quarta-feira, 14 de outubro de 2015

EMPREENDEDORISMO 2



EMPREENDEDORISMO 2

TEXTOS DO LIVRO - O NEGÓCIO DO SÉCULO XXI – DE ROBERT T. KIYOSAKI 




Você não tem de levantar capital para criar seu negócio, porque isso já foi feito para você. Mas você tem de construir seu negócio!

Para um empresário, levantar capital, este é o trabalho principal. Levantamos capital de três grupos de pessoas: clientes, investidores e funcionários. Seu trabalho como empreendedor é fazer os clientes comprarem seus produtos. Se você conseguir que os clientes lhe deem dinheiro ao comprar seus produtos, os investidores lhe darão todo o dinheiro de que precisar. E, se você tiver funcionários, seu trabalho é fazê-los produzir e lhes dar um retorno pelo menos 10 vezes maior do que custam a você. Se você não consegue fazer seus funcionários produzirem pelo menos 10 vezes mais do que paga a eles, então está fora do mundo dos negócios e, quando isso acontece, não precisa mais levantar capital.”
De fato, no modelo de negócio que compartilharei com você neste livro, não é preciso que levante capital para criar seu negócio, porque isso já foi feito para você. Mas é preciso construir seu negócio! Creio que isso é o que define um empreendedor: você faz as coisas acontecerem. Você sai do banco de passageiros, caminha até a dianteira do ônibus e assume o volante de sua vida.
Os empresários são as pessoas mais ricas do planeta. Sabemos os nomes de empresários famosos: Richard Branson e Donald Trump, Oprah Winfrey e Steve Jobs, Rupert Murdoch e Ted Turner. Mas a maioria dos empresários ricos são pessoas sobre as quais você e eu nunca ouvimos falar, porque não querem a atenção da mídia; apenas curtem tranquilamente suas riquezas. Muitas vezes, escuto as pessoas debaterem a seguinte questão: “Já se nasce empreendedor ou podemos desenvolver habilidades para tanto?” Alguns acreditam que é necessário ser uma pessoa especial ou ter certa magia para ser um empreendedor. Para mim, ser um empreendedor não é grande coisa; vá em frente.
Hoje, existem milhões de pessoas que sonham em abandonar seus empregos e se tornar empresárias, administrando os próprios negócios. O problema é que, para a maioria das pessoas, esse sonho é apenas um sonho. Então, a questão passa a ser: por que tantos falham em conquistar o sonho de se tornar empreendedores?
Dos vencedores de loterias nos Estados Unidos que ganham mais de $3milhões cada, 80% perdem tudo em três anos. Por quê? Porque o dinheiro, por si só, não os faz ricos. Essas pessoas podem adicionar números às suas contas correntes, mas apenas os números não são suficientes para fazê-las ricas, porque elas não alteram sua forma de pensar.
Sua mente é infinita. Suas dúvidas é que são limitantes. Ayn Rand, autora de A revolta de Atlas, disse: “A riqueza é o produto da capacidade do homem de pensar.” Então, se você está pronto para mudar sua vida, vou apresentá-lo a um ambiente que fará sua mente pensar de outra forma – e fará você enriquecer.
Quando eu era criança, muitas vezes meu pai verdadeiro me disse para ir para a escola e tirar boas notas, assim eu conseguiria um emprego seguro. Ele estava me programando para o quadrante E. Minha mãe queria que eu fosse um médico ou advogado. “Dessa forma, você sempre terá uma profissão para a qual voltar se for necessário.” Ela estava me programando para o quadrante A. Meu Pai Rico me disse que, se eu quisesse me tornar rico quando crescesse, deveria virar empreendedor e investidor. Ele estava me programando para os quadrantes D e I.
Uma razão para você querer criar o próprio negócio é recuperar sua dignidade. Não subestime a importância desse motivo. O mundo está cheio de valentões e pessoas pobres de espírito e, sejam elas seu chefe, seu gerente, seu vizinho ou até mesmo seu amigo, você não quer mais ser humilhado por elas. Quer assumir o controle de sua vida. Quer ter a coragem de não se importar quando outras pessoas o insultam, quer ter a liberdade de pensar e agir por si mesmo.
Agora vamos perguntar novamente: Onde você mora? Agora você pode apreciar o que a passagem de um quadrante de fluxo de caixa para outro significa. Não é apenas uma estrutura diferente. É uma abordagem diferente à vida. Sim, é sobre negócios, mas, ao mesmo tempo, não é realmente sobre negócios – é apenas a aparência externa. Colocar um agricultor acostumado com cavalos atrás do volante de um Maserati não faz dele um piloto de automóveis. Ele precisa de habilidades, treinamento e, mais importante, da mente de um piloto de carro de corrida. O mesmo é verdadeiro para sua vida financeira. Você precisa adotar o modelo mental de um empresário. Essa mentalidade se resume a isto: um empreendedor é uma pessoa determinada.
Você faz as coisas acontecerem, o que significa que não precisa culpar alguém ou algo além de si mesmo. Uma das belezas do mundo empresarial do século XXI é que todas as bases negociais já estão preparadas – e você tem, para guiá-lo, líderes experientes comprometidos com seu sucesso. Mas não se engane: para tanto, é você que terá de fazer acontecer. E, para que isso aconteça, é preciso ter a mentalidade de um empresário.
O modelo de negócios que vamos explorar neste livro é um Maserati, mas você é a pessoa que se encontra atrás do volante. Antes de tudo, trata-se de você. Você está preparado para assumir o volante? Tem aquilo que é necessário?
Muitas vezes ouço as pessoas dizerem: “É preciso dinheiro para ganhar dinheiro.” Isso é papo furado!
Também não é necessária uma boa educação formal. A educação universitária é importante para as profissões tradicionais, mas não para as pessoas que estejam buscando construir riqueza.
Se não é necessário dinheiro para ganhar dinheiro, nem uma educação formal para aprender a se tornar financeiramente livre, então o que é preciso? É preciso ter um sonho, muita determinação, desejo de aprender rapidamente e a compreensão de qual setor do quadrante Cashflow você está operando.
Há essa ideia estranha em nossa cultura que diz: “Se você trabalhar duro, tudo acabará bem.” Que conversa fiada! E o que é ainda mais trágico é que a maioria das pessoas sofreu lavagem cerebral para acreditar nisso – e acredita –, mesmo estando cercadas por toneladas de evidências que provam o contrário. Que evidências? Basta olhar a seu redor. Você conhece alguém que trabalhou realmente duro a vida inteira, só para acabar vivendo uma existência que paira um pouco acima – ou um pouco abaixo – da indignidade e do sofrimento chamado “nível de subsistência”? Claro que sim. Todos nós conhecemos. O mundo está cheio de pessoas que trabalham duro e, definitivamente, não estão bem. E, talvez, a pior parte é que muitos desses infelizes chegaram à conclusão de que era sua culpa, seu fracasso pessoal. Eles fizeram tudo certo, não foi? Mas ainda assim não funcionou. Talvez eles não tenham tentado tão arduamente assim ou tenha faltado um golpe de sorte. Ou, talvez, o sucesso não era mesmo para eles.
Um absurdo. O problema é que o mito do trabalho duro é apenas isto: um mito. Vejam, não me interpretem mal. Não estou dizendo que construir riqueza e liberdade financeira não exija muito trabalho; exige, e muito. Espero que você não seja ingênuo o suficiente para acreditar nos idiotas que dizem poder lhe mostrar um caminho para a riqueza que é fácil, rápido ou indolor.
Não! É preciso muito trabalho, pode apostar. A questão é: Trabalhar duro fazendo o quê? Já posso ouvir você pensando: “Fazendo o quê? Ganhando dinheiro, é claro!” Mas tenha calma porque eis a verdade fria e dura por trás do triste erro da forma de pensar de nossa cultura: Ao se trabalhar duro para fazer dinheiro, não se cria riqueza.
Construir um negócio é a maneira como os muito ricos se tornaram ricos. Bill Gates construiu a Microsoft; Michael Dell criou os computadores Dell em seu quarto de dormir. Ainda assim, historicamente, são muito, muito poucas as pessoas que realmente vivem no quadrante D. Esse quadrante é o melhor lugar para começar a gerar riqueza genuína, mas, ao mesmo tempo, existem algumas barreiras à entrada que têm mantido a maioria das pessoas do lado de fora.
Para começar, a maioria não tem o dinheiro necessário para iniciar o próprio negócio. Depois, construir o próprio negócio a partir do zero é a maneira mais arriscada de todas para se tornar rico. A taxa de insucesso para novos negócios é de cerca de 90% nos primeiros cinco anos – e, se seu novo empreendimento falhar, adivinhe quem perderá o capital colocado na empresa?
Normalmente, quando você inicia o próprio negócio, tem de se certificar de que seu aluguel, os serviços (água, luz, telefone) e o resto de todas as suas despesas serão pagos – seus funcionários e fornecedores inclusive, ou você está fora do negócio. Então, adivinha quem não recebe pagamento? Você.
No processo de iniciar um negócio – e estou falando aqui de um business bem-sucedido –, você pode facilmente ficar de 5 a 10 anos sem receber um centavo sequer. A maioria das pessoas não tem resistência emocional, física ou financeira para lidar com essas condições. Pode ser brutal, e geralmente é.
Uma franquia elimina grande parte do risco. Com uma franquia estabelecida como McDonalds ou Subway, suas chances de sucesso melhoram significativamente e boa parte do terreno está preparada para você. Mas você ainda está emperrado no problema 1: você tem de colocar o dinheiro. O custo de aquisição de uma das franquias mais conhecidas pode variar de $100 mil a $1,5 milhão ou até mais, e isso apenas para a aquisição dos direitos da franquia. Depois, há pagamentos mensais para a sede central por treinamento, publicidade e apoio. E, mesmo com todo este apoio, ainda não há garantia de grande riqueza. Muitas vezes, uma pessoa deve continuar a pagar para o franqueador ou sede, mesmo quando sua franquia está perdendo dinheiro. Mesmo que você seja um daqueles que consegue sucesso em uma franquia, há boas chances de que não faça dinheiro nos primeiros anos. E uma em cada três franquias, eventualmente, irá à falência.
Em teoria, uma franquia é uma ótima ideia, mas, na realidade, é uma aposta – um jogo em que você tem de desembolsar uma fortuna só para se sentar à mesa e jogar.
Você já usou uma dessas torneiras de mola que alguns banheiros públicos instalam para economizar água? Enquanto você abre a torneira, precisa segurá-la para que a água continue fluindo, porque, quando você a solta, a água para de fluir. A fonte de renda da maioria das pessoas funciona como essa torneira: um pouco de dinheiro flui, as pessoas se descuidam e ele para de fluir. Não se pode construir liberdade dessa forma. O que se quer é uma torneira de dinheiro que, uma vez aberta, você pode largar e o dinheiro continuará fluindo, porque a torneira fica aberta por si mesma. Não é apenas garantir renda hoje, amanhã e a semana seguinte; trata-se de garantir renda perpetuamente. Isso é renda passiva, também conhecida como renda residual: renda que continua chegando, mais e mais, muito tempo depois que você já terminou de gastar capital e esforço físico necessários para criar essa fonte de renda. Deslocar-se para o quadrante D é um grande passo nessa direção, mas nem todos os negócios criarão renda passiva. Se você possui um restaurante, ganha dinheiro só quando prepara uma refeição e vende. Se a sua empresa conserta condicionadores de ar, você ganha renda somente quando presta esse serviço. Mesmo altos assalariados como médicos e advogados somente ganham dinheiro quando veem seus pacientes ou clientes. Se nenhum dos pacientes ou clientes requerer seus conhecimentos e serviços em determinada semana, as molas da torneira a fecharão novamente e não haverá dinheiro entrando naquela semana. O que a maioria das pessoas precisa é de um caminho para criar renda passiva.
Este mundo em que vivemos é incrível e abundante, e há mais do que suficiente energia, material, engenhosidade, criatividade e ambição para permitir que cada ser humano no planeta enriqueça.
Descobrimos que um modelo de negócios se destacou mais em relação aos outros. Este modelo de negócio em particular cria renda passiva, mas requer relativamente pouco investimento em dinheiro para começar. As despesas são muito baixas e pode ser administrado em uma base flexível de meio período até que gere dinheiro suficiente para que o empresário faça a transição de seu trabalho em tempo integral atual.
Esse modelo de negócio é chamado marketing de rede e é o assunto que o restante deste livro abordará.
CONTINUA

EMPREENDEDORISMO 1



EMPREENDORISMO 1

Trechos do Livro – O NEGÓCIO DO SÉCULO XXI – de Robert T. Kiyosaki 


A economia do mundo está em frangalhos, seu emprego está ameaçado, se você ainda tem um. Se já o perdeu, essas notícias poderão se tornar muito boas  - desde que você saiba o que fazer a respeito.
Assuma a responsabilidade por suas finanças ou se acostume a receber ordens pelo resto da vida. Ou você é o dono do dinheiro ou escravo dele. A escolha é sua.
O declínio galopante do emprego remunerado é uma epidemia à qual  poucos estão imunes. De executivos a gerentes de nível médio, de colarinhos-brancos até colarinhos azuis, de banqueiros a funcionários do comércio, todos estão em risco. Mesmo a indústria de cuidados de higiene pessoal, que até recentemente era considerada uma zona de trabalho segura, já começou a reduzir significativamente a força de trabalho.
Muitas pessoas vivem há anos no fio da navalha, entre solvência e ruína, baseando-se no próximo salário para atender às despesas de cada mês, normalmente apenas com um colchão muito fino de dinheiro na poupança – ou, o que ocorre com mais frequência, sem colchão algum. O salário é chamado de “trocar seu tempo por dinheiro” e, durante uma recessão, é a fonte de renda menos confiável que existe. Por quê? Porque, quando o número de pessoas empregadas começa a cair, há menos renda disponível em circulação para pagar pelo seu tempo.
O número de pessoas que vivem oficialmente abaixo da linha da pobreza está aumentando rapidamente. O número de pessoas que estão trabalhando além da idade de 65 anos está aumentando, não estamos mais na Era Industrial. Seu trabalho não vai cuidar de você. O governo não vai tomar conta de você. Ninguém vai cuidar de você. É um novo século, e as regras mudaram, estamos na Era da Informação agora, e precisamos usar o pensamento desta era.
Você está com raiva da corrupção? Do sistema financeiro e dos grandes bancos que deixaram isso acontecer? Do governo, por não fazer o suficiente ou por fazer demais das coisas erradas, e não o suficiente das coisas certas? Você está com raiva de si mesmo por não ter controle sobre sua vida? A vida é dura. A pergunta é: o que vai fazer a respeito disso? Reclamar não vai garantir seu futuro, muito menos culpar o sistema financeiro, as empresas ou o governo. Se quer um futuro sólido, é preciso criá-lo. Você só poderá controlar seu futuro quando assumir o controle de sua fonte de renda. Você precisa de um negócio próprio.
Você tem ouvido uma imensa quantidade de notícias ruins sobre economia. Está pronto para a boa notícia? Na verdade, a má notícia é a boa notícia. Uma recessão é o melhor momento para iniciar o próprio negócio. Quando a economia desacelera, o empreendedorismo se aquece como um fogão a lenha em uma noite fria de inverno.
O momento de novas oportunidades ocorre em tempos econômicos difíceis. Mas, agora que o ritmo das demissões está desenfreado e todo mundo está  preocupado com o que o futuro nos reserva, milhões de pessoas estão reavaliando suas finanças com seriedade e percebendo que, se quiserem contar com um futuro seguro, terão de criar um Plano B. Hoje, as pessoas estão mais ávidas do que nunca por ganhar dinheiro extra e, por causa disso, estão mais receptivas e mais inclinadas a abrir sua mente para novas ideias.
“A sabedoria tradicional na segunda metade do século XX”, diz Paul Zani Pilzer,“era ir à escola, ter uma boa educação e trabalhar para uma grande empresa. A ideia de abrir um negócio, na maioria das vezes, era considerada arriscada. Admirável  talvez, mas arriscada... e, talvez, um pouco doida. Hoje ocorre justamente o oposto”.
E não se trata apenas de ganhar a vida; também se trata da qualidade de como estamos vivendo. As pessoas estão acordando para o fato de que querem ter mais controle sobre sua vida. Elas querem estar mais ligadas às suas famílias, controlar o próprio tempo, trabalhar em casa, determinar o próprio destino.
O que ocorre é que o mito do século XX, da segurança de trabalho, com sua promessa de que o caminho para uma vida plena, longa e feliz era encontrar um bom emprego, está se desfazendo diante de nossos olhos.
Não estou dizendo que ser um empregado é uma coisa ruim. Só estou dizendo que é apenas uma forma de gerar renda e é extremamente limitada. O que acontece é que só recentemente as pessoas estão despertando para esse fato. Essas pessoas – você inclusive – estão percebendo que a única maneira de se conseguir o que realmente se quer da vida é fincar o pé no caminho do empreendedorismo.
A febre empreendedora está nas alturas porque, quando a economia desacelera, a atividade empresarial se aquece. Na verdade, o empreendedorismo floresce em tempos de crise. Em tempos de incerteza, buscamos outras formas de gerar renda. Quando sabemos que não podemos contar com os empregadores, começamos a olhar para nós mesmos. Começamos a pensar que talvez seja a hora de sairmos da zona de conforto e sermos criativos para que as contas fechem no final do mês.
Quando as coisas ficam difíceis, quem tem tenacidade, quem é obstinado, vai em frente.
A maioria das pessoas assume que sua posição financeira é definida pelo quanto elas ganham, quanto valem ou alguma combinação das duas coisas. Mas uma coisa ainda mais importante do que a quantidade de dinheiro que você faz é a qualidade desse dinheiro. Em outras palavras, não importa apenas o quanto você faz, mas como faz – ou seja, de onde o dinheiro vem.
Existem quatro fontes distintas de fluxo de caixa. Cada uma delas é distinta das outras e cada uma delas define e determina um estilo de vida muito diferente, não importa a quantidade de dinheiro que você ganhe.
                                                                                



E = Empregado.
A = Autônomo ou pequenas empresas.
D = Dono de uma empresa.
I = Investidor.

Em qual quadrante você vive? Em outras palavras, de qual quadrante recebe a maior parte das receitas com as quais vive?
QUADRANTE E
A esmagadora maioria de nós aprende, vive, ama e morre inteiramente dentro do quadrante E. Nossa cultura e sistema educacional nos treinam, desde o berço até o túmulo, a viver no mundo do quadrante E. A filosofia de funcionamento para este mundo é o que meu Pai Pobre – meu verdadeiro pai – me ensinou e o que você, também, provavelmente aprendeu enquanto crescia: vá para a escola, estude muito, tire boas notas e consiga um bom emprego, com benefícios, em uma grande empresa.
QUADRANTE A
Impulsionadas pela ânsia de mais liberdade e autodeterminação, muitas pessoas migram do quadrante E para o quadrante A para serem autônomos. Este é o lugar para onde as pessoas vão em busca de sucesso e realização de seus sonhos. O quadrante A engloba uma gama enorme de formas de se adquirir renda, desde a babá e o paisagista adolescentes, apenas começando a vida, até o advogado, consultor ou palestrante altamente remunerados.  Você pode ter pensado que estaria “demitindo seu chefe”, mas o que realmente aconteceu é que apenas mudou de patrão. Você ainda é um empregado. A única diferença é que, quando quer culpar seu chefe por seus problemas, esse chefe é você. O quadrante A pode ser um lugar ingrato e difícil para se viver. Todo mundo pega no seu pé. O governo atormenta você, que passa um dia inteiro por semana apenas no cumprimento das obrigações fiscais. Seus empregados, seus clientes e sua família o atormentam, porque você nunca tira férias. Como conseguir algum tempo livre? Se você fizer isso, perde terreno. Se tirar uma folga, a empresa não ganha dinheiro. De uma forma muito real, o A significa escravidão: você realmente não é dono do próprio negócio; seu negócio é que é seu dono.
QUADRANTE D
O quadrante D é o lugar ao qual as pessoas vão para criar grandes empresas com mais de 500 empregados. A diferença entre uma empresa A e uma empresa D é que você trabalha para seu negócio A, enquanto seu negócio D trabalha para você. Aqueles que vivem e trabalham no quadrante D tornam-se à prova de recessão, porque controlam a fonte da própria renda.
QUADRANTE I
São os investidores que fazem o dinheiro trabalhar para eles. Aquilo que as pessoas do quadrante I mais valorizam é a liberdade financeira. O investidor adora a ideia do dinheiro trabalhando, em vez de ele próprio trabalhar.
O lado esquerdo – os quadrantes E e A – é onde a maioria das pessoas vive. É para onde somos educados e treinados a viver. “Tire boas notas, assim você pode conseguir um bom emprego”, isso é o que nos dizem. Mas suas notas pouco importam no quadrante D. O gerente de banco não pede para ver seu currículo acadêmico; ele quer ver seu balanço financeiro. Romper com as típicas estruturas de trabalho e criar o próprio fluxo de renda coloca você na melhor posição possível para enfrentar uma tempestade econômica, porque você não depende de um chefe ou da economia para determinar sua renda anual. Você é quem a determina. Pelo menos 80% da população vivem no lado esquerdo da figura dos quadrantes. O quadrante E, principalmente, é onde nos ensinaram que encontraríamos proteção e segurança. Mas, ao contrário, é no lado direito – os quadrantes D e I – que a liberdade reside. Se você quer viver desse lado, pode fazer isso acontecer. Mas se o que quer é a segurança relativa do lado esquerdo, então talvez o que tenho para compartilhar aqui não sirva para você. Essa é uma decisão que só você pode tomar.
Em que quadrante você vive? Em qual quadrante quer viver?
Os quatro quadrantes não são apenas quatro estruturas diferentes de negócios. É muito mais acerca de quatro mentalidades diferentes. O quadrante que você escolhe para retirar seus rendimentos primários tem menos a ver com as circunstâncias externas – sua formação, educação, economia, aquilo que parece ser as oportunidades disponíveis a seu redor – e muito mais a ver com quem você é em essência: suas forças, fraquezas e interesses centrais. É uma questão de seus valores financeiros essenciais. São essas diferenças essenciais que nos atraem ou nos repelem dos diferentes quadrantes. É importante que isso seja compreendido porque significa que a mudança do quadrante E ou A para o quadrante D não é tão simples quanto preencher um formulário de mudança de endereço nos correios. Você não só muda o que faz, mas, de uma forma muito real, também muda quem você é. Ou pelo menos, como pensa.
Se você quiser assumir o controle sobre sua vida e seu destino, se quiser a verdadeira liberdade – a liberdade de tomar decisões, de definir seu horário, de desfrutar tempo com sua família e ter tempo para si mesmo, fazendo as coisas que gosta de fazer – se você quer viver a vida que merece, sem cerceamentos, uma vida de paixão e entusiasmo e satisfação, em suma, se quer ser rico e viver como tal, então é hora de arrumar suas coisas e se mudar.
CONTINUA

terça-feira, 13 de outubro de 2015

VOCÊ ACREDITA NO SEU DEPUTADO?



  

Malco Camargos




Novamente, assim como foi em 1961, o debate sobre o sistema de governo parlamentarista volta à tona como solução mágica para conter o avanço da crise política e econômica em que estamos inseridos.
Os defensores do sistema parlamentarista apontam uma série de vantagens sobre o Presidencialismo: 1) Maioria formada por antecipação; 2) Fim do loteamento de cargos no governo; 3) Diminuição dos custos das campanhas presidenciais; e, principalmente, possibilidade de substituição do Primeiro Ministro em caso de ineficiência.
Em 1961, com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, uma das saídas apontadas para conter a crise com grupos que não aceitavam a posse do vice, João Goulart, foi a retirada de parte do poder do Chefe do Executivo, com a instauração de um regime parlamentarista.
Naquele ano, a emenda constitucional que reduzia o poder do Presidente foi aprovada com ampla maioria no parlamento e Tancredo Neves acabou por se tornar o Primeiro Ministro. Com projeto político bastante contestado pelas ruas, Tancredo viu o apoio ao seu nome diminuir rapidamente e renunciou ao cargo. Depois de Tancredo, assumiram Brochado da Rocha e, também, Hermes Lima.
O clima de incerteza e conflito persistiu até 1963, quando a população, por intermédio de um plebiscito, escolheu a volta do sistema presidencialista com mais de 80% dos votos.
Trinta anos mais tarde, em tempos mais calmos - abril de 1993 -, foi realizado um novo plebiscito sobre o sistema de governo e, novamente, o Presidencialismo consagrou-se vencedor com uma ampla vantagem sobre o Parlamentarismo.
Agora, em 2015, novamente defensores da mudança de regime colocam suas mangas de fora, destacando a mudança institucional como a solução para o problema que a presidente Dilma Rousseff vem enfrentando no momento.
Sobre a adoção do sistema parlamentarista, nossa própria experiência revela que, em momentos de crise do Executivo, não necessariamente o parlamentarismo é capaz de gerar melhores resultados. Foi assim no período que antecedeu ao golpe de 1964 e pode ser assim novamente.
Ademais, o sistema parlamentarista aumenta sobremaneira os poderes do Legislativo. E, hoje, o foco da crise, por uma questão de interesses e posicionamento político, está mais no Executivo do que no Legislativo. Mas, se ampliarmos a lupa, se olharmos mais a fundo nossos representantes, dificilmente acharemos entre nossos representantes no Congresso pessoas que não passem pelos mesmos problemas que a presidente e que o partido dela vêm enfrentando no momento.
Em outras palavras, mesmo o presidente sendo eleito através de escolha majoritária e os parlamentares através da escolha proporcional, os entraves do financiamento de campanha e os vínculos privados entre representantes e empresas acontecem da mesma maneira. E, sendo assim, nem de longe a escolha de um membro do Congresso nos dará mais conforto neste momento. Afinal, pergunto, você sente que seu deputado te representa?
* Doutor em Ciência Política, professor da PUC Minas e diretor do Instituto Ver

CRISE PROVOCADA DE PROPÓSITO



  

João Carlos Martins




Em quatro tempos quatro palavras se apresentam e se entrelaçam: Crise, crase, crisálida e crisântemo. Assim: Crise: Que crise é essa? Wilson Trópia, disse certa vez, durante outra crise: “ A crise é de caráter”. Outra crise ou a mesma crise que vem se arrastando há tanto tempo apenas escamoteada, em alguns momentos, por certos malabarismos político-sociais?
No dicionário encontramos alguns significados interessantes para a palavra crise: “Alteração que sobrevém no curso de uma doença”. Doença de um sistema político caduco que favorece, antes de tudo, a garantia do poder e o favorecimento de privilégios?
Podemos pensar a crise, em toda sua complexidade, como um sintoma social que se forma devido à imaturidade da nossa democracia?
Ainda do dicionário sobre crise: “Manifestação violenta e repentina de ruptura de equilíbrio”. Lembramos aqui da ruptura do equilíbrio financeiro das contas públicas, porém essa não foi repentina mas lenta e arrastada. Convoco então Renato Russo com seu álbum; “Equilíbrio Distante” e a música, “Gente” : “Você se vê errando quase continuamente/ Esperando que a farsa em excesso não lhe faça mal/ Senão quando você volta você cai/ A vida está equilibrada em um fio/ E mais cedo ou mais tarde vai te reencontrar longe/ diante de uma bifurcação...”
Que bifurcação será essa: Impeachment ou fisiologismo político? Presidencialismo ou parlamentarismo? Democracia verdadeira ou pseudodemocracias demagógicas e populistas? Crise ou crase?
Crase: Àqueles que se interessam pelo verdadeiro, um fragmento de texto de Freud: “O Mal Estar na Civilização”, de 1930: “Sei...é que os juízos de valor do homem acompanham diretamente os seus desejos de felicidade e que, por conseguinte, constituem uma tentativa de apoiar com argumentos as suas ilusões...”
Crise pode significar também: “Ponto de transição entre uma época de prosperidade e outra de depressão ou vice e versa”. A partir da transição chegamos em crisálida. Uma passagem possível de uma posição derrotista e pessimista diante de erros e desilusões – lagarta rastejante – Para uma posição realista e construtiva a partir do percurso realizado. Essa passagem vale também e principalmente para as nossas crises internas, pessoais. Aprendemos com Freud sobre nossa tendência de projetar no exterior nossos conflitos internos. A sociedade ou uma pessoa próxima tornam-se responsáveis por nossas insatisfações! Asascores, amores...
Crisântemo: Das asas às cores, das cores às flores. Flor de ouro que na Ásia significa felicidade e é sinônimo de vida cheia e completa! Se branco, simboliza a verdade e a sinceridade! É um desejo de verdade e sinceridade que permite o salto da flor para a letra. Letra na qual a música, através de seu nome, retorna para a flor. É a música “Crisântemo” de Emicida: “... E na ceia migalhas, no júri mil gralhas/ Não jure, quem jura mente, pra sempre fé falha/ Vida, morte, número. ãh, de neguinho/ Aqui é cada um com sua coroa de espinhos/ Qual a sua droga? Tv, erva? Qual a sua droga? Solidão, cerva? Onde você se esconde? Onde se eleva, hein? O que é seu em terra de ninguém?...”

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...