sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

INOVAR QUANDO NECESSÁRIO



  

Opinião Jornal Hoje em Dia 



É muito difícil para um profissional fora do nível estratégico da empresa entender o valor que as inovações em tecnologia podem trazer ao negócio. Como transformar a inovação tecnológica em inovação de negócio e, assim, criar um novo produto, ter mais rentabilidade ou até mesmo produzir um diferencial competitivo?
Este vem sendo um problema para as empresas de engenharia, pois normalmente o nível estratégico é ocupado pelos fundadores da empresa, ou seja, profissionais mais maduros, excelentes engenheiros com grande reputação, mas longe do contato e interesse na tecnologia.
Esse cenário vem predominando até agora. As empresas até compram tecnologia, investem em softwares CAD, modeladores BIM e sistemas de gestão de documentos e processos, porém esse gasto não se reflete no negócio. Assim, a tecnologia da informação (TI) passou a ser entendida como custo e não investimento.
A empresa faz a atualização porque saiu uma nova versão, assim como o dono troca anualmente o seu modelo de carro, porém não se pensa, planeja e justifica essa atualização com um impacto no negócio.
O “jogo vai virar”, dois grandes fatores já estão promovendo mudanças e irão alterar esse cenário de forma definitiva em um curto espaço de tempo.
O primeiro deles é a crise. Em momentos como os atuais é impensável gastar dinheiro com algo que não traga um benefício muito bem mapeado e comprovado. Também é questão de sobrevivência inovar, não há mais zona de conforto, inovar para criar novos produtos, achar novos clientes, aumentar produtividade, ter um diferencial, etc.
O segundo vem da indústria de software, que está mudando o seu modelo de comercialização e ficando mais aderente ao modelo que o tsunami chamado “nuvem” impôs. Com a nuvem veio o conceito de software como serviço, no qual a empresa paga pelo o que usa e quando usa. Modelo este que não se compra, mas sim aluga-se.
No SaaS (Software as a Service) não basta fornecer uma aplicação que roda de forma individual, pois este padrão de fornecimento demanda softwares que operem de forma integrada e com serviços associados. Ter um software e não usá-lo passa a significar algo semelhante a alugar um escritório e deixá-lo vazio, alugar um carro e apenas pegar táxi. Ficará muito explícito o custo sem o benefício associado.
Qual caminho seguir? Primeiro deve-se mudar o entendimento de que tecnologia é um custo, ela deve ser encarada como um investimento, pois é elemento que propicia a necessária inovação. Depois é preciso dar mais eficiência e eficácia ao investimento em tecnologia.
Então, o caminho é fazer com que os sócios comecem a entender os conceitos, invistam tempo em aprender e trilhar a busca do uso da inovação tecnológica para reinventar a engenharia de suas empresas.

ANIVERSÁRIO DO PT E OUTROS




Orion Teixeira



Ao completar 36 anos de fundação e de vida, o PT chegou à maturidade e não pode fugir, no momento maior de sua crise interna e externa, do encontro com sua história, consigo mesmo e com a sociedade. É bem verdade que uns e outros, por devaneios e formação antidemocrática, defendem sua extinção; outros, a perda de mandato de seus eleitos. Nem por isso, o PT deve se apegar a esses desatinos para justificar e defender seus 36 anos de benfeitos e malfeitos, comemorados na última quarta (10).
Há de se reconhecer que promoveu mais benefícios do que o contrário. Defendê-los é necessário, sim, e aos seus personagens, mas não fugir da responsabilidade da prestação de contas. Se o partido se acha e se diz diferente, que prove também agora, durante o mau tempo que enfrenta, que não errou, ao contrário de tudo que está sendo acusado e, se errou, que assuma a responsabilidade.
O ex-presidente Lula e o presidente nacional, Rui Falcão, apontam perseguição dos conservadores, da direita, da imprensa golpista e por aí segue, tabelando em um jogo no qual encaram apenas seus adversários. Evitam dar uma satisfação sequer sobre as acusações que lhe são feitas à sociedade, aos eleitores e àqueles que desejam mais do que torcer para o vencedor de uma clássica partida de rivais.
Maior erro da história política recente, iniciada por tucanos com a reeleição e copiada por petistas, é ignorar um princípio caro à democracia, que é alternância de poder, abraçando práticas não republicanas para manter-se nele a qualquer custo. Tudo somado, não é só o PT; seus congêneres, como o PSDB, DEM e outros, também devem explicações.
Recreio não acabou
Como foi antecipado aqui na quinta (11), os deputados estaduais seguiram o exemplo dos federais e dos senadores e esticaram o feriadão. Dos 77, apenas 23 compareceram à Assembleia Legislativa para trabalhar, mas, como o quórum mínimo exigido é de 26, a sessão foi logo encerrada. Hoje (12), o placar deve cair ainda mais. Pode ser pouca coisa, mas o desgaste vai se acumulando como os problemas. Ninguém sabe onde isso vai parar.
Sétimo bloqueio gaúcho
Definitivamente, o governo gaúcho não é um bom exemplo para Minas em termos de contas públicas. Nesta quinta (11), o governo federal determinou o sétimo bloqueio financeiro do Rio Grande do Sul, desta vez, no valor de R$ 151 milhões, correspondentes a R$ 82,8 milhões do Fundo de Participação dos Estados e a R$ 68,2 milhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida foi tomada porque o Estado gaúcho não pagou parte da parcela de janeiro da dívida com a União, no valor de R$ 275,7 milhões.
PMDB pode ganhar mais quatro
O PMDB deverá ser o partido que mais ganhará deputados estaduais após a promulgação da PEC que permite a migração partidária a partir do dia 18 de fevereiro até o dia 18 de março. Quatro parlamentares estão interessados, o que fará crescer a bancada de dez para 14 se não houver resistências internas. O PT, que perdeu um e ficou com nove, pode sofrer mais baixas. Ainda assim, a migração favorecerá o lado governista.
Clima de Bolsa de valores
Nessa fase de início de ano, quase tudo parece ter saído de uma bolsa de valores. Aquilo que não é faz tudo para parecer o contrário num jogo permanente de faz de contas. Toda a especulação será dissolvida com o tempo.


PROCURA-SE QUEM QUER ENFRENTAR OS PROBLEMAS NACIONAIS




Márcio Doti




As nossas autoridades hoje estão preocupadas em enfrentar de verdade os problemas nacionais ou simplesmente cada um quer salvar a própria pele com a velha mania de manejar as palavras e construir argumentos toscos, já incapazes de convencer alguém? Diante do quadro grave e do palavrório adotado pelos personagens do governo e do PT, fica muito difícil acreditar que alguém quer consertar alguma coisa. Qualquer pessoa medianamente informada sabe minimamente do grau de dificuldade que o país está enfrentando. Nunca é demais repetir que a situação é a mais grave que se instalou entre nós, em toda a nossa história. Os números da economia são terríveis. Mesmo sem alcançar os percentuais de inflação que já vivemos, mesmo estando longe dos níveis de carestia. Se juntarmos todos os elementos que compõem o quadro econômico vamos constatar que nunca foi tão ruim. Principalmente porque a crise econômica não está sozinha, ela tem como companheiras a crise política, de componentes jamais vistos e a crise ética ou crise moral, de igual modo, nunca sentida. Se formos aprofundar, vamos desdobrar os elementos que chegam junto com essas dificuldades políticas, morais e econômicas. Os oportunistas surgem de várias partes, o desemprego traz outros componentes, inclusive a violência, a máquina de estado tende a acumular novos vícios, o “salve-se quem puder” deixa espaço para outro tipo de oportunistas e por aí vai. Fome, miséria, indignação.
Tudo isto se assemelha a uma conversa de mau agouro. Mas não é. Alguém, certa vez, disse algo muito óbvio embora pouco utilizado, que se encaixa bem no momento. Temos um problema até constatarmos que temos um problema. A partir daí, temos um desafio. As palavras não são exatamente essas, acrescentei algumas por minha conta, mas a essência é rigorosamente esta. A consciência da forma, da intensidade, do alcance, dos desdobramentos é que nos leva a render tudo o que podemos e o quanto podemos.
CADÊ A CARTOLA?
Mágicos sem cartola. É isto que temos visto. Enquanto esforçados e dedicados servidores da lei se esforçam para prevalecer no cumprimento das normas, enfrentando poderosos magnatas, servidos por hábeis e bem remunerados defensores e todos os favores possíveis, enquanto as vertentes mais abnegadas da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça vão juntando o que conseguem para colocar em marcha o Brasil sonhado pela maior porção da população. E o que fazem aqueles que têm sobre os ombros as mais graves acusações, as mais graves suspeitas e as maiores culpas? Fazem belos discursos como se não fossem eles os construtores de toda essa desordem, de todos esses escândalos, seja pela permissividade alcançada por má administração ou descontrole, seja pela desfaçatez que hoje enoja e horroriza. São muitos os que não sabem de nada! E na verdade, os que não sabiam mesmo de nada somos todos nós, por muito tempo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ALBERT EINSTEIN ERA UM GÊNIO



Einstein acertou: cientistas provam que ondas gravitacionais existem
Descoberta, feita 101 anos após teoria do físico, é a nova favorita para o Prêmio Nobel




Ondas gravitacionais geradas por colisões de buracos negros foram observadas pela primeira vez pelo LIGO

RIO — Cento e um anos depois de Albert Einstein publicar a Teoria da Relatividade geral, uma de suas ideias mais revolucionárias acaba de ser provada. Cientistas anunciaram nesta quinta-feira, dia 11, em Washington, que dados do experimento LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) confirmam que as ondas gravitacionais — capazes de ondular o tecido espaço-tempo — de fato existem.
Em coletiva de imprensa às 10h30 (horário local, o que significa às 13h30 no horário de Brasília), a equipe do LIGO declarou ter descoberto ondulações no espaço-tempo criadas pela colisão de dois buracos negros maciços, de 150 km de diâmetro cada um, acelerando à metade da velocidade da luz. As ondas criadas a partir da fusão dos dois buracos negros viajam a 1,3 bilhão de anos e esticam o espaço em uma direção e o apertam em outra, são como vibrações do tecido do universo que fazem tudo "tremer". Apesar de toda a energia gerada nesse processo, esse fenômeno chega ínfimo à Terra, com cerca de um bilionésimo do diâmetro de um átomo e precisa de instrumentos extremamente precisos para ser detectado — um dos maiores méritos do LIGO.
— Nós detectamos ondas gravitacionais — disse David Reitze, diretor executivo do LIGO, recebendo uma demorada salva de palmas de todos na coletiva. — Elas foram detectadas em 14 de setembro de 2015 e são exatamente o que Einstein previu que aconteceria na colisão de dois buracos negros.
A Fundação Nacional de Ciência transmite o anúncio da descoberta, ao vivo, pela internet. A comunidade científica internacional é unânime em considerar que a descoberta é uma das maiores das últimas décadas e é a favorita para ganhar o próximo Prêmio Nobel. O achado é chamado por alguns de o Santo Graal dos físicos modernos.
Ulrich Sperhake, físico teórico da Universidade de Cambridge que estuda a relação entre ondas gravitacionais e buracos negros, foi taxativo:
— Isto nada mais é senão o início de uma nova era na astronomia observacional gravitacional — pontuou.



Processo que mostra a colisão de dois buracos negros, o que acontece em pouquíssimos segundos - Divulgação/LIGO

Cientistas mundo afora têm se esforçado, ao longo do último século, para obter sinais da existência de ondas gravitacionais, mas seus esforços, até o momento, tinham sido frustrados por falsas evidências e instrumentos que não eram suficientemente sensíveis para detectar as ondas no momento em que chegam à Terra.
O sucesso, enfim, veio com o LIGO, projeto fundado em 1992 nos EUA e dono do mais vultoso patrocínio da Fundação Nacional de Ciência, importante órgão americano. O experimento reúne um grupo internacional de de mil cientistas, oriundos de mais de 40 instituições de 16 países, que trabalham no projeto há 25 anos. Eles têm detectores em Washington e em Louisiana.

ÚLTIMA GRANDE PREVISÃO DE EINSTEIN
Quando Einstein publicou sua Teoria da Relatividade geral, em 1915, ele mudou para sempre o modo como cientistas veem o universo. A teoria mostrou que a massa é capaz de curvar o espaço-tempo, um efeito que tem uma infinidade de implicações. Uma delas é que a luz de estrelas distantes se dobra em torno do Sol, implicação confirmada por Arthur Eddington durante o eclipse solar de 1919.
A detecção de ondas gravitacionais assinala a última grande predição da relatividade geral. Ela demonstra que as equações elaboradas por Einstein estavam corretas. Mas há mais para se descobrir sobre ondas gravitacionais do que simplesmente provar que elas existem, de acordo com os cientistas. A partir do achado trazido pela equipe do LIGO, novos instrumentos podem ser construídos para ajudar a detectar ondas gravitacionais surgidas após a colisão de buracos negros e outros eventos altamente energéticos em todo o universo.

MESES DE RUMORES AGITARAM CIENTISTAS MUNDO AFORA
Rumores de que a equipe do LIGO tinha detectado ondas gravitacionais têm circulado pela comunidade astrofísica durante meses. Mas muitos pesquisadores estavam céticos e temiam que os rumores pudessem ter sido provocados por sinais sintéticos que são adicionados aos dados para testar procedimentos analíticos da equipe.
— Após todos os rumores ao longo dos últimos meses, eu certamente espero que eles anunciem uma detecção neste momento — disse no início desta semana ao "Guardian" Alberto Sesana, pesquisador do grupo de ondas gravitacionais da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. — Nós temos que ter em mente que o LIGO é um experimento, e que é o único no mundo que pode detectar tais fontes. Se eles afirmam ter detectado ondas gravitacionais, isso não pode ser confirmado por qualquer outro instrumento, e que é sempre uma questão a considerar. Mas eles têm sido muito cautelosos em fazer isso corretamente, então estou confiante de que eles têm uma evidência clara e forte.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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