quarta-feira, 18 de agosto de 2021

ASCENSÃO DO TALIBÃ NO AFEGANISTÃO

 

Afeganistão
Por
Gazeta do Povo

Combatente do Talibã monta guarda em ponto de controle na cidade de Kandahar, Afeganistão, 17 de agosto| Foto: EFE/STRINGER

A rapidez com que o Talibã tomou as grandes cidades afegãs nos últimos dez dias surpreendeu o mundo e colocou o governo dos EUA em uma situação vergonhosa perante a comunidade internacional. Os bilhões investidos pela superpotência mundial em equipamentos e capacitação das forças armadas afegãs não foram suficientes para impedir que o Talibã voltasse a dominar o Afeganistão. Os serviços de inteligência da Otan também parecem ter falhado.

Na avaliação de Anthony H. Cordesman, analista do Oriente Médio para o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), embora ainda não seja possível realizar uma avaliação completa sobre o que levou ao colapso repentino da maior parte do governo central afegão e das forças de defesa do país – já que há muita informação confidencial ainda –, alguns fatores contribuíram para que isto ocorresse. Confira a seguir seis pontos elencados pelo especialista em uma análise publicada nesta terça-feira.


O que é o Talibã e como o grupo retomou o poder no Afeganistão
Anúncio da retirada das tropas americanas levou o Talibã a agir
Primeiro houve uma redução significativa das tropas americanas no Afeganistão em 2014, que permitiu que o Talibã começasse  a retomar territórios no interior do país.

Mais recentemente, em 2020 e 2021, as retiradas de pessoal militar e o fechamento de bases e instalações americanas no país ocorreram de maneira acelerada, sem um plano de paz e sem exigir contrapartida do Talibã – afinal, o grupo militante não cumpriu nada do que tinha prometido no acordo assinado com a administração de Donald Trump.

Isso foi um incentivo para o Talibã preparar uma ofensiva nacional e persuadir muitos oficiais afegãos de que os EUA e as forças aliadas estavam saindo do país e que eles seriam forçados a lidar com o Talibã.

Corrupção das autoridades afegãs
Fracasso de governança e corrupção, não apenas em Cabul, mas em todas as grandes cidades das 34 províncias do Afeganistão, foram fatores que contribuíram para a derrocada do governo afegão. O sistema legal, a polícia e qualquer força de segurança local estavam virando fontes de corrupção e extorsão.

“Em muitos aspectos, a política, a corrupção e a incompetência das partes civil e militar do governo afegão eram tão inimigos desse governo quanto o Talibã”, escreveu Anthony.

Falta de coordenação entre autoridades civis e militares
Doações nunca foram propriamente coordenadas entre oficiais civis e militares, contribuindo para a falha do governo em desenvolver a unidade política que necessitava e ao mesmo tempo aumentando o nível de pobreza da população, que não via a ajuda chegar onde precisava. Essa ausência do poder público abriu espaço para o Talibã influenciar em muitas áreas.

Financiamento do Talibã
Enquanto o governo afegão dependia basicamente de ajuda externa e operava de maneira inchada e corrupta, o Talibã se beneficiou do narcotráfico em ascensão, obtendo pelo menos parte da receita das drogas vendidas para fora do país, com extorsão e postos de controle nas estradas. Além disso, ao avançar sobre territórios, o Talibã obteve cada vez mais armas e suprimentos militares das forças afegãs e de fontes governamentais, arrecadando dinheiro de fontes civis, como a indústria de mineração. O grupo ainda podia financiar suas operações de maneira muito mais barata e gastar quase todo o seu dinheiro em seus objetivos e operações.

Deficiências das forças afegãs
Enquanto os EUA anunciavam sua retirada do país, o número de oficiais das forças de segurança afegãs aumentou. Passou de 272 mil em outubro de 2019 para 307,9 mil em janeiro de 2021 – o número diminuiu nos meses seguintes, com o avanço do Talibã. Contudo, deste contingente, apenas 118 mil eram militares. Os demais eram membros da polícia, não treinados para fazer a segurança de áreas ou atuar como forças paramilitares. Nos combates com o Talibã, a maioria deles morreu ou desertou. Em algumas áreas do país, os policiais não recebiam salários e suprimentos básicos. A qualidade das forças afegãs e governança também eram problemas.

O verdadeiro núcleo pronto para o combate das forças do Exército afegão era muito pequeno, estava sobrecarregado com missões de combate e era forçado a lutar em níveis insustentáveis. Esses problemas foram agravados pela dependência da inteligência ativa dos EUA, apoio de tropas de combate e poder aéreo americano.

Além disso, os equipamentos modernos que foram deixados nas mãos do Exército afegão tornavam os oficiais dependentes do auxílio de contratados, dadas as suas complexidades.

Erro de cálculo dos EUA e da Otan
Os relatórios oficiais dos EUA subestimaram sistematicamente a sofisticação e a capacidade do Talibã, ignorando sua história como movimento político e seu desenvolvimento como uma força insurgente. Isso levou à subestimação da influência crescente do Talibã nas áreas rurais e no país como um todo.

Como no Vietnã, as forças assistidas pelos EUA venceram praticamente todas as batalhas contra o Talibã, mas constantemente perdiam áreas – e o pequeno número de forças afegãs efetivas não conseguiu continuar a vencer enquanto o apoio militar ativo dos EUA diminuía.

Os EUA e outros serviços de inteligência também subestimaram a capacidade do Talibã de se comunicar e coordenar operações complexas em todo o Afeganistão, como os ataques que ajudaram a catalisar e explorar o colapso do governo afegão e suas forças.

Quando Biden anunciou que os EUA iriam retirar todas as tropas americanas do Afeganistão, a inteligência americana previa que as forças de defesa afegãs poderiam manter o Talibã afastado por dois ou três anos. Quando a recente ofensiva do grupo começou, a perspectiva caiu para três dias.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/6-falhas-dos-eua-e-do-governo-afegao-que-levaram-a-ascensao-do-taliba/
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GOVERNO E CONGRESSO ESTUDAM A PORTABILIDADE DA CONTA DE LUZ

 

Mercado livre de energia

Por
Cristina Seciuk – Gazeta do Povo

Enquanto estudo avalia como levar portabilidade da conta de luz à residências, “jabutis” apresentados por parlamentares tentam acelerar o cronograma.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A abertura total do mercado livre de energia no Brasil, que significaria a chance de todos os consumidores escolherem o seu fornecedor de energia, vem sendo colocada em prática de modo paulatino pelo governo federal, mas ainda é uma incerteza para as residências.

A chamada portabilidade da conta de luz, que permitiria ao consumidor fazer com o seu serviço de energia o mesmo que faz com uma linha telefônica, escolhendo o fornecedor que lhe parece mais vantajoso, já tem data para se ampliar nos próximos anos até consumidores com carga igual ou superior a 500 kW. Mas segue indefinida para portes menores.

Enquanto o governo não finaliza o estudo que indicará os caminhos para a abertura irrestrita, congressistas têm tentado apressá-la por meio dos chamados “jabutis” — emendas apresentadas a medidas provisórias que originalmente tratam de outros assuntos.

Na regra atual, o critério de entrada no mercado livre é de consumo igual ou superior a 1,5 mil kW de energia — metade da carga exigida até o fim de 2020. Esses consumidores são livres para negociar e comprar energia diretamente de um gerador ou empresa comercializadora de sua escolha — ainda que permaneçam clientes também da distribuidora, que leva a “luz” do local de geração até a ponta por meio da rede.

O cronograma do Ministério de Minas e Energia prevê novas reduções na carga mínima a partir de 1º de janeiro de 2022 (1.000 kW) e 2023 (500 kW). Vale destacar, consumidores desse porte já têm acesso parcial ao mercado livre, ainda que com restrições, como a compra de energia gerada de fontes exclusivamente renováveis. O cronograma em questão trata da liberdade geral de atuação, independentemente da fonte da energia.

Os demais consumidores, com carga inferior a 500 kW, estão restritos ao mercado regulado e não podem escolher o fornecedor. São obrigatoriamente ligados à distribuidora local, pagando tarifas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sem a possibilidade de optar — e seguem no escuro em relação a quando alcançarão a possibilidade de ingresso no mercado livre de energia.

Trata-se da ampla maioria das unidades consumidoras do país – todos os residenciais, pequenos comércios, entre outros. A exceção fica para casos de formalização de coletivos de consumidores, que, na prática, somam suas cargas para alcançar portes comparáveis aos dos inseridos no mercado livre.

Para quem está restrito ao mercado regulado e sem portabilidade (também conhecido como cativo), a expectativa é pela finalização de um estudo previsto na mesma portaria de 2019 do MME.

Estudo para levar portabilidade da conta de luz ao consumidor residencial
Conduzido pela Aneel e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para indicar um passo a passo da abertura total, o trabalho deve apontar as medidas necessárias à retirada de restrições de acesso para consumidores de menor porte. “O sucesso final dessa empreitada é quando [a abertura] chegar em nós, residenciais”, avalia Marcelo Loureiro, integrante do Conselho de Administração da CCEE. Segundo ele, o estudo deve ser entregue à pasta ainda antes do término do prazo final, que é 31 de janeiro de 2022.

O trabalho conjunto pretende indicar os caminhos para fazer com que a portabilidade da conta de luz chegue a todos, mas de modo sustentável e contínuo. “Tem que ser coordenada, organizada, possivelmente ela será gradual, não vai acontecer de uma hora para outra, tem passos que temos que seguir. Então, eu diria que é uma jornada de alguns anos para chegar nessa abertura total”, avalia.

Segundo dados da CCEE, o mercado livre de energia fechou o mês de julho com 9.350 consumidores, número ainda baixo, mas que vem crescendo e mais que dobrou desde 2019, e sozinho representa cerca de um terço de toda a energia consumida no país.

Nos últimos anos, os consumidores livres pagaram preços entre 20% e 30% menores que os cobrados pelas distribuidoras. A avaliação é de que esse benefício poderia alcançar mais de 84 milhões de unidades consumidoras, ainda que haja desafios a serem superados para tal.

A abertura total do mercado livre de energia apareceu primeiro como emenda à MP 1.031/2021, que abriu caminho para a privatização da Eletrobras. O texto previa transição gradual nos três anos anteriores e liberação integral a partir de 2026, mas o item foi retirado pelo relator.

Agora, essa mesma emenda – desta vez apresentada pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) – aparece entre as quase 300 sugeridas à MP que criou a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG). O grupo foi implantado pelo Executivo para otimizar do uso dos recursos e enfrentar a atual crise hídrica, a fim de garantir a continuidade e a segurança do suprimento de energia no país.

Também não diretamente relacionada à finalidade da MP, outra emenda pretende abertura ainda mais célere. Incluída pelo deputado Danilo Forte (PSDB-CE), ela confere acesso à portabilidade da conta de luz para todos os consumidores já a partir de 2023.

Além dos jabutis colocados nas MPs, há ainda um projeto de lei sobre o tema parado na Câmara. O PL 414/2021 (antes PLS 232/2016, aprovado por comissão no Senado em decisão terminativa) aguarda despacho do presidente da Casa e não tem qualquer previsão para ser posto em votação. O texto trata especificamente de aprimoramento do modelo regulatório e comercial do setor elétrico com vistas à expansão do mercado livre.

A retirada da emenda da MP da Eletrobras seria, inclusive, um acordo para privilegiar esse debate, já iniciado no Senado e que ainda deverá ser feito pelos deputados.


Para garantir abastecimento, ONS pede que usinas adiem paradas para manutenção no segundo semestre
Mais de 60% dos empresários da indústria preveem racionamento ou restrição de energia
Abertura do mercado como resposta à crise hídrica
No início de julho, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) propôs ao Ministério de Minas e Energia que amplie o acesso ao mercado livre para parte dos consumidores cativos como resposta à crise hídrica na ponta do consumo.

A sugestão falava em abertura transitória a consumidores de alta tensão com demanda contratada inferior a 500 kW e consumidores de baixa tensão com consumo mensal superior a 5 mil kWh/mês, desde que comprovassem capacidade de reduzir em 20% seu consumo médio de energia e assumissem o compromisso de fazê-lo por prazo determinado.

Segundo a Associação, se aplicada, a medida teria capacidade para poupar energia equivalente ao consumo de 5 milhões de residências. Na avaliação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a solução é boa, com mérito na capacidade de identificar aqueles consumidores que são de fato capazes de responder a preço, uma vez que em um mercado aberto os consumidores reagem e ajustam o seu consumo.

Procurado, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que todas as propostas fizeram parte das análises para a elaboração da portaria para implementação do programa voluntário de resposta da demanda. Nas diretrizes apresentadas na consulta pública para a RVD, entretanto, a oferta de redução voluntária de demanda para atendimento ao Sistema Interligado Nacional fica restrita aos consumidores que já podem acessar o mercado livre de energia, pequenas centrais hidrelétricas e autoprodutores de energia, autorizados a comercializar seus excedentes. O MME ainda não respondeu se a sugestão segue em análise.


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STF E TSE IMPÕEM CENSURA PRÉVIA CONTRA A CONSTITUIÇÃO

 

Liberdade de expressão

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Brasília – DF, 11/07/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião para tratar sobre ação pela educação com o Ministro da Educação, Mendonça Filho; Senador Cristovam Buarque; Assessora Parlamentar do Senador Cristovam, Denise Paiva; Presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi; Presidente dos Correios, Guilherme Campos e o Presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Cafarelli. Foto: Foto: Beto Barata/PR

Constituição Federal de 1988 garante a livre manifestação de pensamento e opinião| Foto: Beto Barata/Arquivo PR

O presidente da Justiça Eleitoral, o ministro Luis Roberto Barroso, quer formar uma comissão de transparência eleitoral com 12 integrantes. Ele quer assim aplacar os desconfiados em relação à urna eletrônica. Nesta terça-feira (17), Barroso conversou por telefone com o ministro da Defesa, Braga Netto, para pedir que haja um representante das Forças Armadas nessa comissão.

Eu sei, por exemplo, que o Exército tem, inclusive no Forte Rondon, em Brasília, um setor de guerra cibernética, que é a guerra moderna. É um pessoal que é bom nisso. A ciência e tecnologia do Exército, da Força Aérea e da Marinha pode indicar alguém.

Outra medida do presidente do TSE é que vai ampliar a possibilidade dos partidos fiscalizarem. Agora eu não sei como é que entra no computador para fiscalizar as coisas. Os partidos podem acompanhar mais de perto quando o TSE faz a configuração de cada urna.

E outra coisa é ampliar os testes de urnas. Eu fiquei boquiaberto ao saber que são quase 400 mil urnas digitais e só 100 são retiradas para fazer um teste, ou seja, a cada 4 mil, tira uma. E agora querem ampliar esse número.

É um esforço válido, já que foi enterrada a ideia do voto impresso na Câmara dos Deputados — ainda há lá no Senado a possibilidade de uma emenda constitucional, um destaque, que dá a possibilidade de votar isso. Mas o presidente do Senado já disse que não pretende pôr isso em votação.

Brasil não merece parar
Em nome de mais segurança para o voto e em defesa dos direitos fundamentais, como a liberdade de opinião, houve um movimento para “parar o Brasil” no dia 7 de Setembro com participação de caminhoneiros e agricultores.

Mas eu acho que o Brasil não merece ser paralisado por causa disso. O Brasil é que vai pagar? O alvo está errado. Os brasileiros não têm mais condições de pagar mais um ônus, além de tudo que já pagaram por essa pandemia e por paralisações promovidas pelos cúmplices do coronavírus. Acho que não é esse o caminho.

Liberdade de expressão sendo atropelada
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) reclamou durante a CPI da Covid do silêncio do Senado em relação a atropelos que estavam ocorrendo sobre a liberdade de expressão, com imposição de censura prévia.

A prisão de Roberto Jefferson já foi isso: uma censura prévia. E agora a Justiça Eleitoral está pedindo para as redes sociais não monetizarem o trabalho de muita gente que tem canal na internet e supostamente divulga fake news. Por exemplo, a Bárbara, do canal do YouTube “Te Atualizei”. Eu sigo a Bárbara e nunca vi fake news lá. Aliás, eu aplaudo a inteligência dela, a crítica inteligente, o humor fino.

Mas isso é uma infração ao parágrafo segundo, do artigo 220 da Constituição, que diz que não haverá censura sobre atividades, manifestações políticas ou artísticas da liberdade de expressão. Impor censura é ir contra a Constituição. E mais, é tutelar as pessoas dizendo: “olha você pode ouvir isso, mas você não pode ouvir aquilo”. Isso é muito típico de regime totalitário.

Ao mesmo tempo em que um tribunal passa por cima da Constituição e se arvora o direito de se julgar vítima e ser juiz, e tomar uma decisão. Isso não é Justiça, isso é coisa de justiceiro. Isso também não existe em uma democracia, num Estado de Direito.


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terça-feira, 17 de agosto de 2021

A MORTE E O ENFRENTAMENTO DO LUTO

 

A morte de Tarcísio Meira faz refletir sobre o modo de enfrentamento do luto de um dos parceiros     Dra. Andréa Ladislau é psicanalista, psicopedagoga, Membro da Academia Fluminense de Letras e colunista de diversos veículos de imprensa nacional   Perdeu a arte, perdeu a televisão e o cinema, perdeu a família, perderam os fãs e amigos, perdeu o Brasil…um de seus maiores artistas: o ator Tarcísio Meira. Essa semana por complicações da Covid-19 fomos todos surpreendidos pela morte de Tarcísio que aos 85 anos deixa filhos, netos e a companheira de uma vida inteira: Glória Menezes.   Os dois foram casados por quase 60 anos. Cúmplices da vida e da arte, Tarcísio e Glória mostravam total sintonia em cada trabalho nas telas e sempre deixavam claro nas entrevistas que não saberiam viver um sem o outro. A partida do ator Tarcísio Meira, nos leva a refletir sobre o enfrentamento do luto e como lidar com a ausência e a perda de uma pessoa com quem se conviveu por muitos anos. Uma dor imensurável, carregada de muita tristeza e dor, modificando de forma drástica a realidade de Glória Menezes; obrigando-a a conviver com a saudade e ausência de seu grande companheiro.   Falar de luto nos remete à melancolia e suscita lembranças que causam dor e muita nostalgia. Sentimentos saudosos de pessoas queridas que se foram e o sofrimento por reviver na memória essa perda emocional.   O luto é uma experiência profunda e individual que se define pela capacidade de enfrentamento da partida do outro. É o estado de recolhimento. E esse estado passa por algumas etapas, das quais naturalmente, o ser humano vivencia conforme sua individualidade. Alguns com mais ou menos intensidade.   Ou seja, a intensidade está ligada à estrutura sentimental de cada um ao aprender a lidar com as etapas nas quais o luto se apresenta. Mas, o mais importante é não pular nenhuma dessas etapas. Se cada uma delas for bem elaborada o indivíduo poderá alcançar um equilíbrio consciente, apesar de toda dor envolvida.   Vamos então, à uma breve análise das fases do luto: a primeira fase do luto é a negação, quando as pessoas negam a situação para combater as emoções que estão experimentando por causa de sua perda.   A raiva é a segunda etapa, que ocorre quando os efeitos da negação começam a se desgastar. A raiva envolve uma efusão de emoções da pessoa que sofre, que pode se sentir irritada com a pessoa que a deixou ou com o que possa ter perdido.   Em seguida, temos a fase de negociação. Uma negociação, em que a pessoa de luto pode experimentar pensamentos do tipo “se apenas…”. Na quarta fase do luto temos a depressão, que surge quando as pessoas têm de enfrentar os aspectos práticos da sua perda.   E por fim, temos a fase da aceitação, em que após externar sentimentos e angústias, inveja pelos vivos e sadios, raiva pelos que não são obrigados a enfrentar a morte, lamento pela perda iminente de pessoas e de lugares queridos, a tendência é que o parceiro que ficou aceite sua condição e comece a elaborar estratégias pessoais de adaptação dentro de sua nova realidade.   Mas resistir e pular etapas pode fazer com que o sofrimento seja prolongado e gere assim, traumas emocionais. Por esse motivo, é importante vivenciar o luto, entregar-se à dor e chorar. Respeitando, claro, o tempo de cada um.   Mas quando falamos em luto é normal que se faça associações equivocadas em relação à atmosfera que envolve esse tema. Fato é que não sabemos lidar com a morte e temos um compromisso cultural com a nossa própria felicidade e com a felicidade do outro.   Agimos, instintivamente, na direção da eliminação da dor da perda de alguém ou da rápida recuperação de um amigo enlutado. E não estamos preparados para tratar disto.   O que precisa ficar claro é que o luto não é doença, assim como a tristeza não é depressão e, é um equívoco acreditar que existe um tempo cronológico para essa tristeza ou essa dor terminar. Somos seres individuais e cada um irá agir de uma maneira.   O luto não se define por seu tempo de duração, mas sim pelo processo de elaboração sobre a morte. E desta forma podemos classificar o luto como prolongado ou complicado.   A maneira como compreendemos o momento do luto, pode ser crucial. Temos um tempo interno, que se chama Kairós, ele sim irá designar o tempo correto em que essa dor será amenizada. Diferente do tempo Chronos, o tempo que mede os dias e as horas.   Se expressar sobre o luto é importante, já que, psicologicamente não poder manifestar sua dor é uma agressão e pode alimentar outras dores somatizadas com angústia.   Verbalizar é o que vai ajudar a elaborar e a sair do luto mais rápido. É um recurso muito positivo e muito saudável. Falar e ouvir sua dor. E aqui, entra uma outra questão importante em todo esse processo: como é difícil aguentar ouvir a dor do outro e como não estamos preparados ou não preparamos nossos filhos para essa atitude diante do sofrimento alheio. Nem sempre estamos preparados emocionalmente para esse ato empático.   É importante entendermos que não existe dor maior ou menor. Existe dor e cada um vive essa dor conforme sua própria bagagem de vida. Não existe fim do luto, existe fim do processo de sua elaboração.   É exatamente o momento em que o enlutado começa a fazer planos sem a pessoa que morreu ou sem aquilo que perdeu ou teve fim (como um relacionamento amoroso, por exemplo). É quando o indivíduo se permite ser feliz sem culpas. Onde a maior constatação que temos, é exatamente a de que essa elaboração leva o tempo interno que cada um necessita.   A tolerância à frustração, a capacidade de adaptação e a resiliência são características muito humanas, que podem facilitar o aceite dessa nova realidade.   Sabemos que a vida não é um contínuo estático, vivemos em uma constante mudança e o ser humano, nesta perspectiva, pode ser capaz de seguir em frente nas situações mais adversas. O importante não é cair, mas voltar a se levantar.   Portanto, o fato de estarem sempre muito juntos, em uma união duradoura e envolvidos em atividades prazerosas, como é o caso de Tarcísio e Glória, faz com que ela possa vir a ter ainda mais dificuldades para superar o luto.   Porém, diante de todo relato, é igualmente importante que a perda não seja reprimida. Do contrário, até em função da idade e dos anos já vividos por ela, a dor do luto pode se manifestar, posteriormente, como algum outro sintoma.   Nesse momento, até por sua idade também avançada, o acolhimento, a atenção e uma boa rede de apoio são de suma importância para que ela consiga desejar viver, mantendo a alegria e espontaneidade que sempre esteve muito presente ao lado do marido. Além disso, o luto não é considerado uma condição patológica.   E é comum que haja mudanças temporárias no estilo de vida, na diminuição do interesse pelo convívio social e pelas atividades do cotidiano. Sensações e emoções normais que surgem neste período.   Mais do que nunca, nossa querida atriz, assim como qualquer outra pessoa que vive a ausência de alguém tão especial, do grande amor de sua vida, deverá trabalhar a elaboração da perda para se fortalecer e encontrar ferramentas para enfrentar as frustrações e dores causadas pela perda de seu companheiro de vida e de tantos trabalhos.   Enfim, se essa elaboração for difícil, o mais recomendável quando não se está dando conta de todo esse turbilhão é buscar a ajuda de um profissional de saúde mental para que se possa desenvolver uma visão mais realista do processo do luto.   Desta forma, Glória e outras tantas pessoas que vivem a dor da perda de um ente querido, conseguirá eliminar o desespero e dar lugar a uma maior serenidade, através do enfrentamento consciente da saudade.      

DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA É UMA DOENÇA

 

FOMO: seu filho sofre quando está offline? Pode ser sinal de dependência tecnológica   FGR Assessoria de Comunicação Flávia Vargas Ghiurghi Stella Azulay   Identificado pela primeira vez pelo Dr. Dan Herman, em 1996, e citado em 2000 em um trabalho acadêmico publicado no The Journal of Brand Management; a síndrome FOMO (do inglês, Fear of Missing Out) representa um medo patológico de estar perdendo algo nas redes sociais, de ficar por fora do mundo virtual.   “A ansiedade de não saber o que está se passando nas redes sociais ou de acessar e descobrir que ‘perdeu’ vários posts interessantes, pode desencadear reações negativas. Daí a importância de ficar atento às mudanças de comportamento do seu filho”, diz Stella Azulay, fundadora da Escola de Pais XD, Educadora Parental pela Positive Discipline Association, especialista em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental e Mentora de pais e adolescentes.   De acordo com o estudo Status of Mind (estado da mente) da Royal Society for Public Health (RSPH), a internet tem causado danos importantes aos jovens:   – A mídia social tem sido descrita como mais viciante do que cigarros e álcool   – Quase 91% das pessoas de 16 a 24 anos usam a internet para redes sociais   – As taxas de ansiedade e depressão em jovens aumentaram 70% nos últimos 25 anos   – O uso da mídia social é associado ao aumento das taxas de ansiedade, depressão e falta de sono   – O bullying virtual é um problema crescente, com 7 em cada 10 jovens que afirmam ter passado por ele   Segundo Stella, os sinais de alerta são óbvios. “Seu filho não desgruda do celular, mesmo quando está à mesa (atitude essa que você jamais deve permitir); ele não se concentra nos estudos porque fica o tempo todo atualizando o feed das redes sociais, ávido por novidades; vai a eventos apenas para postar as fotos nas redes (acredite, isso acontece mais do que se imagina) ou, ao contrário, o jovem deixa de curtir momentos reais para ‘viver’ no mundo virtual”.   Como ajudar seu filho Se não tratada, a FOMO pode gerar uma dependência tecnológica e, consequentemente, depressão, transtorno de ansiedade e falta de motivação para realizar as atividades habituais. Para quem já está em um estágio avançado de vício pela internet, há tratamentos específicos no Instituto Delete, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo. São espaços especializados no atendimento de pacientes com problemas relacionados à tecnologia. Outra dica: se você desconfia que seu filho pode estar dependente, faça o teste no site do Serviço do Ambulatório de Transtornos do Impulso, também do Hospital das Clínicas.   “Vale frisar que é fundamental ficar atento ao comportamento dos filhos e ter consciência da responsabilidade que é criar jovens nos dias de hoje, que podem usufruir dos benefícios da internet, mas nem sempre têm estrutura emocional para lidar com as dores das redes sociais”, finaliza Stella Azulay.  

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL É IMPORTANTE NAS EMPRESAS

 

Psicologia organizacional e empresas que cuidam: o futuro do mercado Elizabeth Nickel, psicóloga especializada em gestão de recursos humanos e analista de treinamento e RH na BiUP Educação, conta que no mercado 4.0, a tendência é que as empresas cuidem de seus colaboradores da mesma forma que cuidam do consumidor final.
Quem acha que a psicologia organizacional é um campo recente, se engana. Lá atrás, em 1899, despontaram os primeiros estudos sobre a fadiga, mal que acomete muitos trabalhadores. Desde então, essa área de estudo, aliada ao crescimento mundial das indústrias, se tornou uma área de foco para a psicologia, que passou a buscar entender o funcionamento do cérebro humano em relação ao trabalho.   Durante o pós-guerra, nos anos 50, o cenário não era muito animador para quem queria ter um emprego e uma saúde mental estável. Nesta época de expansão do capitalismo, quase um terço dos trabalhadores americanos morreram por conta de ataques cardíacos dado às suas árduas horas de trabalho. Assim nasceu a área de recursos humanos moderna como conhecemos hoje, que antes não possuía o atributo de se preocupar com o bem-estar das pessoas.   Hoje em dia, temas como ansiedade, síndrome do burnout, depressão e até suicídio são pautas trazidas pelo RH para suas corporações com o intuito de cuidar cada vez mais da felicidade e bem-estar dos seus colaboradores. Em 2018, empresas como PepsiCo, Microsoft e Facebook mostraram para o mundo que inovar suas políticas e práticas do setor de RH é mais simples do que parece e auxilia as empresas a contratarem melhor e aumentar a produtividade dos colaboradores.   Um levantamento feito em 2021 pela Kenoby, startup de seleção e recrutamento digital, mostra que, de 488 profissionais do RH entrevistados, em 67% das companhias onde eles atuam houve colaboradores afastados por problemas emocionais.    Além disso, um estudo recente da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que uma a cada cinco pessoas no trabalho pode sofrer de algum problema de saúde mental. E ainda há quem diga que devemos separar o emocional do profissional. Como seria possível separar estas áreas quando ambas impactam diretamente uma na outra? Quando algo não vai bem na saúde mental, é notável que isso impacte diretamente no trabalho, causando perda de produtividade, queda na qualidade, podendo acarretar muitas vezes até em ausências.   A ideia da psicologia organizacional, unida ao RH dentro das empresas, é ser responsável pelo desenvolvimento de estratégias avaliando sempre os efeitos dos ambientes empresariais no psicológico dos funcionários. Além disso, também é responsável por manter a qualidade do clima organizacional, com boas condições de trabalho e equipes motivadas.   Por que as empresas devem adotar novas medidas de RH e implantar a psicologia organizacional? Boas condições de trabalho somado a colaboradores com uma saúde mental equilibrada é a fórmula do crescimento saudável para uma empresa, seja ela pequena, média ou grande. O primeiro passo para que isso aconteça? Começar a escutar e acolher os colaboradores com suas dores.  

STARTUPS A BOLA DA VEZ

Foto da área de atendimento/call center do Nubank Foto: Germano Lüders 26/01/2018
Por que as startups mexem com a cabeça (e o coração) dos investidores?   por Sergio Lozinsky Nunca se viu um processo tão intenso de investimentos, fusões e aquisições quanto nos últimos dois anos – muitos envolvendo startups – e não há indícios de que vá diminuir em curto ou médio prazo. É preciso conhecer os fatores, bem como riscos e limitações, que estão por trás dessa movimentação.
O aporte em  startups somou um recorde global de US$ 156 bilhões no segundo trimestre, sustentado por fortes investimentos em empresas nos Estados Unidos, mostrou um estudo da CB Insights divulgado em julho. Trata-se de uma recuperação impressionante – o investimento privado cresceu 157% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a pandemia da Covid-19 começou a devastar economias. Já um levantamento da plataforma Transactional Track Record mostra que, entre janeiro e maio deste ano, o número de fusões e aquisições avançou 36% na comparação com o mesmo período do ano passado – foram 693 negócios.   Essa tendência não se restringe ao presente: ela deve continuar pelos próximos anos. A competição entre empresas passou a acontecer em nível global, trazendo muito mais ofensores ao crescimento de cada uma. Três fatores influenciam fortemente esse movimento: a necessidade de adquirir novas tecnologias, a busca por uma expansão rápida  de mercado e até um desejo de proteção – isto é, “matar” o futuro concorrente antes que ele cresça.   Este último motivador foi bastante comum no mercado de software ao longo dos últimos anos, e oferecia a vantagem de trazer para dentro da empresa talentos humanos dos quais ela não dispunha. A compra da PeopleSoft pela Oracle, consolidada em 2004,  é uma das referências desse período. Ainda que com menos frequência, aquisições orientadas por esses objetivos continuam acontecendo ainda hoje.   Efervescência constante Um elemento adicional  a esse processo são os fundos de investimento. Eles criam ainda mais oportunidades de aquisição para o mercado devido à sua própria natureza: dificilmente um fundo permanecerá à frente de uma empresa por mais de dez anos, já que seu resultado vem justamente da venda daquilo que construiu.   Os fundos de private equity compram não uma, mas várias empresas. Eles criam algo maior, mais produtivo e atrativo para a venda. O viés deles é o de consolidação de negócios, e fazem isso de uma maneira muito mais rápida do que o mercado seria capaz de fazer por outros meios ou via Bolsa de Valores.   A verdade é que o mercado de M&A vive um momento especial de “ganha-ganha”: as empresas que têm estratégia de crescimento inorgânico podem comprar soluções e negócios aprimorados pelos fundos de private equity; estes, por sua vez, dispõem de um mercado comprador com investidores ansiosos; e por fim, as empresas candidatas a realizarem seu potencial financeiro através de uma venda encontram mais caminhos e mais recursos para fazê-lo.   Um freio à vista? Apesar de tantos elementos favoráveis,  algo pode ameaçar – ou ao menos impactar – esse cenário: os órgãos encarregados de preservação à concorrência começam a estabelecer novas regras para aprovar essas aquisições, em razão do tamanho de mercado que resulta dessas ações, tornando-o menos competitivo.   Não se pode negar a necessidade de algum nível de controle. O filósofo e doutor em Sociologia tunisiano Pierre Lévy afirma que empresas gigantes como Apple, Google, Microsoft, Amazon, Facebook e outras se tornaram novas formas de Estado, os quais ele chama de Estado-plataforma, ou de tecnopoder.  Eles compõem um elemento especialmente desafiador, uma vez que extrapolam os órgãos reguladores nacionais e passam a requerer a regulamentação de órgãos internacionais.    Estamos em uma espiral de evolução tecnológica que abre espaço para desdobramentos eventualmente sombrios, mas ela também cria possibilidades inimagináveis. O problema, nesse caso, é que muitas vezes o board das grandes empresas não é capaz de compreender o que está diante deles, mesmo com o auxílio dos especialistas. Só o que temos à frente com a evolução dos dispositivos conectados com o 5G é um universo literalmente imenso. Isso acaba favorecendo um clima de “Corrida do Ouro”, com buscas desenfreadas pelo que pode ser a próxima grande transformação e, por isso mesmo, nem sempre fundamentada em bases sólidas.   E isso é muito bom. Vivemos uma época em que muito mais pessoas admitem tentar criar algo de valor – um comportamento que não era constante há alguns anos, quando ainda vicejava a mentalidade de garantir uma carreira estável, mas não necessariamente produtiva. A valorização do potencial das startups, a ação dos investidores-anjos com seu seed money –  isso é verdadeiramente revolucionário. Representa uma alavanca poderosa  para a evolução de produtos e  serviços, e mais um instrumento para distribuição de riqueza.   Mas não podemos nos esquecer de que são sempre operações de risco alto. E as razões para não dar certo costumam ser as mesmas: erro estratégico na decisão de escolher o que comprar (e só perceber depois de efetuar a compra); erro na hora de integrar as empresas (se valendo mais da intuição do que da capacidade de fazer o processo adequado); e a própria capacidade de gestão de um negócio com dimensões ampliadas.   Seja como for, os riscos não são suficientes para desacelerar esse movimento – e o passar dos anos tende a refinar o conhecimento sobre essas operações. Por isso, não basta apenas “seguir o fluxo”: as lideranças precisam mergulhar fundo nos mecanismos desse universo se quiserem tirar verdadeiro proveito dele.   PROPÓSITOS DA VALEON – “ValeOn É TOP” ValeOn é uma Startup Marketplace que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa. Encontre Produtos, Profissionais e Serviços em toda a região do Vale do Aço Site: https://valedoacoonline.com.br/ ou App Android valeon Moysés Peruhype Carlech A ValeOn é uma startup daqui da região e foi acelerada pelo programa AGITA/SEBRAE/MG e pretendemos atuar no ramo de Publicidade e Propaganda online e pretendemos atender a todas as 27 cidades do Vale do Aço.   O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.   A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.   Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.   O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.   A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.   A Plataforma Comercial da ValeOn é um site moderno, responsivo, profissional, projetado para atender às necessidades dos serviços da região onde existem várias formas de busca: por cidades, por empresas, por produtos, por atividades, por município e por procura. Para acessar a plataforma da ValeOn poderá ser feita por: Site: https://valedoacoonline.com.br/ Aplicativo App: Digitar valeOn no Playstore do Google   Detalhe interessante dessa inovação da ValeOn é que os lojistas/prestadores de serviços/profissionais autônomos inscritos na Plataforma não precisarão fazer nenhuma publicidade ou propaganda, quem o fará é a equipe da ValeOn responsável pela plataforma.   Sobre a publicidade de divulgação dos nossos clientes será feita em todas as redes sociais: facebook, instagran, whatsApp, google, linkedin, rádios locais, jornais locais e onde for possível fazê-la.   Vamos tornar a nossa marca ValeOn conhecida em toda a região como um forma de ser desenvolvedora do comércio da região e também de alavancar as vendas do comércio local.   Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp) E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com Site: https://valedoacoonline.com.br/    

 

LIBERDADE AINDA QUE TARDIA

Indivíduos

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Combatentes do Talibã retomaram a capital Cabul e o controle do Afeganistão 20 anos após a invasão americana.| Foto: EFE/EPA/STRINGER


O Roberto Jefferson está preso por ordem de um juiz que é relator de um inquérito aberto com base no Regimento Interno do STF, sem a participação do Ministério Público. Aliás, no caso de Jefferson, o MP foi contra a prisão alegando que isso equivaleria à censura prévia. Porque a prisão preventiva de alguém que injuriou ou difamou um ministro do Supremo é uma censura prévia. Prende-se para que ele não continue fazendo isso.

O inquérito foi aberto pelo presidente do Supremo, em março de 2019. Um mês depois a procuradora-geral da República na época mandou arquivá-lo, mas não foi obedecida pelo STF, e o inquérito depois foi aprovado por dez dos 11 ministros do Supremo. Uma coisa incrível, caso único no Direito de um país democrático, em que o ofendido — supostamente ofendido — é quem investiga, denuncia, julga e prende.

Tudo isso é para dizer que eu recebi um levantamento que mostra dez inconstitucionalidades do Supremo na prisão de Roberto Jefferson. Dez desvios do devido processo legal, da constitucionalidade. Exatamente o tribunal que se destina a proteger e interpretar a Constituição está fazendo uma nova Constituição.

E vejam só: 13 governadores manifestaram apoio a tudo isso. Deve ser da natureza totalitária deles, tanto que afirmam nesse abaixo assinado que o Estado Democrático de Direito só existe com um Judiciário livre e independente. Eu acho que, na cabeça deles, a nação está abaixo do Estado, que os indivíduos estão abaixo do Estado. Porque Estado Democrático de Direito só existe quando os indivíduos são livres para se expressar e não têm medo de arbítrio do Judiciário ou de qualquer autoridade que julgue que essa ou aquela expressão são atentados à democracia.

O fato é que não podemos abrir mão da nossa liberdade. Está na Constituição, artigo 220, para quem quiser ler. Liberdade de expressão; não existirá censura; todo processo tem que ter Ministério Público… São condutas inconstitucionais que a gente vê no dia a dia e tem gente que ainda faz cara de paisagem, finge que não vai atingir a liberdade dele, mas isso infelizmente atinge todo mundo.

Vejam o caso do Afeganistão
Os EUA fizeram cara de paisagem no Afeganistão, foram embora e o Talibã tomou conta do país outra vez. A partir de agora, as mulheres afegãs têm que cobrir o rosto ou são açoitadas na rua. Eu vi nesta segunda-feira (16) uma execução: uma mulher ajoelhada levando um tiro na cabeça e uma pequena multidão em roda assistindo. Uns fazem lá um discurso, provavelmente falando a suposta regra que ela infringiu, e dão um tiro na cabeça, na hora. Execução sumária!

Mulheres e meninas não podem mais ir para a escola. Mulher não pode sair ou viajar sozinha. Não pode! Aquelas que trabalhavam normalmente não foram mais para o escritório; estão em casa com medo. Algumas dizem que vão se rebelar e não vão usar a burca, mas a retaliação do Talibã será terrível. Quando se perde a liberdade, para recuperar, dá muito trabalho.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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