Brasil tem tudo, menos o essencial: qualquer melhora no bem-estar da sua população
J. R. Guzzo, O Estado de S.Paulo
O universo político e os seus subúrbios discutem com paixão, no momento, os futuros ministros do ex-presidente Lula, a volta da propaganda política obrigatória no rádio e televisão ou a guerra pessoal do presidente da República contra a vacina da covid. Discutem mais uma tonelada de questões parecidíssimas; são levados extremamente a sério por si mesmos e pelos comunicadores sociais. Não há o menor risco, é claro, de mudarem de ideia ou de mudarem de assunto. O resultado prático disso tudo é uma desgraça. Fica garantido, enquanto as coisas continuarem assim, que o Brasil não vai resolver nenhum dos problemas que tem.
O paciente está com câncer; estão recomendando Melhoral ou, pior ainda, um tratamento com o curandeiro João de Deus. É uma calamidade que não poderia estar mais clara: desde 1980 a renda per capita do brasileiro não sai do lugar em que está. O Brasil, nesse período, chegou a um PIB entre US$ 1,5 trilhão e US$ 2 trilhões. Acaba de bater mais um recorde de exportações, com US$ 280 bilhões em 2021. Tem mais de 230 milhões de celulares, e outro tanto de computadores. Tem trinta e tantos anos de “Constituição Cidadã”, de “estado de direito” e de instituições protegidas à força de inquérito policial, cadeia e censura. Tem Poder Moderador. Tem Uber. Tem tudo, menos o essencial: uma melhora, qualquer melhora, no bem-estar da sua população. Está parado, aí, há 40 anos.
Ninguém liga, é claro, porque quem tem voz neste País é a minoria que anda de SUV, ganha acima de R$ 15 mil ou R$ 20 mil por mês e faz “home office”. Mas a renda da população está há 40 anos em estado de coma – e isso é o atestado mais arrasador de fracasso que uma sociedade poderia ter. Para que serve um governo, no fim das contas, se não for para tornar mais cômoda a vida das pessoas? O poder público no Brasil, definitivamente, não faz isso – governa, com obsessão, para ficar com a maior parte da riqueza nacional e para cuidar unicamente de seus próprios interesses. O resultado é que o País vai ficando cada vez mais longe das sociedades desenvolvidas – e mesmo das nações pobres que vêm vencendo a sua pobreza.
Estar parado há 40 anos é a prova mais espetacular de que tudo o que o poder público fez, durante esse tempo todo, deu errado. Não se mexe no essencial – a concentração de renda cada vez mais alucinante por parte do Estado. Tanto faz, daí, a “política econômica”. Já tivemos Figueiredo-Delfim, Sarney-Mailson, Collor-Zélia, FHC-Malan, Lula-Palocci, Dilma-Mantega, Temer-Meirelles e Bolsonaro-Guedes. Para a renda do brasileiro, deu tudo na mesma.
Confiança traz investimento e bem-estar. E, como, mostra a Dinamarca, traz felicidade
João Gabriel de Lima, O Estado de S.Paulo
Há algo de bom no reino da Dinamarca. Algo que poderia servir de inspiração para os brasileiros.
Não se trata de bem material. O Brasil nunca será a Dinamarca, até porque os dois países não poderiam ser mais diferentes. A Dinamarca é rica. O Brasil patina há décadas na tal “armadilha da renda média”. O Brasil é um país continental. A área da Dinamarca é menor que a da Paraíba. O Brasil ginga ao som de Anitta e Pablo Vittar. A Dinamarca segue o baticum tecnológico de When Saints Go Machine e Kasper Bjorke.
Enquanto nossos melhores cérebros buscam abrigo fora do Brasil, a Dinamarca os atrai. O urbanista carioca Maurício Duarte tem 39 anos e vive em Copenhague há sete, trabalhando nos melhores escritórios de arquitetura da cidade.
No minipodcast da semana, Maurício dá uma pista sobre o tal bem imaterial que a Dinamarca tem de sobra.
Lá, o governo desempenha um papel que Maurício chama de “catalisador”. De um lado, ouve a população – e, a partir do que ouve, desenha políticas públicas. De outro, costura parcerias com a iniciativa privada. Os investimentos trazem mais empresas, que geram empregos, que atraem talentos. Os recursos alimentam o estado de bem-estar social, que garante a todos o mínimo para uma vida digna. Ano após ano, a Dinamarca sobe ao pódio nos rankings internacionais de felicidade.
É um país onde é possível planejar a longo prazo. O bairro modelo de Nordhavn, em Copenhague, vem sendo erguido aos poucos. A previsão é de que fique pronto em 20 anos. “Os contratos entre empresas, e entre empresas e governos, são sucintos, às vezes não têm mais de uma página. A Justiça funciona e o poder público costuma honrar seus compromissos”, diz Maurício.
A palavra-chave – o bem imaterial que nos falta e sobra na Dinamarca – é confiança. Da população no governo, dos investidores na capacidade do poder público em garantir contratos. Em entrevista a José Fucs, do Estadão, o cientista político Antônio Lavareda mostra como tal confiança se perdeu no Brasil. Falta transparência aos governos, como no caso do “orçamento secreto”. Sobram governantes que se dizem “outsiders” e criminalizam a política – e, por tabela, a democracia – como se não fizessem parte dela.
Estamos distantes da Dinamarca, mas poderíamos nos aproximar um pouco se nossos candidatos assumissem um compromisso no ano eleitoral: fazer uma campanha de alto nível, que permitisse recuperar a confiança na política e no País. Confiança traz investimento, empregos, bem-estar – e, como mostram os dinamarqueses, o maior dos bens imateriais: a felicidade.
Em feira de tecnologia, setor das ‘spacetechs’ mostra empolgação após sucesso de Blue Origin e SpaceX em 2021
Por Guilherme Guerra, enviado especial a Las Vegas (EUA)* – O Estado de S. Paulo
O Dream Chaser, nave da americana Sierra exposta na CES, deve entrar em operação a partir de janeiro de 2023 e poderá transportar alimentos e experimentos científicos.
O espaço sideral é a nova fronteira do mundo da tecnologia. Após o sucesso das viagens espaciais de Jeff Bezos (Blue Origin) e Richard Branson (Virgin Galactic) e do primeiro voo com civis da SpaceX, de Elon Musk, começa a florescer um ecossistema de startups e companhias focadas em tecnologia espacial – um nicho que durante décadas ficou concentrado nas mãos de agências públicas, mas que agora começa a entrar na órbita do setor privado. Parte das spacetechs, nome dado a essas empresas, foi visto nesta semana na Consumer Electronics Show (CES), principal feira de tecnologia do mundo, que voltou a uma edição presencial após hiato pandêmico em 2021.
A Sierra Space foi o principal nome em exibição neste ano. Focada no que chama de “nova economia espacial”, a companhia expôs ao público a Dream Chaser, espaçonave reutilizável de nove metros de comprimento projetada para levar pessoas e cargas a destinos de baixa órbita terrestre, como estações espaciais. A Sierra, braço independente da Sierra Nevada Corporation (SNC), já possui um contrato com a Nasa para transportar alimentos e experimentos científicos, com previsão de entrar em operação em janeiro de 2023.
A empresa também desenvolve o LIFE, acrônimo para “ambiente integrado flexível”, que tem como com objetivo de permitir que astronautas possam permanecer em baixa órbita por dias, semanas ou meses, a depender do objetivo. Como se fosse uma casa com vista para a Terra, o projeto (de 8 metros de diâmetro, três andares e capacidade para até 12 pessoas) tem quartos, áreas de exercícios e até uma horta, onde são cultivados produtos para alimentação durante a viagem. Ela ainda não tem previsão de lançamento.
“Estamos aqui na CES para dizer ao mundo que o espaço está disponível para todos”, afirma Kenneth Shields, diretor do programa de utilização espacial da Sierra, ao Estadão. A spacetech diz que tem como principal serviço o “space as a service”, jargão do mundo da tecnologia para dizer que a companhia provê soluções espaciais, sem que terceiros tenham de adquirir um bem. Nesse caso, isso significa que uma pessoa não precisa ter um foguete para dar uma voltinha à Terra, mas que pode contratar o serviço separadamente. “Conosco, países e agências espaciais podem ter um programa espacial, sem ter de levantar toda a infraestrutura envolvida”, explica.
A Sierra não é a única empresa “de outro mundo” na feira. Quem apareceu também foi Zero G, que usa um avião Boeing 727-200 modificado para levar passageiros à gravidade zero. A façanha é feita ao colocar a aeronave para voar parabolicamente (como se fosse uma montanha-russa, com subidas e descidas controladas), o que permite que os passageiros possam flutuar e dar cambalhotas em peso zero por até 30 segundos – no total, são 15 manobras.
Não é algo totalmente novo, mas que ganhou nova empolação após os voos espaciais dos bilionários. Segundo a companhia relatou à reportagem, todos os voos, partindo de diversas regiões dos Estados Unidos, estão esgotados até junho deste ano. O preço por passageiro é de US$ 8,2 mil.
A euforia também está levando nomes tradicionais da tecnologia a olharem o espaço com mais carinho – ainda que não façam isso por meio de foguetes e trajes espaciais. A Sony, que durante a CES anunciou a entrada no ramo de mobilidade, expôs o protótipo do Starsphere, um satélite de baixa órbita que traz uma câmera para usuários, aqui da Terra, operarem e tirarem fotos do Planeta azul e das estrelas.
Já Amazon, ‘irmã’ mais velha da Blue Origin, anunciou que a inteligência artificial (IA) Alexa deve ir para a Lua, o que permitirá testar como essas assistentes virtuais podem ajudar tripulações em viagens fora de órbita. Enquanto isso, a alemã Bosch desenvolveu uma IA que, em parceria com a Nasa, irá detectar pelo som o funcionamento das máquinas em estações espaciais – a ideia é monitorar a necessidade de reparo em peças, poupando o tempo dos astronautas e, principalmente, captando defeitos que podem fugir dos ouvidos humanos.
Projeto da Life, base espacial para 12 pessoas, exposto pela Sierra
Decolagem
A disseminação das spacetechs também está ligada ao aumento de investimentos no setor. Segundo levantamento da firma de investimento Space Capital, especializada em empresas espaciais, foram injetados US$ 200 bilhões em 1,5 mil empresas nos últimos 10 anos, sendo US$ 7,6 bilhões somente em companhias recém-criadas em 2020.
A ida ao espaço pode permitir, em um futuro não tão distante, a extração de minerais como o ferro de asteroides, abrindo um novo mercado e rotas comerciais, de forma similar às descobertas do Novo Mundo. “Isso poupa a Terra de ser explorada, diminuindo o impacto aqui, e traz mais matéria-prima, porque algumas são raras”, diz Cassio Leandro Dal Ri Barbosa, astrônomo e professor do Centro Universitário FEI.
Ao mesmo tempo, os voos dos bilionários em 2021 trouxeram publicidade a algo antes visto como uma loucura: o turismo espacial. Com poucos dias de diferença, a Virgin Galactic, a Blue Origin e a SpaceX alçaram voo e trouxeram suas tripulações de civis de volta, sãs e salvas – até 2021, apenas astronautas com anos de treino eram escalados para essas missões.
Para Lesley Rohrbaugh, especialista em tendências da Consumer Technology Association (entidade organizadora da CES), o voo bem-sucedido dessas companhias, acompanhados de muita repercussão nas redes sociais, foram importantes para conscientizar as pessoas, mas o setor é muito maior do que viagens rápidas como entretenimento.
“O perfil de alto padrão de viagens espaciais no último ano certamente trouxe mais atenção do que nunca para a indústria”, diz Lesley. “Mas as aplicações dessas inovações vão muito além do turismo comercial. Avanços no espaço podem criar oportunidades significativas para tornar o nosso planeta um lugar melhor, como no uso de satélites para identificar pontos de alta emissão de carbono”.
Para a Sierra, melhorar a Terra é o destino final da empresa: “Queremos permitir que nossos parceiros tenham acesso a esse ambiente e tragam dados e resultados que melhorem produtos, materiais e outras inovações que nunca experimentamos como Humanidade.”
Se um dia eu recebesse um Oscar, agradeceria diante das câmeras ao meu medo e ao meu tédio
Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo
Perguntam a você, no meio da vida ou indo para um belo outono biográfico, como foi sua trajetória. Temos uma tendência: localizamos em nossas virtudes a jornada vitoriosa. Como você chegou até aqui? Dedicação, esforço, resiliência, sacrifício, foco, temperança, trabalho e dezenas de outras boas qualidades são a legenda do quadro bonito da maturidade. “Estou no ponto atual porque ralei muito”, digo com ar pedagógico a alunos, jovens, filhos e funcionários. Serve como estímulo e autoelogio: “Façam o que eu fiz e vocês estarão aqui, quando tiverem a minha idade”.
As narrativas que constroem modelos de virtudes fazem muito sucesso, especialmente se parecem explicar a trajetória por intermédio de coisas dignas de orgulho e menção. Certamente, existe verdade na história edificante. É óbvio que eu me esforcei. Minha inquietação psicanalítica trouxe outras possibilidades.
E se questões não tão bonitas também fossem gestoras da minha vida?
Exemplo: passei grande parte das tardes de sábado na biblioteca pública perto da minha casa, em São Leopoldo (RS). Lá eu lia revistas, jornais, livros de arte e narrativas de viagens. Muitas vezes, no futuro, em aulas e palestras, usei informações colhidas na adolescência em maratonas prolongadas naquele espaço. O que lhe parece? Um jovem obstinado, devotado aos livros, desejando aumentar seu conhecimento. Verdade? Sim, mas… e se eu acrescentasse o elemento tédio? Sim, pouco ou nada para fazer no sábado à tarde e um espaço tranquilo de leitura isolado, sem ninguém para atrapalhar. Além do tédio, e se fosse certa timidez e vontade de isolamento? Eu não tinha um quarto só meu e não podia ostentar uma escrivaninha individual. Na Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac (hoje Vianna Moog), havia meu espaço delimitado, garantido e silencioso. Foi o foco no conhecimento ou a falta do que fazer? Teria sido o desejo de voar nas leituras ou a vontade de me isolar da família?
Com certeza, décadas depois daquelas tardes, a melhor explicação é falar do meu esforço no cultivo das virtudes. Sempre melhor desviar o tédio para livros do que para drogas. Curiosamente, o que pode levar um jovem a beber demais ou ler compulsivamente é a mesma base: o complexo enfrentamento com o mundo. Assim como um drogado ressignifica seu vício em uma igreja vibrante, o entediado pode tomar o caminho dos textos ou do bar.
Quanto do seu esforço profissional foi dado pelo ressentimento social? Eu quero crescer, desejo ter mais para não enfrentar a dor humilhante da crise? Atrás da construção de uma carreira exitosa, vemos muitos valores. Poderíamos identificar medos, dores e carências?
Casei e tive filhos por um projeto lindo de família ou por medo agudo da solidão, em especial na velhice? Guardei dinheiro porque sou um gênio estratégico ou por causa da minha profunda covardia e atroz insegurança? Quantos esqueletos o vistoso armário do meu sucesso oculta?
Penso em uma grande perda do ano passado: Nelson Freire. Nosso maior pianista era um talento insofismável. Era também tímido quase em ponto patológico. O piano era sua vocação, claro, todavia foi seu refúgio para não falar tanto com as pessoas. A timidez do mineiro foi protegida pelas horas intermináveis de estudo. Era um sacrifício ou uma libertação?
Introduzo o contraditório na nossa lógica de memória. Pessoas superorganizadas podem ser caóticas no campo interno. Inevitável perceber que quase tudo contém o seu contrário e minha luz reforça minha sombra. Imaginei, neste ano que se inicia, como seria bom entender que meu medo e meu tédio podem ser bons estímulos para eu crescer. Talvez seus defeitos sejam tão importantes para seu progresso como suas virtudes. Nossa narrativa sobre a carreira ganharia muito se incluíssemos o lado menos glorioso da nossa radiante vaidade. Somos poliedros complexos e recalcamos tanto quanto enunciamos. Melhor: enunciamos pelo recalque e isso se torna parte de nós. Seria como manifestar orgulho da límpida água que entra pela minha boca sem levar em conta a fétida urina que, ao sair, manifesta que o ciclo inteiro e útil da hidratação foi realizado. Como se eu pudesse ser apenas água transparente e não a totalidade do processo. Seria útil, especialmente para os jovens, que, ao perguntarem sobre minha jornada de sucesso, eu começasse dizendo: “Cheguei aqui com medo, entediado, cheio de inseguranças, dialogando com meus fantasmas, errando bastante e tropeçando tanto quanto seguindo rotas elaboradas”. Acho que isso ajudaria mais quem quer pensar sua trajetória. Em resumo, o esqueleto do armário existe e faz parte de mim, tal como a pele que exibo após horas intermináveis no dermatologista e, questionado, digo que apenas a lavo bem toda noite… Se um dia eu recebesse um Oscar, agradeceria diante das câmeras: “Obrigado ao meu medo e ao meu tédio, sou o que sou graças ao esforço deles”. Há esperança para seus defeitos, querida leitora e estimado leitor?
Mundo tecnológico dará os primeiros passos com dispositivos e serviços da próxima geração
Bruno Romani ESTADÃO
O mundo da tecnologia chega a 2022 na sala de espera para uma nova era de gadgets e plataformas. Isso significa que estamos em um momento de transição: talvez tenha chegado a hora de começar a dar “tchau” para formatos que definiram a última década, como os smartphones. Por outro lado, a próxima geração de dispositivos e serviços ainda não está pronta para o uso em massa.
“Vemos o avanço da interatividade e a diminuição de texto no mundo digital”, explica Berthier Ribeiro-Neto, diretor de engenharia do Google para a América Latina.
Ele não arrisca dizer de que maneira essa tendência se desenrolará, mas boa parte da indústria aposta no metaverso – conceito que trata do avanço do mundo real sobre o digital e vice-versa. Nele, você não acessa a internet, e sim entra na internet, como se fosse um espaço físico.
O universo imaginado por Mark Zuckerberg, porém, está distante de acontecer. Há obstáculos que vão desde a qualidade de conexões até os dispositivos necessários para tirar o projeto do papel. Mas o Facebook e outras gigantes do setor devem fazer avanços – o fundador da rede social anunciou que deve ter novidades sobre um novo óculos de realidade virtual já em 2022.
Outro nome de peso que deve impulsionar a tecnologia é a Apple. Ao contrário do que tradicionalmente ocorre, o dispositivo mais aguardado pelos fãs da marca neste ano não é um novo iPhone. Aqueles que seguem a empresa de perto garantem que finalmente a gigante vai apresentar seus óculos de realidade aumentada e realidade virtual – é um rumor que acompanha a Apple há alguns anos.
Enquanto os dispositivos não ficam prontos, startups e empresas tradicionais correram para garantir presença nos metaversos que já existem – em muitos casos, são mundos digitais que lembram ou derivam dos games. O Itaú, por exemplo, anunciou uma ação de marketing dentro de Cidade Alta, um dos maiores servidores do jogo GTA 5.
E O CELULAR?
Com a expectativa de óculos, luvas e sensores voltados para o metaverso, o smartphone está congelado em termos evolutivos. “Com a chegada do 5G, os celulares estão em compasso de espera. As redes da nova geração não foram criadas para tornar os celulares melhores. Elas foram desenvolvidas para o uso de vários outros dispositivos”, explica Renato Franzin, pesquisador da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
Para ele, fabricantes ainda precisam entender as novas capacidades que esses aparelhos podem ganhar com as redes de quinta geração, que finalmente tiveram as frequências leiloadas e devem chegar comercialmente neste ano ao País.
Portanto, não espere grandes novidades do setor, que, além dos desafios conceituais, ainda enfrenta um problema bastante real: a crise dos chips.
Por outro lado, as novas redes de comunicação ajudam a implementar modelos de inteligência artificial mais sofisticados, que possam “racionalizar” suas decisões, como imaginava Judea Pearl, professor de ciências da computação da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
ROBÔS
Até aqui parece um cenário pouco empolgante, mas um velho símbolo de futuro pode voltar a ganhar forças.
“À medida que o conceito de casa conectada avança, essa inteligência pode ser encapsulada em outros dispositivos. O resultado disso é que veremos o avanço de robôs domésticos”, diz Márcio Kanamaru, sócio-líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG no Brasil.
Não é uma coincidência que a Amazon tenha apresentado em 2021 o Astro, um robô com inteligência gerada pela assistente virtual Alexa. Nos últimos dois anos, vimos a popularização de caixas de som inteligentes em um movimento impulsionado pela gigante.
Esses dispositivos poderiam ajudar com tarefas domésticas e atividades de saúde e bem-estar. Não será o futuro dos Jetsons, mas pode ser um passo nessa direção.
Seremos ainda mais virtuais em 2022
Carlos Affonso Souza DIRETOR DO ITS-RIO
Nem sempre é fácil perceber que se está no meio de uma transição entre diferentes épocas, com grandes mudanças na forma de viver e de entender o mundo. Algumas mudanças surgem como rupturas bruscas, enquanto outras vão se assentando aos poucos, superando estranhamentos iniciais até se tornarem inevitáveis.
Foi assim com a internet, que de experimento militar e objeto de pesquisa acadêmica se transformou em uma verdadeira infraestrutura a sustentar as mais diversas atividades. Isso não aconteceu da noite para o dia, mas a pandemia da covid-19 acelerou esse processo.
O adjetivo “virtual” entrou em nossas vidas como oposição ao que é real ou verdadeiro. Realidade virtual, nesse sentido, deveria ser uma realidade de mentirinha. A plataforma Second Life, lançada em 2003, é frequentemente lembrada como uma experiência inicial de virtualização das relações sociais, colecionando adeptos na mesma velocidade em que foi deixada para trás.
Não estamos mais em 2003. Uma parcela relevante das pessoas precisou migrar para o virtual. Algumas fizeram isso progressivamente, enquanto outras foram catapultadas para esse universo em 2020 por conta da pandemia. Seus relacionamentos pessoais e profissionais, além dos momentos de informação e de entretenimento, viraram virtuais.
A virtualização de tudo não foi uma escolha, mas sim uma necessidade para que o mundo continuasse a girar enquanto o espaço físico ficava do lado de fora, com suas restrições ao deslocamento e risco de contágio. Ao mesmo tempo, uma série de transformações tecnológicas e culturais nos últimos anos transformou essa onda em um inevitável tsunami.
Os anos 2010 foram marcados pela ascensão da internet móvel e das redes sociais, além do aumento exponencial na capacidade de processamento de dados e de se retirar inteligência do seu tratamento em larga escala. O mundo todo se converteu em dados que poderiam ser coletados, armazenados e utilizados para os mais diferentes fins.
Os anos 2020 começaram com a explosão dos criptoativos, dos meios de pagamento eletrônico e da tokenização de tudo. Por trás dessas transformações está a mesma internet que foi pensada no século passado e que, acoplada às inovações tecnológicas das últimas décadas, proporcionou essa gigantesca, mas por vezes silenciosa, transformação. A virtualização parece inevitável.
A grande tendência tecnológica para 2022 não é a expansão do 5G ou a popularização de novas aplicações de inteligência artificial ou blockchain, mas sim a junção de todos esses elementos para pavimentar um caminho em direção ao virtual. Mas é importante lembrar que a exclusão digital e a qualidade do acesso à internet são pedras nesse caminho. Como lembra William Gibson: “O futuro já chegou, ele só não foi igualmente distribuído.”
» O Walmart decidiu inovar e criou sua própria farmacêutica. A nova iniciativa começa com insulinas com a marca Walmart, que devem custar 60 por cento menos que as disponíveis hoje em dia.
» A Ambev criou um banco, o Donus, que já tem 80 mil contas digitais. Parece pouco, mas o objetivo da Ambev é ser o banco oficial dos seus 800 mil bares e restaurantes parceiros.
» O Itaú Unibanco, maior banco do país, já tinha uma operação de aluguel de bicicletas. Agora, começou um novo serviço na mesma linha, de carros elétricos compartilhados.
» A mesma coisa que a Ford Motor Company está fazendo. Ao invés de vender carros a aposta da montadora é de que, no futuro, as pessoas vão ter a posse dos bens e não a propriedade.
» A JBS é a maior empresa de proteína animal do mundo, mas está investindo cada vez mais nas “carnes de planta”. Criou sua linha própria desse tipo de produto e comprou empresas na Europa.
» Dona da 99 (Didi Chuxing) estreia na Bolsa avaliada em 67 bilhões de dólares, mais que a Lyft e não tão longe da Uber.
» Magalu invade o Rio de Janeiro planejando abrir 23 lojas de uma vez (em 1 semana), tem Aniita como garota-propaganda (vai ter clipe com a Lu e tudo mais), um programa de bicicletas compartilhadas e reforma dos trens.
» Unicórnio na área: Mercado Bitcoin é avaliado em 2,1 bilhões de dólares após aporte de 200 milhões da Soft Bank.
» Loft compra fintech da BTG Pactual (CredPago) e expande suas operações de crédito. Loft e CredPago não revelam o valores, mas BTG afirma que a venda da sua parte da fintech (49 por cento) gerou um ganho de 1,4 bilhão de reais ao banco.
Sabe o que tudo isso revela? Que cada vez mais, o mercado e as empresas estão se reinventando para sobreviverem.
A competição está acirrada (tudo isso acima aconteceu apenas nos últimos dias para cá). Ficar na mesmice está se tornando um risco alto demais para empresas e profissionais.
Se transformar deixou de ser opção e virou regra. Quanto mais rápido entender isso, maiores as chances de manter sua relevância no futuro.
Depois dos unicórnios, está na hora das empresas e profissionais “camaleões” surgirem no mercado. O mundo não vai ficar mais previsível nos próximos meses, mas está na sua mão se tornar mais preparado para isso.
Vantagens Competitivas da Startup Valeon
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise.
Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras.
Em vez de andar pelos comércios, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira.
Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
Contudo, para esses novos consumidores digitais ainda não é tão fácil comprar online. Por esse motivo, eles preferem comprar nos chamados Marketplaces de marcas conhecidas como a Valeon com as quais já possuem uma relação de confiança.
Inovação digital é a palavra de ordem para todos os segmentos. Nesse caso, não apenas para aumentar as possibilidades de comercialização, mas também para a segurança de todos — dos varejistas e dos consumidores. Não há dúvida de que esse é o caminho mais seguro no atual momento. Por isso, empresas e lojas, em geral, têm apostado nos marketplaces. Neste caso, um shopping center virtual que reúne as lojas físicas das empresas em uma única plataforma digital — ou seja, em um grande marketplace como o da Startup Valeon.
Vantagens competitivas que o oferece a Startup Valeon para esse Shopping:
1 – Reconhecimento do mercado
O mercado do Vale do Aço reconhece a Startup Valeon como uma empresa de alto valor, capaz de criar impactos perante o mercado como a dor que o nosso projeto/serviços resolve pelo poder de execução do nosso time de técnicos e pelo grande número de audiências de visitantes recebidas.
2 – Plataforma adequada e pronta para divulgar suas empresas
O nosso Marketplace online apresenta características similares ao desse shopping center. Na visão dos clientes consumidores, alguns atributos, como variedade de produtos e serviços, segurança e praticidade, são fatores decisivos na escolha da nossa plataforma para efetuar as compras nas lojas desse shopping center do vale do aço.
3 – Baixo investimento mensal
A nossa estrutura comercial da Startup Valeon comporta um baixo investimento para fazer a divulgação desse shopping e suas empresas com valores bem inferiores ao que é investido nas propagandas e divulgações offline.
4 – Atrativos que oferecemos aos visitantes do site e das abas do shopping
Conforme mencionado, o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores tem como objetivos:
Fazer Publicidade e Propaganda de várias Categorias de Empresas e Serviços;
Fornecer Informações detalhadas do Shopping Vale do Aço;
Elaboração e formação de coletâneas de informações sobre o Turismo da nossa região;
Publicidade e Propaganda das Empresas das 27 cidades do Vale do Aço, destacando: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo, Caratinga e Santana do Paraíso;
Ofertas dos Supermercados de Ipatinga;
Ofertas de Revendedores de Veículos Usados de Ipatinga;
Notícias da região e do mundo;
Play LIst Valeon com músicas de primeira qualidade e Emissoras de Rádio do Brasil e da região;
Publicidade e Propaganda das Empresas e dos seus produtos em cada cidade da região do Vale do Aço;
Fazemos métricas diárias e mensais de cada aba desse shopping vale do aço e destacamos:
Média diária de visitantes das abas do shopping: 400 e no pico 800
Média mensal de visitantes das abas do shopping: 5.000 a 6.000
Finalizando, por criarmos um projeto de divulgação e propaganda adequado à sua empresa, temos desenvolvido intensa pesquisa nos vários sites do mundo e do Brasil, procurando fazer o aperfeiçoamento do nosso site para adequá-lo ao seu melhor nível de estrutura e designer para agradar aos mais exigentes consumidores. Temos esforçado para mostrar aos srs. dirigentes das empresas que somos capazes de contribuir com a divulgação/propaganda de suas lojas em pé de igualdade com qualquer outro meio de divulgação online e mostramos o resultado do nosso trabalho até aqui e prometemos que ainda somos capazes de realizar muito mais.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)
Bolsonaro discursa em cerimônia de filiação ao PL: sigla conversa sobre federação partidária com outros partidos da base aliada| Foto: Reprodução/Youtube/PL
Os adversários do governo federal nas eleições de 2022 não são os únicos a discutir alianças a nível nacional. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, também abriu diálogo com outras legendas a fim de ampliar as chances de sucesso pela reeleição ao Palácio do Planalto. A sigla conversa sobre a construção de uma federação partidária com Republicanos, PTB e Pros, afirma o deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA) à Gazeta do Povo. As tratativas começaram em 2021 e vão continuar entre os líderes e caciques dos partidos envolvidos neste primeiro trimestre de 2022.
Vice-líder do bloco PTB-PSC na Câmara, Bengtson diz que o PP — partido presidido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira — e o PSC ainda não estão envolvidos nas conversas, mas não descarta a participação de ambos na federação partidária, bem como outros partidos com a mesma afinidade programática.
“É óbvio que, lá na frente, diante de um cenário de eleição majoritária, os partidos que tenham o mínimo de ideologia semelhante vão se agregar, o que eleva as alianças”, pondera. O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP), vice-líder do partido na Câmara, confirma que existem conversas de bastidores nesse sentido.
“PTB e Pros estão atrás disso, sim, e o Avante também”, afirma. “Tem alguns partidos que estão desesperados de não conseguir atingir o quociente eleitoral. Eles precisam dessa federação partidária para poder sobreviver porque precisam fazer uns 2 milhões de votos [na Câmara dos Deputados], e isso não é fácil”, complementa Tadeu.
Qual a chance de uma federação partidária prosperar com o PL Apesar da existência de conversas sobre uma federação partidária entre PL, Republicanos, PTB e Pros, sua concretização é vista como improvável dentro do PL e do Republicanos, os dois maiores partidos envolvidos nas conversas. Lideranças das duas legendas apontam que existe muito mais um desejo dos partidos menores do que uma viabilidade concreta.
“É zero a possibilidade de federalização do PL com alguém”, sustenta um dirigente do partido de Bolsonaro em caráter reservado. No Republicanos, o discurso é semelhante. “Conversas sempre vão haver porque é produtivo dentro do meio político. Já tivemos reunião da executiva nacional em relação a isso [federação partidária], para que os diálogos continuem, mas isso não vai para frente jamais, perderíamos nossa identidade”, diz uma liderança.
O deputado Paulo Bengtson, do PTB, analisa como naturais determinadas resistências internas no PL e Republicanos quanto a uma federação partidária. “Às vezes é até muito a gente dizer que quer se federalizar. Primeiro tem que conversar e ver, alinhar cada um, porque a federação mantém o bloco por quatro anos. Não adianta eleger pessoas com pensamento muito diferente daquilo que é o bloco, porque traz problemas para o próprio parlamentar”, diz.
O vice-líder do PTB atribui a “natureza histórica” de alguns partidos como motivo para resistências internas sobre uma federação partidária, a exemplo de Republicanos e PSC, legendas muito associadas à religião evangélica. “São partidos que conseguem montar muito bem os seus quadros e a federação para eles não compensaria”, pondera Bengtson.
A federação partidária prevê, em linhas gerais, que duas ou mais legendas se unam durante o período eleitoral e mantenham a parceria por no mínimo quatro anos. Com isso, as siglas parceiras passam a ser tratadas como uma só e precisam, por exemplo, estar juntas na disputa presidencial, em todas as candidaturas estaduais e também nas atuações na Câmara e no Senado.
Para partidos de menor expressão, é algo positivo. Para legendas maiores, mais orgânicas e com maior capilaridade, não é um instrumento visto como interessante, sobretudo no que se refere às negociações pela construção de candidaturas majoritárias aos governos estaduais e ao Senado.
Embora entenda as dificuldades da federação partidária se concretizar, o petebista acredita que as eleições ficarão divididas entre três ou quatro grandes blocos, o que propiciaria um cenário para a junção de partidos. “Eu vejo que isso vai facilitar a formação desses blocos já antecipadamente na Câmara. Já há a possibilidade de alinhamento em primeiro turno com os possíveis candidatos a presidente”, diz Bengtson.
O deputado Coronel Tadeu, do PSL, também não descarta uma federação partidária com a participação do PL e outros partidos menores. “Mais para frente, é possível, sim, haver a federação partidária, sem dúvidas, inclusive com outros partidos que ainda não estão nas conversas. Se não, quem é que vai puxar voto para esses caras?”, comenta.
A participação do PTB na federação foi construída após a saída do ex-deputado Roberto Jefferson da presidência do partido, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em outubro, ele redigiu uma carta da cadeia em um desabafo com tom crítico a Bolsonaro e a relação entre os dois se fragilizou.
O ex-presidente do partido chegou ao ponto de sugerir um convite para o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) se lançar candidato pelo PTB. Contudo, com o partido sob a presidência de Graciela Nienov, o diálogo com Bolsonaro e o governo foi reconstruído. “Inclusive, com [o aval] do próprio presidente Roberto Jefferson”, diz o deputado Paulo Bengtson.
“Nós todos entendemos que o momento de desespero, aquela carta que ele escreveu, ele percebeu, retroagiu e deixou em nossas mãos as conversas que seguiram adiante, por isso estou dizendo que não haveria dificuldades em relação à federação com o PL”, complementa o vice-líder petebista.
O que é a federação partidária e que partidos pensam em utilizá-la
O sistema de federação partidária é visto como uma possibilidade de os partidos menores sobreviverem ao dispositivo da lei eleitoral conhecido como cláusula de barreira ou desempenho, que, a cada eleição, torna mais difícil o acesso de siglas com pouco voto nas urnas a benefícios como tempo de TV e recursos do fundo partidário. Na prática, essas restrições podem determinar o fim de uma sigla, que ficaria sem condições de desenvolver suas atividades.
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma das que aposta numa federação de partidos de esquerda para ampliar a construção de sua candidatura ao Planalto em 2022. Além do PT, a aliança pode contar com a adesão de PSB, PCdoB, Psol e PV.
De acordo com a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), as discussões para formar a federação partidária de esquerda já foram abertas, mas uma definição só deve ocorrer em março de 2022. “A federação é um desafio para nós, porque é um instituto novo. Nós estamos agora estudando melhor como se faz na prática a composição”, afirma.
Já a campanha do ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) aposta em uma aliança com o União Brasil, novo partido fruto da fusão entre DEM e PSL. No Podemos, alguns guardam a expectativa de uma junção com a nova legenda no formato de uma federação partidária, não apenas em uma coligação.