quarta-feira, 20 de setembro de 2023

MEDIDAS PROVISÓRIAS EM EXCESSO FICAM CADUCAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

História por Notas & Informações • Jornal Estadão

Em abril, depois de meses de disputa no Legislativo, o governo anunciou ter chegado a um acordo com a cúpula do Congresso para retomar o rito ordinário de tramitação das medidas provisórias (MPs), alterado em razão da pandemia de covid-19. Pela proposta, o Executivo se comprometeu a ser mais contido no envio desse tipo de instrumento, enquanto a Câmara concordou com o retorno das comissões especiais, colegiados formados por deputados e senadores responsáveis por emitir um parecer sobre os textos antes de submetê-los ao plenário.

A princípio, o fim desse imbróglio foi interpretado como uma vitória do Senado e uma derrota da Câmara. Semanas antes, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia assinado um ato da Mesa Diretora determinando o retorno do rito ordinário das medidas provisórias. O ato, no entanto, não foi referendado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que preferia manter a tramitação expressa das MPs diretamente em plenário, suprimindo as comissões especiais.

À luz dos fatos, não se tratava de uma disputa entre a Câmara e o Senado ou entre suas lideranças, mas da prevalência da Constituição, que definiu, em seu artigo 62, um conjunto de regras sobre as medidas provisórias. Fruto de uma emenda constitucional aprovada em 2001, tal artigo não deixou qualquer dúvida sobre a necessidade de instalação das comissões especiais para apreciá-las. Por essa razão, esse pacto foi elogiado por este jornal.

O que tem ocorrido desde então, no entanto, evidencia o real valor de face do acordo envolvendo o Executivo e o Legislativo. De janeiro a setembro, o governo contabiliza 6 MPs convertidas em lei e 14 MPs com vigência encerrada – ou seja, propostas que perderam validade sem que tenham sido aprovadas. Outras 13 MPs estão em tramitação, mas já se sabe que uma boa parte delas também deve caducar.

Parte desse resultado pode ser atribuída às falhas de articulação política do governo no Congresso. Na maioria dos casos, porém, é mera consequência de uma decisão de Lira. A despeito do acordo, o deputado orientou as lideranças partidárias da Câmara a não indicar membros para as comissões especiais, o que atravanca o avanço das MPs. Para não afrontar o sr. Lira e conter o tamanho da derrota na Câmara, o governo tem replicado o conteúdo de algumas dessas MPs em projetos de lei que tramitam em regime de urgência.

O prazo para apreciação dos projetos de lei em regime de urgência é muito semelhante ao das medidas provisórias. A diferença, no entanto, é sutil. Projetos de lei sempre começam a tramitar pela Câmara e só depois chegam ao Senado; em regime de urgência, a apreciação das comissões é dispensada e substituída pela votação em plenário. Na prática, essa tem sido uma forma disfarçada de manter o rito pandêmico de tramitação de MPs ad aeternum, exatamente como Lira desejava.

A manobra expõe o desrespeito com que a Constituição tem sido reiteradamente tratada. Se o texto constitucional fosse seguido à risca, não seria necessário firmar qualquer acordo sobre as medidas provisórias. Ao Planalto, bastaria atender aos requisitos de relevância e urgência para editá-las, o que daria mais respaldo a um instrumento que deveria ser excepcional, uma vez que tem força de lei na data em que é publicado.

À Câmara e ao Senado, bastaria indicar deputados e senadores para debater as propostas no colegiado com profundidade e rigor. As comissões mistas, afinal, são uma forma de equilibrar os poderes e conter o imenso poder que a edição de medidas provisórias conferiu ao Executivo.

Se a Câmara considera haver distorções representativas na composição das comissões ou aperfeiçoamentos a serem feitos no rito de tramitação das medidas provisórias, a solução é apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterá-lo. Basta angariar o apoio de um terço dos deputados e, depois, reunir maioria qualificada para aprová-la na Câmara e no Senado. O que é absolutamente indesejável é a continuidade desta disputa fratricida por protagonismo político na qual a sociedade é a verdadeira derrotada.

 

USIMINAS TEM VALORES BLOQUEADOS PELA JUSTIÇA POR POLUIÇÃO EM IPATINGA-MG

História por Redação Itatiaia 

A Justiça acatou o pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que ajuizou uma Ação Civil Pública contra a Usiminas, e determinou o bloqueio de mais de R$ 346 milhões da empresa pela poluição causada pela empresa em Ipatinga, no Vale do Aço.

De acordo com a decisão, os MPMG colheu provas que evidenciam as ‘condutas agressivas ao meio ambiente, seja através das emissões atmosféricas geradas nas diversas áreas da empresa, da emissão de partículas sedimentáveis em desacordo com o padrão estabelecido pela legislação ambiental, conhecida como ‘pó preto”.

A liminar ainda alega que a falta de ações preventivas da empresa mostra que a busca pelo lucro é maior que o interesse coletivo. Segundo o MP, a população do município sofre há décadas com partículas sedimentares, conhecidas como pó preto, que caem nas residências próximas às indústrias, trazendo problemas aos moradores.

“Sujeitar os habitantes de uma cidade a um meio ambiente desequilibrado, hostil a sua saúde, sem qualquer perspectiva de melhora da situação pelo agente poluidor, que objetiva lucro expressivo em sua atividade produtiva, revela o descaso da demandada pela questão ambiental e coletividade”, afirma a decisão.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com Usiminas e aguarda posicionamento.

‘Pó preto’

Um estudo feito com moradores no ano de 2022 apontou que 93% dos entrevistados relataram algum nível de incômodo com a substância. Pessoas que moram perto da Usiminas relatam que o pó preto provoca “a violação de valores, a diminuição da qualidade de vida e o sofrimento da coletividade, traduzido nos sentimentos de constrangimento, frustração, desgosto, desesperança e impotência”.

Ainda de acordo com o Ministério Público, a precipitação dos sedimentos vai contra os padrões especificados, descumprindo os limites da produção estabelecidos pela lei em vigor. A análise foi realizada pela Gerência de Monitoramento da Qualidade do Ar e Emissões (Gesar) da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e reforçada por relatórios de automonitoramento da própria Usiminas.

Redução dos sedimentos

Em 2019, o Ministério Público e a Usiminas firmaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que visa implantar medidas para reduzir o acúmulo de material sedimentável, ações estas que devem ser cumpridas até 2028 sob acompanhamento do MPMG.

Mesmo com o prazo estabelecido, a ação movida pelo órgão afirma que “não se pode ignorar o fato de que há décadas de passivos ambientais e humanos que precisam ser solucionados. Afinal, a responsabilidade ambiental pela poluição não se restringe à mitigação da conduta aos padrões legais, abrangendo também a reparação dos danos ambientais e dos danos morais coletivos”.

Com isso, a ação visa garantir o ressarcimento dos danos causados pela poluição, além do pedido de que a empresa seja condenada a indenizar por danos morais coletivos o mesmo valor, com as devidas correções.

 

TANQUES COM MUNIÇÕES COM URÂNIO SERÃO ENTREGUES À UCRÂNIA

 

História por admin3 • IstoÉ

A contraofensiva da Ucrânia diante das tropas russas “continua fazendo progresso constante” e em breve receberá um reforço com a entrega de tanques Abrams, afirmou nesta terça-feira (19) o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, na abertura de uma reunião de aliados de Kiev em uma base militar na Alemanha.

Os representantes de dezenas de países que apoiam a Ucrânia estão reunidos na base americana de Ramstein, no sul da Alemanha, para debater a entrega de mais ajuda contra a invasão russa, na véspera do discurso do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na Assembleia Geral da ONU em Nova York.

O governo dos Estados Unidos prometeu entregar às Forças Armadas ucranianas 31 tanques no início do ano, como parte dos mais de 43 bilhões de dólares em ajuda militar comprometidos por Washington desde que a Rússia invadiu o país em fevereiro de 2022.

“Tenho a satisfação de anunciar que os tanques M1 Abrams prometidos pelo governo dos Estados Unidos entrarão em breve na Ucrânia”, declarou o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, no início da reunião.

Uma fonte do comando militar americano afirmou que os primeiros tanques serão enviados nos próximos dias e que o processo será concluído em algumas semanas.

Os tanques estarão equipados com munições de 120 mm de urânio empobrecido. Estas munições têm a capacidade de perfurar blindagens, mas o uso é considerado polêmico devido à associação a riscos de câncer e malformações congênitas em áreas onde foram utilizadas em conflitos anteriores, sem evidências definitivas.

A decisão de fornecer tanques Abrams à Ucrânia foi uma mudança na posição dos Estados Unidos – os comandantes militares do país alegavam que estes tanques de combate não eram adequados para as tropas de Kiev devido à complexidade de operação, que exige treinamento.

– Avanço constante da contraofensiva –

As forças ucranianas, equipadas com a ajuda militar das potências ocidentais, iniciaram em junho uma contraofensiva difícil contra as linhas fortificadas russas. Nas últimas semanas, Kiev intensificou a pressão.

Mas o avanço foi limitado, o que provocou um debate sobre a estratégia militar em curso. Estados Unidos e Otan alertaram que esperam um conflito longo.

O chefe do Pentágono afirmou que a contraofensiva “continua fazendo progresso constante”.

“As corajosas tropas ucranianas estão rompendo linhas muito fortificadas do exército de agressão da Rússia”, disse Austin.

Lloyd Austin, um general da reserva, se encontrou na reunião com o novo ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que assumiu o cargo no início do mês. Seu antecessor, Oleksii Reznikov, um dos rostos mais conhecidos da resistência ucraniana, foi obrigado a abandonar o cargo após vários escândalos de corrupção.

– Alemanha sob pressão –

A União Europeia e os países da Otan já comprometeram quase 95 bilhões de euros (100 bilhões de dólares) em ajuda militar, segundo os dados do Instituto Kiel, que registra as armas prometidas e entregues à Ucrânia desde o início da invasão.

As autoridades ucranianas insistem que precisam urgentemente de mais ajuda. Após um debate intenso, vários países concordaram em entregar a Kiev caças F-16 americanos, apesar da operação das aeronaves exigir um treinamento e da demora de vários meses para o início do uso das primeiras unidades.

A Ucrânia também pressiona a Alemanha a fornecer mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus.

A questão não está solucionada, disse o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, que citou questões “políticas, jurídicas, militares e técnicas” que precisam ser resolvidas.

Entre as questões que precisam ser resolvidas está a dúvida sobre se o armamento pode ser utilizado sem o apoio de soldados do exército alemão e os temores do governo de Berlim de que estes mísseis possam atingir o território russo, o que provocaria um agravamento do conflito.

“O que a Ucrânia mais precisa é de munições”, disse o ministro alemão, que antes da reunião anunciou um novo pacote de ajuda de 400 milhões de euros.

UBER AMEAÇADO NO BRASIL POR REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA

Paulo Roberto Vigna – Advogado

Recentemente, a 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, em decisão bastante polêmica e comentada, condenou a Uber a pagar uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1.000.000,00 (um bilhão de reais) e a realizar a contratação de todos os motoristas vinculados a sua plataforma pelo regime celetista. A referida decisão foi proferida no âmbito de Ação Civil Pública proposta da Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, onde o parquet se baseou em denúncia da Associação dos Motoristas Autônomos de Aplicativos (AMAA), na qual é alegada a existência de vínculo empregatício entre os motoristas e o aplicativo.

De início, é importante termos em mente que a decisão contraria os entendimentos já consolidados de nossos tribunais superiores, os quais entendem pela inexistência de relação hierárquica e de subordinação com os motoristas, uma vez que os serviços são prestados de forma eventual e sem a estipulação de horários pré-definidos. Uma breve pesquisa nos mostra que tais argumentos são adotados pela 4ª Turma do TST, pelo Superior Tribunal de Justiça, bem como pelo Supremo Tribunal Federal, que vêm entendendo pela permissão do texto constitucional para a existência de formas alternativas à relação formal de emprego.

A compreensão das questões envolvendo os aplicativos de transporte, todavia, não se cinge a comparação entre entendimentos das Cortes Superiores, havendo muitas questões transversais a serem consideradas concretamente.

É forçoso reconhecer que o enquadramento jurídico das relações entabuladas entre a Uber os motoristas, não se adequa perfeitamente aos paradigmas jurídico-contratuais clássicos das relações de emprego. Como pré-requisito básico desta análise é preciso entender o contexto geral da economia do compartilhamento, termo ainda em construção e envolto também em controvérsias.

De uma maneira geral, a expressão economia compartilhada (sharing economy ou colaborative economy) se relaciona com o gerenciamento das plataformas tais como ifood, airbnb, e olx, e a prestação de serviços sob demanda (on demand), na forma de negociação de pessoa para pessoas (peer-to-peer ou p2p).

O jusfilósofo da Universidade de Direito de Harvard, Yuchai Benkler, estudioso da Internet e do surgimento da economia da sociedade em rede, em sua obra “The wealth of networks: how social productions transforms markets and freedom”, defende que a economia do compartilhamento está ligada a cooperação entre as pessoas. E esta forma associativa se desenvolve em determinados segmentos da sociedade em rede, possibilitando a sustentação de um novo modo de produção onde não existem salários, jornada de trabalho, ou gerenciamento hierárquico.

Um elemento central da economia do compartilhamento pode ser apontado no conceito de consumo colaborativo, onde o que importa é como as pessoas consomem, e não como elas produzem, partindo do princípio de que a capacidade ociosa de bens pode ser dividida sem que as pessoas abram mão de suas liberdades ou de seu estilo de vida. Como decorrência da transferência dos paradigmas econômicos da produção para o consumo, podemos apontar uma economia mais descentralizada, a desregulamentação dos mercados, e a grande valorização das oportunidades e do empreendedorismo.

Portanto, pretender enquadrar os participantes dos empreendimentos nascidos no mundo da economia do compartilhamento aos paradigmas da relação de emprego definida pela CLT em 1943, é ignorar completamente o papel da inovação tecnológica no ordenamento jurídico. 

Não é o caso de ignorar os eventuais abusos aos direitos e garantias fundamentais de motoristas e demais colaboradores das plataformas de serviços, pelo contrário. Uma regulamentação que não inviabilize os benefícios dos avanços tecnológicos, mas que proteja os indivíduos em situação de vulnerabilidade é muito benvinda.

Há muito em jogo no processo em trâmite na 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, e não somente em relação a Uber, seus motoristas e comunidade de usuários. É importante nos recordarmos de que o mesmo sistema de prestação de serviços abrange dezenas de outras plataformas, tais como Ifood, 99, Loggi e Lalamove, para citar somente algumas. Provavelmente o engessamento das relações entre as partes levaria a interrupção de muitos desses serviços.

As controvérsias e debates ainda tomarão muito tempo, mas é essencial que elas não sejam obstáculos instransponíveis a inovação. Thuomas Friedman, em sua já clássica obra “o mundo é plano”, nos afirmou que “geral, os pessimistas estão certos e os otimistas errados, mas todas as grandes mudanças do mundo foram levadas a cabo por otimistas”. Assim, como advogados, não podemos perder o otimismo em relação às inovações tecnológicas, nem tampouco perder de vista os valores do Estado Democrático de Direito.

Sobre o autor:

Paulo Roberto Vigna – Advogado, sócio do escritório Vigna Advogados Associados e da VignaTax Consultoria Fiscal e Tributária, Mestre em Relações Sociais do Direito, com MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, pós-graduado em Direito Empresarial e em Direito Tributário pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, especializado em Gestão de Tributos pelo Instituto Trevisan (São Paulo).

Inscrito na seccional na ordem dos advogados do Brasil em Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Distrito Federal, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e em Lisboa- Portugal.

Professor do curso de MBA em Gestão Estratégica Empresarial em São Paulo. É autor dos livros “Recuperação Judicial” e “Manual de Gestão de Contratos” e produz artigos sobre direito tributário, empresarial e tecnologia aplicada a ciência jurídica.

 

PUTIN E XI CUMPREM AGENDA PRÓPRIA DIFERENTE DA ONU

 

História por IGOR GIELOW • Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Enquanto líderes mundiais se acotovelam por destaque em seus discursos na Assembleia Geral da ONU, que começou nesta terça (19), os protagonistas do bloco adversário dos Estados Unidos na Guerra Fria 2.0 fazem outros planos.

O Kremlin confirmou que o presidente Vladimir Putin irá fazer sua primeira viagem ao exterior após ter a prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional, em março. O destino será a China de Xi Jinping, seu principal aliado no embate geopolítico com Washington e seus parceiros.

A ausência da dupla em Nova York não é inédita: Putin esteve virtualmente no plenário da ONU em 2020, durante a pandemia de Covid-19, e Xi participou presencialmente em 2021. Não deixa de ser uma ironia, dado que ambos os líderes incluem a palavra multilateralismo em praticamente todo o discurso acerca de política externa. Xi, em particular, já havia faltado ao encontro do G20 na rival Índia, e ele não tem uma ordem de detenção emitida.

Mas agora a retórica dá lugar à ação. Enquanto os voos chegavam com chefes de Estado e de governo aos EUA, a Rússia completava uma recepção pomposa ao chanceler chinês, Wang Yi. Em seus encontros em Moscou, discutiu a Guerra da Ucrânia e a tensão na península coreana —isso poucos dias depois de Putin encontrar-se com o ditador do Norte, Kim Jong-un, que é aliado de Pequim.

Adensando o cenário, o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, anunciou que irá fazer uma visita para discutir cooperação militar com o aliado Irã. O país do aiatolás, que vive às turras com os EUA, parece viver um momento de inflexão com a soltura de prisioneiros americanos, mas é muito próximo de Moscou.

São drones iranianos Shahed-136 que ganham uma pintura nova e o eufemístico nome Gerânio-2 que os russos enviam quase que toda noite para atacar alvos na Ucrânia. Nesta terça, houve explosões na cidade de Lviv, no oeste do país, ainda que Kiev afirme ter derrubado 27 dos 30 aparelhos suicidas.

Até aqui, os iranianos são os únicos fornecedores oficiais de armamentos para o esforço de guerra russo, o que pode mudar caso Kim de fato envie munições de calibre 152 mm para os obuseiros de Moscou. Não se sabe ao certo se os norte-coreanos têm capacidade de fazer alguma diferença, mas o fato é que a aliança entre os países deixou o campo da timidez histórica e foi exposta como peça da Guerra Fria 2.0.

A aproximação segue incomodando os aliados dos EUA no Indo-Pacífico. Nesta terça, os governos do Japão e da Coreia do Sul pediram para que Moscou cessasse qualquer contato militar com Kim, cujo regime tem treinado ataques nucleares táticos contra Seul quase toda semana.

O governo sul-coreano foi especialmente incisivo, prometendo medidas contra ações que ameaçassem sua segurança. É um recado para os planejados exercícios militares entre Moscou e Pyongyang, que poderão ter a participação da China, que ignora o fato de que as manobras entre Seul, Washington e Tóquio são percebidas da mesma forma pelo outro lado.

Por fim, a chancelaria chinesa anunciou que outro pária no Ocidente, o ditador sírio, Bashar al-Assad, visitará Pequim nesta semana. Ele conseguiu manter-se no poder em meio à guerra civil que se arrasta desde 2011 devido à intervenção militar de Putin a seu lado no conflito, em 2015.

O atual embate global ganhou corpo com a ascensão chinesa nos anos 2000, culminando com a chegada de Xi ao poder em 2013. O líder passou a converter o peso econômico de Pequim em poderio militar e político com diversas iniciativas, e foi levado a sério pelos EUA como rival: em 2017, Donald Trump lançou sua ofensiva contra os chineses em todos os campos possíveis, algo que só foi acirrado por Joe Biden.

Sobrará, na ONU, duas naturezas de palco. O americano e seus aliados poderão reforçar sua retórica contra a agressividade da Rússia e, por extensão, da China e outros parceiros. E o ucraniano Volodimir Zelenski fará a denúncia da invasão de seu país ao vivo. Será curioso ver como a mídia russa irá reportar isso, dado que o Kremlin baixou uma ordem para que o presidente não seja chamado pelo cargo mais.

O terceiro campo em jogo, dos emergentes, terá em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua figura de maior relevo, com a ausência do líder mais importante do grupo, o indiano Narendra Modi. Caberá ao petista fazer a crítica à falta de representatividade do Conselho de Segurança da ONU, único órgão com algum poder na entidade.

Sua posição, contudo, será contestada pelo que o Ocidente liderado pelos EUA chama de alinhamento à Rússia na guerra, dado que o Brasil condena a invasão, mas não participa do regime de sanções contra Moscou, além de ter adotado desde o governo Jair Bolsonaro (PL) uma posição de neutralidade —de resto menos neutra do que a da Índia, que pode fazer isso por ser o país mais cortejado pelos EUA e pela Europa hoje.

AS SOFT SKILLS SÃO FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Lívia Felizardo, diretora de produtos da Vivae

Especialista dá dicas para quem deseja desenvolver habilidades e se destacar profissionalmente.

As soft skills são habilidades comportamentais relacionadas à maneira como uma pessoa se comporta ou lida com diferentes situações. São características pessoais que não são necessariamente ensinadas na escola ou na universidade, mas que são fundamentais para o sucesso na vida pessoal e profissional.  

Essas habilidades estão cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, publicado em 2023, as soft skills já são consideradas tão importantes quanto as hard skills e estão mudando a forma como profissionais atuam e como empresas recrutam pessoas.

Para Lívia Felizardo, diretora de produtos da Vivae, startup de educação e empregabilidade criada a partir de uma parceria entre a operadora Vivo e Ânima Educação, existem muitas maneiras de desenvolver soft skills para se destacar profissionalmente. “Você pode fazer cursos, ler livros, ouvir podcasts sobre o assunto, debater com seus pares ou líderes e aplicar algumas dessas habilidades em seu dia a dia”, comenta.

“As soft skills ajudam a enxergar as situações por uma perspectiva racional, com foco na solução e nas tomadas de decisões acertadas para alcançar os resultados. Além disso, viabiliza um relacionamento mais positivo entre o time, fortalecendo o trabalho em equipe”, completa Felizardo. A especialista separou algumas dicas de soft skills para serem incorporadas na rotina do trabalho:

Como dizer adeus à procrastinação

É fundamental estabelecer metas claras e prazos para si mesmo. Utilizar ferramentas e técnicas de gerenciamento de tempo pode ser uma estratégia valiosa para otimizar suas tarefas. Assim como aprender a dizer “não” quando necessário ajuda a evitar sobrecarga, manter um espaço organizado e confortável e uma dinâmica de trabalho estruturada e ágil contribui para a eficiência.

Como não sucumbir ao estresse

Quando se trata de lidar com pressão, a organização contribui bastante, porque ajuda a ter claros demanda, prazos e resultados esperados. Além disso, desenvolver técnicas de relaxamento e autocontrole ajuda muito. A capacidade de priorizar tarefas e identificar o que é mais importante em situações de alta pressão também é uma habilidade valiosa. Além disso, sempre que fizer sentido, pedir ajuda beneficia a realização das atividades e a aprendizagem.

Resiliência e inteligência emocional para enfrentar qualquer desafio

A capacidade de lidar com mudanças, adversidades e estresse é fundamental no mundo do trabalho. Resiliência e inteligência emocional são soft skills que ajudam a lidar com os desafios tanto da vida quanto da profissão, e a construir relacionamentos fortes. A resiliência ajuda a não sucumbir e a manter o foco, enquanto a inteligência emocional permite que você compreenda e controle suas emoções, bem como as emoções dos outros.

Criatividade é a chave do sucesso

Tomar decisões difíceis é uma habilidade complexa, mas necessária. Para isso, é preciso aprender a identificar e a definir claramente o problema que possa se apresentar. A criatividade é uma ferramenta poderosa para coletar informações e dados relevantes, gerar e avaliar soluções potenciais e implementar a solução escolhida nesse processo. É importante considerar todas as opções e confiar na intuição.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

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terça-feira, 19 de setembro de 2023

SERÁ QUE O LULA JÁ DEVOLVEU OS 1.150 PRESENTES RECEBIDOS NO ATUAL GOVERNO?

História por PODER360 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um total de 1.150 presentes desde o início do seu 3º mandato, que começou em 1º de janeiro de 2023, até 23 de agosto deste ano. Foram doados por pessoas físicas, autoridades e entidades brasileiras e estrangeiras. A China é o país, com exceção do Brasil, que mais deu itens ao presidente. 

A União os dividiu entre presentes bibliográficos (444), onde são contabilizados livros, periódicos e outros itens de leitura, e presentes museológicos (706), em que constam outros itens gerais. Os presentes mais comuns em 2023 foram livros (383) e camisas/camisetas (126) –das quais 15 são camisas de futebol. Os dados foram disponibilizados pela Casa Civil da Presidência da República via Lei de Acesso à Informação. Eis a íntegra dos documentos (PDF – 1MB).

Lula recebeu 1.150 presentes até agosto de 2023© Fornecido por Poder360

Dentre os presentes recebidos de países estrangeiros, a China está na frente, com 30 itens dados a Lula. A maioria deles (25) foi entregue em meados de abril, durante a visita do presidente ao país. Além de livros (8), o petista também foi presenteado com miniaturas de carros e navio (5), pratos decorativos (5) e quadros (3).

Ele também recebeu 1 quimono, doado pela Universidade Agrícola do Sul da China, 1 vaso ornamental da Huawei, gigante chinesa de telecomunicação, e uma escultura do NDB (Novo Banco do Desenvolvimento, na sigla em inglês), o Banco dos Brics.

O Brasil e a China mantêm relações diplomáticas há décadas, mas desde o retorno de Lula à Presidência da República a relação tornou-se mais próxima, em comparação ao governo anterior. 

Em sua visita ao país em abril, Lula anunciou a assinatura de 15 acordos com a China, relacionados aos setores do agronegócio, da ciência e tecnologia e da comunicação.

Em seguida, no ranking dos países que mais presentearam o petista, vem o Japão, que deu 16 presentes ao chefe do Executivo brasileiro. Recebeu principalmente furoshikis (espécie de pano usado para embrulho de presentes – 3), taças (2) e 1 par de tênis da marca Sancler Graffit.

Ao todo, foram ao menos 162 itens recebidos de 41 países diferentes. Dos presentes contabilizados pelo governo, 13 não contém informação sobre o país de origem.

Lula recebeu 1.150 presentes até agosto de 2023© Fornecido por Poder360

Na lista, também consta 1 violão recebido por Lula de Chris Martin, vocalista da banda Coldplay. Em março, o presidente se encontrou com o cantor, acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva e de representantes da ONG (Organização Não Governamental) Global Citizen, uma organização dedicada a acabar com a pobreza.

O interesse por presentes recebidos pelos chefes do Executivo tem crescido recentemente, depois que o caso de suposta compra e venda de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de delegações estrangeiras veio a público. 

Durante seu mandato, de 2018 a 2022, o ex-presidente recebeu 19.470 presentes.

 

ELON MUSK QUER TAXAR A PLATAFORMA X

História por James Clayton – Repórter de tecnologia, BBC News •46min

Por que Musk quer que plataforma X passe a ser paga© Getty Images

O empresário Elon Musk sugeriu que todos os usuários do X (o antigo Twitter), precisarão pagar para ter acesso à plataforma.

Numa conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o bilionário disse que um sistema de pagamento era a única forma de combater os robôs e as contas falsas.

“Estamos caminhando para ter um pequeno pagamento mensal pelo uso da plataforma”, declarou o empresário, que também é dono da Tesla e da SpaceX.

A BBC entrou em contato com a X para obter mais detalhes, mas ainda não recebeu uma declaração oficial da empresa.

Não está claro se este foi apenas um comentário improvisado ou um sinal de planos mais firmes, que ainda não foram anunciados.

Musk há muito diz que a solução para se livrar de robôs e contas falsas na plataforma de mídia social é cobrar pelos selos de verificação.

Desde que assumiu o Twitter no ano passado, ele tem procurado incentivar os usuários a pagar por um serviço especial oferecido pela plataforma, que agora se chama X Premium.

A versão paga atual dá aos assinantes mais recursos, como postagens mais longas e maior visibilidade.

No entanto, os usuários que não desejam ter uma conta premium ainda podem usar o X de forma gratuita.

Embora exista um claro interesse financeiro de a empresa cobrar dos usuários, Musk insistiu que fazer com que as pessoas paguem pelo serviço tem como objetivo combater os robôs.

“Um bot [robô] custa uma fração de centavo” para ser feito, disse ele. “Mas, se alguém tiver que pagar alguns dólares ou algo assim, o custo efetivo para [fazer] os bots fica muito alto.”

O X Premium custa atualmente R$ 60 por mês no Brasil (há valores diferentes, de acordo com a plataforma utilizada e a forma de pagamento). O preço também varia segundo o país em que o assinante se encontra.

Musk, pessoa mais rica do mundo, disse que agora procura opções mais baratas para os usuários.

“Na verdade, vamos propor um preço mais baixo. Queremos que seja apenas uma pequena quantia”, disse ele.

“Essa é uma longa discussão, mas, em minha opinião, essa é a única defesa que temos contra os exércitos de bots“, acrescentou Musk.

Ao condicionar o acesso ao X a um acesso pago, no entanto, há o medo de que a plataforma possa perder uma grande parte de seus usuários. Isso, por sua vez, reduziria as receitas de publicidade, que atualmente representam a principal fatia de ganhos da empresa.

A rede social comandada por Musk já cobra um valor mensal para usuários que querem acesso a recursos premium© Reuters

Na conversa com o primeiro-ministro israelense, Musk também abordou o antissemitismo no X.

A plataforma foi acusada pelo grupo Liga Antidifamação (ADL) de não fazer o suficiente para impedir a divulgação de conteúdo antissemita.

Num comunicado, o grupo afirmou que Musk estava “se engajando e dando proeminência” aos antissemitas.

No início deste mês, o empresário disse que X iria processar a ADL para “limpar o nome da nossa plataforma”.

Na conversa com Netanyahu, Musk reiterou que é “contra o antissemitismo”.

Netanyahu ponderou que o equilíbrio entre liberdade de expressão e moderação de conteúdo era um desafio, mas instou Musk a buscar esse meio termo.

“Espero que você encontre, dentro dos limites, a capacidade de parar não apenas com o antissemitismo, mas com qualquer ódio coletivo às pessoas que o antissemitismo representa”, disse ele.

“Sei que você está comprometido com isso”, completou Netanyahu.

 

OVERDOSE DE FENTANIL MATA QUASE 300 POR DIA NOS EUA

História por Nadine Yousif – BBC News 

Mulher fumando fentanil em rua de Los Angeles, Estados Unidos© Getty Images

Cada vez mais americanos morrem por overdose de fentanil, à medida que uma nova onda da epidemia de opioides começa a se espalhar pelas comunidades dos quatro cantos do país.

Há seis anos, Sean morreu de uma overdose acidental por fentanil em Burlington, no Estado de Vermont. Ele tinha 27 anos.

“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho.

“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.”

Neste ano, os Estados Unidos testemunharam um marco sombrio: pela primeira vez, as overdoses mataram mais de 100 mil pessoas em todo o país num único ano.

Dessas mortes, mais de 66% estavam ligadas ao fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.

O fentanil é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.

Mas a droga também é fabricada e vendida por traficantes. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos

Em 2010, menos de 40 mil pessoas morreram por overdose de drogas em todo o país, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil.

Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.

A mudança de cenário é detalhada num estudo divulgado recém-publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O trabalho examina as tendências nas mortes por overdose no país entre 2010 e 2021, utilizando dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Fentanil: como nova onda de overdoses assola EUA e mata quase 300 por dia© BBC

Os dados mostram claramente como o fentanil redefiniu as overdoses nos Estados Unidos na última década.

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.

Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil.

O aumento das mortes relacionadas à droga foi observado pela primeira vez em 2015, revelam as estatísticas.

Desde então, o entorpecente se espalhou pelo país e a taxa de mortalidade cresceu de forma acentuada.

“Em 2018, cerca de 80% das overdoses por fentanil aconteceram a leste do rio Mississippi”, disse à BBC Chelsea Shover, professora assistente da UCLA e coautora do estudo.

Mas, em 2019, “o fentanil passa a fazer parte do fornecimento de drogas no oeste dos EUA e, de repente, esta população que estava resguardada também ficou exposta, e as taxas de mortalidade começaram a subir”, segundo a pesquisadora

Na pesquisa recente, os especialistas alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes, como a cocaína ou a metanfetamina.

Essa tendência é observada em todos os EUA, embora de formas diferentes devido aos padrões de consumo que diferem de região para região.

Os investigadores encontraram, por exemplo, taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas ao consumo de fentanil e cocaína em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes geralmente são de fácil acesso.

Mas em praticamente todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, as mortes foram causadas principalmente pelo uso de metanfetaminas e fentanil.

Blake, que também é médica, disse que seu filho usava cocaína esporadicamente, embora o exame toxicológico tenha encontrado apenas fentanil em seu organismo.

Ela aprendeu que muitos misturam diferentes substâncias para obter uma sensação prolongada.

“Não é nenhuma surpresa para mim esse aumento tão grande nas combinações de estimulantes e opioides”, observa Blake.

Quando o fentanil chegou pela primeira vez aos EUA como parte do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”, lembra Shover. Mas o opioide sintético tornou-se amplamente disponível porque é mais barato de produzir em comparação com outras drogas.

Ele também é altamente viciante — isso significa que dependentes ficam expostos ao entorpecente e muitas vezes o procuram como uma forma de evitar abstinências dolorosas relacionadas a outras substâncias.

Nos EUA, o estudo identificou que Alasca, Virgínia Ocidental, Rhode Island, Havaí e Califórnia como os Estados com as taxas mais elevadas de mortes por overdose em que há mistura de fentanil e estimulantes.

Esses locais têm taxas historicamente altas de uso de drogas, segundo Shover. Com a chegada do fentanil, esse consumo tornou-se ainda mais letal.

Pessoa em overdose é atendida por médicos nas ruas de Vancouver, Canadá© Getty Images

Um problema que atravessa classes sociais

A crise dos opioides tem sido tradicionalmente retratada como um “problema dos brancos”, destaca Shover.

No entanto, o estudo recente revelou que os afro-americanos estão morrendo ao combinar fentanil e estimulantes a taxas mais elevadas, em todas as faixas etárias e limites geográficos.

Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, os dados refletem o que é visto na prática.

Ela faz um trabalho de divulgação com a A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater um aumento notável de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.

Como parte do trabalho, Watts-Pearson visita frequentemente barbearias, bares e mercearias para falar com as pessoas sobre os impactos do fentanil.

Ela considera que há falta de conscientização sobre o tema, motivada em parte pelas disparidades históricas de saúde vivenciadas por grupos raciais e étnicos.

Mesmo as campanhas de marketing feitas para conscientizar sobre a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos, critica ela.

“Se eu dirigir até a cidade de Avondale agora mesmo, há um outdoor que fala sobre a ‘Crise dos Opioides’, mas na mensagem aparecem duas pessoas brancas”” exemplifica Watts-Pearson.

Ela aponta que as drogas misturadas com fentanil são uma grande barreira para a comunidade. Segundo a ativista, muitas pessoas acabam consumindo o entorpecente sem saber — e desenvolvem uma dependência.

“Os legistas veem pessoas com overdose que morreram por causa de cocaína, crack e vestígios de fentanil”, diz ela.

“Isso está infiltrado na comunidade negra e não há gente suficiente falando sobre o assunto.”

Rasheeda Watts-Pearson (à esquerda) tem trabalhado com A1 Stigma Free para aumentar a conscientização sobre o impacto da epidemia de fentail na comunidade afro-americana de Cincinnati, Ohio© A1 STIGMA FREE

Uma quarta onda

O abuso de fentanil em combinação com outras drogas marca o início de uma “quarta onda” da crise nos EUA, avaliam os pesquisadores.

A primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica. Em 2010, houve uma segunda onda de overdoses, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.

Especialistas como a professora Shover alertam que as opções de tratamento para a quarta onda não acompanham a demanda.

“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.

“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”

Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.

“Todo mundo tem uma história e, para um pai que perdeu um filho, isso dura para sempre”, diz ela.

Seu filho fez tratamentos contra dependência algumas vezes.

A experiência ensinou à Blake que as opções terapêuticas variam de Estado para Estado e, em muitos casos, o que está disponível não é suficiente.

“O ideal seria que as pessoas recebessem tratamento rapidamente, sempre que quisessem e a longo prazo”, destaca ela.

Blake também sugere a criação de locais para a prevenção de overdose, onde as pessoas pudessem usar drogas com segurança e sob supervisão.

Esses lugares estão amplamente disponíveis no Canadá — que tem a sua própria crise de fentanil — mas existem apenas duas instalações do tipo nos EUA inteiro.

Acima de tudo, Blake apelou à compaixão e à compreensão para aqueles que lutam contra o uso de substâncias.

“A maioria das pessoas com quem converso dizem que seus filhos não queriam morrer.”

 

EUA PEDEM AJUDA DA POPULAÇÃO PARA LOCALIZAR O AVIÃO DE CAÇA F-35 SUMIDO

História por Megan Fisher – BBC News 

O F-35, visto nesta foto de arquivo, é um dos caças mais avançados do mundo e custa US$ 100 milhões© PA MEDIA

Os militares dos Estados Unidos pediram ajuda à população para localizar um de seus caças F-35B, que custa US$ 100 milhões (cerca de R$ 485 milhões), depois que o piloto foi ejetado da aeronave.

O avião desapareceu na tarde de domingo (17/9), quando o piloto sobrevoava o Estado da Carolina do Sul.

O piloto, que não foi identificado, conseguiu se ejetar e foi resgatado em segurança. Ele permanece internado e o atual estado de saúde dele é considerado estável.

Autoridades disseram que a aeronave se envolveu em um “acidente”, mas não deram detalhes sobre o que foi.

O avião foi deixado no modo automático quando o piloto foi ejetado, disse um porta-voz da Base Conjunta de Charleston à NBC News, acrescentando que a aeronave pode estar no ar há algum tempo.

As autoridades disseram que concentram suas buscas ao redor do Lago Moultrie e do Lago Marion, ao norte da cidade de Charleston.

A área de busca foi definida com base na última localização conhecida do caça.

Nancy Mace, uma congressista republicana pela Carolina do Sul, perguntou no X, antigo Twitter: “Como diabos você perde um F-35?”

“Como não existe um dispositivo de rastreamento e o que estamos pedindo à população que encontre um caça e o recupere?

A aeronave é um jato furtivo – o que significa que sua fuselagem, sensores e sistemas são projetados para operar sem serem detectados pelo radar inimigo.

O rastreador de voo Flightradar24 mostrou várias aeronaves vasculhando a área© Getty Images

A Base Conjunta de Charleston postou seu pedido de ajuda no X. “As equipes de resposta a emergências ainda estão tentando localizar o F-35.”

“Pedimos ao público que coopere com as autoridades militares e civis à medida que o esforço continua.”

O post encorajou qualquer pessoa com informações que pudessem ajudar as suas equipes de recuperação a contactar o seu centro de operações.

O rastreador de voo Flightradar24 postou uma imagem no X mostrando várias aeronaves vasculhando a área.

O Corpo de Fuzileiros Navais disse em comunicado à BBC que o conhecimento sobre o incidente ainda é “limitado” no momento, mas tenta reunir mais informações.

Acrescentou que o acidente está “sob investigação”.

O jato custa cerca de US$ 100 milhões, disse seu fabricante Lockheed Martin à BBC.

Um segundo F-35 voando ao mesmo tempo retornou em segurança à base, disse a porta-voz militar Maj Melanie Salin F-35as à Associated Press.

Em 2018, os militares dos EUA suspenderam temporariamente toda a sua frota de jatos F-35 após um acidente na Carolina do Sul.

 

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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