quinta-feira, 3 de março de 2016

HIPOCONDRIA




Simone Demolinari




Diferentemente do que muitos pensam, hipocondríaco não é exatamente a pessoa que toma remédio para tudo ao menor sinal de um problema, mas sim aquele que pensa de forma frequente que possui alguma doença grave.

Quem sofre desse distúrbio permanece num estado psíquico obsessivo, acreditando que o pior está por vir – interpretam uma tosse como possibilidade de câncer de pulmão. Mediante a constante ansiedade, gastam parte do tempo falando sobre o problema e outra parte se dividindo entre médicos, exames, hospitais e farmácias.

O curioso é que, quando um hipocondríaco se deparara com um diagnóstico positivo, ele se frustra e acredita que não foi bem investigado. A partir daí, procura outro profissional, dando a entender que só irá se sentir satisfeito quando encontrar uma doença.

Este é o caso de Mercês, uma senhora de 70 anos que recebeu a indicação para uma cirurgia de catarata. Seu filho, também médico, não concordou com o diagnóstico e recomendou a visita a outro especialista. Este, por sua vez, disse que seu problema, por estar em fase inicial, não era caso cirúrgico. Inconformada, procurou o terceiro profissional, que também disse que a intervenção não seria necessária. Mediante a evidente comprovação de que seu caso não necessitava cirurgia, Mercês continuou acreditando que devia operar.

Já Antonio, um hipocondríaco assumido de 26 anos, era tão preocupado com a possibilidade de adoecer, que deixava de tomar remédios prescritos pelo médico temendo que o efeito colateral desse causasse outra doença.

Entre os hipocondríacos, há um grupo dos que ficam eufóricos com o lançamento de novas drogas, desejando até adoecer para testar a eficácia. Alguns chegam até a antecipar o uso da medicação no intuito de “prevenir” a enfermidade.

Mas nem todos que exageram nos remédios são hipocondríacos, há quem encontre na medicação uma forma equivocada de ampliar sua resistência emocional sem precisar fazer muito esforço. São aqueles que por preguiça de fazer uma dieta optam pela medicação para reduzir o apetite; por não querer resolver o casamento ruim, optam por tomar tranquilizantes. Formas tortas de mascarar o problema, ao invés de solucioná-los.

É importante ressaltar que no sentido mais amplo da palavra, o álcool e as drogas também fazem o papel de “remédio” – em doses moderadas são usados para “relaxar” e em altas doses para anestesiar a realidade. Me lembro de uma pessoa que se posicionava enfaticamente contra remédios e dava sua receita: “acho um absurdo remédio para dormir, eu fumo meu cigarro de maconha todo dia e fico ótimo”.

Não há como condenar o outro pelo mesmo crime no qual se cumpre sentença. Consumir droga, acreditando que ela seja uma dependência mais “saudável” que remédio, é um equívoco. Ao invés de comprar vícios, melhor seria tentar caminhar rumo a evolução, abandonando o que não é benéfico
para si e deixando que o outro também o faça.

quarta-feira, 2 de março de 2016

TESTE DE RESISTÊNCIA HUMANA PARA VIAGEM A MARTE



Astronautas retornam à Terra após recorde de 340 dias na ISS

Jezkazgan, Kazakhstan




O astronauta americano Scott Kelly e o russo Mikhail Kornienko retornaram nesta quarta-feira à Terra depois de permanecerem um recorde de quase um ano a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), realizando experimentos para futuras viagens a Marte.

Acompanhados pelo russo Serguei Volkov, Kornienko e Kelly, que passaram 340 dias na ISS, pousaram como estava previsto nas estepes do centro do Cazaquistão às 04h27 GMT (01h27 de Brasília), anunciaram o centro de controle russo e a Nasa.

"O ar é tão agradável aqui. Pergunto-me por que estão todos tão agasalhados!", disse Kelly ao sair da nave Soyuz às equipes de assistência russas, segundo imagens da televisão da Nasa.

Embora planejassem sair sozinhos da Soyuz para imitar as condições de pouso em Marte, os astronautas não conseguiram completar a ação e foram ajudados pelas equipes de evacuação, indicou o centro de controle à agência de imprensa TASS.

Mikhail Kornienko, de 55 anos, e Scott Kelly, de 52, completaram o período ininterrupto mais longo a bordo da ISS desde que a estação passou a acolher passageiros, em 2000.

Kelly, que realizou quatro viagens à ISS, também bate o recorde de tempo acumulado no espaço por um americano, com 540 dias.

O recorde mundial de tempo ininterrupto passado no espaço é do russo Valeri Poliakov, com mais de 14 meses a bordo da estação espacial Mir, em 1995.

Kelly e Kornienko realizaram esta missão para estudar os efeitos biológicos e psicológicos de longas permanências no espaço com o objetivo de preparar missões habitadas a Marte a partir de 2030.

Durante sua estadia na Estação, os dois foram submetidos com frequência a exames médicos, assim como a uma bateria de exames para estudar os efeitos no longo prazo da microgravidade no organismo humano.

O irmão gêmeo de Kelly, o ex-astronauta Mark Kelly, também participou do experimento em terra, com o objetivo de comparar os dois organismos e detectar os efeitos fisiológicos da viagem em Scott.

"Fisicamente, eu me sinto muito bem", disse Kelly à imprensa por meio de uma videoconferência. "Poderia ficar mais 100 dias... poderia ficar mais um ano, caso fosse preciso", afirmou, embora tenha admitido estar impaciente para retornar ao convívio com sua família e amigos.

Na microgravidade, as gotas de água que flutuam no ar e em contato com o corpo se colam firmemente à pele, o que torna muito difícil tomar um banho. Os astronautas fazem seu asseio com esponjas molhadas.

Por isso, "a primeira coisa" que Kelly disse que fará ao chegar em sua casa, em Houston, no Texas, será pular na piscina.

Também afirmou que sofre com pequenos problemas de vista, algo normal pela microgravidade, que aumenta o líquido cefalorraquidiano ao redor do nervo óptico.

A ausência de microgravidade também reduz a massa muscular e a densidade óssea, o que obriga os astronautas a fazer exercícios com frequência.

Kelly e Kornienko decolaram do cosmódromo de Baikonur em 27 de março de 2015 junto ao russo Guennadi Padalka que, por sua vez, bateu o recorde absoluto de voo humano acumulado em órbita com 879 dias quando retornou à Terra, em 11 de setembro de 2015.

Serguei Volkov, que decolou rumo à ISS em 15 de dezembro de 2015, passou 182 dias em órbita.

A Rússia fornece à ISS seu principal módulo, onde estão situados os motores-foguetes, e as naves russas Soyuz são os únicos meios para levar e trazer as tripulações da estação orbital desde o fim dos ônibus espaciais americanos.

Dezesseis países participam da ISS, um laboratório orbital que gira ao redor da Terra desde 1998 e que custou no total 100 bilhões de dólares, financiados em sua maior parte por Rússia e Estados Unidos.

SOBRE BIGODES HUMANOS



Nada de discrição, eles gostam mesmo é de cultivar um baita de um bigode

Vanessa Perroni - Hoje em Dia 



                  Tiago Pereira – Já adepto da barba, descobriu o poder do bigode há dois anos

Nada de cara limpa! Há algum tempo os homens tomaram gosto por cultivar os fios do rosto. Uma prova foi a campanha #FaçaAmorNãoFaçaBarba que se espalhou pelas redes sociais. Bem, que a barba está em alta não é novidade. Ultimamente, o que tem atraído o olhar dos passantes, no entanto, são os belos e estilosos bigodes.
Calma, não é qualquer bigode. São os chamados "handlebar mustache", que traz os fios mais longos e com as pontas enroladas fazendo aquela famosa voltinha a lá Salvador Dali. Tiago Pereira, 25, já tinha barba, e há dois anos complementou o visual com o bigode. “Eu gosto muito desse estilo. Acho clássico e casa com vários tipos de barba. Ele representa aquela coisa masculina. É bem conceitual”, comenta o rapaz.
Por onde anda ele coleciona olhares e perguntas como: “não sente mais calor?” ou “não coça?”. “São frequentes, mas não incomoda. Acho divertido”, conta entre uma risada e outra. E não. Não coça nem aumenta o calor, garante.
Cuidados
Ele, porém, admite que cultivar um “bigode de respeito” dá um certo trabalho. “Tem que lavar, secar, passar óleo e outros cuidados. Gasto cerca de 40 minutos só para arrumar a barba e o bigode”, confessa Tiago, que, duas vezes por mês, bate ponto na barbearia Rota 7.
Os cuidados com o bigode ou a barba começam com uma boa limpeza diária. “Isso diminui as irritações”, afirma o proprietário da Rota 7 Gilberto Souza. Já para a “voltinha” do bigode se manter forma tem um segredo. “Utilizamos uma cera para barba que é mais rígida e ajuda a modelar os fios”, diz.
Mas nem todos tomam tantos cuidados. Menos preocupado, o piloto de helicóptero Thiago Proença, 30, cultivou o bigode por mais de um ano. “Infelizmente, tive que tirar para fazer um ‘freela’. Mas assim que terminá-lo, vou deixar o bigode crescer”.
A namorada dele, Tábata, incentiva. “Ela gostou de mim pelo bigode”, brinca. Para ele, o estilo vira um ponto de referência. “Você deixa de ser comum. As pessoas lembram mais de você”, finaliza.


Participantes do concurso mundial de bigodes ocorrido na Áustria em 2015.

Na cozinha
O nome dele é Paulo Cuenca, 30, mas pode chamá-lo de “Bigode”. O apelido vem dos fios que cultiva acima da boca há sete anos. Diretor-geral do canal “I Could Kill For Dessert”, do Youtube – comandado pela esposa, Danielle Noce –, Paulo também faz aparições nos episódios.
A série conta com o bloco “O Bigode na Cozinha”, no qual Danielle Noce ensina Paulo a fazer diversos doces franceses. “O programa tem pouco mais de três anos. Antes eu era representado por uma ilustração. Depois, aparecia minha boca e o bigode experimentando os pratos. Agora, sou membro fixo do quadro”, comenta.
Divertido
Para ele, o estilo do bigode é algo divertido. “Gosto dessa coisa de enrolar as pontas. Acaba sendo uma marca muito forte”, garante. Caso um dia queira tirar o bigode, ele comenta que isso não trará transtornos ao canal. “O quadro continua com o mesmo nome, não tem problema. Faço uma brincadeira. Digo que perdi a força, e sigo com o programa”.
Mas não é só no rosto que os bigodes fazem sucesso. Há um tempo, eles invadiram o mundo da moda e utilitários. Estamparam ainda camisetas, canecas, deram forma para anéis e até guardanapos.
Não para por aí. Um canal no Facebook, intitulado de “Mustache – A Página Oficial do Bigode”, agrega mais de um 1,3 milhão de seguidores. A página não fala sobre bigodes, mas traz posts de humor e frases irônicas. Sem contar o campeonato mundial de bigodes, que a cada ano ocorre em um local diferente. A última edição foi na Áustria e reuniu mais de 300 homens de 20 nacionalidades diferentes.
Festa Irlandesa
Tradicional, a Festa Irlandesa St. Patricks Day será comemorada em vários locais da capital neste ano. No próximo dia 12, o Pátio Cervejeiro Backer (rua Santa Rita, 220, Olhos D’água), recebe uma das edições com inúmeros concursos, dentre eles, o de melhor barba e bigode. Apare os fios e prepare-se, porque a disputa promete ser acirrada.


INTELIGÊNCIA PARA O MAL

Homem turco assume culpa por ataques cibernéticos de US$ 55 milhões

Estadão Conteúdo
 
 
 
 
 
 




Um homem turco que conduziu três ataques cibernéticos contra instituições financeiras globais - que causaram perdas de mais de US$ 55 milhões - se declarou culpado na corte federal do Brooklyn, nos Estados Unidos, nesta terça-feira.

Ercan Findikoglu, 34 - cujos pseudônimos incluíam "Segate", "Predator" e "Oreon" - usava equipes no mundo todo para realizar saques em caixas de autoatendimento em grande escala. Em uma operação de 2011, as equipes de Findikoglu sacaram cerca de US$ 10 milhões através de 15 mil saques fraudulentos em pelo menos 18 países, dizem os promotores.

O governo dos EUA afirma que ele invadiu sistemas de três companhias e, junto com seus cúmplices, acessaram contas de cartões de débito pré-pagos, inflaram saldos e retiraram os limites das contas entre 2011 e 2013.

Em um ataque em fevereiro de 2013, equipes de 24 países realizaram 36 mil transações, sacando cerca de US$ 40 milhões de caixas eletrônicos. Durante uma operação, equipes em Nova York sacaram cerca de US$ 2,4 milhões em cerca de 3 mil caixas em um período de 11 horas.

Findikoglu se declarou culpado por conspiração de intrusão de computadores, conspiração de fraude de dispositivos de acesso e por realizar transações com dispositivos de acesso não autorizados. Ele foi preso no aeroporto de Frankfurt em 2013 e enviado aos EUA no ano passado.

ME ENGANA SOBRE ESSAS MUDANÇAS DE ÚLTIMA HORA


Márcio Doti





Somente um país que perdeu seu eixo moral pode aceitar passivamente que sejam desmanteladas as estruturas diretivas do Ministério da Justiça e da Polícia Federal, no momento em que investigações chegam ao ex-presidente Lula, depois de levantar escândalos dos mais graves da história do Brasil.
O ex-presidente nem entrou no Fórum para depor sobre fortes indícios de ter sido presenteado por grandes empreiteiras nacionais ao tempo em que exercia a Presidência da República. No centro das suspeitas, um tríplex no Guarujá e um sítio, em Atibaia, onde Lula levou suas mudanças dos palácios de Brasília e mantinha grande frequência.
A Polícia Federal certamente que está incomodando porque, além desses fatos, há outros envolvendo intermediação de Lula junto a países considerados amigos para que neles pudessem operar grandes empreiteiras nacionais, todas elas grandes financiadoras de campanhas eleitorais no Brasil.
Mais recentemente, a Polícia Federal prendeu o marqueteiro das campanhas de Lula e Dilma, João Santana, e sua mulher Mônica, apanhados com contas em offshores e repasses de empreiteiras de U$7,5 milhões que as autoridades suspeitam serem, em parte, relacionadas com as campanhas eleitorais dos dois petistas.
O desmantelamento da cadeia de comando da Justiça no âmbito do poder Executivo interromperá ou prejudicará gravemente os trabalhos de investigação que envolvem, ainda, financiamentos feitos pelo BNDES com juros subsidiados beneficiando as mesmas empreiteiras e, ainda, prestem atenção no detalhe, o Grupo JBS, controlador do Frigorífico Friboi, de uma hora para outra transformado em grande anunciante na mídia nacional, depois que teve seus financiamentos no BNDES tornados públicos por decisão do Supremo Tribunal Federal.
A corte foi provocada pelo Tribunal de Contas da União, contra um decreto presidencial que tornava esses financiamentos como secretos, sob o argumento de que devassavam empresas no momento em que tomavam empréstimos. O argumento é tão pobre quanto a proibição era indecente, uma vez que não se pode admitir transações oficiais de empréstimos que não socorrem empresas em dificuldades, mas, ao contrário, estimulam a expansão de atividades. Diga-se de passagem, o Grupo JBS, controlador da Friboi, foi um dos maiores financiadores das campanhas políticas de 2014, superado apenas pela Odebrecht e pela Construtora OAS.
Deveria causar constrangimento a luta para barrar inquirições da polícia, do Ministério Público e da Justiça. Ao bom senso ocorre que qualquer acusado de algo que não praticou deve interessar o espaço para que se explique e elimine qualquer dúvida que possa restar.
Além de servir a si, a luta contra a ação da Polícia Federal e do Ministério Público em suas ações conjuntas também serve ao governador de Minas, Fernando Pimentel, várias vezes queixoso contra investidas da Operação Zelotes, que apura envolvimento do governador mineiro com venda de favores à montadora CAOA, ao tempo em que era ministro do Desenvolvimento, e da operação Acrônimo, que apura lavagem de dinheiro e caixa dois por parte de Fernando Pimentel.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...