quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O SEU AMBIENTE DE TRABALHO É BOM?


Quando o ambiente de trabalho adoece

Simone Demolinari











Não há como separar: saúde física e psíquica andam de mãos dadas. Não é de hoje que estudos mostram que somos a soma daquilo que pensamos e sentimos. Nossas emoções são capazes de preservar nossa saúde e também interferir no surgimento de doenças graves.

Isso porque a partir do que sentimos descarregamos na corrente sanguínea elementos químicos que fazem com que nosso corpo acione respostas fisiológicas.

As emoções positivas, como gratidão, bondade e amor, estimulam a produção de neurotransmissores responsáveis pelo nosso bem estar, tornando-nos mais felizes, bem humorados e portanto mais tolerantes e pacientes.

Já as emoções negativas, como raiva, medo, rancor e ansiedade, estimulam a produção de cortisol, elemento químico do estresse, que faz com que o corpo entre num estado de alerta, como se estivesse correndo risco de morte ou precisasse lutar ou fugir. Com essa luta que não existe, a química produzida acaba sendo absorvida pelo organismo, passando de remédio para veneno.

As maiores queixas em relação ao estresse são atribuídas ao trabalho. Mas não é a atividade em si que esgota, e sim o ambiente profissional adoecido. As reclamações mais recorrentes são:

- Disputa e competitividade: trabalhar num ambiente hostil, onde não se pode confiar no colega ao lado, é muito desgastante emocionalmente. Além disso, algumas empresas estimulam a competitividade doentia para tirar proveito disso e acabam criando um clima organizacional tóxico, propício a atritos e rivalidade.

- Cobrança excessiva: algumas empresas não respeitam o horário comercial acordado. Alguns chefes exigem que os funcionários atendam ao telefone ou respondam e-mails à noite, de madrugada e nos finais de semana. Essa exigência, na maioria das vezes, não é dita de forma direta, porém, aquele que tenta resistir a essa cultura costuma ouvir indiretas irônicas, sofrer boicotes ou até ser demitido.

- Chefes tiranos: há chefes que “motivam” suas equipes através de ameaças. Criam um clima de terror sob a justificativa de que assim o funcionário produzirá mais. Só fazem conseguir o contrário.

- Acúmulo de funções: algumas empresas atribuem ao funcionário um número de tarefas quase impossível de serem executadas dentro do horário estabelecido. Com isso, o funcionário sacrifica lazer, família e relaxamento. Submete o corpo e a mente a um constante estado de fadiga.

- Sensação de injustiça: no ambiente corporativo é muito comum abrir mão da meritocracia em função de outros interesses: parentesco, relacionamentos afetivos, solicitação de amigos ou troca de favores. Isso gera um desgaste emocional intenso naquele que empenha esforços e acredita que a empresa irá valorizar sua dedicação.

- Exigência de padrão inatingível: uma coisa é exigir que o funcionário trabalhe com 100% da sua capacidade; outra coisa é exigir dele o impossível. Estabelecer um patamar inalcançável, além de desumano, cria uma sensação de dívida permanente.

Nossas emoções determinam nossa qualidade de vida. Para não adoecermos, é importante que o saldo se mantenha positivo.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 13/02/2019


Fritura governista

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini









Além de críticas de colegas do PSL e partidos aliados na Câmara, o líder do Governo, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), passou a ser alvo de queixas de ministros do alto escalão do governo Jair Bolsonaro. Dizem, nos bastidores, que o líder, neófito na política, não tem dado devida e ágil atenção aos pedidos e demandas das pastas. O que preocupa o Governo às vésperas do envio do texto da reforma da Previdência à Câmara, que precisa amealhar 308 votos, no mínimo, para a PEC ser aprovada.

Venha cá
As queixas chegaram ao chefe da Casa Civil, Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que convocou Vitor Hugo ao Planalto ontem para tentar aparar as arestas.
Volta pra lá
O líder, escolha pessoal de Bolsonaro, deixou a Presidência com conselhos e a incerteza em torno da permanência no cargo. O Palácio já tem uma lista com nomes.

Calendário riscado
O Governo já trabalha com a previsão de aprovação da reforma, no melhor dos cenários, para o segundo semestre.

Mundo de olho
O mais recente relatório da consultoria multinacional Delloite, para investidores estrangeiros de 150 países (documento distribuído em inglês), cita o Brasil sem destaque, mas com a devida importância no cenário político-econômico. Os analistas avaliam o momento de otimismo somado à cautela: a economia, em recessão nos últimos anos, vai ser retomada; Mas preocupa o discurso, segundo eles, “protecionista e isolacionista” do presidente Jair Bolsonaro.

Mundo de olho 2
A Delloite também cita as 250 grandes empresas globais que movimentaram mais de US$ 4 trilhões, juntas, em 2018. Entre elas, as únicas brasileiras citadas para investidores - é como uma dica para compra de ações - são Lojas Americanas, Magazine Luiza e Drogasil, a maior rede de drogarias do Brasil.
Assim, pode
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, que há alguns meses não coloca mão em maçaneta de portas de carro e gabinetes para entrar, com café da manhã feito por serviçais, acha que brasileiros podem trabalhar até os 80 anos.
ESPLANADEIRA
. Ricardo Boechat foi meu primeiro chefe, no antigo “Jornal do Brasil”, no início dos 2000. Tomei coragem de entrar na sua sala certa tarde na redação da avenida Rio Branco, sugeri uma nota exclusiva. Ele atento ao estagiário com voz trêmula (eu, assistente de conteúdo, um cargo qualquer entre estagiário e repórter). Demorei uns oito minutos para explicar a notícia, e ele, maestro, conseguiu resumir tudo em duas linhas no dia seguinte. Lembrou que a boa nota de coluna tem que ter duas linhas, para mostrar que você de algo. Até hoje não aprendi. Meses depois, emplaquei – por decisão dele – uma matéria de capa no JB, com minha assinatura (ter o registro na capa era como ser lembrado pelo técnico da Seleção Brasileira de Futebol numa convocação). Durante cinco meses, eu (o assistente de conteúdo ainda) apurara, por telefone, uma história sobre ‘O Dia do Orgasmo de Esperantina’ (PI). Encontrei dona Raimunda, a prostituta que deitou com 5 mil homens; o dono da farmácia; que aumentou a venda de preservativos, o dono do motel, que comprou a primeira banheira de hidro para a data; o vereador corno que estimulou a lei. No dia seguinte, Boechat gostou da reportagem, mandou a direção me contratar, e tornei-me repórter oficialmente. Anos se passaram, vim para Brasília, assinei por quatro anos o Informe JB, pelo qual ele passara. Eu o lembrei disso certa ocasião por e-mail. Uma reverência, apenas. Fato é que em um acidente ridículo, inimaginável e que renderia uma nota surreal para sua coluna (já viram uma carreta atropelar um helicóptero desgovernado?), o Brasil perdeu a sua mente brilhante do jornalismo contemporâneo. Boechat era inquieto, elétrico, apurador – era capaz de tirar do bolso um bloquinho e conversar com um ‘flanelinha’ para pegar exclusiva. Tratava a todos sem distinção. Um olhar atento do cotidiano. Todos nós – repórteres ou você leitor, telespectador, ouvinte de rádio – temos uma história com ele. Vai fazer falta demais em nossas vidas cotidianas.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

ÁREA DEVASTADA PELA LAMA DE BRUMADINHO-MG VAI LEVAR UM SÉCULO PARA RECUPERAR



Recuperação de área verde devastada em Brumadinho levará cem anos

Raul Mariano








O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Grande BH, devastou uma área verde equivalente a 15 vezes o Parque Municipal da capital mineira. Monitoramento feito por satélite pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aponta que cerca de 270 hectares de mata foram consumidos pela lama. Para que a floresta destruída seja totalmente recuperada, serão necessários pelo menos cem anos, estima a Fundação SOS Mata Atlântica.
O desastre, que já deixou 165 mortos e atingiu em cheio a bacia do rio Paraopeba, acabou com 133 hectares de vegetação nativa de mata atlântica e cerca de 700 mil metros quadrados de Áreas de Preservação Permanente (APPs), segundo o Ibama.
O impacto da tragédia não prejudicou apenas a flora, mas também a fauna local, o que torna o processo de recuperação ainda mais complexo. A avaliação é do biólogo Tiago Felix, da SOS Mata Atlântica, que passou dez dias em campo analisando as consequências do desastre para o meio ambiente.
Ele explica que todo o ecossistema na região foi afetado pelo rompimento da barragem. Pássaros, répteis, insetos e mamíferos que viviam por lá foram buscar refúgio em outros locais, segundo o especialista. “O que sobrou de fauna precisa ser reconectado. Esses animais são essenciais para a manutenção da floresta. Uma restauração florestal simples levaria dez anos, mas, para voltarmos a ter um bioma totalmente equilibrado, seria necessário um século”.
O biólogo ainda destaca ser inviável tentar plantar novas árvores sobre a área devastada, já que o solo contaminado por rejeitos torna mais difícil a sobrevivência de qualquer espécie vegetal.
Dessa forma, garante, será necessário criar meios para que os dois extremos de mata nativa conservada se unam através de corredores ecológicos. “É como se fosse um grande machucado que precisamos ir limpando de fora para dentro”, compara.
O Instituto Estadual de Florestas (IEF) foi procurado, mas não se posicionou sobre o assunto até o fechamento desta edição
Dedicação
A intervenção humana será imprescindível para que a recuperação ambiental da área atingida em Brumadinho transcorra corretamente. Quem afirma é a superintendente-executiva da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA), Maria Dalce Ricas.
“Não dá para esperar a natureza agir sozinha. Teremos que fazer o replantio das espécies perdidas e, quanto mais rápido começar, mais rápido será a recuperação. Lembrando ser preciso um monitoramento da área por no mínimo quatro anos”, acrescenta.
A Vale foi questionada sobre ações para a recuperação da vegetação devastada pela lama, mas respondeu apenas sobre as medidas de redução de impactos no leito do Paraopeba, já informadas em ocasiões anteriores.

É PRECISO REDUZIR DRÁSTICAMENTE A QUANTIDADE DE PLÁSTICOS NOS OCEANOS


Governo japonês vai reduzir uso de plástico em órgãos públicos



Agência Brasil









A decisão tem como objetivo reduzir a quantidade de dejetos de plástico nos oceanos


O governo japonês decidiu cortar o uso de produtos de plásticos em cafeterias e lojas em cerca de 200 órgãos e instituições ligadas ao governo, como universidades, a partir do ano fiscal de 2019, que tem início em abril.

A decisão tem como objetivo reduzir a quantidade de dejetos de plástico nos oceanos. Ela foi tomada quando as diretrizes para a assinatura de contratos entre o governo e operadoras de cafeterias e lojas estavam sendo revisadas.

Será pedido às operadoras de cafeterias que evitem o uso de talheres e recipientes descartáveis de plástico. A exceção é para serviços a portadores de deficiências.

Os donos de lojas de conveniência e demais varejistas serão orientados a deixar de fornecer sacolas plásticas, além de canudos e colheres de plástico.

O governo afirma que só irá assinar contratos com entidades capazes de atender aos novos padrões.

O ministro do Meio Ambiente, Yoshiaki Harada, afirmou que as novas diretrizes serão rigorosamente aplicadas. Ele disse acreditar que a campanha do governo incentive autoridades provinciais, municipais e diversos setores industriais a adotar a medida.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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