sábado, 30 de setembro de 2023

O QUE SE ESPERA DO STF IDEAL E A SUA REALIDADE ATUAL

 

História por Notas & Informações • Jornal Estadão

Segundo os apresentadores da TV Justiça, a posse de Luís Roberto Barroso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) foi das mais emocionantes da história. Entre a abertura, com o Hino Nacional, e o encerramento, com Todo Sentimento, na voz de Maria Bethânia, o decano Gilmar Mendes falou em “democracia defensiva” (eufemismo para “democracia militante”, categoria da Constituição alemã, não da brasileira), fez uma ofensiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e brindou o “grande estadista” Lula da Silva. Na presença dos presidentes da República, da Câmara e do Senado, pediu harmonia e pacificação. Enquanto isso, na Câmara tramitava uma PEC dando poder ao Congresso de derrubar decisões do Supremo, e o Senado aprovava o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, que o STF havia declarado inconstitucional. O choque de realidade dimensiona o desafio do novo presidente.

Barroso louvou a Justiça brasileira como uma “das mais produtivas do planeta”, julgando 30 milhões de processos por ano. Mas quantidade não significa produtividade. Ela é também das mais caras e lentas. Nenhuma corporação no Brasil (quiçá no mundo) extrai tantos privilégios da lei quanto a responsável por aplicá-la igualmente a todos. O Brasil está mal nos rankings de segurança jurídica. Uma pesquisa da Associação dos Magistrados Brasileiros revela que 52% dos juízes de primeiro grau não consideram a jurisprudência e 55% dos ministros de tribunais superiores não se pautam por súmulas. Ou seja, em sua maioria, os juízes do piso não seguem as cortes e os do topo não seguem nem a si mesmos.

Tudo isso se dá no contexto do tumulto político e institucional que tomou o País nos últimos anos. Desde que Barroso é ministro do Supremo, o Brasil passou pelas Jornadas de Junho, o petrolão, o impeachment de Dilma Rousseff, a prisão de Lula e a ascensão de Bolsonaro. Muitas vezes o STF ajudou a restaurar a normalidade institucional – por exemplo, garantindo prerrogativas dos Estados na pandemia ou pondo fim ao orçamento secreto –, mas, no afã de combater abusos ou omissões do Ministério Público, do Congresso e do Executivo, cometeu abusos que minaram essa normalidade.

Em meio à espiral de judicialização da política, retroalimentada pela politização da Justiça, Barroso falou em contenção do Judiciário, mas deu mostras de incontinência ao listar prioridades, como se fosse candidato num palanque: combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, investimentos em educação básica, ciência, saneamento e moradia e retomada da liderança ambiental do Brasil. São metas louváveis, claro, mas para um presidente da República, e não para o presidente do STF. O povo já elegeu seus representantes no Executivo e no Legislativo. Boas ou ruins, as decisões são desses mandatários. À Corte cabe, se provocada, garantir sua consonância com a Constituição.

O problema é como entender essa consonância. Barroso, em sua obra Judicialização, Ativismo Judicial e Legitimidade Democrática, afirma que o Direito é política, enquanto produto da vontade da maioria na Constituição, e não é política, porque não se pode submeter “a noção do que é correto e justo à vontade de quem detém o poder”. Entre esse “é” e o “não é” seria natural deduzir a demarcação entre os Poderes: o Direito é política porque o Legislativo tem autonomia para positivar a vontade da polis, e não é porque o Judiciário tem autonomia para interpretá-la nos conflitos particulares. Mas Barroso conclui pela “fluidez da fronteira entre política e justiça”: porque o Direito é política, ante insuficiências do Legislativo, cabe ao Judiciário normatizar o que é “correto e justo”. Com esse tipo de hermenêutica, a Corte já deu mostras de impaciência com seu papel de guardiã da Constituição e quis ser sua reformadora.

Barroso aludiu à sua fórmula predileta para descrever a magistratura: a “vanguarda iluminista que empurra a história na direção do progresso civilizatório”. Mas, como sempre e mais do que nunca, o País precisa é de um Judiciário que se atenha às normas e competências traçadas pela Constituição.

ELEIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR NESSE PRÓXIMO DOMINGO 1/10

 

História por Bruna Ribeiro • Jornal Estadão

Como votar nas eleições para os conselhos tutelares© Fornecido por Estadão

Crédito: Tiago Queiroz/Criança Livre de Trabalho Infantil

As eleições para os conselhos tutelares dos municípios brasileiros ocorrem no próximo domingo (1). Confira abaixo informações a respeito das eleições e das atribuições do Conselho Tutelar, divulgadas pelo projeto Educação e Território, da Cidade Escola Aprendiz, pela plataforma A Eleição do Ano e pela campanha Apoiar e Proteger.

Quando é a eleição?

As eleições para o Conselho Tutelar acontecem em todo o Brasil no dia 1/10, das 8h às 17h. O próximo mandato vai de 2024 a 2028.

Onde posso votar?

Para encontrar o seu colégio eleitoral, busque a prefeitura do seu município ou o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA)

Quem pode votar

Se você tem mais de 16 anos e está com seu título de eleitor regularizado, você pode votar.

Como é realizada a apuração dos votos

Depois da votação, quem analisa os votos é Comissão Eleitoral composta em cada cidade e as prefeituras são responsáveis por publicar o resultado.

O que é o Conselho Tutelar

O Conselho Tutelar é um órgão público autônomo e faz parte do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente. Essa pessoa, escolhida para ser conselheira titular do seu território, deve representar a comunidade e estar compromissada com a luta pelos direitos de crianças e adolescentes.

O que faz um conselheiro tutelar

As atribuições do Conselho Tutelar foram estabelecidas pelo artigo 136 do ECA. Além de atender às crianças e aos adolescentes, ele tem um papel de aconselhamento a familiares e responsáveis.

As pessoas escolhidas pela população para atuarem no Conselho Tutelar são responsáveis pela defesa e pela garantia dos direitos de crianças e adolescentes, determinados pelo ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13 de julho de 1990).

Como é composto o Conselho Tutelar

Conforme o ECA estabelece, cada Conselho Tutelar possui 5 conselheiros (todos com as mesmas atribuições e responsabilidades, ou seja, não há um “chefe” no Conselho Tutelar). No município de São Paulo, por exemplo, são 52 Conselhos e, portanto, 260 conselheiros tutelares ao todo. O trabalho é remunerado.

Confira algumas situações em que o Conselho Tutelar pode atuar na defesa e na garantia de direitos de crianças e adolescentes, segundo a Campanha Apoiar e Proteger:

– O Conselho Tutelar pode requisitar uma vaga na creche ou na escola mais perto da residência da criança, acionando uma rede local interdisciplinar de proteção.

– O Conselho Tutelar pode requisitar – para a Secretaria de Saúde – que a criança recebe tratamento médico adequado e em tempo hábil acionando uma rede local interdisciplinar de proteção.

– O Conselho Tutelar pode encaminhar a família para os equipamentos de assistência para o recebimento de benefícios de transferência de renda, entre outros.

– O Conselho Tutelar deve atuar se uma criança ou adolescente estiver enfrentando algum tipo de violência em casa ou em qualquer outro lugar.

– A sociedade pode procurar o Conselho Tutelar para pedir ajuda e orientação em busca de soluções para diferentes demandas. A ligação é confidencial.

GOVERNO LULA VAI COMBATER O CRIME ORGANIZADO

História por admin3 • IstoÉ

O governo federal vai lançar na próxima segunda-feira, 2, um plano nacional para combater as organizações criminosas no País. A medida foi anunciada pelo secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, nesta sexta-feira, 29, após reunião com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido alvo de críticas por não apresentar propostas efetivas para a área de segurança pública e ver o avanço de crimes violentos em Estados como Rio e Bahia.

Cappelli, braço direito do ministro Flávio Dino na pasta, não detalhou as medidas previstas no plano, mas afirmou que serão priorizadas ações de inteligência para desarticular grupos criminosos. O secretário executivo afirmou que não haverá espetacularização das operações. Apesar das críticas sobre a atuação na área de segurança, Dino pode deixar a pasta rumo ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde pode ocupar a vaga deixada pela ministra Rosa Weber.

No domingo, 24, o programa “Fantástico”, da TV Globo, exibiu uma reportagem sobre uma espécie de centro de treinamento de criminosos no Complexo da Maré, na zona norte do Rio. O caso motivou uma reunião de Cappelli com o governador do Estado.

“Aquelas imagens que a gente viu são inaceitáveis. Treinamento de guerrilha urbana à luz do dia, criminosos andando com fuzis e (pistolas) .50. Isso não é aceitável em nenhum lugar do mundo e vamos atuar com inteligência, proporcionalidade, respeitando à ADPF (ação judicial que restringe operações policiais das favelas), com tecnologia, sem nenhuma ação pirotécnica ou espetacular. A inteligência com mínimo de efeito colateral possível, mas para devolver o território àquelas 140 mil pessoas que moram ali”, afirma Cappelli.

A Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) citada pelo secretário tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e têm decisões que estabelecem limites e parâmetros na área da segurança pública no Rio.

Cláudio Castro afirmou que requisitou o apoio da Força Nacional para atuar na favela. De acordo com Cappelli, as solicitações do governo serão atendidas. Cappelli destacou que a Força Nacional cumprirá papel de retaguarda às forças estaduais.

“Se o crime está cada vez mais estruturado e organizado no País, o poder público precisa estar também cada vez mais integrado, organizado, unido para combater esse que é um problema não só do Rio de Janeiro, mas um desafio nacional, uma vez que essas organizações estão cada vez mais articuladas”, argumenta o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Além do Rio, a segurança também tem vivido uma crise na Bahia. Até o momento, o Estado registrou mais de 50 mortes em operações da polícia, superando a PM fluminense neste quesito. Na última segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se reuniu com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), para discutir parcerias a respeito da segurança pública no Estado.

Na ocasião, Dino garantiu a ampliação de recursos para a área. Dias depois, o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e o secretário Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, viajaram ao Estado para dar início às medidas de resposta à crise. Antes de Rodrigues, a Bahia foi governada oito anos por Rui Costa, ministro da Casa Civil de Lula.

 

PETROBRAS CONFIRMA A EXISTÊNCIA DE PETRÓLEO NA MARGEM EQUATORIAL

 

História por Repórter ADVFN Brasil

Petrobras: estudos mostram que bloco na Margem Equatorial pode conter 5,6 bilhões de barris de petróleo© Fornecido por ADVFN Brazil

Estudos internos da Petrobras mostram que um único bloco na Margem Equatorial, na região amazônica do Amapá, pode conter reservas de mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo, disse o ministro de Minas e Energia nesta sexta-feira, ao defender a exploração da área ambientalmente sensível.

Os comentários de Alexandre Silveira ocorrem no momento em que a petroleira busca perfurar o primeiro poço exploratório em águas profundas da Bacia da Foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá, um tema controverso que divide ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Silveira e outros ministros apoiam a tentativa da Petrobras de perfurar o poço, enquanto ambientalistas se manifestaram contra, diante dos desafios socioambientais apresentados pela região.

As estimativas das reservas, disse Silveira aos jornalistas, provêm de “estudos geológicos e geofísicos” realizados na região, que fica próxima à Guiana, onde a Exxon Mobil fez importantes descobertas.

“Guiana e Suriname têm enorme potencial, e têm estudos internos da Petrobras de que aquele bloco do lado brasileiro tem possibilidade de ter mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo”, disse Silveira a jornalistas, ao participar de evento no Rio de Janeiro.

Para comparação, Tupi, atualmente o maior campo produtor de petróleo do Brasil, teve reservas inicialmente estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de óleo equivalente.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente pedido de comentário sobre os volumes apontados por Silveira.

O órgão ambiental federal Ibama rejeitou em maio pedido de licença da Petrobras para a perfuração do poço, alegando que a companhia não teria cumprido pré-requisitos. A Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), por sua vez, propôs melhorias no plano de exploração e apresentou recurso. O Ibama não tem um prazo exato para responder.

Enquanto isso, alguns dos ministros de Lula e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendem que o petróleo vindo da região ajudaria tanto a empresa como o governo a financiar o caminho para a transição energética.

Lula apostou a sua reputação internacional na reversão de alegado retrocesso ambiental sob o seu antecessor, Jair Bolsonaro, quando o desmatamento da floresta amazônica disparou.

No entanto, ele está sob pressão para proporcionar o tão necessário crescimento às regiões mais pobres do Norte e do Nordeste, e quer Petrobras seja um motor desse crescimento.

REFINARIAS E OPEP

Silveira voltou a defender ainda, durante o evento, que a Petrobras recompre refinarias de petróleo que foram vendidas à iniciativa privada, sem que regras de mercado sejam desrespeitadas.

“Pode ser recompra ou parceria, desde que a Petrobras esteja no controle ou com poder de decisão”, disse Silveira, ao defender que a medida poderia dar estabilidade ao “investidor”.

É pelo menos a segunda vez que o ministro defende a reestatização das refinarias nesta semana. Na quarta-feira, Silveira fez essa defesa ao deixar um evento em Brasília.

Em resposta, Jean Paul Prates disse na véspera a jornalistas que os desejos e planos do governo guiam a companhia, “mas tudo tem seu tempo, tudo tem também sua razão”.

“Há unidades, coisas que a Petrobras eventualmente vendeu que simplesmente comprar de volta não resolve o problema. Há outras que não, fazem realmente falta, dentro do processo de transição, de evolução para outras fases da indústria”, disse Prates na quinta-feira.

“Então a gente vai avaliar, como empresa. Claro, o desejo de todos, do grupo político em geral, do próprio presidente Lula, é que volte a construir a Petrobras que a gente tinha.”

O ministro também defendeu nesta sexta-feira uma aproximação maior do Brasil com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), de forma a defender que não haja cortes tão bruscos de produção de petróleo pelo cartel.

Segundo Silveira, as oscilações dos preços do petróleo são “muito ruins para o mercado internacional e consequentemente reflete em algumas economias em desenvolvimento”.Informações Reuters

PRESIDENTE DO PARTIDO DOS TRABALHADORES PASSARÁ POR UMA CIRURGIA DO CORAÇÃO

História por Redação Itatiaia 

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) Gleisi Hoffmann passará por uma cirurgia neste sábado (30) pela manhã, no Hospital DF Star, em Brasília, para colocação de uma ponte de safena e um enxerto de mamária.

A deputada federal está internada desde essa quinta-feira (28) após exames médicos detectarem uma obstrução coronária — um problema cardíaco decorrente da formação de placas no interior dos vasos coronários, que levam sangue ao coração. A ponte de safena e o enxerto que serão colocados têm como prioridade melhorar o fluxo sanguíneo, segundo esclareceu a unidade de saúde em boletim médico enviado à imprensa nesta sexta-feira (29) à noite.

“[Gleisi] encontra-se internada neste hospital desde ontem, após realização de exames que detectaram uma obstrução coronariana. Encontra-se com programação de cirurgia para revascularização do miocárdio, que deverá ocorrer no dia 30/09/2023 pela manhã”, detalhou o Hospital DF Star.

Os médicos que assinam o documento esclareceram que a deputada federal não apresenta sintomas da obstrução coronária e está “clinicamente bem”. O procedimento cirúrgico pelo qual passará Gleisi Hoffmann é ‘rotineiramente realizado em casos de doença arterial coronária’. A colocação do enxerto e da ponte de safena criarão “um novo caminho para o sangue fluir até o coração”, reforçou a equipe médica.

Nesta tarde, a deputada federal publicou um tuíte sobre o quadro de saúde e confirmou que passaria pelo procedimento cirúrgico, sem, entretanto, indicar a data. “Está tudo certo, estou bem e sendo cuidada”, escreveu.

 

O GOVERNO VAI REALIZAR O ENEM DOS CONCURSOS PÚBLICOS

 

História por admin3 • IstoÉ Dinheiro

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse nesta sexta-feira, 29, que o concurso nacional unificado visa espelhar melhor a composição da sociedade brasileira na burocracia estatal. “Queremos uma burocracia que seja a cara da sociedade brasileira, em termos de gênero, raça e representação geográfica”, destacou.

O governo publicou nesta sexta o decreto que institui o Concurso Público Nacional Unificado e seus órgãos de governança. A iniciativa consiste em um modelo de realização conjunta de concursos públicos nos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, com a aplicação simultânea de provas em 180 cidades de todos os Estados e no Distrito Federal.

“Muitos órgãos tinham perdido a capacidade de fazer concursos. E muitos órgãos anunciaram provas apenas em Brasília, o que achamos muito equivocado”, afirmou a ministra.

Após muitos anos sem concursos no governo federal, a pasta já autorizou neste ano a abertura de concursos para preencher 9.116 cargos efetivos. Com a adesão de 20 órgãos e entidades, a primeira edição do concurso nacional unificado incluirá 6.590 dessas vagas.

O edital será publicado até 20 de dezembro e as provas serão realizadas até março de 2024 – com a possibilidade de ocorrer em 25 de fevereiro. “Nossa ideia é que se torne a principal forma de se fazer concursos no âmbito federal, e queremos fazer isso anualmente ou bianualmente”, completou.

Além da maior representação da população, Dweck avaliou que o concurso unificado – apelidado de “Enem dos concursos” – também deve trazer ganho de escala e redução de custo para cada um dos órgãos. O orçamento do concurso, porém, depende da quantidade de candidatos inscritos.

“A nossa estimativa é ter entre 3 milhões e 4 milhões de inscritos”, estimou a ministra. “Com uma única inscrição, o candidato poderá concorrer a diversas vagas, em todas as carreiras que estão naquele bloco”, completou.

O decreto cria dois órgãos de governança do concurso nacional: a Comissão de Governança e o Comitê Consultivo e Deliberativo. Caberá à Comissão de Governança, entre outras competências, estabelecer diretrizes e regras gerais para a realização do concurso. A comissão será composta por representantes do Ministério da Gestão, que a coordenará; Advocacia-Geral da União (AGU); Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom); Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); e Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

SECA NA AMAZÔNIA MATA MUITOS BOTOS

 

História por Leandro Prazeres – Da BBC News Brasil em Brasília 

Pesquisadores fazem medição e coleta de tecidos de botos mortos em lago no município de Tefé, no Amazonas. Para o ICMBio, há indícios de que a seca prolongada e a temperatura elevada na região possa ter causado as mortes dos animais© Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá

Em meio à segunda maior seca na Amazônia em 13 anos, pesquisadores e ribeirinhos da região de Tefé, no interior do Amazonas, registraram a morte de pelo menos 110 botos de diferentes espécies ameaçadas de extinção.

A contagem foi feita por pesquisadores do Instituto Mamirauá, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Informações (MCTI). Eles avaliam que a seca intensa na região pode ter desencadeado as mortes dos animais

Diante à mortandade, organizações não-governamentais e agências do governo federal avaliam a realização de uma operação de ajuda para remover animais das áreas mais secas e tentar evitar novas mortes.

Procurado pela reportagem da BBC News Brasil, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) enviou uma nota informando o deslocamento de técnicos para a região e a realização de uma operação de resgate para os animais encalhados.

Ainda segundo a nota, “há indícios de que o calor e a seca histórica dos rios estejam provocando as mortes de peixes e mamíferos na região”. O ICMBio é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) afirmou que “tem monitorado a situação nas Unidades de Conservação Estaduais sob gestão da pasta”.

“No momento, a Sema vem realizando esforços no sentido de articular ações junto aos órgãos fiscalizadores de fauna, como o Ibama, a fim de encontrar estratégias emergenciais e de remanejamento de botos”, acrescentou em nota.

De acordo com especialistas da secretaria, “no caso dos botos, os eventos podem estar associados à estiagem, à escassez de alimentos com a morte de peixes ou, ainda, ao aumentos da temperatura de rios e lagos com a seca. Entretanto, há a necessidade de mais estudos para compreender melhor as causas”.

As mortes dos botos foram registradas no Lago de Tefé, que se forma em frente ao município de mesmo nome, a pouco mais de oito quilômetros da confluência com o rio Solimões.

As carcaças, segundo pesquisadores, começaram a ser avistadas pelos ribeirinhos a partir do sábado (23/09). Em apenas um dia, pelo menos 70 animais mortos teriam sido avistados.

Tefé fica a 521 quilômetros de distância de Manaus, capital do Amazonas. O estado, por sua vez, é um dos mais afetados pela estiagem deste ano. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), esta é a segunda maior seca na região desde 2010.

No Amazonas, já são 15 municípios em situação de emergência em razão da seca severa. Segundo levantamento realizado pela Defesa Civil do Estado, as cidades mais atingidas pela baixa das águas estão nas calhas dos rios Juruá e Solimões, nas regiões do Alto e Médio Solimões, exatamente a região onde as mortes dos botos foram registradas.

Outros 40 municípios estão em estado de alerta e cinco em atenção.

De acordo com o coordenador do grupo de pesquisas em geociências e pesquisador titular do Instituto Mamirauá, Ayan Fleischman, as duas espécies encontradas mortas são o boto tucuxi (Sotalia fluviatilis) e o boto vermelho (Inia geoffrensis). As duas são consideradas ameaçadas de extinção e estão na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.

“A situação é grave. É um número muito expressivo de botos mortos e a gente fala com os moradores e os ribeirinhos da região e eles dizem que nunca viram algo parecido”, afirmou”, o pesquisador.

Possíveis causas: aumento de temperatura e agente infeccioso

Ao se depararem com as carcaças de botos na orla do Lago de Tefé, pesquisadores do Instituto Mamirauá começaram a se perguntar sobre o que teria causado essa quantidade aparentemente anormal de mortes dessas espécies.

A pesquisadora do instituto e líder de um grupo de pesquisas sobre mamíferos aquáticos amazônicos, Míriam Marmontel, diz que ainda não é possível afirmar quais as causas específicas das mortes, mas, segundo ela, essa mortandade pode ter sido desencadeada pela seca prolongada na região.

“Não posso dizer nesse momento qual é a causa, mas a estiagem e a elevação da temperatura, certamente são fatores que estão levando às mortes”, disse a pesquisadora.

Marmontel afirma que uma das principais suspeitas é a de que os animais possam ter morrido de hipertermia, que é quando há uma elevação intensa da temperatura corporal causada por causas internas ou externas.

“A série histórica aponta que a temperatura máxima do lago era de 32ºC. Nós fizemos medições agora e encontramos temperaturas de 39ºC e 40ºC. Imagina-se que qualquer um de nós sentiria essa diferença de sete ou oito graus Celsius e que isso gera um stress para os organismos. Agora, ainda não sabemos se isso causou a hipertermia”, afirma a pesquisadora.

Segundo ela, pesquisadores e ribeirinhos têm notado um comportamento atípico desses animais.

“Nós temos visto eles adotando um comportamento errático. Aparentemente, eles não conseguem mergulhar e ficam se movimentando em círculos, o que não é normal do comportamento deles”, disse.

Outro elemento investigado pelos pesquisadores é a possibilidade de que algum agente infeccioso esteja causando as mortes.

“No meu entendimento, acho que é algo exacerbado pela temperatura. Pode ter sido algum organismo ou alguma toxina presente na água que anteriormente não causava nada nos animais mas que pela concentração física e pelo aumento da temperatura acabou sendo potencializado e está causando esses problemas”, explicou a pesquisadora.

Marmontel afirmou que os pesquisadores estão coletando amostras de tecidos dos botos para serem analisadas em laboratórios. O objetivo é que essas análises possam indicar as reais causas da mortandade.

Pesquisadores afirmam ter localizado pelo menos 110 botos de diferentes espécies em lago no município de Tefé, no Amazonas.© André Zumark/Instituto Mamirauá

Operação de resgate

De acordo com Míriam Marmontel, uma operação de resgate organizada pelo ICMBio e entidades parceiras deverá começar no domingo (1º/10). A operação terá o objetivo de desencalhar botos que estejam em bancos de areia ou em áreas muito rasas.

A informação foi confirmada pela nota enviada pelo ICMBio à BBC News Brasil.

A pesquisadora, no entanto, diz que há elementos que dificultam essa ação de resgate.

Um deles é a incerteza sobre as causas das mortes e o que será feito com os animais resgatados.

Segundo ela, como há a possibilidade de que os animais tenham sido infectados com algum agente externo, a remoção deles para áreas como o leito do rio Solimões poderia colocar em risco outros animais.

A BBC News Brasil indagou o ICMBio sobre o destino dos animais eventualmente resgatados, mas não houve resposta.

Pesquisadores registraram um aumento de pelo menos 7ºC nas águas do Lago de Tefé e, segundo eles, isso pode estar afetando a população de botos. Região amazônica passa pela segunda maior seca em 13 anos, segundo o Inpa© Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá

El Niño e águas mais quentes no Atlântico

Ayan Fleischman explica que o aumento da temperatura da água no Lago de Tefé é resultado da seca intensa registrada na Amazônia. Segundo ele, essa estiagem é causada pela fenômeno climático conhecido como El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico.

Ele explica, no entanto, que além do El Niño, a região também estaria sendo afetada pelo aquecimento das águas do Oceano Atlântico.

Em entrevista à BBC News Brasil nesta semana, José Genivaldo Moreira, doutor em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), disse que embora os períodos de seca sejam sazonais na Amazônia e o El Niño seja um fenômeno recorrente, haveria um aumento na frequência de eventos climáticos extremos na Amazônia. Segundo ele, isso poderia estar relacionado com o avanço das mudanças climáticas geradas pela ação humana.

“Antes víamos eventos extremos acontecerem a cada 15 anos. Hoje não, vemos acontecer a cada cinco anos e às vezes até menos”, diz Moreira, lembrando que Rio Branco também sofreu com enchentes sem precedentes no primeiro semestre.

Especialistas afirmam que a combinação do El Niño com o aquecimento das águas do Atlântico pode levar a um atraso no início da temporada chuvosa na Amazônia, que normalmente começa no mês de outubro.

Para Miriam Marmontel, do Instituto Mamirauá, um possível atraso no início da estação chuvosa na Amazônia poderia ter efeitos ainda mais dramáticos em relação às mortes dos botos.

Segundo ela, os especialistas temem que o prolongamento da estiagem possa levar a mais mortes.

“A expectativa é de que haja mais mortes. Tem mais um mês de seca e o panorama é muito sombrio”, disse a pesquisadora.

Lago de Tefé com nível baixo de água. Segundo pesquisadores, seca intensa na Amazônia é causada por El Niño e por aquecimento das águas do Oceano Atlântico© André Zumark/Instituto Mamirauá

EXCLUSÃO DE SÓCIO VISA REALIZAR AJUSTE SOCIETÁRIO DINÂMICO SEM DANOS À SOCIEDADE

Lucas Preto, Advogado graduado pela Universidade São Judas Tadeu e Pós graduando em Direito Empresarial pela PUC –SP. – VIGNA ADVOGADOS ASSOCIADOS

A exclusão extrajudicial do sócio é um mecanismo eficiente e célere, que tem seu fundamento no princípio da preservação da empresa, visando realizar um ajuste societário dinâmico, minimizando os danos à pessoa jurídica.

Diferente da exclusão judicial, que depende do demorado e complexo processo judicial para ser efetivada, na exclusão extrajudicial os sócios podem realizar a retirada de outro sócio que esteja causando prejuízos à pessoa jurídica em uma decisão interna e colegiada. Possibilitando assim, um mecanismo eficiente de defesa para a empresa, que pode brevemente retornar ao seu fluxo saudável.

Litígios societários são extremamente prejudiciais às empresas, sendo uma das principais causas da falência. Uma pesquisa divulgada pela Consultoria Bernhoeft nos traz dados claros de que 95% das empresas são familiares e que 65% das falências ocorrem por conflitos entre os membros da família e não por problemas com o mercado.

Vale lembrar que para a exclusão extrajudicial acontecer existente alguns requisitos necessários que, em resumo, são:

·      Previsão no contrato social;

·      O sócio a ser excluído extrajudicialmente deve ser minoritário na sociedade;

·       A conduta do sócio deve comprovadamente colocar em risco a continuidade da empresa, em razão de atos de inegável gravidade;

·      A exclusão deve ser aprovada pela maioria do capital social;

Como consequência da exclusão extrajudicial, se faz necessária a apuração de haveres, ou seja, valoração da quota parte correspondente ao sócio excluído para que este receba de maneira justa a quantia devida.

Ressaltando que, em caso de comprovado prejuízo causado por este sócio, pode-se descontar o valor do prejuízo de sua quota parte para que o caixa da pessoa jurídica não seja maculado pela atitude isolada deste.

Importante destacar também que, considerando a inafastabilidade do Poder Judiciário, nada impede que esta exclusão seja discutida judicialmente. Assim sendo, é de se questionar, qual a vantagem da exclusão extrajudicial então?

Esclarecemos que, quando da exclusão extrajudicial, a discussão judicial ocorre com o sócio fora da sociedade, não tendo mais poderes para influenciar na direção da pessoa jurídica.

Enquanto na exclusão judicial o sócio permanece em suas atividades empresariais com plenos poderes até o final do processo judicial, que é sabidamente demorado, podendo causar danos irreparáveis à estrutura da empresa.

Existe a possibilidade de solucionar estas demandas judicialmente, mas do ponto de vista empresarial a máxima “Time is Money” é muito bem colocada. Assim sendo, é preferível que utilizemos inovações jurídicas para mitigar o risco das operações, não apenas para encerrar conflitos, mas principalmente para evitá-los.

Portanto, o que se recomenda é que desde a elaboração do contrato social sejam consideradas as variáveis que podem acontecer ao longo do desenvolvimento da atividade empresarial, principalmente no aspecto societário. Para que a pessoa jurídica seja preservada, podendo continuar suas atividades independentemente de conflitos internos.

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

RISCOS DE AVC ISQUÊMICO OU HEMORRÁGICO

 

História por Redação • Catraca Livre

hábito-sono-aumenta-risco-avc© Motortion/istock

Em geral, tabagismo, hipertensão, obesidade, má alimentação e falta de exercícios são considerados fatores de risco para acidente vascular cerebral (AVC). Mas estudos já mostraram que o sono também pode ter uma ligação. Os resultados de um estudo recente indicam agora que um certo hábito pode representar um perigo.

Os investigadores da Universidade de Galway, na Irlanda, examinaram a ligação entre vários sintomas de distúrbios do sono e o risco de acidente vascular cerebral agudo. Para o estudo, analisaram os dados de quase 4.500 pacientes que sofreram um primeiro AVC agudo.

O resultado: qualquer pessoa que tire regularmente uma soneca longa e não planejada de mais de uma hora durante o dia tem um risco 88% maior de acidente vascular cerebral do que pessoas que nunca ou raramente dormem ao meio-dia. E mais, segundo os pesquisadores, o ronco aumenta o risco em 91%.

Créditos: Motortion/istock

Por que cochilar aumenta o risco de AVC?

A razão não está no cochilo em si, mas nas causas do cansaço que tornam necessário um longo cochilo: se você dorme mal à noite, não descansa durante o dia e precisa dormir mais.

Além de uma soneca longa e não planejada à tarde, vários fatores estão associados a um risco aumentado de acidente vascular cerebral. Estes incluem, entre outros:

  • Menos de cinco horas de sono
  • Mais de nove horas de sono
  • Dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo
  • Ronco
  • Apneia obstrutiva do sono (parada respiratória)

Se ocorrerem vários destes sintomas, o risco de acidente vascular cerebral aumenta ainda mais. Para pessoas que têm cinco ou mais destes problemas, o risco aumenta cinco vezes, segundo o estudo.

Os pesquisadores enfatizam que são necessárias mais pesquisas para provar uma ligação real entre a má qualidade do sono e um acidente vascular cerebral. No entanto, se tiver distúrbios crônicos do sono e uma necessidade excessiva de sono diurno, deve procurar aconselhamento médico para reduzir o risco de AVC.

Sinais incomuns de AVC que talvez você não conheça

Ao notar qualquer sintoma, é preciso procurar ajuda médica




Por: Redação – Catraca Livre

Os sinais mais conhecidos de um AVC são fraqueza facial ou nos membros e dificuldades na fala. Porém, existem outros sintomas incomuns que também devem ser observados, já que o atendimento rápido faz diferença na recuperação.

De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, o Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como AVC, isquemia ou derrame cerebral, é a segunda doença que mais mata os brasileiros, e a principal causa de incapacidade no mundo.

As sequelas do AVC impedem cerca de 70% das pessoas de retornar ao trabalho, e 50% delas ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia.

Conheça os sinais incomuns do AVC

Créditos: peterschreiber.media/istock

Conheça os sinais incomuns do AVC

Os sinais incomuns de AVC

Poucos sabem, mas um derrame pode levar a alterações na visão, com embaçamento ou visão dupla, em um ou ambos os olhos. Também pode ocorrer anormalidades na forma como os olhos se movem.

Para isso, existe uma grande variedade de opções de tratamento. Os pacientes precisam passar por avaliação especializada para serem encaminhados para tratamento direcionado específico.

Outro sinal é a perda de coordenação e/ou sensação de tontura de início agudo. Isso preocupa os especialistas, principalmente por elevar, significantemente, o risco de quedas.

Algumas pessoas podem ainda apresentar náuseas e vômitos súbitos ou sentir-se muito cansadas.

Outras, que sofrem um AVC hemorrágico, podem desenvolver uma dor de cabeça súbita e intensa, que também pode ser o único sintoma.

Um acidente vascular cerebral hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro estoura, geralmente causado por pressão alta.

Já o acidente vascular cerebral isquêmico, que é mais comum, ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido, causando a morte das células cerebrais.

Ao notar qualquer alteração é preciso relatar ao médico. Todos os derrames são diferentes. Para algumas pessoas, os efeitos podem ser relativamente leves e podem não durar muito.

Quais os fatores de risco de AVC?

Existem diversos fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência de um AVC, seja ele hemorrágico ou isquêmico. Os principais incluem:

  • Hipertensão;
  • Diabetes tipo 2;
  • Colesterol alto;
  • Sobrepeso;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Uso excessivo de álcool;
  • Idade avançada;
  • Sedentarismo;
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Histórico familiar;
  • Ser do sexo masculino.

GILMAR MENDES DISCURSA NA POSSE DE BARROSO NO STF

História por Redação Itatiaia 

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou os ataques à Corte, condenou os atos golpistas do 8 de Janeiro e direcionou um recado ao Congresso Nacional pelo apaziguamento das relações entre os poderes durante discurso na cerimônia de posse do presidente Luís Roberto Barroso no plenário, nesta quinta-feira (28) à tarde.

“Os atos de terrorismo consubstanciados em explosões, algumas realmente efetuadas em linhas de transmissão e outras tentadas, como no Aeroporto de Brasília por meio de um caminhão-tanque, e o 8 de Janeiro ocupa o ápice dessa infâmia dos atos golpistas”, começou. “Por tudo que se viu e se viveu, a presente cerimônia simboliza mais que a continuidade de uma linhagem sucessória constitucional, assume um colorido novo. A posse de vossa excelência, presidente Luís Roberto Barroso, torna palpável a certeza de que, sim, o Supremo Tribunal Federal sobreviveu”, acrescentou.

Em discurso elogioso à Constituição Federal de 1988, Gilmar Mendes citou indiretamente o Congresso Nacional, que enviou à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o Projeto de Lei (PL) do Marco Temporal, ignorando a decisão do STF que invalidou a tese jurídica declarando-a inconstitucional. “Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário precisam cuidar para não se perderem em cortinas de fumaça direcionistas. Necessitam igualmente ser resolutos e enérgicos quando a situação envolve bem constitucional de elevado significado, estou a me referir a coisas concretas e prementes, estou a falar de vida, de saúde, de democracia constitucional”, afirmou.

Posse de Luís Roberto Barroso na presidência do STF

Eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro Luís Roberto Barroso tomou posse na Corte com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, que abriu, ainda, uma cadeira para a segunda indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Tribunal desde o início de seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto. Barroso deverá se manter à frente da presidência por dois anos consecutivos, e a vice-presidência caberá ao ministro Edson Fachin.

Em seu último ato à frente da presidência, a ministra Rosa Weber abriu a sessão solene e convidou a cantora Maria Bethânia para a apresentação do Hino Nacional. A cerimônia de posse seguiu o rígido protocolo da Suprema Corte com a leitura do termo de posse. Barroso permanecerá na presidência por um período de dois anos e assume, além do STF, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Assumindo a cadeira da presidência à ponta do plenário, Luís Roberto Barroso se sentou entre o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), à direita, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à esquerda — e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao lado do petista. Este, aliás, é o último compromisso público do presidente da República antes da cirurgia à qual será submetido nesta sexta-feira (29) para colocação de uma prótese no quadril.

Judiciário X Congresso Nacional. Empossado presidente da Corte, Barroso terá pela frente o desafio de pacificar as relações entre os parlamentares de oposição no Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal após o julgamento do polêmico marco temporal na semana passada, considerado inconstitucional pelos ministros, e em meio à votação para descriminalização da maconha. O presidente herda ainda o mal-estar intensificado com o voto da então ministra — e presidente — Rosa Weber pela descriminalização do aborto até a décima segunda semana de gestação.

Nova indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF)

A aposentadoria da ministra Rosa Weber em decorrência de seu aniversário de 75 anos na próxima segunda-feira (2) abrirá uma cadeira na formação do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o que significa que haverá uma segunda indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Corte em menos de seis meses. Em agosto, seu advogado Cristiano Zanin herdou a cadeira do ministro Ricardo Lewandowski.

Três nomes despontam como preferidos para a escolha do petista, são eles: o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino e o advogado-geral da União Jorge Messias.

Quem são os ministros do STF?

Ministro Roberto Barroso: advogado constitucionalista indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assumiu em junho de 2013; nesta quinta-feira (28), foi empossado presidente do Supremo Tribunal Federal (STF);

Ministro Gilmar Mendes: ex-advogado-geral da União indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assumiu o cargo em 20 de junho de 2002; é o mais antigo da Corte;

Ministra Cármen Lúcia: segunda mulher a integrar o STF, indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu primeiro mandato, assumiu em 21 de junho de 2006;

Ministro Dias Toffoli: indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu segundo mandato, assumiu o cargo em outubro de 2009;

Ministro Luiz Fux: ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu em março de 2011;

Ministro Edson Fachin: advogado também indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assumiu em junho de 2015 na vaga aberta com a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa;

Ministro Alexandre de Moraes: ex-ministro da Justiça indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), assumiu em março de 2017, ocupando a cadeira vaga após a morte do ministro Teori Zavascki;

Ministro Nunes Marques: desembargador indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiu em novembro de 2020 para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Celso de Mello;

Ministro André Mendonça: advogado, pastor e ex-ministro da Justiça, é o “terrivelmente evangélico” do ex-presidente Jair Bolsonaro — e por ele indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF); assumiu o cargo em dezembro de 2021;

Ministro Cristiano Zanin: ex-advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo da Lava-Jato, indicado pelo petista, assumiu o cargo em agosto de 2023 para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria compulsória de Ricardo Lewandowski.

 

ALCKIMIM NÃO IRÁ ASSUMIR A PRESIDÊNCIA APÓS A CIRURGIA DE LULA

 

História por Rayanderson Guerra • Jornal Estadão

RIO – O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) não vai assumir a Presidência da República durante o período de recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma cirurgia no quadril nesta sexta-feira, 29. De acordo com Lula, ele trabalhará “normalmente” na capital federal.

“Só vou viajar agora dia 28 ou 29 de novembro, para os Emirados Árabes”, disse Lula durante transmissão do programa “Conversa com o Presidente” – live semanal produzida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “Até lá, vou ficar aqui em Brasília, não vou poder pegar avião, mas vou trabalhar normalmente”, disse.

Lula passará por uma cirurgia no quadril nesta sexta-feira, 29 Foto:© Fornecido por Estadão

O procedimento, cuja necessidade foi apontada pela equipe médica do petista, para corrigir uma artrose na cabeça do fêmur será realizado no Hospital Sírio Libanês, em Brasília.

“Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas. Se o candidato está lá, de cabeça baixa, ele não passa otimismo para a sociedade. Se eu operar agora, vão dizer que Lula está velho, ganhou a eleição e já está internado”, disse Lula.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou nesta quarta-feira, 27, que não há motivos para Lula da Silva se afastar de suas atribuições.

“Não há necessidade de o presidente se afastar do cargo porque vai ser um período curto, praticamente um final de semana, e depois ele despacha do Palácio do Alvorada”, afirmou no encerramento do fórum “O futuro da saúde no Brasil”, da farmacêutica EMS.

“Na minha opinião, ele deve continuar, não há necessidade de nenhum afastamento do cargo”, reforçou.

Presidente vai despachar do Alvorada

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) diz que, após a cirurgia, nesta sexta-feira, há previsão de que Lula fique no hospital até a próxima terça-feira, 3 de outubro. Durante a recuperação, ele não vai despachar de seu gabinete no Palácio do Planalto. O presidente deve continuar atuando do Palácio da Alvorada, residência oficial, por até quatro semanas, diz a Secom.

A cirurgia pela qual o presidente passará na sexta-feira para eliminar as dores que sente no quadril será com anestesia geral. O procedimento é uma artroplastia total de quadril, no lado direito, pelo qual será instalada uma prótese no lugar das partes lesionadas.

O artigo 79 da Constituição prevê que o vice “substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o vice-presidente.”

Em caso de ausência do presidente eleito, o cargo é assumido, primeiramente, pelo vice-presidente. Caso o vice também esteja ausente, os substitutos possíveis são o presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, respectivamente.

PEC PARA DERRUBAR DECISÕES DO STF COMEÇA A TRAMITAR NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 

História por Iander Porcella e Giordanna Neves • Jornal Estadão

BRASÍLIA – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao Congresso derrubar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a tramitar na noite de ontem na Câmara, após o autor, deputado Domingos Sávio (PL-MG), conseguir 175 assinaturas em apoio ao texto. Era necessário o aval de pelo menos 171 parlamentares para que o texto fosse protocolado no sistema da Casa.

A PEC faz parte de uma ofensiva de grupos políticos conservadores do Congresso, principalmente da bancada ruralista, contra decisões recentes da Corte, como a que derrubou a tese do marco temporal para a demarcação das terras indígenas.

PEC que limita poderes do STF começa a tramitar na Câmara Foto: Nilton Fukuda/Estadão© Fornecido por Estadão

A proposta estabelece a competência do Legislativo para anular decisão do STF transitada em julgado (sem mais possibilidade de se recorrer) que, nas palavras do autor, “extrapole os limites constitucionais”. Para isso, seria necessária a apresentação de um requerimento com apoio de um terço dos membros tanto da Câmara, quanto do Senado. Depois disso, o pedido para reverter a decisão da Corte teria de ser aprovado por três quintos das duas Casas.

“O STF, que é, sem dúvida, o guardião da Constituição brasileira, tem agido, no nosso entendimento, em desrespeito à Constituição, em desrespeito a essa Casa, não só legislando o que não é competência dele, mas, muitas das vezes, rasgando a Constituição. Já há aqueles que dizem que no Brasil, não há mais Constituição, há 11 constituições ambulantes”, disse Sávio ontem, em referência ao número de ministros da Corte.

“O estado democrático de direito se sustenta no princípio da independência e harmonia entre os poderes. Para que este princípio basilar seja assegurado é fundamental que exista respeito equilíbrio entre os poderes, isto se dá pelo sistema de pesos e contrapesos, ou seja, nenhum poder é soberano sobre o outro”, diz a justificativa da PEC.

O relator havia prometido que a proposta só iria permitir ao Congresso derrubar decisões STF não unânimes, mas o texto protocolado não menciona essa limitação. Cita, como critério, decisões transitadas em julgado que “extrapolem os limites constitucionais”.

A discussão sobre a PEC surgiu em junho do ano passado, em meio a crescentes acusações de ativismo judicial no Judiciário, mas acabou caindo em descrença após avaliações de que seria apenas um “blefe”, além de inconstitucional. Mas agora foi retirada da gaveta, como antecipou a Coluna do Estadão.

Ontem, o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), criticou o ministro Luís Roberto Barroso, próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Na visão do deputado, o magistrado tem posições políticas muito fortes e não é aberto ao diálogo.

“O perfil pessoal do ministro Barroso não é de muito diálogo. É um ministro que tem posições políticas muito fortes, muito firmes. Não espero que haja muita abertura de diálogo nesse sentido. Por isso, a gente precisa ter muito claro qual é o papel de cada um e o que cabe a cada um dos Poderes”, declarou Lupion. Com a aposentadoria da atual presidente do STF, Rosa Weber, Barroso assume hoje o comando da Corte Constitucional.

“A constante invasão de competências ou a usurpação de competências por parte do poder Judiciário tem que cessar. A representação popular cabe a nós, parlamentares, legitimamente eleitos pelo sufrágio universal”, afirmou o deputado do PP. “Questões de costumes da sociedade brasileira não são respeitadas por decisões de 11 ministros da Suprema Corte”, emendou, ao mencionar o aborto, as drogas, a “garantia da legítima defesa”, em referência ao armamento, e a defesa da propriedade privada.

“Não cabe à Suprema Corte dizer como e quando devemos fazer as coisas”, criticou Lupion, em contraponto ao argumento de que o STF julga pautas de costumes porque o Congresso se omite nos debates. Antes de se aposentar, Rosa Weber votou a favor da descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. O julgamento, então, foi interrompido por Barroso.

O STF também discutiu nas últimas semanas a diferenciação entre usuários e traficantes de maconha e derrubou o marco tempo para a demarcação de terras indígenas, defendido pelos ruralistas.

A partir de agora, para a PEC ter tramitação é preciso submeter a proposta à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e depois a uma comissão especial.

MAIORIA DO STF É A FAVOR DE RESJUSTE DE APOSENTADOS DO INSS ANTES DE 2008

História por JOSÉ MARQUES • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para entender que é constitucional que aposentadorias e pensões do serviço público sejam reajustadas antes de 2008 pelo mesmo índice usado no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A lei 11.784 assegurou que, a partir de janeiro de 2008, esses benefícios teriam o reajuste do Regime Geral da Previdência Social, com exceção dos beneficiários que já tinham direito à chamada paridade, que garante a mesma correção dada a servidores da ativa.

As aposentadorias e pensões do INSS são reajustadas pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação de famílias com renda de até cinco salários mínimos.

A ação é de repercussão geral e deve incidir em todos os processos similares que tratam do tema. Votaram a favor desse entendimento até esta quinta-feira (28) o ministro relator, Dias Toffoli, e os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, André Mendonça, Rosa Weber e Edon Fachin.

O julgamento é feito em plenário virtual, plataforma onde os ministros apresentam seus votos em um determinado período de tempo, e se encerra às 23h59 desta sexta-feira (29).

Até lá, os integrantes da corte podem suspender a decisão por meio de pedidos de destaque (levar o caso ao plenário físico) ou vista (mais tempo para análise).

Ainda não votaram os ministros Kassio Nunes Marques, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

A tese proposta por Toffoli, seguida pela maioria do Supremo, é de que é “constitucional o reajuste de proventos e pensões concedidos a servidores públicos federais e seus dependentes não beneficiados pela garantia de paridade de revisão, pelo mesmo índice de reajuste do regime geral de previdência social (RGPS), previsto em normativo do Ministério da Previdência Social, no período anterior à Lei 11.784/2008”.

O caso julgado que serviu de modelo para a tese trata de um recurso da União contra decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) que pediu a correção da pensão por morte no período de julho de 2006 -quando o benefício começou a ser pago- até a edição da medida provisória que foi convertida na lei de 2008 dos índices do RGPS.

O TRF-4 apontava que o reajuste estava previsto em normativo do Ministério da Previdência Social, de 2004, e os índices podem ser aplicados entre a edição desse ato e a vigência da lei.

No recurso, a União argumentou que é inviável a correção dos benefícios pela aplicação direta de atos normativos do ministério porque, até a edição da medida provisória, não havia lei fixando os índices de reajuste daqueles benefícios.

A União disse também que a Constituição veda a fixação de reajuste por atos normativos inferiores a lei.

“O argumento levantado pela União de não haver lei ou ato normativo específico que determine a correção dos benefícios, justificativa utilizada para sistematicamente se recusar a reajustar os proventos e pensões dos servidores públicos federais no período anterior a Lei nº 11.784/2008, não se sustenta frente à reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”, disse Toffoli em seu voto.

 

CIRURGIA DE LULA SERÁ UMA ARTROPLASTIA DE QUADRIL

 

História por admin3 • IstoÉ

A artroplastia de quadril, procedimento cirúrgico a que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido hoje nesta sexta-feira, 29, tem índices altos de satisfação e baixa taxa de complicações. A cirurgia consiste na remoção da ponta do fêmur do paciente e na inserção de duas próteses, uma na cabeça do osso e outra, em formato de taça, no ponto em que ele se encaixa na bacia.

Segundo médicos ouvidos pelo Estadão, após a operação, muitos pacientes até se questionam por que não fizeram a cirurgia antes. Só no Sistema Único de Saúde são realizadas, em média, 20 mil cirurgias desse tipo por ano. Como o procedimento é complexo, existem riscos, mas a taxa de mortalidade é baixa. Para evitar efeitos adversos após a operação, o paciente precisa seguir uma série de cuidados.

Reconstrução

De acordo com os médicos, o quadril é uma articulação – local de união de dois ossos. O encontro em questão é entre a cabeça do fêmur – o osso mais longo do corpo, na coxa – e a bacia, em área chamada acetábulo, que conecta a coluna vertebral aos membros inferiores.

A cirurgia de Lula tem como objetivo reconstruir o encontro dos ossos, que foi desgastado pela artrose – condição que, cientificamente, é denominada osteoartrite. “Algumas pesquisas chegam a falar que 5% da população mundial convive com algum grau de artrose em alguma articulação”, disse Leandro Ejnisman, ortopedista especializado em quadril do Hospital Israelita Albert Einstein.

Incisão

A operação começa com uma incisão de 10 a 15 centímetros na perna, que pode ser na região anterior (pela frente), lateral ou posterior (na parte de trás). A posterior é a abordagem mais usada no Brasil, mas a decisão tem mais a ver com a preferência do cirurgião. Depois, são feitos o corte do fêmur, a raspagem do acetábulo e a inserção das próteses.

Em média, o paciente fica três dias internado após a cirurgia e o ideal é que volte logo a caminhar. Alguns começam a fisioterapia no mesmo dia da operação, mas é mais frequente que os primeiros passos, com muleta ou andador, ocorram no dia seguinte.

Na terça-feira, 26, Lula afirmou que só se mostrará em público após a recuperação. “Vocês não vão me ver de andador, de muleta, vão me ver sempre bonito.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARLAMENTARES SE MOBILIZARAM PARA DERRUBAR DECISÃO DO STF SOBRE MARCO TEMPORAL DOS INDÍGENAS

 

História por Leandro Prazeres – Da BBC News Brasil em Brasília 

Logo após votação no STF, parlamentares se mobilizaram contra o marco temporal© REUTERS/Ueslei Marcelino

Há menos de uma semana, indígenas de todo o Brasil se aglomeravam em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) entre abraços e lágrimas para comemorar a maioria formada na Corte para rejeitar a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Naquele dia, o julgamento era considerado, por eles, uma vitória histórica.

Seis dias depois, nesta quarta-feira (27/09), um movimento capitaneado por parlamentares da bancada ruralista no Senado liderou a aprovação por 43 votos a favor e 21 contra de um projeto de lei que estabelece o marco temporal e uma série de outras medidas.

Para os ruralistas, foi uma vitória do Congresso Nacional sobre o que classificam como “ativismo judicial”. Para parlamentares governistas, ambientalistas e lideranças indígenas, a aprovação do projeto foi um “retrocesso a 1500” (ano de chegada dos portugueses ao Brasil).

Para entrar em vigor, o projeto de lei ainda precisa passar pela sanção presidencial. Nos bastidores, a expectativa é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vete total ou parcialmente a matéria aprovada, o que deve gerar ainda mais atritos com parte do chamado Centrão, bloco do qual o petista depende para manter a governabilidade no Congresso.

Como o marco temporal já foi alvo de um julgamento no STF, lideranças indígenas prometem recorrer ao Judiciário para que declare inconstitucional a lei aprovada nesta quarta-feira.

Rápida mobilização no Senado

Na última quinta-feira (21/09), o STF havia formado maioria contra a tese do marco temporal. O julgamento foi concluído nesta quarta-feira (27) e o placar terminou com nove votos contra e dois a favor do marco.

A reação à votação no STF não demorou a acontecer. Ainda na semana passada, os parlamentares aceleraram os trâmites de um projeto de lei que estabelecia o marco temporal.

A ação contou com o apoio maciço de congressistas da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) — formada, em grande parte, por deputados e senadores do Centrão, bloco informal de partidos de centro-direita do qual sucessivos governos vêm dependendo nos últimos anos para garantir a aprovação de medidas de seu interesse.

A posição oficial da FPA sempre foi a favor do marco temporal, com o argumento de que a ausência dele colocaria em risco produtores rurais de todo o Brasil, especialmente aqueles localizados em áreas da nova fronteira agrícola, na Amazônia e no Centro-Oeste.

Nesta quarta-feira, a operação para a aprovação do marco temporal no Senado levou pouco mais de 10 horas para se concretizar. No início da manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) abriu uma sessão para votar o relatório do senador Marcos Rogério (PL-RO), relator da matéria e integrante da chamada bancada ruralista.

No início da tarde, o relatório foi aprovado por 16 votos a favor e 10 contra.

À tarde, o Plenário do Senado aprovou um pedido de urgência para que o projeto fosse votado. Parlamentares governistas como o líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), criticaram o projeto.

“Isso é um retrocesso a 1500. Isso é um retrocesso à chegada dos europeus e aos primeiros contatos [com povos indígenas]”, disse o senador.

Apesar dos apelos da ala governista, às 18h56, o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou a aprovação da matéria.

A operação para a aprovação do marco temporal no Senado levou pouco mais de 10 horas para se concretizar© Jonas Pereira/Agência Senado

O que é o marco temporal?

O chamado “marco temporal” é uma tese que vinha sendo debatida no Congresso e no STF segundo a qual a demarcação de terras indígenas só poderia ocorrer em comunidades já ocupadas por indígenas quando a Constituição foi promulgada, em 5 de outubro de 1988.

O julgamento do STF foi sobre um caso envolvendo uma parte da Terra Indígena Ibirama La-Klãnõ, em Santa Catarina, habitada pelos povos xokleng, kaingang e guarani.

A disputa envolvia, de um lado, a Fundação Nacional do Índio (Funai); e de outro, órgãos do governo estadual de Santa Catarina, que reivindicavam áreas que a Funai havia declarado como tradicional ocupação indígena.

Ambientalistas e lideranças indígenas rejeitavam o marco temporal sob o argumento de que muitas comunidades foram expulsas de seus territórios originais antes de 1988. Era esse o argumento usado pelos xokleng no julgamento no STF.

Eles dizem terem sido forçados a deixar as áreas tradicionalmente ocupadas para fugir de perseguições e matanças ao longo de décadas.

Ruralistas, por outro lado, alegam que o não estabelecimento de um marco temporal poderia causar insegurança jurídica, pois abriria o precedente para que áreas ocupadas por não-indígenas possam ser reivindicadas como terras indígenas mesmo que elas não estivessem sendo habitadas por povos tradicionais antes da promulgação da Constituição Federal.

Legislativo versus Judiciário

A votação do projeto sobre o marco temporal mesmo após o julgamento do caso foi vista como uma “reação” do Legislativo ao Supremo pelo cientista político Marco Antônio Teixeira, professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Essa votação foi uma resposta do Legislativo […] Se houver mais situações em que decisões do Supremo sejam imediatamente contestadas pelo Parlamento, a relação entre esses dois poderes tende a ficar tensa”, afirmou o professor.

Para Teixeira, o movimento protagonizado pelo Senado nesta quarta-feira é resultado não de algum tipo de interferência do Judiciário no Legislativo, o chamado “ativismo judicial”, mas pela suposta demora do Legislativo em decidir temas relevantes.

“O poder de legislar é do Legislativo, mas quando ele demora muito a tomar decisões sobre questões urgentes como era o marco temporal, o Supremo acaba tendo que decidir quando é consultado sobre o assunto”, disse o professor.

O senador Marcos Rogério (PL-RO), negou, no entanto, que a votação tenha sido uma reação ao STF.

“São os precedentes do próprio STF que asseguram que o Legislativo tenha a atribuição de legislar inclusive sobre matérias que foram alvo de julgamento do STF. Pensar diferente seria aniquilar o papel do Legislativo. Não é uma afronta ao Supremo”, disse o senador à BBC News Brasil.

Plenário do STF reunido durante votação sobre o marco temporal, em 30 de agosto© REUTERS/Adriano Machado

Preocupações

Desde a semana passada, lideranças indígenas já vinham demonstrando preocupação com a possibilidade de uma “reação” por parte dos ruralistas após a formação de maioria contra o marco temporal no STF.

“A rejeição do marco temporal pelo Supremo é uma grande vitória […] Mas a bancada ruralista está com uma cobiça nas terras indígenas e quer a todo custo aprovar [no Congresso] uma tese de marco temporal”, disse à BBC News Brasil na semana passada o coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kleber Karipuna.

Indígenas e ambientalistas afirmam que a lei aprovada nesta quarta-feira contém dispositivos ainda mais perigosos para os povos indígenas que o simples marco temporal.

A lei prevê, por exemplo, que terras indígenas já demarcadas podem ser retomadas caso seja verificada a mudança de traços culturais das comunidades que vivem nelas, possibilidade que não existia até então.

“Isso é um risco muito grande para os povos indígenas porque basta que alguém diga que nós mudamos nosso modo de viver para que questionem a legitimidade das nossas terras”, disse outro coordenador-executivo da Apib, Dinaman Tuxá.

Outro ponto controverso é a autorização para que não-indígenas possam exercer atividades agrícolas em terras já demarcadas.

Essa é uma reivindicação de produtores rurais de estados como Mato Grosso e de uma parcela considerada pequena de indígenas em regiões dominadas pelo agronegócio como os da etnia Haliti-Paresi que vinham arrendando suas terras de forma irregular para produtores de soja.

Outro dispositivo previsto no projeto aprovado é o que, segundo críticos, flexibilizaria a política de não-contato com indígenas isolados que vigora no país há décadas.

O projeto estabelece que o contato com esses indivíduos poderia ser feito para “intermediar ação do estado de utilidade pública”, um conceito considerado muito vago por ambientalistas e que poderia abrir brechas para o contato forçado com os isolados.

“Esse projeto de lei é um risco para os povos indígenas porque ele está repleto de inconstitucionalidades. Ele traz insegurança jurídica pois coloca em risco até mesmo aquelas terras que já foram demarcadas e homologadas. Há violações claras de preceitos constitucionais”, afirmou à BBC News Brasil o analista sênior de políticas públicas da organização não-governamental WWF Brasil, Bruno Taitson.

O senador Marcos Rogério rebate as críticas.

“Muito se fala em cuidar do índio, em dar terra para o índio. Mas pouco se fala em assistência ao índio. Índios aldeados e não aldeados vivem, muitos deles, em condição de miserabilidade”, disse o parlamentar.

Estratégias contra projeto aprovado

Agora, ambientalistas e movimentos indígenas se reorganizam para tentar impedir que o projeto aprovado passe a ter validade.

A primeira estratégia reside em criar pressão sobre o presidente Lula para que ele vete o projeto.

No governo, a aprovação do projeto foi criticada.

“Embora a ministra dos Povos Indígenas (Sônia Guajajara) e representantes do MPI tenham sido recebidos por líderes, relatores e até pelo presidente (do Senado) Rodrigo Pacheco para apresentar pontos críticos e sensíveis aos direitos indígenas, nada foi acatado pelo Senado”, diz o trecho de uma nota do Ministério dos Povos Indígenas.

O MPI afirmou ainda que “lamenta” a aprovação e classificou o projeto de lei como “inconstitucional”.

O problema, para aqueles que são contrários ao projeto, é que o Congresso poderia derrubar os vetos e a lei passaria a vigorar. Além disso, eles temem que Lula tenha que negociar com o Congresso quais pontos seriam vetados.

“Isso seria particularmente preocupante porque a maior parte do projeto contém retrocessos muito grandes aos indígenas. O pouco que não for vetado por meio de uma possível negociação ainda será prejudicial”, avalia Bruno Taitson, do WWF Brasil.

A segunda estratégia dos contrários ao projeto é levar o assunto, novamente, para o STF.

Um dos argumentos mencionados é o de que apenas uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) teria o peso suficiente para reverter o entendimento de um julgamento do Supremo. Como o que foi aprovado foi um projeto de lei, ele não teria poder suficiente para se sobrepor a uma decisão do STF, responsável por interpretar o texto constitucional.

“É uma situação delicada, mas não vamos desistir. Já estamos estudando a possibilidade de questionar a constitucionalidade dessa lei. Vai ser mais uma batalha, mas não vamos desistir”, afirma Dinaman Tuxá.

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