CUSTO
BRASIL
Muito se comenta e se fala sobre o Custo Brasil dos nossos Produtos
Industrializados dos Serviços e das Commodities que os encarecem para consumo e
colocação no mercado internacional. Vários são os motivos para que isto ocorra
como: Carga Tributária Elevada, que inibe a competitividade dos nossos
produtos; Excesso de Burocracia; Leis Trabalhistas extremamente protecionistas;
Logística Cara; Matriz Predominante Rodoviária; Previdência Social com déficit monumental
e muito mais.
Vamos nos ocupar em descrever um pouco mais sobre a Carga
Tributária imposta no Brasil através de partes do excelente artigo exposto
abaixo.
Carga Tributária
A
carga tributária, como relação entre tributos e produto interno bruto (PIB),
vem sofrendo um constante processo de crescimento, mas foi principalmente a
partir da Constituição de 1998 que ela disparou.
Dividindo-se
a arrecadação tributária global (tributos federais, estaduais e municipais)
pela população brasileira, a pesquisa mostra um aumento da contribuição “per
capita” ao longo dos anos. Atualmente, de toda riqueza produzida no país, em
média 36% corresponde a tributos.
O
cerne da questão tributária está
exatamente na má qualidade dos gastos públicos. Um reexame acurado da qualidade
dos gastos públicos é o primeiro passo para, contidas as despesas, reduzir a
pressão tributária que asfixia o Brasil.
O ponto crucial da carga tributária no Brasil
é a forma como são efetivadas as despesas públicas. A pressão tributária que
sofre o cidadão brasileiro é conseqüência direta dá má gestão dos gastos
públicos.
Se
a carga tributária aumenta é porque também o governo gasta mais. Basta
verificar como ocorrem os gastos públicos, seu caráter muitas vezes acessórios,
supérfluo e até suntuário para concluir que o equilíbrio orçamentário poderia
com facilidade ser obtido através do corte de despesas totalmente evitáveis, ao
invés de impor ainda mais sacrifícios aos contribuintes.
Uma
reestruturação da máquina administrativa do Estado será fundamental para
diminuir a carga tributária nacional. Sabemos que o Executivo federal poderá
funcionar com eficiência, com um menor número de ministérios, secretarias,
agências reguladoras e programas sociais. Também os Estados e Municípios
poderão participar de um “desmonte” dessa máquina burocrática, como por
exemplo, reduzindo as Assembléias Legislativas, em que é flagrantemente
excessivo o número de funcionários por deputado estadual e reduzindo também o
número de vereadores, no âmbito municipal.
Enquanto
os governos persistirem nesta política de gastar mal o dinheiro público, para
não dizer desperdiçar, o que o cidadão ganha com o suor do seu trabalho não há
condições para se falar em redução da carga tributária no Brasil.
A
tributação no Brasil recai mais sobre o consumo do que sobre a renda. O sistema
que prioriza a tributação sobre a renda é mais justo, facilita a
individualização do contribuinte e estimula a economia.
Essa tendência brasileira de tributar mais o consumo do que a renda vem, exatamente, da política fiscal adotada pelo governo, que visa essencialmente a arrecadação. Para evitar ou dificultar a sonegação preferem tributar o consumo, uma vez que estes tributos são mais fáceis de serem fiscalizados.
Essa tendência brasileira de tributar mais o consumo do que a renda vem, exatamente, da política fiscal adotada pelo governo, que visa essencialmente a arrecadação. Para evitar ou dificultar a sonegação preferem tributar o consumo, uma vez que estes tributos são mais fáceis de serem fiscalizados.
Porém
o ideal para o país seria dar mais ênfase aos tributos que recaem sobre a renda
e não sobre o consumo, desonerando um pouco a produção para estimular a
economia, como é na grande maioria dos demais países.
Enquanto os países ditos de primeiro mundo reduzem a carga tributária sobre as atividades produtivas e simplificam o sistema tributário, o Brasil vai na contra-mão.
Enquanto os países ditos de primeiro mundo reduzem a carga tributária sobre as atividades produtivas e simplificam o sistema tributário, o Brasil vai na contra-mão.
As
legislações são confusas, muitas vezes obscuras, excessivamente técnicas e
impossível sua compreensão pelos contribuintes, sem falar na monstruosa
burocracia. Tal fato gera um enorme custo para obtenção de adequada conformação
com a legislação, sendo o contribuinte obrigado a contratar os serviços de
contadores, advogados especializados, etc.
Acompanhar
as novas regras tributárias, que são criadas todos os dias é um trabalho difícil
e caro também para as empresas. Um estudo do IBPT mostra que as empresas
brasileiras tiveram de despender R$ 20 bilhões no ano de 2004 apenas com
pessoal para acompanhar as mudanças na legislação e cumprir a burocracia fiscal
representada pelos inúmeros tributos (impostos, taxas e contribuições) exigidos
pelos governos federal, estaduais e municipais.
Estes custos geram sérios entraves para manter as empresas e os investidores estrangeiros no país, fazendo com que o chamado Custo Brasil se eleve a ponto de os investidores preferirem outros países que oferecem menores custos burocráticos.
Estes custos geram sérios entraves para manter as empresas e os investidores estrangeiros no país, fazendo com que o chamado Custo Brasil se eleve a ponto de os investidores preferirem outros países que oferecem menores custos burocráticos.
Por
outro lado, também o Estado tem altos custos de conformação, como por exemplo,
com o grande número de fiscais que são necessários para manter a eficiência da
arrecadação, a enorme estrutura que deve manter para proporcionar suporte à
arrecadação, etc.
Neste contexto, talvez a idéia de um Imposto Único, ou pelo menos, de um menor número de tributos, mesmo que concentrados, seja interessante, pois eliminaria estes altos custos de conformidade.
Neste contexto, talvez a idéia de um Imposto Único, ou pelo menos, de um menor número de tributos, mesmo que concentrados, seja interessante, pois eliminaria estes altos custos de conformidade.
Assim,
vamos insistir na idéia de que a alta carga tributária no Brasil é mais do que
o problema em si, é efeito da má gestão dos gastos públicos, que desencadeia na
população um desejo de escapar da tributação e sonegar impostos.
Isto porque o cidadão sente estar pagando duplamente por serviços que deveriam ser públicos, ou seja, paga para o governo por meio dos tributos, para que este invista no país e ofereça os serviços essenciais aos cidadãos, inclusive garantidos constitucionalmente, mas não recebe o retorno merecido e tem de arcar com os custos privados de saúde, educação, segurança, etc.
O desvio do dinheiro público se torna cada vez mais notório, sem medidas eficazes de combate à corrupção e a tão falada Reforma Tributária que poderia diminuir a carga tributária parece não ser assunto levado a sério pelo governo, tanto que continua a aumentar tributos.
Isto porque o cidadão sente estar pagando duplamente por serviços que deveriam ser públicos, ou seja, paga para o governo por meio dos tributos, para que este invista no país e ofereça os serviços essenciais aos cidadãos, inclusive garantidos constitucionalmente, mas não recebe o retorno merecido e tem de arcar com os custos privados de saúde, educação, segurança, etc.
O desvio do dinheiro público se torna cada vez mais notório, sem medidas eficazes de combate à corrupção e a tão falada Reforma Tributária que poderia diminuir a carga tributária parece não ser assunto levado a sério pelo governo, tanto que continua a aumentar tributos.
Resta
à sociedade como um todo não se conformar com a alta carga tributária, e não
aceitar a livre vontade do legislador nem do governo, que vem incessantemente
aumentando os tributos sem que haja proporcionalidade nas contraprestações, nos
serviços que o Estado deveria prestar à população.
Então, o que devemos fazer é nos conscientizar politicamente, escolher bem nossos governantes e depois, fiscalizar suas ações, cobrar-lhes atitude e programas políticos sérios, que contenham os gatos públicos e direcionem os investimentos nos os setores que realmente precisam.
Então, o que devemos fazer é nos conscientizar politicamente, escolher bem nossos governantes e depois, fiscalizar suas ações, cobrar-lhes atitude e programas políticos sérios, que contenham os gatos públicos e direcionem os investimentos nos os setores que realmente precisam.
Contudo,
ainda mais urgente e necessário que diminuir a carga tributária, que será a conseqüência natural dessa, é melhor
gerir os gastos públicos, investir a verba arrecada onde realmente precisa,
desenvolver políticas educacionais, instruir a população, gastar com a saúde e
infra-estrutura. Resumindo, redistribuir a renda nacional em benefício do país.
(Fonte: Dahyana
Siman Carvalho da Costa - Revista Jus Vigilantibus.)
Que Brasil queremos no futuro?
Se
não pensarmos com urgência no longo prazo, outros países pensarão e colocarão
em prática projetos pensando em seus cidadãos.