Márcio
Doti
Chegou-se ao mensalão, inclusive, pela
CPI dos Correios. Sabemos, entretanto, que CPIs são feitas para dar em nada ou
quase nada. Pois bem, essa CPI estava ligada ao mensalão e foi presidida por
Delcídio do Amaral. A revista Veja conta que a prisão de Delcídio pode trazer à
tona um episódio que estava guardadinho: final dos trabalhos, andava a
negociação para aprovação do relatório final. Foi quando ficou pronto o
cruzamento de dados feito por um programa de computador adquirido para ajudar
nas investigações. Ele revelou coisas surpreendentes, mostrou transações
financeiras suspeitas de dezenas de deputados e senadores de vários partidos. A
divulgação dos dados poderia causar sérios danos a vários parlamentares e
partidos políticos. Haveria danos multipartidários, digamos. E comprometeria a
votação do parecer final. Por decisão da cúpula, o dossiê foi engavetado. Mas
Delcídio tem uma cópia...
TRUNFO II
Conta a revista Veja que no auge do mensalão, o empresário Marcos Valério, operador do esquema, ameaçou implicar Lula no caso se não recebesse uma indenização milionária. O recado chegou ao então ministro da Justiça, já falecido, Marcio Thomaz Bastos, e do próprio Delcídio, que presidia a CPI dos Correios. O senador contou para alguém que a fatura foi paga no exterior. Por quem: um protagonista do petróleo, mas não revelou o nome. Agora pode revelar. Marcos Valério calou-se. Só resolveu falar em 2012, quando já estava condenado à prisão.
Delcídio conhece a identidade do tal protagonista. Ele pagou o suborno, há os personagens envolvidos e as tentativas de manipulação da CPI. Ele também se dedicou a identificar personagens do Petrolão que poderiam se transformar em candidatos a delator. Procurar Cerveró foi apenas a sequência de um trabalho que ele vinha realizando, já tendo estado com Ricardo Pessoa, dono da UTC, e mais Renato Duque. Encontros com o ex-presidente eram semanais, de acordo com a revista Veja. Neles, Delcídio recebia missões. Uma delas foi impedir o depoimento de Mauro Marcondes, dono da empresa que repassou R$2,4 milhões para um filho de Lula, por trabalho que a Polícia Federal questiona por ter encontrado no tal relatório vários trechos iguais ou semelhantes aos encontrados na Wikipédia.
Outra incumbência era cuidar do pecuarista Bumlai – preso pela “Lava Jato” semana atrasada. Bumlai é amigo de Delcídio e Lula. A Delcídio, Lula disse que Bumlai usou seu nome indevidamente para negócios. Segundo a revista Veja, Delcídio retrucou dizendo que ele tinha extensa lista de serviços prestados, inclusive, em Santo André (caso da morte do prefeito Celso Daniel). Valério apontou Bumlai como o responsável por providenciar os R$6 milhões exigidos por um empresário que ameaçava implicar Lula e seu então chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, no assassinato do prefeito, segundo Valério. Bumlai levantou o dinheiro no Banco Schahin, num empréstimo depois perdoado em troca de contrato bilionário firmado sem licitação entre a Petrobras e uma das empresas do grupo Schahin. Na época, a impressão geral era a de que Marcos Valério “produzia” os fatos por estar desesperado.
TRUNFO II
Conta a revista Veja que no auge do mensalão, o empresário Marcos Valério, operador do esquema, ameaçou implicar Lula no caso se não recebesse uma indenização milionária. O recado chegou ao então ministro da Justiça, já falecido, Marcio Thomaz Bastos, e do próprio Delcídio, que presidia a CPI dos Correios. O senador contou para alguém que a fatura foi paga no exterior. Por quem: um protagonista do petróleo, mas não revelou o nome. Agora pode revelar. Marcos Valério calou-se. Só resolveu falar em 2012, quando já estava condenado à prisão.
Delcídio conhece a identidade do tal protagonista. Ele pagou o suborno, há os personagens envolvidos e as tentativas de manipulação da CPI. Ele também se dedicou a identificar personagens do Petrolão que poderiam se transformar em candidatos a delator. Procurar Cerveró foi apenas a sequência de um trabalho que ele vinha realizando, já tendo estado com Ricardo Pessoa, dono da UTC, e mais Renato Duque. Encontros com o ex-presidente eram semanais, de acordo com a revista Veja. Neles, Delcídio recebia missões. Uma delas foi impedir o depoimento de Mauro Marcondes, dono da empresa que repassou R$2,4 milhões para um filho de Lula, por trabalho que a Polícia Federal questiona por ter encontrado no tal relatório vários trechos iguais ou semelhantes aos encontrados na Wikipédia.
Outra incumbência era cuidar do pecuarista Bumlai – preso pela “Lava Jato” semana atrasada. Bumlai é amigo de Delcídio e Lula. A Delcídio, Lula disse que Bumlai usou seu nome indevidamente para negócios. Segundo a revista Veja, Delcídio retrucou dizendo que ele tinha extensa lista de serviços prestados, inclusive, em Santo André (caso da morte do prefeito Celso Daniel). Valério apontou Bumlai como o responsável por providenciar os R$6 milhões exigidos por um empresário que ameaçava implicar Lula e seu então chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, no assassinato do prefeito, segundo Valério. Bumlai levantou o dinheiro no Banco Schahin, num empréstimo depois perdoado em troca de contrato bilionário firmado sem licitação entre a Petrobras e uma das empresas do grupo Schahin. Na época, a impressão geral era a de que Marcos Valério “produzia” os fatos por estar desesperado.
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