sábado, 13 de fevereiro de 2016

VERDADES SOBRE O AEDES AEGYPTI



O que come? Onde vive? Conheça os hábitos do Aedes aegypti
  • Josue Decavele/ Reuters
       
                                                                     
                                                                                                                                          A dengue, a chinkungunya e o vírus da zika vírus são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Os vírus ficam alojados na saliva do mosquito e são transmitidos quando a fêmea suga o sangue na hora da picada.
Resistente a alguns inseticidas, a espécie vem adquirindo a habilidade de se reproduzir em volumes cada vez menores de água. Os insetos, que antes só picavam durante o dia, passaram a atacar também à noite, bastando apenas alguma luz artificial a revelar o caminho até a vítima.

Além de se reproduzir em água parada você conhece outros hábitos do Aedes?
É a fêmea quem pica
Ao picar uma pessoa infectada com o vírus, a fêmea do mosquito passa por um período de incubação e, após oito a dez dias, já está apta a transmitir a doença à próxima pessoa que for picada.
É um mosquito pequeno
O Aedes aegypti é menor que os mosquitos comuns, mede menos de um centímetro e pode ser identificado pela cabeça, corpo e patas pretas com listras brancas. Na parte dorsal do corpo, traz uma mancha prateada com desenho semelhante a uma lira ou um violão.
Ele se reproduz rapidamente
O desenvolvimento do embrião do mosquito leva cerca de 48 horas e, a partir de então, o ovo torna-se extremamente resistente. Ele pode sobreviver a até um ano sem umidade, eclodindo ao primeiro contato com a água. O ciclo de transformação até a fase adulta acontece em cerca de 10 dias em temperaturas próximas a 30 graus. Em períodos mais frios, o ciclo pode durar três ou quatro vezes mais.
Qual o horário do dia é mais propício a picadas?
O mosquito costuma picar durante o dia e no fim da tarde. A noite, os mosquitos não costumam sair para voar e ficam abrigados entre plantas e nos entulhos. Mas isso não impede que, eventualmente, saiam e piquem alguém.
Qualquer água parada serve
O mosquito gosta de qualquer tipo de água, suja ou limpa, desde que ela esteja parada e nas condições ideais de temperatura e luminosidade. Por isso, ele pode se proliferar tanto em piscinas (dependendo da quantidade de cloro) e caixas d'água, quanto em pneus velhos e sacos de lixo.
Qualquer parte do corpo
Picadas podem acontecer em qualquer parte exposta do corpo, apesar de ocorrerem com mais frequência nas pernas e, principalmente, nos pés. Essas regiões possuem ácidos que geram um cheiro bem característico e que tende a atrair mais o mosquito. O cuidado, no entanto, deve ser com todo o corpo, pois o mosquito também pode acabar picando outras regiões.
Repelente resolve?
O repelente industrial ainda é o mais indicado contra o mosquito, mas nem ele é 100% eficaz. O produto deve ser utilizado ao lado de outras medidas preventivas, como roupas longas, uso de mosquiteiro e telas
Vida curta, estrago grande
O Aedes aegypti vive cerca de 45 dias e costuma ter autonomia de voo de 100 metros. Em torno de 72 horas após a primeira alimentação, já coloca seus primeiros ovos, que podem contabilizar mais de 300 ao longo da vida.

DAQUI PRA PIOR




Jornal Hoje em Dia



O setor varejista tem sido um dos mais afetados pela crise econômica que assola o Brasil. Enquanto, por exemplo, a indústria pode buscar vender seu produtos no estrangeiro, auferindo lucros por causa do valor alto do dólar, o comércio só tem mesmo o mercado interno para promover suas vendas. E como a população vem reduzindo suas compras por temor do futuro, os lojistas sofrem os fortes efeitos da recessão.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) traçou um quadro sombrio. Nada menos que 95 mil lojas fecharam as portas no ano passado por causa da queda nas vendas, impossibilitando o faturamento necessário à quitação de seus compromissos. Isso representa uma redução de 13,4% no número total de estabelecimentos comerciais no país.

A pesquisa da CNC detectou que a situação é similar em todas as regiões do Brasil. Ou seja, a recessão não tem poupado ninguém. Entretanto, Minas foi o segundo Estado mais prejudicado, com fechamento de 12 mil estabelecimentos. São Paulo liderou, com quase 29 mil portas fechadas, e o Paraná foi o terceiro, menos 9 mil lojas.

Em recente reportagem especial, o Hoje em Dia mostrou o elevado número de estabelecimentos fechados na região da Savassi, área de comércio sofisticado e ponto de turismo em BH.

No país, em todos os ramos ocorreram redução de lojas, mas os cortes mais radicais aconteceram nos pontos de venda de material de construção, informática e comunicação e eletrodomésticos. Chega a surpreender que a área de informática tenha sido afetada, com redução de 16,6% das lojas, por ser uma atividade de grande necessidade nos dias de hoje. Já no ramo de eletrodomésticos, altamente competitivo pelo poder de marketing dos concorrentes, o recuo foi de 15%.

Já nos segmentos de hipermercados, supermercados e mercearias o número de estabelecimentos fechados chegou a mais de 25 mil, o que não deixa de ser surpreendente, já que em termos de alimentação não dá para reduzir muito as compras mensais pelas famílias. O que os analistas detectam é que as marcas tradicionais estão sendo trocadas pelas mais baratas, o que puxa para baixo o faturamento das empresas.

Enquanto o país não retomar a confiança em suas instituições, essa é uma situação que deverá continuar dramática.

O CARNAVAL SE FOI E OS PROBLEMAS PERMANECEM




Júlio Delgado


O Carnaval deste ano foi especialmente interessante para muitos personagens do cenário político brasileiro. Nos dias de celebração da maior festa popular do país, as crises e os escândalos deixaram de ser preferência nacional, ocuparam menor espaço no noticiário, e garantiram aos seus protagonistas alguns momentos preciosos longe dos holofotes. Passada a folia, entretanto, é hora de encarar a realidade. O Brasil vive um momento extremamente difícil, repleto de dramas econômicos e sociais, e depende totalmente do Congresso Nacional e da estrutura política do país para resolver seus dilemas mais urgentes.

Temos pela frente o desafio de vencer uma recessão econômica que, para alguns analistas, pode ser a pior de nossa história. Todas as avaliações são pessimistas para 2016 e 2017. Nossa produtividade continua em declínio, o desemprego avança em todos os setores e a inflação corrói a renda da população de maneira acelerada. Paralelamente a esses problemas, o alarmante risco de epidemias de dengue e zika vírus expõe a inaceitável precariedade sanitária do país em pleno século XXI.

Indiscutivelmente, grande parte dessas mazelas que experimentamos atualmente é resultado das estratégias de disputa pelo poder e do aparelhamento partidário das instituições públicas desenhadas pelo petismo nos últimos anos. Esse modelo pernicioso patrocinou escandalosos desvios de recursos públicos, em diferentes áreas da administração, e a péssima gestão do patrimônio nacional, como no caso da Petrobras e da própria economia do país.

Para sairmos desse buraco, precisamos esclarecer e resolver algumas questões políticas que interferem no andamento de qualquer proposta de recuperação pensada para o Brasil. Enquanto esses pontos não forem superados, ou ao menos encaminhados, a produção legislativa será duramente afetada, incluindo as discussões para a área econômica.

Na lista de prioridades já estavam os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Agora, eles ganharam companhia das denúncias e suspeitas relacionadas ao ex-presidente Lula e sua relação com empreiteiras ligadas ao esquema da Lava Jato.

Lula, Dilma e Cunha são lideranças com força no Parlamento. É moralmente reprovável, mas não surpreende que utilizem esse poder e influência para defender seus interesses. Assim como é certo que suas ações provoquem maior letargia nos trabalhos do Congresso e dificultem ainda mais nossa recuperação.

Essa é uma percepção dominante no país e, apesar de ser mais um elemento negativo da nossa realidade, significa uma luz no fim do túnel. Nos dias de Carnaval, enquanto a maioria dos políticos preferiu o isolamento para evitar constrangimentos públicos, participei de alguns eventos e festas comunitárias. Fui bem recebido por onde passei e conversei com muitas pessoas que compartilham da minha indignação com o Brasil de hoje. A irritação é evidente e marcante, mas ela não eliminou a esperança nem minou a disposição da maioria para cobrar explicações e soluções.

Na retomada dos trabalhos do Congresso Nacional, na próxima semana, a sociedade estará vigilante. A pausa para celebrar nossas tradições culturais foi um respiro também para a população tão maltratada pelo governo. Com o fim da folia, inaugura-se um novo ciclo que precisa ser tratado com seriedade, honestidade e respeito por todos os que fazem parte desse enredo.

RECURSOS MAL ADMINISTRADOS EM TODAS AS ESFERAS PÚBLICAS




Orion Teixeira




Como está anotado até o momento, a geração dos atuais prefeitos vive seus piores dias, especialmente neste ano, quando terão que prestar contas aos eleitores, pagar as contas sem ter dinheiro e ainda pedir mais votos para a reeleição ou por seus candidatos. Com raríssimas exceções, a administração dos últimos três anos nos municípios configurou retumbante fracasso que deverá ser punido nas urnas de outubro próximo. Em favor de alguns, pode-se até responsabilizar os desacertos da economia nacional, como a queda na arrecadação e nos investimentos, mas, ainda assim, a conta vai para o prefeito.

Por mais que ele, ou seu candidato, tente, não conseguirá transferir inteiramente a responsabilidade dos problemas para Brasília. Em boa parte dos palanques, ou na maioria deles, a presidente Dilma Rousseff (PT), seu governo e partido ficarão como os vilões da falta de perspectivas, mas o cidadão quer saber dos candidatos o que farão, apesar das crises econômica e política nacionais, para resolver os problemas do município onde vive.

Hoje, os prefeitos não estão fazendo nem para o cafezinho: atrasam pagamento de salários, dos fornecedores, não entregam as obras prometidas e oferecem serviços básicos precários. Por isso, nove entre dez institutos de pesquisa preveem que haverá alta taxa de renovação nas prefeituras, mas não a favor de candidatos pouco conhecidos ou novatos. Em momentos de turbulência, o eleitor costuma ser conservador, optando, avaliam os pesquisadores, pela segurança e experiência daqueles que já passaram por ali sem dar vexames: os ex-prefeitos.

Repasses cada vez menores

Na última quarta-feira (10), o governo federal depositou, nas contas das prefeituras, o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao 1º decêndio de fevereiro de 2016. O valor foi de R$ 4,9 bilhões, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). No acumulado de 2016, o FPM soma R$ 13,319 bilhões, enquanto que, no mesmo período de 2015, ficou em R$ 14,999 bilhões. Em termos reais, o somatório dos repasses é 12,32% menor do que o mesmo período do ano anterior.

Os primeiros repasses do ano refletem a baixa arrecadação diante das fracas vendas de fim e início de ano, sinalizando que serão afetados também neste 2016 por conta da crise.

Não pouparam nem o Carnaval

Até mesmo o Carnaval foi afetado na maioria dos municípios. Neste ano, 1.884 de 2.093 cidades pesquisadas não contribuíram financeiramente com a folia, conforme divulgou a Confederação Nacional de Municípios (CNM), vinculando a decisão aos efeitos da crise. Os municípios mais atingidos são aqueles que possuem até 50 mil habitantes, ou seja, os pequenos. Outros, no entanto, fizeram do limão uma limonada, apostando nos festejos como meio de alavancar o turismo. Ainda não há dados deste ano, mas, em 2015, boa parte dos prefeitos investiu, em média, R$ 158 mil no Carnaval.

Porre na TV e no rádio

Somente no primeiro semestre deste ano, 26 partidos políticos terão programas de televisão e rádio em Minas, com recorde de exibições em fevereiro e março.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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