de filmes, além de mostras nacionais e internacionais.
Folia com respeito
A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, do Ministério dos Direitos Humanos, abraçou a campanha baiana “Meu corpo não é sua fantasia” e lança a mesma hoje no Paço Alfândega do Recife.


CONFLITOS DEVEM SER EVITADOS.


Falar ou calar para evitar conflitos?

Simone Demolinari 









Quando deparamos com situações que nos desagradam, às vezes ficamos na dúvida se vale a pena falar, sob o risco do diálogo se tornar uma briga; ou se é melhor, em nome da paz, ficarmos calados. Não é fácil saber o momento certo de falar ou de silenciar. Algumas questões podem ser levadas em conta, como, por exemplo, se o assunto se trata de algo inédito ou se já foi anteriormente discutido.

Há situações onde já se discutiu o motivo do conflito à exaustão e, mesmo assim, ele ainda é recorrente. Neste caso, a própria reincidência é o indício de que falar não compensa, posto que nada que for dito surtirá efeito.

Situações dessa natureza são muito comuns de ocorrerem entre pessoas próximas e que se amam. Alguns são taxativos ao afirmarem que não mudam seu jeito para agradar ninguém: “Eu sou assim. Esse é meu jeito”. Mas, devemos ter cautela ao afirmar isso, visto que, em muitos casos, mudar significa salvar ou manter um alto nível de relação. E não me refiro a grandes concessões ou que causam danos a quem as faz, mas coisas simples, que podem ser resolvidas com um pouco de boa vontade.

É cabível numa relação familiar, afetiva ou de amizade, sugerir com docilidade que o outro mude em prol da harmonia. O que não é saudável é fazer dessa solicitação uma exigência. Ninguém tem o direito de exigir nada de ninguém. Muito menos de quem se ama. Porém, temos o dever e a responsabilidade de expor, com clareza, tudo aquilo que nos incomoda. Se o outro quiser nos agradar, de certo evitará tais comportamentos que nos entristecem.

Numa relação saudável há um acordo tácito, onde um, sem perder sua essência, se esforça ao máximo para zelar pela integridade emocional do outro. Se isso não ocorre, eu é que preciso decidir se quero ou não esse tipo de convívio, ou se trato de me afastar.
Em outros casos, o motivo de não querer falar o que está sentindo tem a ver com o medo. Medo da repreensão, da crítica ou, até mesmo, da rejeição.

Muitos temem dizer o que pensam e perder o apreço alheio. Preferem ser omissos consigo e acabam “deixando pra lá”. Usam do artifício de fingir que não ligam. Mentira! Calam-se por temerem as consequências de uma conversa franca. Preferem engolir a seco o que lhes incomoda a correr o risco de ser rejeitado. Prisioneiros do medo, acabam se tornando permissivos, passando por cima de valores primários e se violentando. Neste caso, vale a reflexão à luz da premissa de Eurípides: “Não dizer o que pensa. Essa é a condição de um escravo”.

Silenciar para evitar conflitos, em alguns casos, pode ser positivo. Contudo, quando nos calamos por medo de arcarmos com as consequências do enfrentamento, corremos o risco de estarmos acumulando mágoas e revolta. É preciso refletir, com muita seriedade e honestidade emocional, se
vale mesmo a pena nos afastarmos de nós para nos aproximarmos dos outros.