segunda-feira, 17 de julho de 2017

PAMPULHA BH - PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE - DEVERIA SER MELHOR CUIDADO



Patrimônio da Humanidade, Pampulha aguarda intervenções prometidas em 2016

Malú Damázio











Demolição do prédio anexo ao Iate Tênis Clube é principal entrave para a adequação do Conjunto Moderno da Pampulha às exigências da Unesco

No aniversário de um ano do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, celebrado hoje pela Pampulha, não há muito o que se comemorar. Seguem paralisadas as promessas de reformas, obras de readequação e preservação da estrutura original. Os compromissos firmados foram fundamentais para o reconhecimento global pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Dentre as modificações recomendadas, que devem estar encaminhadas em até três anos, estão a demolição do prédio anexo ao Iate Tênis Clube, restauração da fachada da Casa do Baile e do paisagismo de Burle Marx na praça Dino Barbieri e o tratamento da água da Lagoa da Pampulha. Dessas quatro, somente a última foi cumprida.



Engenhosa construção do arquiteto Oscar Niemeyer é um dos espaços mais visitados na região

“O pior problema, para mim, é a qualidade das redes de esgoto. Os critérios que tinham atendido para que a lagoa estivesse limpa para esportes náuticos estão, aos poucos, sendo abandonados. Infelizmente, os próprios moradores deixam sujeira, principalmente nos finais de semana. Nas épocas de chuva, o lixo é arrastado para a água”
Ariel Plaza
39 anos, engenheiro químico
Além disso, a reforma da Igrejinha se arrasta desde 2014, quando o edital para as obras foi publicado. Com início previsto para o primeiro semestre do próximo ano, as alterações, orçadas em R$ 1,4 milhão, já têm recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, conforme a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
No entanto, o restauro ainda não ocorreu porque a Arquidiocese de BH agendou casamentos na capela até novembro de 2017. As obras no Museu de Arte da Pampulha também ficaram para o próximo ano, em agosto, e contarão com uma verba federal.
Entrave
Todas as intervenções estão dentro do prazo previsto e devem ser concluídas até o fim da atual gestão, diz o diretor do Conjunto Moderno da Pampulha, Gustavo Mendicino, da Fundação Municipal de Cultura de BH. Porém, o responsável pelo complexo admite que a demolição do prédio anexo ao Iate – construído em período posterior ao do conjunto – é ainda o principal entrave.

Ornamentado por vidros e espelhos, Museu de Arte foi erguido para abrigar um cassino

“No início, achei que iam ocorrer as reformas prometidas, mas depois vi que não existem muitas chances de demolirem a academia do Iate. Acho difícil. E a prefeitura teria que fazer muitas adequações, principalmente aqui na orla, porque precisa voltar ao paisagismo original. A lagoa está completamente suja, igual ao jeito que sempre esteve. É uma pena, porque a Pampulha é um dos poucos espaços de Belo Horizonte que conecta lazer e esporte”
Júlia Machado
19 anos, estudante 
“É uma obra cara e envolve muitas pessoas. Nosso objetivo é conseguir conciliar da melhor maneira”. Por atrapalhar a visibilidade total do complexo, a área do clube foi desapropriada pela prefeitura em fevereiro do ano passado. A medida foi tomada para que o sítio pudesse pleitear o título da Unesco. Mas, desde então, as discussões entre a diretoria do Iate e a PBH, mediadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), estão paradas.
O projeto arquitetônico da reforma ainda não foi feito e o Iate afirma, em nota, que “aguarda, com alguma ansiedade, que administração municipal, Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e Ministério Público retomem os estudos e negociações iniciadas em 2016”. 

Forro da Igrejinha apresenta infiltrações

“A única coisa que melhorou bastante foi a limpeza da lagoa, a água está com mais qualidade e mais clara. Para mim, isso foi bem significativo, só não sei se continuam cuidando dela. Eles também tiraram a pichação da Igrejinha. Mas aqui, onde fico com minha barraquinha, não sinto muita melhora porque o parque está fechado e deu uma reduzida no comércio”
Bruno Barbosa Canela
62 anos, comerciante
Negociação
Conforme Mendicino, o projeto deve ficar pronto nos próximos meses. No anexo, o Iate mantém uma academia e um salão de eventos, importantes fontes de renda para o clube. “A prefeitura pode contribuir para que um outro terreno seja entregue ao Iate? Pode. Está na base da negociação, desde que isso se justifique para um bem coletivo”.
Visitas ao complexo turístico da capital crescem após chancela internacional
O reconhecimento internacional aumentou em quase 20% as visitas ao complexo. Os dados são da Fundação Municipal de Cultura. O número se refere às visitas à Casa Kubitschek, ao Museu de Arte da Pampulha e à Casa do Baile, entre janeiro e maio deste ano. Foram 67.132 contra 56.167 do mesmo período de 2016, antes do título.
Na semana passada, o jornalista Kevin Furtado, de 26 anos, esteve no local. O paranaense aproveitou as férias para conhecer o cartão-postal. Na opinião dele, o conjunto moderno está “bastante integrado” à vida dos moradores de BH. 
Apesar disso, Kevin sente que faltam espaços de lazer na região. “A Pampulha é um bom lugar para caminhar, correr e praticar esportes, mas faltam incentivos para isso”, diz.
Há duas situações que podem comprometer o título: a perda das características originais do patrimônio e a falta de intervenções solicitadas pela Unesco
Manutenção
Para verificar a conservação e as obras de adequação, a Unesco pede que os países enviem relatórios anuais ao comitê mundial. O documento deve reportar o estado de preservação dos sítios. Caso isso não ocorra, é necessária uma justificativa para que o local não perca a chancela, explica a coordenadora interina de Cultura da Unesco no Brasil, Rebeca Otero.
Em casos extremos, locais degradados podem compor a lista de patrimônios em perigo. Os espaços são acompanhados de perto pela Unesco, inclusive com a realização de visitas técnicas. No fim do ano, o Brasil deverá enviar um relatório para a organização. Rebeca descarta, porém, a possibilidade de a Pampulha integrar essa lista de risco. 
“Por enquanto, a Pampulha está bem. Faz só um ano que foi transformada em sítio cultural. Há um trabalho do país na questão da preservação. Estamos acompanhando”, diz.

O TRATAMENTO DA COREIA PARA A CORRUPÇÃO É DIFERENTE DO BRASIL



A Coreia e a dupla sertaneja

Manoel Hygino 








Na reunião do G-20, na Alemanha, os presidentes Putin e Trump, da Rússia e dos Estados Unidos, mantiveram um encontro à parte com duração de mais de duas horas. Embora tratassem da suposta interferência de hackers russos nas eleições de Tio Sam, é evidente que outros temas relevantes foram discutidos. Deve ter sido um diálogo muito interessante, sobre o qual não sabemos, o que desejaríamos.
Entre os assuntos, evidentemente, as atitudes e posicionamento bélico da Coreia do Norte, cujo maluquete presidente insiste em produzir um supermíssil capaz de atingir a Califórnia. São dois líderes mundiais, e segundo Wittgenstein, “o mundo é a totalidade dos fatos”. E nele estamos todos incluídos.
Não se pode, contudo, falar sobre Coreia do Norte, sem nos lembrarmos da vizinha do Sul, inimiga daquela há longos anos. É que, entre outros aspectos, aquela cuja capital é Seul, vive horas difíceis e semelhantes às nossas. Lá, como cá, altas autoridades se viram envolvidas em problemas de corrupção, que enormemente têm dado assunto pesado para os jornais.
No dia 30 de março, a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, foi presa após impeachment no dia 10. Ela era suspeita de atuar com uma amiga, uma espécie de Rasputin feminino, para subornar grandes conglomerados industriais. Transformou-se em um Deus nos acuda no país, como não poderia deixar de ser, com multidões percorrendo as ruas exigindo seu afastamento.
Aconteceu
A Corte Distrital Central de Seul, em comunicado, usou linguagem muito semelhante às imagens que emanam de Brasília: “É reconhecido que existe uma razão e necessidade para prisão, já que as principais acusações foram constatadas, e há risco de que evidências sejam destruídas”.
Na Coreia do Sul, altas autoridades vão a julgamento com menos entraves ou dificuldades jurídicas do que aqui. A sessão da Corte, que analisou o pedido de prisão formalizado pelo Ministério Público, durou oito horas e 40 minutos, a mais longa na história do país. Como era de se esperar, a presidente negou atuar para suborno de empresas, e que ela não representava risco à investigação, pois não tentaria fugir ou destruir provas.
Pelo sim, pelo não, Park foi levada para penitenciária de Gyeonggi, a 24 quilômetros da capital. Por sinal, já ali se encontrava Choi Soon sil, a amiga acusada de extorquir doações de grandes conglomerados empresariais como Samsung e LG, além de interferir em decisões do governo, em que jamais ocupou cargos.
A investigação concluiu que Park obtivera quase US$70 milhões de empresas para duas fundações controladas por Choi em troca de favores políticos. Ali e lá, más pessoas há, nas altas esferas da administração pública.
Temos de convir com o escritor Emanuel Medeiros Vieira, de Santa Catarina, que presentemente habita Salvador, BA: “Por aqui, já não basta a dupla sertaneja Joesley e Wesley, patrocinada pelo BNDES, Caixa Econômica e outras instituições dominadas pelo gangstarismo e pelo banditismo, que estão ou estavam no topo da República”
Emanuel não mede palavras, pelo que se observa. E tem razões suficientes.

sábado, 15 de julho de 2017

A ECONOMIA BRASILEIRA PAROU DE CAIR



Apesar de indicadores favoráveis, retomada da economia ainda patina

Felipe Boutros










O discurso do presidente Michel Temer (PMDB), de que a economia está em recuperação, afunda como pedra quando são apresentados números tímidos da economia nacional. E a crise política, que coloca o próprio chefe do Executivo no centro do furacão por suspeita de corrupção, é a principal responsável pelo pífio resultado do país.
Na avaliação do coordenador do curso de Economia do Ibmec, Márcio Salvato, não há motivos concretos para comemorar. “Na melhor das hipóteses, paramos de cair”, lamenta.
Como reflexo deste emaranhado cenário político, Salvato afirma que o empresário está receoso em fazer novos investimentos. E é aí que está o problema. Se eles não investem, não há contratações. Com o desemprego em alta, e a insegurança do trabalhador a reboque, a renda disponível para fazer compras é minada. E o dinheiro não circula.
A Confederação Nacional das Indústrias (CNI), por exemplo, por meio do Informe Conjuntural, já revisou para baixo as estimativas para o desempenho da economia e da indústria neste ano.
A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu de 0,5%, estimado no primeiro trimestre, para 0,3% agora. A estimativa de crescimento do PIB industrial baixou de 1,3% para 0,5%. Caso a previsão se confirme, será o primeiro resultado positivo da indústria desde 2013, mas em percentual menor que o previsto inicialmente.
“O escândalo envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB) afetou os indicadores de confiança. O dos empresários, que estava acima de 50 pontos (50,7), pela primeira vez no trimestre, desde outubro de 2015, caiu para 43,5 pontos no segundo trimestre deste ano”, explica a economista da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Ana Paula Bastos.
“A inflação está caindo. O juro também, o que pode atrair investimento que gerem empregos. A balança superavitária também é uma coisa boa, gera divisas. Mas ainda estamos sob influência política e a economia fica contaminada. Mesmo com juros baixos, os agentes econômicos vão investir?”, questiona a economista, que ainda alerta para o fato de que os números apresentados têm uma base de comparação fraca.
A economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Annelise Fonseca, acredita ser precipitado falar em retomada. Para ela, o crescimento registrado em maio foi pontual.
“Na verdade, quem puxou o crescimento foram os setores de veículos e alimentos. Percebeu-se aumento de vendas, tanto no mercado interno quanto externo, mas, mesmo com a expansão, o faturamento não voltou aos níveis pré-crise”, diz Annelise.
A economista ressalta que muitos setores da indústria ainda estão em dificuldade e destaca que o índice de confiança teve queda em junho. “Foi influenciado pelo quadro político, que paralisa investimentos”, completa.

Controvérsia
Já o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, faz uma leitura diferente. Para ele, o cenário macroeconômico está descolado da crise.
“Há dois anos, vivíamos o pior cenário macroeconômico. Hoje estamos com inflação civilizada. A taxa de crescimento é pequena, mas sobre dois anos consecutivos de queda. O ambiente macroeconômico está descolado da crise política e proporciona uma situação mais favorável para os negócios”, diz Furletti.
O índice de atividade da Indústria da Construção de Minas Gerais recuou em maio. Com 39,3 pontos, o índice do mês apresentou um decréscimo de 8,4 pontos se comparado a abril com 47,7 pontos. O resultado deixou o indicador mais distante da linha dos 50 pontos, que separa a queda do crescimento.
Mas, apesar de continuar demonstrando recuo na atividade do setor, o índice acumulou alta de 6,1 pontos nos primeiros cinco meses de 2017 e foi 2,3 pontos superior ao apurado em maio do ano passado.

Agronegócio e setor automotivo reagem à recessão
Um dos poucos setores que vem atravessando a crise sem sobressaltos é o agronegócio. Neste ano, por exemplo, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma supersafra de quase 240 milhões de toneladas de grãos.
A coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, destaca que esse ganho de produtividade se deve, principalmente, ao uso de tecnologia. Mas ela ressalta que a crise também afeta o setor. “Alguns desdobramentos são negativos para o setor. O cenário macroeconômico desfavorável afeta a logística e o fornecimento de energia, por exemplo”, explica Aline.
Veículos
A produção e venda de automóveis também apresentam resultados melhores que os do ano passado, mas os números têm sido impulsionados principalmente pelas exportações.
A Anfavea, associação das montadoras que produzem no país, revisou a projeção do crescimento das vendas para o mercado externo. As novas expectativas da entidade apontam um crescimento de 35,6% nas exportações, o que significa chegar ao fim deste ano com 705 mil unidades enviadas para outros países, sobretudo para mercado latino-americanos – a projeção anterior era de crescimento de 7,2%.
“Nossa previsão inicial para as exportações já era bastante relevante, mas com o aumento mês a mês do resultado foi preciso rever nossos números para cima, o que é extremamente importante para o setor automotivo, por impactar diretamente na produção. Entretanto, o resultado do mercado interno ainda apresenta estabilidade e não é suficiente para ocupar a capacidade ociosa que a indústria apresenta”, declarou o presidente da Anfavea, Antonio Megale.


OS CORVOS SÃO INTELIGENTES



Corvos sabem fazer planos como humanos e macacos

Fábio de Castro







A capacidade de planejar uma ação futura só havia sido comprovada até agora em humanos e outros grandes primatas, mas os corvos também realizam esse tipo de proeza, de acordo com um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de Lund (Suécia).

Um artigo publicado na quinta-feira, 13, na revista Science relata uma série de experimentos nos quais os corvos foram capazes de fazer planos para o futuro, de utilizar ferramentas e de abrir mão de uma recompensa imediata para conseguir outra melhor mais tarde.

Como o último ancestral comum entre os corvos e os grandes primatas viveu há mais de 300 milhões de anos, os resultados do estudo indicam que as capacidades cognitivas de "planejamento" apareceram em diferentes ramos da evolução, segundo os autores do estudo, Can Kabadayi e Mathias Osvath, da Universidade de Lund.

Segundo os autores, algumas pesquisas já sugeriam que os corvos poderiam ser capazes de "fazer planos" para além do momento presente, mas essa capacidade parecia restrita ao ato de esconder comida e as conclusões foram questionadas.

"Argumentou-se que planejar na hora de buscar comida e outras tarefas naturais não são o mesmo que planejar de maneira mais ampla. Nós testamos corvos com tarefas desenhadas para avaliar de modo preciso essas capacidades gerais de planejamento", escreveram Kabadayi e Osvath.

No primeiro dos experimentos, os cientistas treinaram corvos para abrir um tipo de quebra-cabeças que consistia em utilizar uma pedra como ferramenta para abrir uma caixa e ter acesso a uma recompensa.

Primeiro, as caixas foram apresentadas aos corvos, sem a ferramenta. A caixa então foi removida e, uma hora depois, os corvos recebiam a pedra acompanhada de vários "objetos de distração", como brinquedos muito leves para ser usados como ferramenta. Quase todos os corvos escolheram a ferramenta correta. Ao receber a caixa de volta, 15 minutos depois, as aves usaram a pedra como ferramenta para abri-la, com uma taxa de sucesso de 86%.

A taxa de sucesso também foi alta, de 78%, em um experimento semelhante no qual os corvos aprendiam que ao receber uma tampa de garrafa podiam trocá-la mais tarde por uma recompensa. Eles quase sempre escolhiam a tampa de garrafa em vez de outros objetos de distração.

Segundo os cientistas, os corvos planejavam as trocas com mais eficiência que os macacos e do que crianças de até 4 anos de idade. Nas tarefas de uso de ferramentas, os corvos se igualavam aos macacos, embora as aves não tenham predisposição para manipular ferramentas.

Em outro experimento, os corvos receberam um ferramenta para abrir um dispositivo, várias ferramentas de distração e uma recompensa imediata, mas só podiam escolher um dos itens. A recompensa imediata era menos atraente que a recompensa trancada na caixa. Segundo os cientistas, os corvos demonstraram um nível de autocontrole semelhante ao dos macacos, ao escolher a ferramenta apropriada para obter a recompensa mais valiosa.

Em um comentário sobre o estudo publicado na mesma edição da Science, Markus Boeckle e Nicola Clayton, professores de psicologia da Universidade de Cambridge (Reino Unido), afirmam que a pesquisa trouxe a primeira prova de que os corvos podem transferir uma capacidade cognitiva de planejamento do futuro para outros comportamentos. "Essa é a primeira vez que se tem uma clara evidência em qualquer animal com exceção dos humanos", escreveram.

Segundo Boeckle e Clayton, os resultados sugerem que o planejamento para o futuro não é unicamente humano e evoluiu independentemente em espécies com relação muito distante, para lidar com problemas comuns.

"O comportamento do corvo não é meramente prospectivo, antecipando estados futuros; na realidade, eles aplicam o planejamento de forma flexível em comportamentos que não são vistos na natureza", disseram os psicólogos.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...