segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SALÁRIO DOS PROFESSORES



NO BRASIL, UMA DAS PIORES PROFISSÕES É A DE PROFESSOR, SEJA DE QUALQUER GRADUAÇÃO. COMPARANDO COM OUTRAS PROFISSÕES, UM PROFESSOR UNIVERSITÁRIO DEVERIA GANHAR O MESMO SALÁRIO DE UM MINISTRO DO STF (R$ 30.000,00) E UM PROFESSOR DO ENSINO MÉDIO (R$ 9.000,00). NÃO É EXAGERO -  EM OUTROS PAÍSES, COMO COREIA DO SUL, O SALÁRIO DE UM PROFESSOR SECUNDÁRIO É O MAIOR DO PAÍS.

Salários melhores para professores? O ensino precisa de mais ação do governo.
Desempenho das escolas não está relacionado diretamente ao piso da profissão

O senso comum liga, frequentemente, os baixos salários dos professores brasileiros ao mau desempenho dos alunos. Mas a verdade é que, embora importante, o dinheiro que vai para o bolso dos docentes não o único fator a pesar nessa equação. É o que apontam especialistas da educação. As condições de trabalho dos profissionais e a infraestrutura das escolas também precisam ser melhoradas. O salário teria mais peso, sim, na hora de influenciar os jovens a escolherem a profissão.
Os últimos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) (2013), que mede o desempenho dos alunos dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio, ilustram que não há mesmo um padrão na relação dos salários pagos nos Estados brasileiros com o desempenho das escolas. O Distrito Federal, por exemplo, que paga o melhor salário inicial do Brasil (R$ 4.508,67, segundo levantamento feito pela Agência Cartola no início de 2014), está bem classificado nos três índices do Ideb, ficando em segundo lugar no ensino médio, com 4 pontos; em quinto nos anos iniciais do fundamental, com 5,9 pontos e em sétimo nos anos finais, com 4,4 pontos.
Já os estados que ocupam o segundo e terceiro lugares no maior valor dos salários, Mato Grosso (R$ 3.138,33) e o Espírito Santo (R$ 3.035,20) respectivamente, não estão tão bem colocados no Ideb. O Mato Grosso está em 23º lugar no ensino médio e o Espírito Santo, em 11º nos anos finais do ensino fundamental, por exemplo. O Rio Grande do Sul, um dos estados que não chegam nem a pagar o piso nacional, com R$ 977,05 por 40 horas, não está mal colocado no Ideb: é o sexto melhor no ensino médio, com 3,9 pontos,  o sétimo nos anos iniciais, com 5,6 pontos e 12º nos anos finais, com 4,2 pontos.
Para a coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita, Regina Scarpa, o principal impacto na qualidade educacional é a formação do docente, o quanto o professor está preparado e se sabe realmente ensinar e alfabetizar seus alunos. “O que tem sido um elemento de maior relevância nesse quesito são as condições para ensinar que o professor tem encontrado na escola. Até que ponto eles têm acesso à formação continuada, por exemplo.”  
Regina acredita que o salário afete mais diretamente a atratividade da carreira, que é pequena no País e que acaba desvalorizando a profissão. “Uma pesquisa da Fundação Victor Civita, feita em parceria com a Fundação Carlos Chagas, mostra que só 2% dos alunos de ensino médio pretendem ser professores e que a maioria deles é das classes C e D. A carreira é ainda um pouco atrativa para as pessoas que têm uma formação mais precária. Não adianta só melhorar a remuneração. Também é preciso revisar a carreira do docente, para que comece a ser atrativa para os jovens.” Ela cita como exemplo de atratividade na carreira a Finlândia, considerada um exemplo para a educação mundial. No país, ser professor é a profissão mais atrativa e os jovens com maiores talentos querem ensinar. A especialista explica que isso acontece porque existe um bom plano de carreira, além do salário.
A vice-presidente do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), Solange da Silva Carvalho, acrescenta que é histórico os professores estarem sempre lutando por seus direitos ou reivindicando melhores salários, e isso faz com que os estudantes pensem que é só difícil ser professor. “Além disso, os desrespeitos em sala de aula também ajudam a criar um clima de que não é fácil ser professor, que tem que gostar do que faz, ter uma dedicação grande e ainda assim ganhar pouco, criando uma imagem ruim.”
“O fato de o piso ser muito baixo comparado com outras profissões, de saída já desestimula os jovens a entrar na carreira, porque acham que nunca conseguirão ganhar um salário satisfatório. É possível mudar essa atratividade baixa”, afirma Regina. Como exemplo, a especialista conta que na Colômbia, uma das profissões mais atrativas é a de bibliotecário e isso se devo ao investimento feito há anos no país em projetos de formação de bibliotecas, além da criação de um Sistema Nacional dos locais. 
Carga horária excessiva
Os professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental gastam, em média, 25 horas por semana lecionando, seis horas a mais do que outros países do mundo. O dado é da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem 2013 (Talis, na sigla em inglês), desenvolvida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada em junho deste ano. Os professores brasileiros estão entre os que passam o maior número de horas por semana ensinando. A pesquisa também mostra que os brasileiros entrevistados declararam se dedicar de 10% a 22% mais tempo que a média da Talis em outras atividades como orientação de alunos e correção de trabalhos. Foram analisados informações de cerca de 30 países, totalizando aproximadamente quatro milhões de professores e diretores dos anos finais do ensino fundamental. Só no Brasil, 14,2 mil professores e cerca de mil diretores responderam ao questionário.
Uma das causas desse contexto pode ser o salário baixo do Brasil, pois ele pode fazer com que profissionais tenham de trabalhar mais para conseguir um pagamento digno, o que pode prejudicar a dedicação para uma só escola. “Se o salário for muito baixo, os professores acabam pegando mais de um trabalho, a carga horária fica mais pesada”, diz Solange, da Cpers. Regina, da Fundação Victor Civita, explica que a Lei do Piso prevê que um terço do pagamento do docente envolve tempo para ele se reunir com seus colegas e gestores para planejar o ensino e estudar. “Será que isso está acontecendo? A curto prazo pode fazer uma grande diferença se for feito. Um professor que faz uma dupla ou tripla jornada com certeza não vai conseguir cumprir esse um terço de trabalho coletivo em todas as escolas onde atua e vai conseguir muito pouca identidade com os locais onde trabalha”, aponta.
No salário inicial, com o treinamento mínimo necessário, o professor brasileiro ganha em média US$ 10.375 por ano. São dados de 2012, de outra pesquisa da OCDE que compara os salários de diversos países do mundo, de professores dos anos iniciais do ensino fundamental, divulgada em 2014, e que leva em consideração salários anuais de instituições públicas, convertidos em dólares americanos e o índice de Paridade de Poder de Compra (PPP na sigla em inglês) para analisar o consumo privado dos profissionais. Na Finlândia, por exemplo, esse mesmo perfil de profissional recebe US$ 34.720. O país que mais bem paga os docentes é Luxemburgo, totalizando US$ 76.658 ao ano, seguido pela Alemanha, US$ 55.700, pela Dinamarca, US$ 44.131 e pela Suíça, que remunera seus docentes em US$ 55.485.
Quanto à bonificação para o professor quando o aluno tem um bom desempenho, Regina aponta que a efetividade desse método de valorizar o trabalho do professor tem muitas variáveis. “A pessoa que ganhar o bônus vai ficar muito animada e se empenhar cada vez mais por isso? E quem não atinge a meta e não ganha, vai ficar desanimado e não vai se esforçar? São tantos fatores e as pesquisas ainda estão tentando achar respostas para esses questionamentos. Já o conjunto de fatores como formação, plano de carreira e infraestrutura, é uma política pública que sabemos que pode melhorar e precisa ser revista”, afirma.
O papel do salário
A remuneração não deixa de ser importante na melhora da qualidade, mas não é o único fator. O piso do professor continua sendo baixo comparado com outras carreiras e profissões. Atualmente, o piso nacional está no valor de R$ 1.697,37, para 40 horas, e alguns estados como o Rio Grande do Sul, Alagoas e Maranhão não atingem nem esse mínimo.
A vice-presidente do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) acredita que o salário tenha uma grande contribuição na qualidade, porque professores bem remunerados tem maior acesso a facilidades e condições dignas de vida. Ela ressalta que não quer dizer que os docentes se esforcem menos por ganhar menos e define os fatores em um tripé: além do salário, condição estrutural das escolas e alunos bem fisica e mentalmente. “A remuneração é muito importante para a saúde mental e financeira dos docentes, mas as condições de trabalho também interferem no rendimento dos alunos. Até mesmo o bem-estar dos alunos pode interferir em seu desempenho, se for em uma região mais carente que eles cheguem à escola com fome, por exemplo”. Os outros fatores além do salário, são citados por Solange para explicar o baixo salário do Estado gaúcho e o desempenho no Ideb. “Não estamos nem na pior posição do ensino e nem na melhor. Existem regiões em que os professores trabalham em até três turnos, em escolas particulares e municípios, sobrecarregando e atrapalhando seu rendimento”, diz.
Um pagamento maior contribui para que se forneçam profissionais mais qualificados para ensinar. A pesquisadora do núcleo de políticas educacionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Andréa Barbosa Gouveia alerta que literaturas internacionais que não colocam o salário como fator de influência, como a americana, devem ser analisadas com cuidado, pois elas partem de conclusões baseadas em salários maiores do que o brasileiro. “No nosso contexto, valorizar pela remuneração faz com o que o professor tenha mais tempo para se informar, se dedicar e estudar fora da sala de aula”, afirma.

Para ela, duas estratégias presentes no Plano Nacional de Educação, sancionado pela presidente Dilma Rousseff neste ano, são fundamentais para que se amplie o salário e, consequentemente, se melhore a educação brasileira. Uma delas é o cumprimento do piso e a diminuição da desigualdade do que é pago entre os estados e municípios. A outra é a perspectiva da equiparação dos salários dos professores com os de outras profissões, para que se construa uma cultura de valorização da profissão - e o salário tem um bom peso nesse ponto.
Outras formas de valorização
Como outros fatores que podem valorizar o professor, foram citados pelos especialistas a redefinição da formação dos professores, o esforço para que se valorize mais a carreira e a maior proximidade das universidades que formam os docentes das escolas públicas. Regina, da Fundação Victor Civita, cita como exemplo de valorização um programa que existe na França, onde os professores passam um mês por ano em universidades para se atualizar e os estudantes de graduação assumem seus lugares nas escolas, propiciando uma maior proximidade dos professores em formação com a prática do ensino.
Andréa, da UFPR, ressalta que o professor precisa enxergar que o trabalho e a experiência que vai construindo durante sua carreira no ensino serão valorizados. “É preciso ficar os bons profissionais dentro das redes. Além de trazer bons quadros docentes, temos de manter esses quadros, mantendo a capacidade de desenvolver autonomia do profissional aliado a condições de trabalho como número adequado de alunos por sala, espaço para o professor sentar e estudar na escola. A escola é pensada só como um lugar onde o aluno estuda e não deve ser assim”, afirma.

PETROBRAS ARROMBADA



CORRUPÇÃO É FEITA EM SEGREDO E COMO OS DEPOIMENTOS ESTÃO EM SEGREDO DE JUSTIÇA, NINGUÉM SABE DE NADA, A NÃO SER DE ALGUNS PEQUENOS VAZAMENTOS QUE IMPACTARAM A OPINIÃO  PÚBLICA. FAÇAMOS IDEIA DO GROSSO DO DEPOIMENTO, SEGUNDO ALGUMAS DIVULGAÇÕES, OS DEPOIMENTOS DOS DOIS PRESOS VÃO ABALAR A REPÚBLICA E SE DIVULGADOS PODERIAM IMPEDIR A ELEIÇÃO.

Com Petrobras arrombada, Dilma posa de xerife
Josias de Souza

 “Uma coisa tem que ficar clara”, disse Dilma Rousseff, no debate presidencial veiculado pela Record, ao tentar distanciar-se do escândalo de corrupção da Petrobras. “Quem demitiu o Paulo Roberto fui eu. A Polícia Federal do meu governo investigou todos esses malfeitos, esses crimes, esses ilícitos. E eu sou a única candidata que apresentei propostas concretas de combate à corrupção, principalmente à impunidade. Como, por exemplo, tornar o crime de caixa dois um crime eleitoral…”
Dilma tentava responder a ataques feitos pelo tucano Aécio Neves e pelo Pastor Everaldo. Faltou-lhe, porém, um mínimo de nexo. Nomeado diretor de Abastecimento da Petrobras em 2004, sob Lula, Paulo Roberto Costa, o delator da petroroubalheira, deixou a estatal em 2012, segundo ano da gestão Dilma. Mas saiu sob rasgados elogios pelos “bons serviços” prestados.
A Polícia Federal atua no caso sob convocação da Procuradoria da República, avalizada pela Justiça Federal. Quanto às “propostas concretas de combate à corrupção”, foram anunciadas por Dilma na última sexta-feira, 12 anos depois da chegada do PT ao poder federal. Redigidas em cima da perna, tais propostas ganharam a propaganha eleitoral no sábado, véspera do debate.
A despeito da fragilidade de suas posições, Dilma animou-se a endereçar uma pergunta sobre Petrobras ao rival tucano Aécio Neves. “Em discurso proferido na Câmara em março de 1997, o senhor declarou que pode ser que chegue o momento de discutirmos a privatização da Petrobras… Recentemente, o senhor voltou ao tema, dizendo que a Petrobras não está no radar da privatização do PSDB. Queria dois esclarecimentos: assumiria aqui o compromisso de nunca colocar a privatização da Petrobras no radar? Quais as privatizações que estão no radar?''
Surpreendido com a inusitada levantada de bola, Aécio cortou com gosto: “Tenho sido absolutamente claro sobre a Petrobras. Não vamos privatizá-la. Inclusive, um projeto de lei que proíbe a sua privatização é de autoria do PSDB. Mas eu vou reestatizá-la. Vou tirá-la das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar: negócios! Há 12 anos.”
Aécio puxou Dilma para perto da encrenca: “A senhora era presidente do Conselho de Administração dessa empresa. É vergonhoso. As denuúcias não cessam. A última, dessa semana, é que o coordenador da sua campanha [de 2010, Antonio Palocci], …buscou desse esquema de propinas recursos para financiá-la. Eu prefiro não acreditar nisso, mas não há, senhora candidata, e vou falar de forma franca, não há um sentimento de indignação” de sua parte.
O tucano prosseguiu: “Não vejo em momento algum a senhora dizendo: ‘não é possível que fizeram isso nas minhas barbas, sem eu saber o que estava acontecendo. Essa indignação está faltando.”
Dilma não se deu por achada: “Candidato, eu combato a corrupção para fortalecer a Petrobras. Tem gente que combate para usar as denúncais de corrupção para enfraquecer a Petrobras. Eu registro que os senhores foram sempre favoráveis a uma relação com a petrobras de privatização. É eleitoreiro falar que o senhor vai reestatizar. Aliás, o senhor vendeu uma parte das ações a preço de banana. E tentaram tirar o ‘bras’ do nome Petrobras. Bras, de Brasil. Por quê? Para vender mais fácil no exterior.”
Aécio trocou o escândalo em miúdos: “Eu não vendi nada, candidata. Mas vou votar ao tema, que é central. Apenas a denúncia do diretor nomeado pelo governo do PT e mantido no seu governo, apenas aquilo que ele assume que foi desviado da Petrobras, permitiria que 450 mil crianças estivessem numa creche. Possibilitaria que 50 mil casas do Minha Casa, Minha Vida tivessem sido construídas. Aí é que está o dolo, aí é que a corrupção impacta na vida das pessoas.”
Coube ao nanico Levy Fidelix, numa “conversa de compadres'' com Pastor Everaldo, injetar no debate o fantasma do doleiro Alberto Youssef, que também decidiu suar o dedo indicador ao propor um acordo de delação premiada à Procuradoria da República. “Everaldo, já tivemos alguns escândalos bem recentes: mensalão e outros que ainda estão por surgir. Creio que, até o final dessa eleição, ao que tudo indica, vem o tal do Youssef com as suas denúncias. Acho que essa eleição não vai terminar bem.”
Em vez de fazer pose de xerife diante da estatal arrombada, Dilma deveria considerar a hipótese de passar a vassoura no setor energético do seu governo enquanto há tempo. Convém cuidar dos minutos, que as horas passam. Está cada dia mais complicado sustentar a pantomima do ‘eu não sabia’.

REFLEXÃO



TODAS AS PESSOAS QUE ESTÃO EMPREGADAS TÊM AS DÚVIDAS ABAIXO RELACIONADAS E ESTA REFLEXÃO PODE AJUDA-LAS A TOMAR DECISÕES

Veja sete perguntas para se fazer antes de trocar de emprego
Heloísa Noronha

Tão ou mais importante do que um salário melhor e mais benefícios, na hora de avaliar uma proposta de trabalho é importante ponderar como a decisão de aceitá-la ou não vai repercutir na sua carreira. Mesmo que o novo ambiente profissional pareça mais interessante e promissor, alguns pontos devem ser bem pensados para que não haja arrependimento. Para ajudar a refletir sobre a decisão, veja questões que consultores de carreira elaboraram para você se fazer. 

1. Qual empresa me oferece maior chance de crescimento?
É fundamental obter informações sobre a cultura e a política de planos de carreira de ambas as empresas: a atual e a pretendida.  E se você estiver considerando o novo emprego como algo para longo prazo, também vale a pena checar todas as possibilidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Exemplos: acesso a cursos, palestras, coaching, viagens etc. "Também é sempre bom saber se você poderá fazer uso dos seus talentos, afinal, esse é um dos fatores de maior motivação em qualquer área", diz Madalena Feliciano, diretora do Instituto Profissional de Coaching e diretora geral da consultoria Outliers Careers, ambos de São Paulo (SP).

2. Será que o novo emprego está alinhado com os meus valores pessoais?
Segundo Madalena Feliciano, um dos segredos de uma carreira promissora é acreditar naquilo que faz –e, para isso, você deve concordar com os valores passados pela empresa. "Às vezes, é necessário trabalhar em qualquer lugar por um curto prazo por razões econômicas, mas se essa não é uma opção temporária, certifique-se que há um alinhamento com seus valores pessoais. Uma incompatibilidade pode acabar com sua integridade pessoal, e nada compensa isso, independentemente da quantia do dinheiro", afirma a consultora.
Na opinião de Tali Alkalay Brenman, fundadora da Etz Coaching e Orientação de Carreira, de São Paulo (SP), esse é um dos pontos cruciais a se considerar em um momento de mudança. "Conheço muito profissionais que não fizeram essa investigação antes de entrar na empresa e depois de um tempo sentiram-se decepcionados. Por isso, nesse estágio da análise, sugiro buscar contatos e referências da empresa de interesse, pois só quem conhece bem o seu dia a dia pode trazer uma visão mais realista", afirma Tali.

3. Por que quero trocar de emprego?
Segundo Dirlene Costa, consultora de carreiras e negócios da empresa de consultoria High Performance, do Rio de Janeiro (RJ), poucos profissionais se perguntam qual o motivo real da troca de emprego –as razões nem sempre têm a ver com salário ou chefia. "Por não fazerem essa pergunta, muitos saem e depois se arrependem. Não porque a empresa escolhida é ruim, mas porque a insatisfação era com a própria pessoa", diz.
Por isso, antes de tomar uma decisão de troca, faça a si mesmo essa questão e a responda com sinceridade. Talvez você descubra que está apenas vivenciando um período de muito cansaço e estresse –e tirar férias para pensar melhor pode ser uma boa ideia. Ainda de acordo com Dirlene, nesse processo de autoanálise também é essencial questionar se o mesmo tipo de insatisfação já ocorreu em empregos anteriores.
"A insatisfação é um fator interno. Pessoas numa mesma empresa podem ter visões, percepções e sentimentos diferentes sobre ela. O mais importante é avaliar se há um padrão de repetição nessa insatisfação. Tudo aquilo que se repete torna-se um padrão. E, no caso, trocar de emprego não vai trazer felicidade e satisfação enquanto a pessoa não identificar, tratar e resolver o que a incomoda de fato", explica a consultora.

4. Já esgotei todas as possibilidades internas?
Para Rosa Perrella, consultora em gestão de pessoas, especialista em desenvolvimento de lideranças e equipes e professora da IBE-FGV (Institute Business Education – Fundação Getulio Vargas), não é nem um pouco recomendável pedir demissão sem verificar as alternativas dentro da própria organização.
"Às vezes, o profissional está apenas cansado das atividades desenvolvidas na função e se sente desmotivado. Aconselho tentar averiguar se existem outras oportunidades na empresa onde ele já está integrado e conhece bem hierarquia, missão e valores. Quem sabe há a chance de desenvolver um novo trabalho com mais eficácia a curto prazo?", sugere Rosa. 

5. Qual o ganho da mudança?
Toda escolha tem perdas e danos e para tomar a melhor decisão faça uma lista dos ganhos em cada empresa, a atual e a que pretende ir. "Conheço casos de pessoas que avaliaram apenas o salário, mas não pesaram os benefícios ou o clima organizacional e depois se arrependeram. Coloque tudo na balança para tomar a melhor decisão, não só os ganhos financeiros. Pense no resultado da mudança no curto, médio e longo prazo", conta a consultora Dirlene Costa.
"Quando avaliamos todos os aspectos de qualquer processo de mudança temos uma oportunidade de visualizarmos com mais clareza os caminhos que virão pela frente. Escolhas nos remetem a abrir mão de algo, e aí está a perda que deve ser considerada", completa Tali, da Etz Coaching e Orientação de Carreira.

6. Minha qualidade de vida será sacrificada?
Lembre-se: sua vida não se resume apenas ao trabalho. Embora ocupe boa parte do seu tempo, ele não deve pautar sua existência. Para Regiane Machado Gomes, psicóloga e analista de recursos humanos de São Paulo (SP), ter valores e necessidades claros ajuda a identificar se você quer ou não abrir mão da qualidade de vida em prol de um novo emprego. "Alguns pontos que você deve pensar com cuidado são carga horária, necessidade ou não de horas extras e disponibilidade de tempo que terá para dar à família, aos amigos e a si mesmo", afirma.
"Quem vive com um parceiro e/ou tem filhos precisa considerar como o trabalho irá impactar a rotina deles também", orienta Madalena Feliciano. Assim, considere fatores como distância para chegar à empresa, tempo no transporte, pressão e prazos para execução de tarefas.

7. Onde quero chegar?
Qualquer profissional precisa estar ciente de onde quer chegar. "Na maioria das vezes, as pessoas mudam de emprego para resolver problemas momentâneos de relacionamento, horários ou salários, não para um desenvolvimento de carreira. O planejamento a longo prazo é fundamental para avaliações pessoais e objetivos de vida, até para que mais adiante seja possível medir as evoluções", fala Giovani Falcão, gestor de carreiras e projetos da empresa de recrutamento Top Quality, do Rio de Janeiro (RJ).
Para Tali Alkalay Brenman, da Etz Coaching e Orientação de Carreira, ao se perguntar quais são os objetivos profissionais, vale refletir e elencar o que você realmente considera importante na carreira, o que valoriza no ambiente profissional e quais são suas pretensões .

"Para algumas pessoas pode ser a oportunidade de gerir, para outras pode ser importante o crescimento rápido, e ainda há aqueles que vão valorizar a autonomia e a criatividade. Essas questões poderão mostrar aquilo que realmente importa no momento de mudança. Se você não conseguir enxergar em seu atual emprego as oportunidades de colocar em prática aquilo que você deseja, talvez seja o momento de buscar essas respostas em outro emprego", diz.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ICEBERG DA PETROBRAS - MAIS UM CAPÍTULO



CORRUPÇÃO BRASILEIRA – É MUITO FÁCIL ROUBAR DINHEIRO PÚBLICO AQUI NO BRASIL, SE QUAL QUER PESSOA, COMO PAULO ROBERTO COSTA, CONSEGUIU ROUBAR A QUANTIA MENCIONADA,  PODEMOS DEDUZIR QUE QUEM O COLOCOU NA DIRETORIA DA PETROBRAS  ROUBOU MUITO MAIS.

Paulo Roberto Costa diz que recebeu US$ 23 milhões de empreiteira no exterior
Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras confessou também propina em Pasadena

por Jailton de Carvalho

BRASÍLIA — Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, disse ter recebido US$ 23 milhões (R$ 55,2 milhões) de uma empreiteira para facilitar contratos dessa empresa com a estatal. O ex-diretor deu a informação num dos cem depoimentos que já prestou depois de assinar o acordo de delação premiada, revelou ao GLOBO um dos investigadores da Operação Lava-Jato. O ex-diretor também confessou ter recebido US$ 1,5 milhão (R$ 3,6 milhões) para “não atrapalhar” a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, transação que resultou em prejuízos para a Petrobras.
Os US$ 23 milhões estão bloqueados em 12 contas bancárias na Suíça e deverão ser repatriados ao Brasil ao longo dos processos abertos a partir de descobertas da Lava-Jato, investigação sobre supostas fraudes dos grupos de Costa e do doleiro Alberto Youssef, entre outros acusados. Costa contou ainda que a comissão de US$ 1,5 milhão que recebeu por conta da refinaria Pasadena foi paga por um intermediário de um dos grupos envolvidos no negócio. O nome de quem pagou a propina está sendo mantido em sigilo. 

STF PODE ABRIR INQUÉRITOS

A série de depoimentos de Costa começou em 29 de agosto e terminou semana passada. Ao todo, o ex-diretor prestou cem depoimentos a procuradores da força-tarefa que estão à frente das investigações. Depois de fazer um amplo painel sobre a corrupção na Petrobras, Costa foi chamado para explicar detalhes de cada uma das delações que fez em troca de redução de pena. Os depoimentos foram criptografados e enviados ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal. Na próxima semana, o ministro deverá decidir se abre ou não inquérito contra os parlamentares acusados pelo ex-diretor.
Costa denunciou a empreiteira ao explicar o papel que teve na intermediação de contratos dela com a Petrobras. Ele apontou os contratos onde teriam ocorrido as irregularidades e indicou como recebeu os US$ 23 milhões.
Costa revelou um detalhe que deixou os procuradores surpresos. Ele disse que recebeu os US$ 23 milhões sem a habitual ajuda do doleiro Alberto Youssef. Teria sido uma “comissão por fora”, sem que o doleiro soubesse. Ele e Youssef operavam juntos. Costa fazia a intermediação de contratos e Youssef se encarregava da movimentação do dinheiro. Mas alguns negócios de Costa eram tocados por duas filhas e dois genros.
Antes mesmo da prisão de Costa, os investigadores já tinham recebido informações sobre pagamentos da empreiteira ao ex-diretor na estatal.
Costa decidiu fazer acordo de delação premiada no final de agosto, depois que PF e Ministério Público fecharam o cerco sobre os negócios das filhas e dos genros. Ele teve receio de ver as filhas presas e resolveu abrir o jogo. A confirmação das denúncias poderá livrar Costa de futuras penas de prisão.

STM CONDECORA AUTORIDADES

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