quinta-feira, 15 de outubro de 2015

DIA DOS PROFESSORES



Hoje,15 de outubro, Dia do Professor

Esta história aconteceu no município de Tobias Barreto, no interior de Sergipe. Um professor tomou o celular de um aluno que ouvia música com fones de ouvido em sala de aula. O estudante, representado pela mãe foi à justiça pedir uma indenização, mas o juiz Eliezer Siqueira de Sousa Junior não só julgou improcedente o pedido, como deu uma aula de cidadania.
Na negativa, o juiz afirmou que "o professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe”. O magistrado se solidarizou com o professor e disse que "ensinar era um sacerdócio e uma recompensa. Hoje, parece um carma".
E declarou:
"Julgar procedente esta demanda, é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os realitys shows, a ostentação, o ‘bullying intelectivo', o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”.
Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor.
"No país que virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro HERÓI NACIONAL, que enfrenta todas as intempéries para exercer seu ofício com altivez de caráter e senso sacerdotal: o Professor."

EMPREENDEDORISMO 3



EMPREENDEDORISMO 3

TRECHOS DO LIVRO – O NEGÓCIO DO FUTURO – ROBERT T. KIYOSAKI 



Acabei percebendo que, ainda que o sucesso pessoal seja gratificante, é muito mais gratificante quando você pode ajudar os outros a criarem o próprio sucesso também.

Ao longo dos anos que se seguiram, minha mente começou a se abrir. Passei a refletir mais sobre as coisas que meu Pai Rico me ensinou e minha perspectiva se ampliou.
Durante todos esses anos, também me senti fortemente atraído pela ideia de não só me tornar rico, mas também de encontrar formas de ajudar os outros a enriquecerem. Percebi que, embora o sucesso pessoal seja gratificante, é muito mais gratificante quando você pode ajudar os outros a criarem também o próprio sucesso.
Durante anos, as pessoas têm me pedido dicas sobre investimentos imobiliários. Elas querem saber se podem investir comigo. Mas não podem, porque a maioria não tem os $50 mil ou $100 mil necessários para entrar no meu nível de investimentos em imóveis. Na verdade, muitas não têm absolutamente dinheiro algum. Algumas estão a apenas dois contracheques distantes da falência. Assim, elas procuram negócios baratos, coisas que não precisam de dinheiro de entrada e que, muitas vezes, são investimentos ruins. Com o marketing de rede, posso realmente ajudar as pessoas a conseguirem a quantia necessária para fazer alguns investimentos sérios. Quanto mais pessoas ajudo a fazer isso mais investidores tenho!

Além disso, realmente amo trabalhar com pessoas que estão ansiosas por aprender e crescer. É uma chatice trabalhar com pessoas que pensam que já sabem tudo, que é o que muitas vezes acaba acontecendo no meu ramo de negócios imobiliários. As pessoas com quem trabalho no marketing de rede são genuinamente entusiasmadas com novas ideias”.
Para aqueles leitores que talvez ainda não saibam, o que exatamente é marketing de rede e o que o faz funcionar?
O marketing de rede tem existido de formas diversas, desde meados doséculo passado. A ideia básica é tão simples quanto brilhante: em vez de gastar toneladas de dinheiro em todos os tipos de agências e canais de comercialização para promover produtos ou serviços, por que não pagar aos fãs desses produtos para que façam propaganda deles? Isso é exatamente o que uma empresa de marketing de rede é: devolve uma parte de cada centavo recebido de vendas para seus representantes independentes, que normalmente também são os consumidores mais comprometidos e entusiasmados de seus produtos.
Como é que isso pode realmente funcionar? Quer dizer, um monte de pessoas comuns que não são vendedores qualificados pode realmente competir e gerar um nível significativo de vendas?
Na verdade, aí reside a beleza disso. Como todo profissional de marketing, produtor de Hollywood e gigantes corporativos sabem, a forma mais poderosa de promoção do mundo é o boca a boca. É por isso que os comerciais de televisão gastam milhões para contratar atores que falam como sua mãe, seu cônjuge, seu melhor amigo ou seus filhos: eles estão imitando a propaganda boca a boca. No marketing da rede, usamos a coisa real. O poder verdadeiro do modelo – que chamamos  de alavancagem – é que, como representante, não recebe as comissões somente pelos produtos utilizados pelas pessoas que você indica para a empresa, mas, muitas vezes, sobre os produtos comprados pelas pessoas que elas indicam, direta e indiretamente, o que pode realmente adicionar muito a seu resultado. Então, isso funciona? Você sabe a resposta para isso: venda direta/marketing de rede representam hoje mais de $110 bilhões em vendas anuais no mundo – um bloco econômico mais ou menos do tamanho de Nova Zelândia, Paquistão ou Filipinas. (Costumo descrever esse modelo de negócio usando ambos os termos, “venda direta” e “marketing de rede”, porque hoje as empresas que fazem venda direta costumam empregar foco de marketing de rede. No entanto, para os fins deste livro, só usarei “marketing de rede” em minhas referências. Uma das razões para que as vendas totais do marketing de rede continuem a crescer é que o sistema é um verdadeiro ganha-ganha. A empresa obtém um incrível nível de penetração no mercado e percepção do cliente que seria muito difícil e muito caro conseguir com o marketing tradicional. E o representante independente tem a oportunidade de criar um excelente fluxo de caixa. Como? Dominando o poder do boca a boca – relacionamento pessoa a pessoa – para construir uma sólida rede que represente a linha de produtos e/ou serviços da empresa.
Falei sobre um negócio no quadrante D como tendo pelo menos 500 funcionários. No marketing de rede, você não contrata funcionários; patrocina indivíduos que são todos representantes independentes. Mas a mesma dinâmica financeira se aplica: no momento em que sua rede de representantes independentes passa a ser de 300, 400 ou 500, você tem uma organização séria que proporciona renda residual significativa.
Tom Peters, o lendário especialista em gestão e autor do clássico best-seller Vencendo a crise, descreve marketing de rede como “a primeira mudança em marketing verdadeiramente revolucionária desde o advento do marketing ‘moderno’ na Procter & Gamble e Harvard Business School há mais de 50 anos”.
Hoje, o marketing de rede é reconhecido por muitos especialistas e empresários de sucesso como um dos modelos negociais de maior crescimento no mundo.
Não admira o fato de que muitas pessoas não entendam o valor do marketing de rede: muitos daqueles que estão realmente envolvidos com ele não compreendem plenamente o valor daquilo que detêm em mãos. Quando as pessoas assistem a uma apresentação de marketing de rede, muitas vezes a principal pergunta que fazem é: “Se eu aderir a este negócio, quanto de renda posso ganhar?” E, claro, quando as pessoas promovem seu negócio de marketing de rede, muitas vezes é exatamente isso que você as escutará descrevendo: o quanto é possível ganhar por mês. A razão pela qual as pessoas querem saber o quanto podem ganhar por mês é porque elas estão pensando em termos de viver no quadrante E ou no quadrante A. Elas estão pensando sobre como suplementar ou substituir seus atuais ganhos com o rendimento do trabalho dos quadrantes E ou A. Mas não é aí que reside o valor real do marketing de redes. O problema com o rendimento do trabalho é que o processo é incrivelmente limitado e linear. Trabalhe uma hora, ganhe X; trabalhe duas horas ganhe 2X. Depende de você, ou seja, você nunca pode parar. Como eu já disse, é uma armadilha. A maioria das pessoas intuitivamente sabe disso, mas assume que o caminho para sair da armadilha é ganhar mais. No entanto, ganhar mais não muda o fato básico de ainda estar vinculado ao rendimento Não é sobre renda – é sobre os ativos que geram renda do trabalho. Na verdade, muitas vezes ganhar mais só serve para apertar ainda mais o laço da armadilha. Os quadrantes D e I nada têm a ver com ganhar mais; eles tratam da aquisição de bens – ativos que gerem renda.
Todas as coisas nos fazem ou nos custam dinheiro. Se não fizer dinheiro, não é um ativo, é um passivo.
Um ativo é algo que trabalha para você, para que, então, você não tenha de trabalhar para o resto da vida. Meu Pai Pobre sempre dizia: “Procure um bom emprego.” Meu Pai Rico dizia: “Construa ativos.” A coisa poderosa sobre a vida no quadrante D é que, quando você constrói um negócio, está construindo um ativo.
Dado que possuir um negócio significa possuir um ativo, quando você constrói um marketing de rede, não está apenas aprendendo habilidades importantes, mas também construindo um ativo real para si mesmo. Em um trabalho, você ganha salário. No marketing de rede, em vez de ganhar salário, você constrói um ativo – o seu negócio – e o ativo gera renda. Só invisto em coisas que me trazem dinheiro. Se isso me traz dinheiro, é um ativo; se tira dinheiro de mim, é um passivo. Tenho dois Porsches. Eles são passivos. Estão totalmente pagos, mas não estão colocando dinheiro no meu bolso; ao contrário, estão tomando dinheiro do meu bolso. Não é ciência espacial. É fácil de entender.
O propósito de se possuírem imóveis é mantê-lo como um ativo, não vendê-lo com lucro. Se você comprar um pedaço de terra por $100 mil e, em seguida, vender por $200 mil, isso não é um ativo; você só gerou um ganho de capital de $100 mil. Você teve de queimar o ativo para obter esse dinheiro. Você matou o ativo. É como vender sua vaca por dinheiro. Prefiro possuir a própria vaca e vender o leite. Este é o maior problema de se estar empregado: um emprego não é um ativo. Você não pode vendê-lo nos sites de compras, não pode alugá-lo, não pode ganhar dividendos a partir dele. Por que gastar décadas, os melhores anos de sua vida, se desgastando para construir algo que não é um ativo? Ou, para ser mais preciso, para construir ativos para outras pessoas – não para si próprio? Porque, quando você é um empregado, está construindo um ativo – apenas não é o seu ativo.
Nós temos essa ideia, incrustada em nós, de que há algum tipo de valor inerente em se ter um bom emprego, mas não há absolutamente valor algum nisso – zero. E, para enfiar o dedo ainda mais nessa ferida, a renda do seu trabalho é, então, tributada a uma alíquota mais elevada do que qualquer outra forma de renda. Isso é que é jogar contra você! No entanto, esse é o preço que algumas pessoas estão dispostas a pagar pela “proteção e a segurança” do quadrante E.
O marketing de rede não é sobre vender produtos ou obter rendimentos!
O maior equívoco popular sobre o marketing de rede é que é um negócio de venda. Mas vender é apenas ganhar mais renda. O problema é que, se você para a atividade, a renda também para. Um vendedor tem um emprego. Se você trabalha atrás do balcão de uma loja de departamento, está no quadrante E; se tem um negócio próprio, vendendo seguros, casas ou joias, você está no quadrante A. De qualquer forma, você tem um emprego – e seu emprego é vender. Isso não vai construir sua riqueza ou sua liberdade. O que você quer não é outro emprego; você quer é outro endereço, no quadrante D.
Muitas vezes, assume-se que ser bem-sucedido no negócio de marketing de redes significa ser “excelente vendedor”. Mas o objetivo da rede não é vender muito do seu produto ou serviço específico, porque, não importa o quão bom você seja – e sejamos honestos, se você é como a maioria das pessoas, nem acha que é muito bom no que faz –, há limite para a renda que você pode ganhar vendendo.
No marketing de rede, o objetivo não é vender um produto, mas construir uma rede, um exército de pessoas em que todas estão representando o mesmo produto ou serviço, com o objetivo de compartilhar com outros.
O objetivo não é você ou qualquer outra pessoa vender um monte daquele produto, mas muitas pessoas sendo seus próprios melhores clientes, vendendo e atendendo a um número razoável de clientes e recrutando e mostrando a muitas outras pessoas como fazer o mesmo.
E aqui está a razão pela qual você quer construir um exército de representantes independentes: uma vez que você consegue, sabe o que tem em mãos? Um ativo que gera renda para você – renda passiva.
O marketing de rede não é sobre como ter mais renda; é sobre como construir um ativo.
CONTINUA

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

EXEMPLO DE EMPREENDEDORISMO



Dono da Oracle fez fortuna apostando em ideia rejeitada
Larry Ellison transformou um sistema rejeitado pela IBM no trampolim para se tornar o quinto homem mais rico do mundo

Já imaginou ficar rico pegando uma ideia rejeitada e vendendo-a justamente para quem a recusou? Pois foi justamente isso o que transformou Larry Ellison no quinto homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 45,6 bilhões, segundo a revista Forbes.


O empresário nasceu na cidade de Nova York, em 1944, filho de uma mãe solteira que tinha apenas 19 anos de idade. Quando completou nove meses, ele contraiu pneumonia e sua mãe o deixou com seus tios, que o adotaram. Desde pequeno ele sempre mostrou grande aptidão para matemática e ciências, e manteve este talento até a vida adulta. Prova disso é, que quando ingressou na Universidade de Illinois, em 1962, foi eleito o estudante de ciências do ano.


Filho de pais adotivos, Ellison abandonou duas faculdades para aprender sobre informática diretamente no mercado
Foto: Justin Sullivan / Getty Images

Ao final do segundo ano de curso, porém, teve de deixar a instituição devido à morte de sua mãe adotiva. Depois de passar um verão na Califórnia, ele frequentou a Universidade de Chicago por um semestre, onde teve seu primeiro contato com um computador.
Decidido a mudar de rumo, ele abandonou os estudos mais uma vez, juntou o pouco dinheiro que tinha e se mudou para o norte da Califórnia, em 1966. Durante os anos seguintes, ele passou por uma série de empregos, onde desenvolveu suas habilidades em informática até que, em 1977, resolveu se juntar a dois colegas de trabalho para criar sua própria empresa, a Software Development Laboratories (SDL). Para tanto, o trio investiu US$ 2 mil, sendo que US$ 1,2 mil saíram dos bolsos de Ellison, que se tornou CEO da companhia.

Acordo com a CIA

A ideia dos sócios era criar um sistema de gerenciamento de bancos de dados baseado em um estudo feito por um funcionário da IBM que acabou rejeitado, pois a gigante da informática não via nenhum potencial comercial no projeto. Ellison viu, e convenceu a CIA a apostar na ideia, conseguindo um contrato de dois anos para desenvolver a solução, que ele chamou de Oracle (nome com o qual ele viria a rebatizar sua própria companhia).
A equipe finalizou o serviço para a agência governamental na metade do tempo previsto e pôde dedicar o período restante para trabalhar na versão comercial do sistema, que foi lançada em 1979. O mais incrível é que, assim que o Oracle foi lançado no mercado, o principal cliente da solução foi justamente a IBM, que havia rejeitado o projeto anos atrás.
Graças a isso, as vendas da empresa de Ellison dobraram, e a companhia, que no início dos anos 1980 faturava menos de US$ 1 milhão, fez sua primeira oferta pública de ações no valor de R$ 31,5 milhões, em 1986. Quatro anos depois, no entanto, o império sofreu um forte abalo por inflar demais sua expectativa de receita.
A crise resultou na demissão de mais de 400 funcionários, e levou Ellison a delegar pela primeira vez o controle da companhia para especialistas em negócios, enquanto ele se concentrava unicamente no desenvolvimento de um novo produto para salvar a empresa.
A ideia deu certo, pois em 1992 o Oracle 7 foi um sucesso de vendas, fazendo da companhia líder na indústria de gerenciamento de bancos de dados. Com isso, em dois anos as ações da Oracle haviam recuperado seu valor anterior. Ao longo da década de 1990, a empresa manteve um forte ritmo de ascensão, fazendo de Ellison um dos homens mais ricos do mundo.
O empresário, por sua vez, soube usar muito bem este dinheiro e ampliou ainda mais seu império com aquisições estratégicas de novas companhias, como PeopleSoft, Siebel Systems e Sun Microsystems. Isso fez com que a Oracle alcançar um valor de mercado de cerca de US$ 187,6 bilhões e 122 mil empregados em 2014.

COMENTÁRIOS

jmhalfe.
Ninguém é 10 em tudo. Mas em ciência, o conhecimento necessário para criar uma solução como um gerenciador de banco de dados, ele era 10 sim. O que quero combater é o mito de que o conhecimento das escolas é inútil para a vida prática. É um pensamento perigoso, principalmente em um país onde os professores são desvalorizados.
Quem leciona sabe o desafio de tentar equilibrar a necessidade de formar bem a maioria ao mesmo tempo em que se motiva os "notas 10" a atingir o máximo do seu potencial. No caso dos Ellisson, Zuckerberg, Gates, Jobs, etc, todos eram nota 10 sim. O problema é que as instituições de ensino não podiam descartar a grande maioria e propor desafios à altura desses gênios. Os outros simplesmente seriam deixados para trás. E não é só de gênios que a sociedade sobrevive.

Carlos Eduardo Blanco
Todos os empreendedores de sucesso tem uma habilidade que os distinguem das pessoas não-empreendedoras: são obstinados. Essa obstinação os torna visionários, determinados e nunca se conformam ou se abalam com um NÃO. Buscam a excelência naquilo que fazem. Não se importam o quanto duro pode ser o começo, eles estão determinados a vencer. Ao contrário da larga maioria das pessoas quando se deparam com uma dificuldade, reclamam, choram ou desistem. Se para alguns, o mundo é ruim com eles, garanto que seria muito pior sem

FUTURO INCERTO



  

Orion Teixeira


Na primeira das batalhas pelo e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), parte do governo comemorou ontem as liminares do Supremo Tribunal Federal (STF), que sustaram o rito do processo na Câmara dos Deputados. Outros ministros não se entusiasmaram tanto, porque sabem que liminar é algo precário e preliminar, e não é mérito. A batalha está apenas começando. O que é pior, se a decisão provisória suspendeu o formato adotado, não impede, no entanto, aquilo que já é previsto na Constituição, ou seja, o impeachment pode ser aceito e encaminhado pelo presidente da Câmara, no caso, o ‘homem-bomba’ da República chamado Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Em resumo, Cunha pode, se assim entender e quiser, abrir o processo contra Dilma, determinar a instalação de comissão especial para examiná-lo e que, depois, o submeteria ao plenário da Câmara. O que o STF fez foi apenas impedir a manobra pela qual Cunha se isentava de tomar a decisão (aceitar o impeachment), transferindo-a ao plenário, onde 257 parlamentares poderiam ou não abrir o processo. Agora, cabe somente a Cunha aceitar ou arquivar o pedido, é o que sinalizam as três liminares do Supremo. Pra onde vai Cunha, que, além de ‘homem-bomba’, vive, hoje, seus 15 minutos de o “mais poderoso da República”?
Sozinho, ele detém consigo a arma mais poderosa que pode derrubar uma presidente da República. Denunciado por vários malfeitos, como integrar o esquema de desvios na Petrobras, ainda assim, Cunha tem o poder de abrir processo contra Dilma antes que ele próprio seja julgado pela Câmara ou pelo Supremo. No primeiro caso, ele tem o que a presidente não possui mais, apoio político, votos aliados. No segundo caso, seu processo, se aceito no STF, demoraria seis meses, um ano ou mais. Se cair, sinaliza que não deixará pedra sobre pedra, já que boa parte dos deputados federais é financiada por ele em campanhas eleitorais. Daí sua fama de ‘homem-bomba’.
Assediado por governo e oposição
Enquanto decide o que fazer, o presidente da Câmara é assediado pelo governo e oposição. O primeiro quer evitar, naturalmente, que sua decisão seja pela aceitação do impeachment; o segundo, para evitar que ele arquive o processo. Nesse momento, não importa a ambos se Eduardo Cunha está sendo acusado de corrupção e de esconder contas milionárias em bancos suíços. Ambos disputam seu apoio nos bastidores. É a batalha sangrenta pelo poder, que deveria se dar apenas em tempos eleitorais, na disputa pelo voto de cada brasileiro ante a ausência de um fato juridicamente objetivo que criminalize o ato presidencial.
Se as pedaladas fiscais, as manobras contábeis para esconder déficits, eram irregulares, poderá haver procedimentos de ajustes administrativos antes de se adotar a pena capital (impeachment) para que o processo, como está, não seja chamado de golpe paraguaio ou assemelhado. Ao contrário do que pensam alguns, essa guerra não trará a paz institucional que o país precisa para enfrentar o que vem por aí, no rastro da crise econômica. E mais, espalhará insegurança jurídica por todo o país para aqueles que detêm algum cargo público, como governador e prefeito. Imaginem ainda como ficarão as ruas!

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...