Dono da Oracle fez fortuna
apostando em ideia rejeitada
Larry Ellison transformou um sistema rejeitado pela
IBM no trampolim para se tornar o quinto homem mais rico do mundo
Já imaginou ficar rico pegando uma ideia rejeitada e vendendo-a
justamente para quem a recusou? Pois foi justamente isso o que transformou
Larry Ellison no quinto homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em
US$ 45,6 bilhões, segundo a revista Forbes.
O empresário nasceu na cidade de Nova York, em 1944, filho de uma mãe
solteira que tinha apenas 19 anos de idade. Quando completou nove meses, ele
contraiu pneumonia e sua mãe o deixou com seus tios, que o adotaram. Desde
pequeno ele sempre mostrou grande aptidão para matemática e ciências, e manteve
este talento até a vida adulta. Prova disso é, que quando ingressou na
Universidade de Illinois, em 1962, foi eleito o estudante de ciências do ano.
Filho de pais adotivos, Ellison abandonou duas faculdades para aprender
sobre informática diretamente no mercado
Foto: Justin Sullivan / Getty Images
Ao final do segundo ano de curso, porém, teve de deixar a instituição devido
à morte de sua mãe adotiva. Depois de passar um verão na Califórnia, ele
frequentou a Universidade de Chicago por um semestre, onde teve seu primeiro
contato com um computador.
Decidido a mudar de rumo, ele abandonou os estudos mais uma vez, juntou
o pouco dinheiro que tinha e se mudou para o norte da Califórnia, em 1966.
Durante os anos seguintes, ele passou por uma série de empregos, onde
desenvolveu suas habilidades em informática até que, em 1977, resolveu se
juntar a dois colegas de trabalho para criar sua própria empresa, a Software
Development Laboratories (SDL). Para tanto, o trio investiu US$ 2 mil, sendo
que US$ 1,2 mil saíram dos bolsos de Ellison, que se tornou CEO da companhia.
Acordo com a CIA
A ideia dos sócios era criar um sistema de gerenciamento de bancos de dados baseado em um estudo feito por um funcionário da IBM que acabou rejeitado, pois a gigante da informática não via nenhum potencial comercial no projeto. Ellison viu, e convenceu a CIA a apostar na ideia, conseguindo um contrato de dois anos para desenvolver a solução, que ele chamou de Oracle (nome com o qual ele viria a rebatizar sua própria companhia).
A equipe finalizou o serviço para a agência governamental na metade do
tempo previsto e pôde dedicar o período restante para trabalhar na versão
comercial do sistema, que foi lançada em 1979. O mais incrível é que, assim que
o Oracle foi lançado no mercado, o principal cliente da solução foi justamente
a IBM, que havia rejeitado o projeto anos atrás.
Graças a isso, as vendas da empresa de Ellison dobraram, e a companhia,
que no início dos anos 1980 faturava menos de US$ 1 milhão, fez sua primeira
oferta pública de ações no valor de R$ 31,5 milhões, em 1986. Quatro anos
depois, no entanto, o império sofreu um forte abalo por inflar demais sua
expectativa de receita.
A crise resultou na demissão de mais de 400 funcionários, e levou
Ellison a delegar pela primeira vez o controle da companhia para especialistas
em negócios, enquanto ele se concentrava unicamente no desenvolvimento de um
novo produto para salvar a empresa.
A ideia deu certo, pois em 1992 o Oracle 7 foi um sucesso de vendas,
fazendo da companhia líder na indústria de gerenciamento de bancos de dados.
Com isso, em dois anos as ações da Oracle haviam recuperado seu valor anterior.
Ao longo da década de 1990, a empresa manteve um forte ritmo de ascensão,
fazendo de Ellison um dos homens mais ricos do mundo.
O empresário, por sua vez, soube usar muito bem este dinheiro e ampliou
ainda mais seu império com aquisições estratégicas de novas companhias, como
PeopleSoft, Siebel Systems e Sun Microsystems. Isso fez com que a Oracle
alcançar um valor de mercado de cerca de US$ 187,6 bilhões e 122 mil empregados
em 2014.
COMENTÁRIOS
jmhalfe.
Ninguém é 10 em
tudo. Mas em ciência, o conhecimento necessário para criar uma solução como um
gerenciador de banco de dados, ele era 10 sim. O que quero combater é o mito de
que o conhecimento das escolas é inútil para a vida prática. É um pensamento
perigoso, principalmente em um país onde os professores são desvalorizados.
Quem leciona sabe o
desafio de tentar equilibrar a necessidade de formar bem a maioria ao mesmo
tempo em que se motiva os "notas 10" a atingir o máximo do seu
potencial. No caso dos Ellisson, Zuckerberg, Gates, Jobs, etc, todos eram nota
10 sim. O problema é que as instituições de ensino não podiam descartar a
grande maioria e propor desafios à altura desses gênios. Os outros simplesmente
seriam deixados para trás. E não é só de gênios que a sociedade sobrevive.
Carlos Eduardo
Blanco
Todos os
empreendedores de sucesso tem uma habilidade que os distinguem das pessoas
não-empreendedoras: são obstinados. Essa obstinação os torna visionários,
determinados e nunca se conformam ou se abalam com um NÃO. Buscam a excelência
naquilo que fazem. Não se importam o quanto duro pode ser o começo, eles estão
determinados a vencer. Ao contrário da larga maioria das pessoas quando se
deparam com uma dificuldade, reclamam, choram ou desistem. Se para alguns, o
mundo é ruim com eles, garanto que seria muito pior sem

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