sábado, 30 de dezembro de 2017

ESSE DINHEIRO É A PONTA DO ICEBERG DA CORRUPÇÃO NO BRASIL



Dinheiro bloqueado no exterior por corrupção e lavagem chega a R$ 825 milhões

Estadão Conteúdo






O Brasil conseguiu bloquear cerca de R$ 825 milhões (US$ 250 milhões) no exterior, em 2017, desviados do País em casos de corrupção e lavagem de dinheiro. O montante é 85% maior do que a média de US$ 135 milhões registrada entre 2012 e 2016. As informações são da Secretaria Nacional da Justiça (SNJ).

Durante 2017, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) recebeu e tramitou mais de 5,7 mil pedidos de cooperação jurídica internacional em matérias penal e civil que incluem extradições, transferências de pessoas condenadas, repatriações e bloqueios de valores remetidos ao exterior ilicitamente.

Segundo a secretaria, foram tramitados 160 pedidos de extradição, sendo 111 processos ativos - quando o governo brasileiro solicita a entrega de um foragido da Justiça a outro país, e 49 passivos - quando um país solicita a extradição de um indivíduo que se encontra em território brasileiro.

"Lava Jato"

Também em 2017, foram repatriados mais de R$ 125 milhões (36 milhões de dólares) por meio de cooperação jurídica internacional. Entre os casos de repatriação, destacaram-se os pedidos relacionados à operação "Lava Jato" e ao Banco Santos.

Em dezembro, as autoridades suíças autorizaram a transferência para o Brasil de mais de R$ 71,3 milhões (21 milhões de dólares). A repatriação é referente ao pedido de cooperação enviado à Suíça no âmbito da Operação "Lava Jato" de Curitiba, que contou com a delação do marqueteiro João Santana.

2018. Em novembro foram anunciadas 11 novas ações de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro para 2018 durante a 15ª Reunião Plenária da Enccla, em Campina Grande (PB). Instituída pelo Ministério da Justiça em 2003, sob a coordenação do DRCI, a Enccla é formada atualmente por 79 órgãos dos três poderes da República, Ministérios Públicos e da sociedade civil, que atuam, direta ou indiretamente, na prevenção e combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

INCÊNDIO VIOLENTO EM PRÉDIO DE NOVA YORK



Pior incêndio das últimas décadas em Nova York deixa 12 pessoas mortas

Agence France Presse


                                                                                                                                                                                





De acordo o corpo de Bombeiros local, o incêndio foi causado por um menino de três anos que brincava com o fogão de uma cozinha

Doze pessoas morreram na quinta-feira à noite no pior incêndio registrado em Nova York em décadas, quando as chamas destruíram o primeiro andar de um prédio de apartamentos no bairro do Bronx.
"Lamento informar que 12 nova-iorquinos morreram, incluindo uma criança de um ano", declarou o prefeito Bill de Blasio aos jornalistas no local da tragédia.
De acordo o corpo de Bombeiros local, o incêndio foi causado por um menino de três anos que brincava com o fogão de uma cozinha.
"Verificamos que o fogo começou em uma cozinha do primeiro andar. Foi iniciado por um menino, de pouco mais de três anos, que estava brincando com o fogão", informou à imprensa o comandante do corpo de bombeiros de Nova York, Daniel Nigro.
Segundo Nigro, a mãe só percebeu que o apartamento estava pegando fogo quando a criança começou a gritar.
Imediatamente, a mulher abandonou o apartamento com seus filhos de três e dois anos, deixando uma porta aberta, acrescentou Nigro. O fogo rapidamente se expandiu aos andares superiores do edifício.
As chamas se propagaram tão rapidamente que muitas famílias que viviam nos andares superiores só tiveram tempo de escapar e se salvar.
De acordo com Nigro, os bombeiros demoraram pouco mais de três minutos para chegar ao edifício em chamas. "Havia pelo menos 20 pessoas nas escadas de incêndio (situadas na parte exterior do edifício) quando nossas equipes chegaram", disse.
"Há quatro pessoas gravemente feridas que lutam por suas vidas e outros feridos graves", acrescentou.
"Tragédia indescritível"

Quatro crianças e um adolescente estão entre as vítimas fatais, segundo a polícia.
Três meninas com idades entre um e sete anos e um jovem não identificado estão na lista de vítimas fatais, assim como uma jovem de 19 anos.
De acordo com a polícia, as outras vítimas são três mulheres e quatro homens não identificados.
O prefeito da cidade, que chamou o incêndio de "tragédia indescritível", advertiu que o número de vítimas pode aumentar.
"Este é o pior incêndio que registramos nesta cidade em pelo menos 25 anos", completou Bill de Blasio.
Os bombeiros conseguiram resgatar 12 pessoas, mas a inspeção no edifício prossegue em busca de outras possíveis vítimas.
"Morreram pessoas em vários andares com idades entre um ano a mais de 50", afirmou Nigro.
De acordo com a imprensa, os bombeiros encontraram duas pessoas mortas em uma banheira cheia de água na qual as vítimas provavelmente tentaram escapar das chamas.
O incêndio, já controlado, começou no primeiro andar de um edifício de quatro andares, similar a centenas na cidade de Nova York, por volta das 19H00 locais (22H00 de Brasília), e rapidamente atingiu o segundo andar, segundo os bombeiros.
"Esta tragédia é histórica, sem nenhuma dúvida, por sua magnitude", destacou o comandante do corpo de bombeiros de Nova York.
"Estamos em choque por estas perdas", disse.
Refugiados em escola

Uma escola próxima ao local da tragédia foi transformada em abrigo de emergência para os moradores do prédio incendiado, já que a cidade enfrenta uma semana de muito frio, com temperatura próxima a 10 graus negativos.
O incêndio aconteceu em uma área próxima ao zoológico do Bronx, um dos locais mais visitados da cidade.
Há 10 dias, uma mulher e seus três filhos morreram em um incêndio em sua residência no Brooklyn, outro bairro de Nova York.
Em março de 2007, 10 pessoas faleceram, também no Bronx, incêndio em uma casa na qual moravam duas famílias procedentes do Mali.
Este último havia sido o incêndio mais grave na cidade desde 1990, sem considerar os atentados de 11 de setembro de 2001 que mataram mais de 2.600 pessoas.

GOVERNO PENALIZA OS MAIS POBRES - SALÁRIO MÍNIMO MÍNIMO



Salário mínimo terá em 2018 menor reajuste do Real e perderá para a inflação

Estadão Conteúdo








Além de ser o menor aumento em 23 anos, o reajuste será inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses pela primeira vez desde 2011

O reajuste do salário mínimo em 2018 será o menor desde a criação do Plano Real, em 1994. No último dia útil do ano, o presidente Michel Temer assinou decreto que eleva o mínimo em 1,81%, de R$ 937,00 para R$ 954,00. Além de ser o menor aumento em 23 anos, o reajuste será inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses pela primeira vez desde 2011.

O reajuste anunciado discretamente em um decreto presidencial surpreende ao trazer aumento menor que o sinalizado pelo próprio governo. Em agosto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) previa aumento do mínimo para R$ 979,00 - aumento nominal de 4,48%. Uma semana depois, porém, o governo revisou a previsão para baixo e tirou R$ 10 do salário ao reduzir o valor para R$ 969,00 - o que indicaria aumento de 3,41%.

O valor anunciado na tarde desta sexta-feira, (29) porém, é ainda menor. Do valor revisado pelo próprio governo, foram retirados mais R$ 15. Portanto, o governo reduziu o novo mínimo que passará a ser pago aos trabalhadores em R$ 25 ao longo dos últimos meses.

Até a quinta-feira, 28, o menor reajuste anual do mínimo havia sido concedido em 1999, quando aumentou 4,62%. A inflação acumulada em 12 meses era, porém, menor que o reajuste: 3,14%. Por isso, apesar de pequeno, o reajuste garantiu aumento real de 1,48% aos trabalhadores e pensionistas naquele ano.

Desde então, o mínimo sempre teve aumento superior à inflação exceto em 2011, quando subiu 5,88% e ficou ligeiramente abaixo da inflação de 5,99%.

No Plano Real, o maior aumento nominal do mínimo ocorreu em 2003, quando o salário subiu 20%, ao passar de R$ 200,00 para R$ 240,00. Quando o real foi adotado como a moeda brasileira, em julho de 1994, o mínimo era de R$ 64,79.

No decreto assinado nesta sexta-feira, o governo também detalha o valor diário mínimo pago ao trabalhador que passará a ser de R$ 31,80 e a hora trabalhada, em R$ 4,34. Esses valores são usados como referência para os novos contratos intermitentes de trabalho - quando o empregado atua por hora ou dia e, por isso, deve receber pelo menos proporcional ao salário mínimo.


REFLEXÃO SOBRE O ANO VELHO E O ANO NOVO



Ano novo, vida nova

Frei Betto 










Estamos à porta de 2018. E o que fizemos de nós mesmos em 2017?
Há em nós abissal distância entre o que somos e queremos ser. Um apetite de Absoluto e a consciência aguda de nossa finitude. Olhamos para trás: a infância que resta na memória com sabor de paraíso perdido; a adolescência tecida em sonhos e utopias; os propósitos altruístas.
Hoje, o salário apertado num país tão caro; os filhos, sem projeto, apegados à casa e ao consumismo; os apetrechos eletrônicos que perenizam a criança que ainda resta em nós.
Em volta, a violência da paisagem urbana e nossa dificuldade de conectar efeitos e causas. Como se os infratores fossem cogumelos espontâneos, e não frutos do darwinismo econômico que segrega a maioria pobre e favorece a minoria abastada. O mesmo executivo que teme assalto e brada contra bandidos, abastece o crime consumindo drogas.
Ano novo. Vida nova? Depende. Podemos continuar a nos empanturrar de carnes e doces, encharcados em bebidas alcoólicas, como se a alegria saísse do forno e a felicidade viesse engarrafada. Ou a opção de um momento de silêncio, um gesto litúrgico, uma oração, a efusão de espíritos em abraços afetuosos.
No fundo da garganta, um travo. Vontade de remar contra a corrente e, enquanto tantos celebram a pós-modernidade, pedir colo a Deus e resgatar boas coisas: uma oração em família, a leitura espiritual, a solidão orante, o gesto solidário que ameniza a dor de um enfermo.
Reencontrar, no ano que se inicia, a própria humanidade. Despir-nos do lobo voraz que, na arena competitiva do mercado, nos faz estranhos a nós mesmos. Por que acelerar tanto, se temos que parar no sinal vermelho? Por que tanta dependência do celular e dificuldade de dialogar olho no olho?
Ano novo de eleições. Olhemos o país. As obras que beneficiam empreiteiras trazem proveito à maioria da população? Melhoram o transporte público, o serviço de saúde, a rede educacional? Nosso bairro tem um bom sistema sanitário, as ruas são limpas, existem áreas de lazer? Participamos do debate sobre a reforma da Previdência? Os políticos em quem votamos tiveram desempenho satisfatório? Prestaram contas do mandato?
Em política, tolerância é cumplicidade com maracutaias. Voto é delegação e, na verdadeira democracia, governa o povo por meio de seus representantes e de mobilizações diretas junto ao poder público. Quanto mais cidadania, mais democracia.
Ano de nova qualidade de vida. De menos ansiedade e mais profundidade. Aceitar a proposta de Jesus a Nicodemos: nascer de novo. Mergulhar em si, abrir espaço à presença do Inefável. Braços e corações abertos também ao semelhante. Recriar-se e apropriar-se da realidade circundante, livre da pasteurização que nos massifica na mediocridade bovina de quem rumina hábitos mesquinhos, como se a vida fosse uma janela da qual contemplamos, noite após noite, a realidade desfilar nos ilusórios devaneios de uma telenovela.
Feliz homem novo. Feliz mulher nova.

MINISTRO DO STF TORNA-SE PIVÔ DE OFENSIVA INTERNACIONAL

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