sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

PROCURA-SE QUEM QUER ENFRENTAR OS PROBLEMAS NACIONAIS




Márcio Doti




As nossas autoridades hoje estão preocupadas em enfrentar de verdade os problemas nacionais ou simplesmente cada um quer salvar a própria pele com a velha mania de manejar as palavras e construir argumentos toscos, já incapazes de convencer alguém? Diante do quadro grave e do palavrório adotado pelos personagens do governo e do PT, fica muito difícil acreditar que alguém quer consertar alguma coisa. Qualquer pessoa medianamente informada sabe minimamente do grau de dificuldade que o país está enfrentando. Nunca é demais repetir que a situação é a mais grave que se instalou entre nós, em toda a nossa história. Os números da economia são terríveis. Mesmo sem alcançar os percentuais de inflação que já vivemos, mesmo estando longe dos níveis de carestia. Se juntarmos todos os elementos que compõem o quadro econômico vamos constatar que nunca foi tão ruim. Principalmente porque a crise econômica não está sozinha, ela tem como companheiras a crise política, de componentes jamais vistos e a crise ética ou crise moral, de igual modo, nunca sentida. Se formos aprofundar, vamos desdobrar os elementos que chegam junto com essas dificuldades políticas, morais e econômicas. Os oportunistas surgem de várias partes, o desemprego traz outros componentes, inclusive a violência, a máquina de estado tende a acumular novos vícios, o “salve-se quem puder” deixa espaço para outro tipo de oportunistas e por aí vai. Fome, miséria, indignação.
Tudo isto se assemelha a uma conversa de mau agouro. Mas não é. Alguém, certa vez, disse algo muito óbvio embora pouco utilizado, que se encaixa bem no momento. Temos um problema até constatarmos que temos um problema. A partir daí, temos um desafio. As palavras não são exatamente essas, acrescentei algumas por minha conta, mas a essência é rigorosamente esta. A consciência da forma, da intensidade, do alcance, dos desdobramentos é que nos leva a render tudo o que podemos e o quanto podemos.
CADÊ A CARTOLA?
Mágicos sem cartola. É isto que temos visto. Enquanto esforçados e dedicados servidores da lei se esforçam para prevalecer no cumprimento das normas, enfrentando poderosos magnatas, servidos por hábeis e bem remunerados defensores e todos os favores possíveis, enquanto as vertentes mais abnegadas da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça vão juntando o que conseguem para colocar em marcha o Brasil sonhado pela maior porção da população. E o que fazem aqueles que têm sobre os ombros as mais graves acusações, as mais graves suspeitas e as maiores culpas? Fazem belos discursos como se não fossem eles os construtores de toda essa desordem, de todos esses escândalos, seja pela permissividade alcançada por má administração ou descontrole, seja pela desfaçatez que hoje enoja e horroriza. São muitos os que não sabem de nada! E na verdade, os que não sabiam mesmo de nada somos todos nós, por muito tempo.

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