sábado, 1 de outubro de 2016

DOENÇAS CARDIOVASCULARES (ATAQUES CARDÍACOS E DERRAMES) - MATAM



OMS: 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças cardiovasculares

Agência Brasil 





Segundo a OMS, muitas vidas poderiam ser salvas por meio de melhorias no acesso à saúde, sobretudo no que diz respeito ao controle da pressão e colesterol altos

Cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de doenças cardiovasculares (como ataques cardíacos e derrames) – causa número um de morte em todo o planeta. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi feito hoje (29) em razão do Dia Mundial do Coração.

De acordo com a entidade, grande parte dessas vítimas tinha comportamentos considerados não-saudáveis, como o tabagismo, o consumo de alimentos com excesso de sal e a prática de atividade física não-adequada.

Além disso, muitas dessas vidas, segundo a OMS, poderiam ser salvas por meio de melhorias no acesso à saúde, sobretudo no que diz respeito ao controle da pressão alta, do colesterol alto e de outras condições que aumentam o risco de doenças cardiovasculares.

Os dados mostram ainda que mais de 75% das mortes provocadas por doenças cardiovasculares são registradas em países de baixa e média renda, sendo que 80% dos óbitos são causados especificamente por ataques cardíacos e derrames.

Fatores de risco
Os fatores de risco comportamentais classificados como mais importantes pela OMS, no caso de doenças cardiovasculares, são: dietas não-saudáveis, sedentarismo, tabagismo e consumo abusivo de álcool. Os efeitos desses hábitos podem aparecer por meio de sinais como pressão alta, glicose sanguínea elevada, grande número de lipídios no sangue, obesidade ou baixo peso.

Segundo a entidade, a prática de 30 minutos de atividade física diária ajuda a prevenir esse tipo de problema. Outra orientação é consumir pelo menos cinco porções de frutas e vegetais por dia e reduzir o sal nos alimentos para menos de uma colher de chá por dia.

Sintomas
A organização ressalta que um ataque cardíaco ou um derrame podem ser os primeiros sinais de alerta para um problema ainda maior. Os sintomas incluem dor ou desconforto no centro do peito e dor ou desconforto nos braços, no ombro esquerdo, nos cotovelos, na mandíbula ou nas costas.

A pessoa também pode apresentar dificuldade para respirar ou falta de ar; enjoos e vômitos; tontura e desmaios; suor frio; e palidez. Mulheres têm maior chance de apresentar falta de ar, náusea, vômito e dor nas costas ou na mandíbula.

O sintoma mais comum do derrame é fraqueza súbita na face, nas pernas ou nos braços, particularmente em um único lado do corpo. Outros sinais incluem: confusão, dificuldade para falar ou compreender falas; dificuldade para enxergar; dificuldade para andar, tontura, perda do equilíbrio ou da coordenação; dor de cabeça severa de causa desconhecida; e desmaio ou inconsciência.

A orientação é que pessoas que apresentem esses sintomas procurem auxílio médico imediato.

O PROBLEMA ECONÔMICO DO BRASIL NÃO É SÓ A META FISCAL



De que adianta o governo cumprir a meta fiscal?

José Antônio Bicalho





Na coluna de quarta-feira, afirmei que a divulgação do resultado fiscal do governo de agosto provavelmente atrasaria em função da greve dos funcionários do Tesouro. Enganei-me. o atraso foi mínimo, de apenas um dia.
Posto isso, vamos aos principais números do resultado fiscal do governo federal: em agosto, o déficit primário foi de R$ 20,3 bilhões, frente a um déficit de R$ 5,5 bilhões em agosto de 2015 (valor real, já atualizado pela inflação). No acumulado do ano até agosto, o déficit chega a R$ 72,0 bilhões, contra R$ 14,9 bilhões do mesmo período do ano passado. E no acumulado de 12 meses até agosto, o déficit é de R$ 178,9 bilhões, acima, portanto, da meta de R$ 170,5 bilhões estabelecida para este ano.
Um resultado desesperador, mas vamos a algumas ponderações. A primeira delas é que o governo, ainda na gestão Dilma, pagou em dezembro do ano passado R$ 55,6 bilhões em passivos relativos às pedaladas fiscais, obrigação que não incidirá neste ano. Então, excluindo tal valor (que será de fato excluído do déficit quando fecharmos as contas de 2016, sem dezembro de 2015), temos um déficit de R$ 120,3 bilhões no acumulado em 12 meses até agosto.
Projeções
Vamos utilizar este valor para algumas projeções de como as contas públicas fecharão o ano. Se repetirmos no último quadrimestre do ano o déficit médio mensal dos últimos 12 meses, de R$ 10,0 bilhões, chegaremos a dezembro com um déficit acumulado no ano de R$ 112,1 bilhões, bem abaixo, portanto, da média estabelecida para 2016.
E quando o país for a bancarrota, Temer e Meirelles baterão no peito e dirão orgulhosos: “Cumprimos a meta”
O problema é que a tendência dos déficits mensais é de piora forte e continuada. Vamos, então, trabalhar com o déficit de agosto, que é mais realista. Se ele se repetir nos quatro últimos meses do ano, teremos um déficit acumulado em 2016 de R$ 153,2 bilhões. E o governo ainda teria uma folga de R$ 17,3 bilhões para acomodar qualquer desajuste e, ainda assim, cumprir a meta.
Esperteza
Tudo indica, portanto, que a meta fiscal do governo federal será cumprida. Estourar o teto não será para Temer e Meirelles o fantasma que foi para Dilma. Nunca é demais lembrar que as pedaladas (que não eram ilegais, conforme ficou claro na defesa feita pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa no julgamento de Dilma no Senado) foram dadas justamente para que as metas, apertadíssimas no governo Dilma, fossem cumpridas.
Espertamente, Temer e Meirelles aproveitaram a confusão política do processo de derrubada da presidente para empurrar goela abaixo do Congresso e de todos os brasileiros uma meta de déficit impressionantemente grande: um mastodonte de R$ 170 bilhões.
Se não será um problema para o atual governo cumprir a meta, para a economia o déficit será (e já está sendo) um enorme desastre. Conforme escrevi na coluna de terça-feira, o estoque da dívida pública federal já cresceu 7,5% até agosto, e 11,5% no acumulado de 12 meses até agosto. Uma velocidade absurda. E quando o país for a bancarrota, Temer e Meirelles baterão no peito e dirão orgulhosos: “Cumprimos a meta”.

POLÍTICA DESPOLITIZADA NO BRASIL



BH ignora modelo e faz a mais despolitizada eleição

Orion Teixeira 




Depois de 45 dias de uma curtíssima campanha eleitoral, Belo Horizonte vai às urnas, neste domingo (2), com um cenário praticamente definido, sinalizando para um duelo final e pessoal, de segundo turno, entre os candidatos João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS). De todo os indícios de atipicidade até aqui identificados, um deles é o principal responsável pelo baixo nível do debate sucessório e de resultados. Será, ao final, a eleição mais despolitizada da história política da capital mineira. Ao romper com o modelo tradicional, tudo pode acontecer.
A despolitização é o resultado desse ambiente antipolítico do qual o maior beneficiário foi o estreante Alexandre Kalil, que, mesmo sem tempo de televisão (20 segundos) e sem propostas objetivas, consegue manter-se em segundo lugar e chegar ao segundo turno na terceira capital do país em importância política. O último debate entre os candidatos, então, expôs a falta de propostas e a desqualificação geral. Optaram pelo bombardeio generalizado em desfavor das propostas de gestão sobre os principais problemas da cidade e região (Grande BH).
Não foi à toa que, durante toda a campanha, apenas dois candidatos se sobressaíram dos demais, exclusivamente, por conta do alto índice de conhecimento entre todos. João Leite, o mais conhecido, chegou lá por isso e por ter incorporado o antipetismo; Kalil juntou a fama com o sentimento de quem está com raiva da política. Candidatos como Reginaldo Lopes (PT), Rodrigo Pacheco (PMDB) e Délio Malheiros (PSD), que tinham posições ideológicas e programáticas para exibir, não tiveram espaço nem foram ouvidos.
As pessoas não estavam interessadas nessa discussão. Toda vez que Kalil era confrontado politicamente, por exemplo, ele puxava o conflito para a despolitização e seu argumento era o que mais viralizava nas redes sociais. Em um dos debates, ele foi cobrado por Délio pela inadimplência junto à Prefeitura, por conta de dívidas com o IPTU, que, somadas, poderiam bancar 10 mil mamografias. O candidato do PHS rebateu dizendo que o rival teria fracassado na missão de cuidar de 50 capivaras na Lagoa da Pampulha. "Morreram 20; quem não sabe cuidar de capivara, não sabe cuidar de gente", reagiu ele, e foi o comentário mais curtido nas redes. O eleitor gostou de ver o desafiante "bater em político".
Câmara de BH será pulverizada
Outro fator que colaborou para a despolitização da eleição de Belo Horizonte foi a ausência dos candidatos a vereador do debate e da campanha. Pela primeira vez, eles ficaram de fora do horário gratuito eleitoral, sobrando apenas o gogó e o corpo a corpo para buscar o voto.
Nessa difícil missão, novamente, os candidatos mais conhecidos terão mais chances, até mesmo sobre aqueles que têm mais dinheiro do que o concorrente. De tudo somado, a previsão é que a próxima Câmara de Belo Horizonte deverá contar com a presença de mais de 25 partidos em sua futura composição, numa pulverização inédita. Nenhum partido deverá ter mais de 3 vereadores.
Na Câmara dos Deputados, há 28 partidos em um ambiente de difícil articulação que desfavoreceu a governabilidade da então presidente Dilma Rousseff (PT). O futuro prefeito de Belo Horizonte viverá desafio semelhante para obter governabilidade a partir de janeiro próximo.


OS CANDIDATOS ESTÃO ESCONDENDO A SIGLA PARTIDÁRIA A QUAL PERTENCEM



Partidos estão perdendo o sentido

Editorial Jornal Hoje em Dia





As escolhas dos eleitores para esta eleição tem tudo para ser muito mais pessoais do que em pleitos anteriores. A população deverá levar em consideração na hora do voto a história do candidato e sua atuação nos últimos anos do que a ideologia do partido que ele representa. Poucos irão basear as opções por bandeiras ou ideais.
Essa característica pode ser considerada uma consequência da decepção da população com o Partido dos Trabalhadores. Apesar do PT negar a prática dos desvios pelos quais vários de seus líderes foram processados e condenados, o envolvimento dos caciques petistas nas investigações de esquemas de corrupção abalou a confiança na legenda, que era o maior exemplo de uma sigla que seguia à risca a ideologia que baseou a sua fundação. O principal partido que defendia bandeiras históricas se revelou, segundo as denúncias, um grupo político comum, com os mesmos objetivos de outros que o PT atacou tanto quando era oposição.
No Legislativo, devido à nova regra implantada para evitar o chamado “efeito Tiririca”, os próprios partidos desaconselham o voto na legenda, o que contribuiu ainda mais para que o voto seja pessoal e menos ideológico.
Não que ainda não haja pelo que lutar. Conforme também mostramos nesta edição, um grupo de 12 pessoas resolveu se candidatar defendendo bandeiras da diversidade e da igualdade de direitos. Um movimento político independente, com bandeiras mais modernas, mas que para atender à legislação foi obrigado a se filiar a uma legenda. O mais adequado seria permitir candidaturas independentes.
Na verdade, atitudes como essas mostram que os partidos não são mais necessários. A maior parte das siglas se tornou hoje uma associação de algumas pessoas e empresas com o objetivo de fazer aquele grupo alcançar o poder por meio da política.
Ora, qualquer grupo com interesses comuns, mesmo não tão nobres, pode se organizar na nossa democracia e lutar por aquilo que defende dentro dos meios legais. A diferença é que um partido tem uma sigla e um número. Só!
Após essas eleições, muitos aspectos deverão ser avaliados na política do país. Um deles, certamente, é se precisamos mesmo de partidos. Do jeito que está, sem ideias definidas a serem defendidas pelas legendas, não faz o menor sentido tê-los. 



DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA É DE US$ 355,733 BILHÕES DE DÓLARES

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