quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

FATOS QUE AINDA NÃO FORAM JULGADOS



  

Márcio Doti




Chegou-se ao mensalão, inclusive, pela CPI dos Correios. Sabemos, entretanto, que CPIs são feitas para dar em nada ou quase nada. Pois bem, essa CPI estava ligada ao mensalão e foi presidida por Delcídio do Amaral. A revista Veja conta que a prisão de Delcídio pode trazer à tona um episódio que estava guardadinho: final dos trabalhos, andava a negociação para aprovação do relatório final. Foi quando ficou pronto o cruzamento de dados feito por um programa de computador adquirido para ajudar nas investigações. Ele revelou coisas surpreendentes, mostrou transações financeiras suspeitas de dezenas de deputados e senadores de vários partidos. A divulgação dos dados poderia causar sérios danos a vários parlamentares e partidos políticos. Haveria danos multipartidários, digamos. E comprometeria a votação do parecer final. Por decisão da cúpula, o dossiê foi engavetado. Mas Delcídio tem uma cópia...

TRUNFO II

Conta a revista Veja que no auge do mensalão, o empresário Marcos Valério, operador do esquema, ameaçou implicar Lula no caso se não recebesse uma indenização milionária. O recado chegou ao então ministro da Justiça, já falecido, Marcio Thomaz Bastos, e do próprio Delcídio, que presidia a CPI dos Correios. O senador contou para alguém que a fatura foi paga no exterior. Por quem: um protagonista do petróleo, mas não revelou o nome. Agora pode revelar. Marcos Valério calou-se. Só resolveu falar em 2012, quando já estava condenado à prisão.

Delcídio conhece a identidade do tal protagonista. Ele pagou o suborno, há os personagens envolvidos e as tentativas de manipulação da CPI. Ele também se dedicou a identificar personagens do Petrolão que poderiam se transformar em candidatos a delator. Procurar Cerveró foi apenas a sequência de um trabalho que ele vinha realizando, já tendo estado com Ricardo Pessoa, dono da UTC, e mais Renato Duque. Encontros com o ex-presidente eram semanais, de acordo com a revista Veja. Neles, Delcídio recebia missões. Uma delas foi impedir o depoimento de Mauro Marcondes, dono da empresa que repassou R$2,4 milhões para um filho de Lula, por trabalho que a Polícia Federal questiona por ter encontrado no tal relatório vários trechos iguais ou semelhantes aos encontrados na Wikipédia.

Outra incumbência era cuidar do pecuarista Bumlai – preso pela “Lava Jato” semana atrasada. Bumlai é amigo de Delcídio e Lula. A Delcídio, Lula disse que Bumlai usou seu nome indevidamente para negócios. Segundo a revista Veja, Delcídio retrucou dizendo que ele tinha extensa lista de serviços prestados, inclusive, em Santo André (caso da morte do prefeito Celso Daniel). Valério apontou Bumlai como o responsável por providenciar os R$6 milhões exigidos por um empresário que ameaçava implicar Lula e seu então chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, no assassinato do prefeito, segundo Valério. Bumlai levantou o dinheiro no Banco Schahin, num empréstimo depois perdoado em troca de contrato bilionário firmado sem licitação entre a Petrobras e uma das empresas do grupo Schahin. Na época, a impressão geral era a de que Marcos Valério “produzia” os fatos por estar desesperado.

DEVO NÃO NEGO, PAGAREI QUANDO PUDER



  

Orion Teixeira


Numa contagem regressiva, o ano está acabando, mas seu fim não extinguirá a crise política, ética e econômica. Na verdade, o ano de 2015 não teve nenhuma chance e foi uma das maiores vítimas dos políticos. Mesmo assim, ainda existem várias obrigações administrativas, de maior ou menor impacto, antes da hora derradeira, como o pagamento do décimo terceiro salário, que representa liquidez nas contas públicas e estabilidade política possível no atual vendaval de crises. Boa parte dos governos estaduais e a maioria das prefeituras não se preparam para essa despesa anunciada. Não fizeram o dever de casa ainda que tenham enfrentado situações atípicas e inesperadas, como a queda na arrecadação e desaceleração da economia.

De acordo com a Associação Mineira dos Municípios (AMM), 80% das prefeituras não têm como pagar a gratificação natalina. “Não tem dinheiro, mas nós vamos pagar mais pra frente”, avisa o presidente da AMM, prefeito Antônio Júlio, de Pará de Minas, onde ele pretende quitar a gratificação natalina no início de janeiro.

Poucos são os administradores que reinventam a roda e apresentam soluções além daquelas conhecidas como a do pires na mão e da transferência de responsabilidades. Os municípios permanecem reféns da concentração dos tributos nas mãos da União e dos estados. Por outro lado, boa parte deles também não cobra impostos necessários, como o IPTU e o ISS. Incentivos fiscais às vezes funcionam como indutores do crescimento econômico, mas o prefeito e o cidadão não podem abrir mão do compromisso com a manutenção da própria cidade.

O governo do Rio de Janeiro começou neste mês o escalonamento dos salários (parcelado), como está em estudo em Minas para o ano que vem, após esgotar a arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Sobre o décimo terceiro dos servidores, o governo de Minas está caladinho, mas convencido de que irá pagar em tempo, até porque conta com os recursos dos depósitos judiciais liberados, no valor de R$ 4,8 bilhões.

No plano nacional, o estudo mais recente da Confederação Nacional dos Municípios exibe a face da dura realidade: dos 4.080 municípios pesquisados, 98,5% afirmaram sentir os efeitos da crise em sua região. Entre as áreas mais afetadas estão a Saúde e a Educação. Um conjunto de 2.844 municípios enfrenta problemas no custeio nessa área, dos quais 58% consideram insuficientes os recursos para manter as frotas de transporte. Quase na mesma proporção, faltam recursos para o pagamento do piso do magistério (56% dos entrevistados).

Teses na Comissão de Barragens

De tudo o que ouviu ontem, a Comissão de Barragens da Assembleia Legislativa anotou algumas impressões que vão sustentando as seguintes teses: o rompimento da barragem foi provocado pelo excesso de rejeitos; a Vale/Samarco admitiu excedente de só 5%; a mina da Vale, que operava sem barragem, desviava os rejeitos para a barragem que se rompeu (excesso) sem o conhecimento dos órgãos de fiscalização; tese de abalo sísmico estaria descartada; a mineradora até agora não deu contrapartida financeira para iniciar a recuperação; por último, as obras de contenção das duas barragens que ainda estão de pé estão lentas e sem priorização.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

DICAS PARA FALAR EM PÚBLICO



Confira 6 dicas para arrasar ao falar em público
Uma das dicas é quando você estiver falando em público, foque sua atenção apenas no conteúdo que está expondo e não na audiência



Não se desespere caso você comete algum erro durante seu discurso (FOTO: Reprodução)

Ao longo da carreira, alguns funcionários acabam alcançando posições de destaque e, por isso, precisam enfrentar novos desafios, como falar em público. Entretanto, a comunicação pode gerar inseguranças, já que muitas pessoas têm receio de se apresentarem. Quando você atingir essa fase profissional, saiba como agir para ter um bom desempenho com as 6 dicas a seguir:
1 – Aja naturalmente
Durante discursos em público, é fundamental que você demonstre que está se sentindo confortável com a posição que ocupa. Tente falar como se você estivesse conversando com um amigo, para que alcance o maior grau de naturalidade possível.
2 – Treine
Quando você for falar em público, pratique muito para saber a melhorar de falar e ter domínio completo do conteúdo. Uma boa ideia é praticar em frente ao espelho ou pedir para que um colega o assista falando, para que depois possa dar um feedback sobre o seu desempenho.
3 – Escute música antes da apresentação
A música tem um grande poder de fazer com que as pessoas relaxem e se sintam melhores. Por isso, separe os minutos que antecedem o seu discurso para que você consiga deixar a mente livre e, consequentemente, sentir-se mais preparado para a apresentação.
4 – Escolha bem a roupa que irá usar
Além de manter uma postura profissional, já que irá falar em público, é essencial se sentir confortável. Como a própria situação já pode gerar desconforto, você não deve deixar que sua vestimenta se torne um problema. Escolha aquela peça de roupa que você sabe que passará uma boa imagem para as pessoas, mas ao mesmo tempo aumentará sua autoconfiança.
5 – Prepare-se para os erros
Não se desespere caso você comete algum erro durante seu discurso. Por conta do nervosismo, esse tipo de situação pode acontecer. Por isso, antes de começar, é importante que você se conscientize de que está sujeito a falhas e encontre estratégias para lidar com elas da melhor maneira possível. Jamais culpe a si mesmo, use-os como aprendizado e como uma forma de crescimento pessoal.
6 – Foque no conteúdo
Quando você estiver falando em público, foque sua atenção apenas no conteúdo que está expondo e não na audiência. Dessa forma, você conseguirá manter a calma e, consequentemente, ser mais claro e direto nas suas afirmações. Além disso, a confiança que você irá passar fará com que as pessoas levem como verdade tudo o que está dizendo.
Com informações do Universia Brasil

GOVERNADOR DE MINAS ESTÁ TODO ENROLADO!



  

Márcio Doti



É natural que a interrupção na sequência de investidas da operação Acrônimo da Polícia Federal provoque certo suspense. A operação vem investigando lavagem de dinheiro, financiamentos do BNDES e caixa dois de campanha envolvendo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, sua esposa Carolina de Oliveira e os amigos Otílio Prado e Benedito de Oliveira. Pode ser que os investigadores da PF e os promotores do Ministério Público Federal estejam confrontando dados colhidos nas últimas investidas de que se tem notícia e que tentaram ouvir Carolina Oliveira na maternidade, embora ela não tenha declarado nada. Naquela oportunidade, o presidente da Cemig, Mauro Borges, que substituiu Pimentel no Ministério de Desenvolvimento, foi também ouvido pela segunda vez na sede da PF em Belo Horizonte. A ansiedade é natural a partir das tentativas do governador mineiro de interferir nos trabalhos através do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem endereçou suas queixas quando das primeiras operações. Por coincidência, naquela época houve troca do delegado que conduzia a operação Acrônimo desde o seu início, por delegada transferida do Norte do país e que chamou a atenção para o fato de que necessitaria de tempo para conhecer milhares de páginas do processo, com 500 horas de mídias anexadas. A polícia constatou que Carolina Oliveira mantinha uma empresa com apenas um funcionário e que todos os clientes tinham negócios diretos ou indiretos com o BNDES, banco subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, comandado por Pimentel.

Segundo a revista Época, em edição de junho, provas obtidas pela Polícia Federal no âmbito da operação Acrônimo colocam Pimentel no topo da cadeia de comando de um esquema que envolve contratos públicos, consultorias de fachada e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na matéria sobre o assunto, a Revista Época chamava a atenção para a igualdade das operações ilegais envolvendo a Petrobras e o BNDES, dois organismos públicos que lidam com altos recursos e, por isto, se tornaram alvos preferidos de políticos e partidos em busca de financiamentos ilegais para as suas atividades ou seus projetos de enriquecimento pessoal.

Revendo o caso, segundo relatório da PF citado pela Época, “o atual governador Pimentel enquanto ocupou o cargo de ministro e em razão daquela condição, recebeu vantagem financeira indevida no valor de R$ 299.882,05 da Diálogo Ideias e Pepper Interativa, esta última, pessoa jurídica que foi contratada e recebeu valores do BNDES por meio de contratação simulada da empresa de titularidade da companheira de Fernando Pimentel”. E segue o relatório afirmando que a Pepper recebeu cerca de R$ 500 mil do BNDES entre 2013 e 2014. E deu para Carolina R$ 236.882,05. A PF levantou a suspeita de que Carolina pode ser sócia oculta da Pepper.

Pimentel é investigado também por interferência no Ministério da Saúde, onde conseguiu a nomeação de funcionária em posição estratégica para encaixar seu amigo Benedito de Oliveira nos contratos daquela pasta. De igual modo, é investigado e tem contra ele a comprovação de recebimentos do Grupo Caoa, por interferência para a inclusão da montadora num programa de estímulo a investimentos no setor automobilístico. Há, inclusive, mensagens interceptadas em que o dono da empresa apelava ao amigo de Pimentel, Bené, para atuar junto ao substituto dele no ministério, o atual presidente da Cemig, Mauro Borges, para a liberação do financiamento. Até onde vai a atuação de Pimentel nos contratos do BNDES é o que as autoridades devem descobrir. Não se pode contar com a CPI instalada no Congresso, já denominada CPI do BNDES, porque sabemos bem a que se destinam as CPIs no Brasil. O nome é bem condizente: CPI DO BNDES.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...