Fritura governista
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
Além de críticas de
colegas do PSL e partidos aliados na Câmara, o líder do Governo, deputado Major
Vitor Hugo (PSL-GO), passou a ser alvo de queixas de ministros do alto escalão
do governo Jair Bolsonaro. Dizem, nos bastidores, que o líder, neófito na
política, não tem dado devida e ágil atenção aos pedidos e demandas das pastas.
O que preocupa o Governo às vésperas do envio do texto da reforma da
Previdência à Câmara, que precisa amealhar 308 votos, no mínimo, para a PEC ser
aprovada.
Venha cá
As queixas chegaram ao chefe da Casa Civil, Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que convocou Vitor Hugo ao Planalto ontem para tentar aparar as arestas.
Venha cá
As queixas chegaram ao chefe da Casa Civil, Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que convocou Vitor Hugo ao Planalto ontem para tentar aparar as arestas.
Volta pra lá
O líder, escolha pessoal
de Bolsonaro, deixou a Presidência com conselhos e a incerteza em torno da
permanência no cargo. O Palácio já tem uma lista com nomes.
Calendário riscado
Calendário riscado
O Governo já
trabalha com a previsão de aprovação da reforma, no melhor dos cenários, para o
segundo semestre.
Mundo de olho
Mundo de olho
O mais recente
relatório da consultoria multinacional Delloite, para investidores estrangeiros
de 150 países (documento distribuído em inglês), cita o Brasil sem destaque,
mas com a devida importância no cenário político-econômico. Os analistas
avaliam o momento de otimismo somado à cautela: a economia, em recessão nos
últimos anos, vai ser retomada; Mas preocupa o discurso, segundo eles,
“protecionista e isolacionista” do presidente Jair Bolsonaro.
Mundo de olho 2
Mundo de olho 2
A Delloite também
cita as 250 grandes empresas globais que movimentaram mais de US$ 4 trilhões,
juntas, em 2018. Entre elas, as únicas brasileiras citadas para investidores -
é como uma dica para compra de ações - são Lojas Americanas, Magazine Luiza e
Drogasil, a maior rede de drogarias do Brasil.
Assim, pode
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, que há alguns meses não coloca mão em maçaneta de portas de carro e gabinetes para entrar, com café da manhã feito por serviçais, acha que brasileiros podem trabalhar até os 80 anos.
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, que há alguns meses não coloca mão em maçaneta de portas de carro e gabinetes para entrar, com café da manhã feito por serviçais, acha que brasileiros podem trabalhar até os 80 anos.
ESPLANADEIRA
. Ricardo Boechat
foi meu primeiro chefe, no antigo “Jornal do Brasil”, no início dos 2000.
Tomei coragem de entrar na sua sala certa tarde na redação da avenida Rio
Branco, sugeri uma nota exclusiva. Ele atento ao estagiário com voz trêmula
(eu, assistente de conteúdo, um cargo qualquer entre estagiário e repórter).
Demorei uns oito minutos para explicar a notícia, e ele, maestro, conseguiu
resumir tudo em duas linhas no dia seguinte. Lembrou que a boa nota de coluna tem
que ter duas linhas, para mostrar que você de algo. Até hoje não aprendi. Meses
depois, emplaquei – por decisão dele – uma matéria de capa no JB, com minha
assinatura (ter o registro na capa era como ser lembrado pelo técnico da
Seleção Brasileira de Futebol numa convocação). Durante cinco meses, eu (o
assistente de conteúdo ainda) apurara, por telefone, uma história sobre ‘O Dia
do Orgasmo de Esperantina’ (PI). Encontrei dona Raimunda, a prostituta que
deitou com 5 mil homens; o dono da farmácia; que aumentou a venda de
preservativos, o dono do motel, que comprou a primeira banheira de hidro para a
data; o vereador corno que estimulou a lei. No dia seguinte, Boechat gostou da
reportagem, mandou a direção me contratar, e tornei-me repórter oficialmente. Anos
se passaram, vim para Brasília, assinei por quatro anos o Informe JB, pelo qual
ele passara. Eu o lembrei disso certa ocasião por e-mail. Uma reverência,
apenas. Fato é que em um acidente ridículo, inimaginável e que renderia uma
nota surreal para sua coluna (já viram uma carreta atropelar um helicóptero
desgovernado?), o Brasil perdeu a sua mente brilhante do jornalismo
contemporâneo. Boechat era inquieto, elétrico, apurador – era capaz de tirar do
bolso um bloquinho e conversar com um ‘flanelinha’ para pegar exclusiva.
Tratava a todos sem distinção. Um olhar atento do cotidiano. Todos nós –
repórteres ou você leitor, telespectador, ouvinte de rádio – temos uma história
com ele. Vai fazer falta demais em nossas vidas cotidianas.
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