quinta-feira, 25 de agosto de 2016

BANCO PRIVADO DÁ LUCRO - BANCO DO GOVERNO DÁ PREJUIZO



Banco Central tem prejuízo de R$ 201 bilhões no semestre

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte



O recuo do dólar em relação ao real atingiu em cheio o Banco Central no primeiro semestre. Balanço divulgado nesta quarta-feira (24), mostra que, de janeiro a junho, o BC registrou prejuízo de R$ 201,953 bilhões. É o pior resultado para um primeiro semestre na série histórica, iniciada em 2008.

O resultado foi consequência, principalmente, do prejuízo de R$ 184,6 bilhões que o BC teve em suas posições de reservas internacionais e derivativos cambiais.

No caso das reservas, como o dólar caiu de R$ 3,90 no fim de 2015 para R$ 3,21 no fim de junho de 2016 (desvalorização de 17,8%), as reservas perderam valor, com impacto negativo de R$ 263,352 bilhões.

Por outro lado, o fato de o dólar ter caído no período fez o BC registrar ganhos de R$ 78,706 bilhões com os swaps - um tipo de contrato cambial que, quando ocorre a alta da moeda americana, traz resultado positivo para a instituição. O swap, no entanto, apenas minimizou o prejuízo com as reservas internacionais.

Pior resultado

De acordo com o chefe do Departamento de Contabilidade e Execução Financeira do Banco Central, Arthur Andrade, um resultado negativo no primeiro semestre havia sido registrado apenas em 2009. Naquele ano, o BC teve no primeiro semestre prejuízo total de R$ 95 bilhões. No ano de 2009 como um todo, o resultado foi negativo em R$ 142,110 bilhões.

Andrade lembrou ainda que esse resultado negativo do BC no primeiro semestre de 2016 precisará ser coberto pelo Tesouro Nacional em até dez dias úteis do ano seguinte ao exercício (2017).

A cobertura desse prejuízo elevará a dívida pública brasileira, mas não vai influenciar o resultado fiscal do País.

REFORMAS URGENTES - JÁ



Nação com N maiúsculo

Manoel Hygino 



Desde que me entendo por gente, ouço a respeito da reforma política, sem a qual a nação não encontrará seu melhor rumo e sua gente não alcançará a felicidade possível. Com o fim do período populista na gestão nacional, crê-se mais uma vez que se abrirão perspectivas à ansiosamente esperada reforma, tentada sempre e nunca alcançada, vendida a granel no mercado dos interesses subalternos.
Percebem, os brasileiros que sentem e pensam, que estamos no ápice de uma crise, que só não evoluiu mais tragicamente porque o povo do país, que mantém uma guerra cotidiana para sobreviver (apenas amenizada pela efemeridade das vitórias esportivas), não deseja a violência máxima entre irmãos.
A nação acompanha envergonhada a interminada sucessão de escândalos, que alcançou o cume com a divulgação dos casos apurados ou em apuração pela Lava Jato. O conceituado advogado José Anchieta da Silva argumenta sobre as razões maiores da mudança pretendida, que tem de ser ampla e profunda, sem os atropelos e empecilhos ditados por razões malsãs.
Para ele, além de outras reformas como a tributária, previdenciária e sindical, o que se busca é um “projeto que visa consolidar nossa democracia. Não pode ser trabalho de gabinete”. Aí, a receita... Para quê? Para tornar “mais acreditados os poderes Legislativo e Executivo, fazendo-os representativos. É caminho pavimentado para uma nova organização do Estado, valorizando, também, o poder Judiciário, que continua, do ponto de vista orçamentário, refém do poder Executivo”.
No pico de respeito do país está o Judiciário, que tampouco escapa às desconfianças de um povo que não se acostuma e nem quer a troca de favores, benesses e gentilezas. É preciso mudar, e mudar muito.
As razões, Anchieta explica:
“A Nação se envergonha, a cada noticiário, das novas revelações, dando conta da corrupção que campeia, envolvendo políticos e agentes públicos. O exercício de cargos ou funções públicos, obtidos a partir do voto ou da outorga de confiança, corresponde a um sacerdócio e a população não pode perder a crença no Estado”.
Não pode, mas estamos conscientes de que nos mantemos à beira do precipício, a despeito de medidas, só paliativas, experimentadas.
Passo a palavra, novamente, a Anchieta. “Toda desonestidade com o dinheiro público corrói as raízes de instituições que não podem cair no descrédito. Quanto à corrupção, o texto legal por vir deve ser implacável, de modo a não permitir ambiguidades que criem dificuldade ao poder Judiciário no julgamento de casos concretos”.
Ainda: “A reforma política deverá levar para o âmbito dos partidos políticos a séria questão dos comportamentos de seus afiliados, barrando candidaturas comprometidas com falcatruas, resolvendo-se, no foro partidário, a tormentosa questão das fichas dos candidatos”.
Estamos às vésperas de uma nova eleição, a primeira municipal após a Lava Jato: “A reforma política, para ser duradoura, não pode perder a oportunidade de exigir a pregação permanente da bandeira da ética na política”. O N da Nação, enfim merece ser escrito com maiúscula.

DEPENDENTE EMOCIONAL



Como se manifesta a dependência emocional

Simone Demolinari 



Incapacidade de ficar sozinho – este é o grande problema de algumas pessoas. E não me refiro a ficar sozinho no campo afetivo amoroso. Alguns sofrem pela incapacidade de estar só em qualquer contexto. Precisam sempre de outros para lhe fazer companhia, obter conforto, confiança, segurança e apoio. Não ter alguém é tão assustador que preferem a condição de estar mal acompanhados do que sós.
Este padrão de comportamento deriva de uma percepção de si mesmo como uma pessoa incompleta e incapaz que necessita do outro para funcionar adequadamente.
Geralmente, os indivíduos dependentes transformam coisas corriqueiras em grandes dilemas, como por exemplo comprar ou não uma roupa, dar um telefonema, se portar dessa ou daquela maneira. Não há uma confiança em si sem a chancela do outro. Embora mesmo com a chancela, a insegurança também não termina. É algo inerente.
O dependente é um constante sofredor, vive com intermináveis diálogos internos desconfiados da sua percepção e sempre se punindo severamente caso algo saia errado. A incapacidade desses indivíduos em funcionarem sozinhos é tão grande que preferem concordar com algo que vai contra seus princípios do que tomarem decisões por si só ou correr o risco de perder o vínculo com a pessoa que depende.
É importante ressaltar que esta dependência é exclusivamente emocional e não financeira. Uma necessidade escravizante fruto de uma autoestima pobre e desestruturada, que frequentemente resulta em relações desequilibradas e doentias.
Num grau mais avançado, esse comportamento pode estar ligado ao Transtorno de Personalidade Dependente. As características essenciais desse transtorno são:
– Dependência excessiva do outro;
– Dificuldade em expressar discordância;
– Comportamento submisso beirando a servidão por medo de ser abandonado;
– Solicitação constante de aconselhamento;
– Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (não por falta de motivação, mas por medo);
– Dificuldade em enfrentar situações de conflito;
– Sequenciais relacionamentos afetivos;
– Vai ao extremo para receber carinho a ponto de submeter-se a fazer algo desagradável;
– Necessidade excessiva de ser cuidado;
– Medo irreal de ficar “sozinho na vida”.
Não é possível mapear ao certo as causas desse transtorno, contudo, estudos apontam tanto fatores biológicos quanto psicológicos como desenvolvimento desse comportamento.
Indivíduos com Transtorno Dependente não têm autonomia emocional, tampouco vivem sozinhos. Na iminência de serem abandonados, lutam até o limite do absurdo para não perderem seu ponto de apoio. Mas caso isso ocorra, transferem sua dependência de forma indiscriminada a outra pessoa. Figuras de apego são basicamente permutáveis: pais, parceiros afetivos, novos parceiros afetivos, filhos, amigos, vizinhos. Vale qualquer presença que não seja a dele mesmo. Uma triste prisão.

JULGAMENTO FINAL DE DILMA



Começa julgamento que pode afastar definitivamente Dilma do Planalto

Marciano Menezes 







Processo - Se 54 senadores votarem contra a presidente afastada Dilma Rousseff, petista ficará inelegível por oito anos a partir de 2018

O Brasil vive, a partir de hoje, a etapa final do processo que definirá o futuro político da nação. O Senado dará início à última fase do julgamento que pode levar à destituição da presidente afastada Dilma Rousseff. Se acontecer, a perda do mandato dela vai colocar fim a mais de 13 anos da esquerda no poder.

​A petista é acusada de ter maquiado o orçamento federal, o que, segundo os opositores, teria agravado a crise no país. Caso deixe o poder, o restante do mandato será cumprido até 2018 pelo atual interino, Michel Temer.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, presidirá a sessão no Senado. Para sacramentar a saída de Dilma do Planalto, 54 senadores terão que votar contra a petista – o que representa dois terços dos 81 parlamentares. Ela ficará também inelegível por oito anos a partir de 2018. No entanto, se esse número mínimo de votos não for alcançado, o processo será arquivado, e a petista reassumirá o mandato.

Prevendo uma derrota massacrante, o Partido dos Trabalhadores (PT) recorreu à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), o que gerou uma arguição formal do órgão. O Congresso, no entanto, respondeu na última segunda-feira afirmando que não há qualquer ilegalidade no processo de impeachment contra a presidente e que a reclamação é descabida. Na votação do relatório pró-impeachment do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), foram 59 posicionamentos contra a petista e 21 a favor.
O presidente interino Michel Temer afirmou ontem que aguarda o resultado com tranquilidade. Perguntado sobre quantos votos o governo terá, ele evitou polemizar. “Cinquenta e quatro”, disse

Reeleita em 2014 com 54 milhões de votos, Dilma Rousseff ficou encurralada com o esquema de corrupção no país, a crise econômica, o alto índice de desemprego e uma crescente taxa de inflação. Para tentar se livrar do processo de impeachment, chegou a propor a convocação de um plebiscito para antecipar as eleições, proposta rejeitada pelo próprio PT.

Entenda o processo

A sessão deve ser aberta às 9h pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que, posteriormente, passará o comando a Lewandowski. Pelo calendário, o julgamento deve durar no mínimo quatro dias. Os dois primeiros dias serão dedicados à apresentação de questões de ordem e à oitiva das oito testemunhas arroladas. A fase de depoimentos deve se estender até a madrugada de sábado.

No dia 29, será a oitiva de Dilma Rousseff que, pela primeira vez, irá pessoalmente ao Senado se defender das acusações de que teria cometido crime de responsabilidade. Ela terá 30 minutos para fazer a defesa, tempo que poderá ser prorrogado.

Na etapa seguinte, o presidente do Supremo lerá um resumo do processo com as fundamentações da acusação e da defesa. Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada para encaminhamento de votação, que será nominal, via painel eletrônico.

​Levantamento feito ontem pela “Folha de S. Paulo” mostrava 48 votos a favor do impeachment, 18 contra, 10 senadores não declararam a intenção de voto, quatro estavam indecisos e um não havia respondido.





AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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