Déficit tecnológico trava
exploração de terras raras
Bruno Porto - Hoje
em Dia
Detentor da segunda maior reserva de terras raras do mundo, o Brasil
sequer figura no ranking dos maiores produtores neste nicho da indústria
extrativa, considerada a mineração do futuro. De geradores de energia eólica
aos displays de tablets, passando pela tecnologia dos carros elétricos, os
elementos conhecidos como terras raras estão presentes em praticamente todas
inovações industriais. O que impede o salto brasileiro de grande portador de
reservas a ator influente no mercado é o déficit tecnoló-gico e de capacitação
profissional, além do “fator China”, já que o país praticamente monopoliza a
oferta desse insumo, manipulando os preços.
As terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos e diferentemente do que o nome pelo qual ficaram conhecidas sugere, não são tão raras. O que ocorre é que não são encontrados grandes depósitos de terras raras e eles estão sempre espalhados e em poucas quantidades, o que dificulta a produção.
“De raro em terras raras no Brasil só a tecnologia, a educação para formar profissionais capacitados e uma política industrial para o setor”, disse o presidente da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), Tadeu Carneiro. Ele participou nesta quarta-feira (16) do 16º Congresso Brasileiro da Mineração, que ocorre no Expominas, em Belo Horizonte.
Está em Minas Gerais, no município de Araxá, o que se encontra de mais avançado em terras raras no Brasil. A CBMM possui uma planta piloto onde realiza a separação de terras raras produzindo alguns tipos de óxido – um estágio intermediário no processo para chegar a um metal de terras raras ou um ímã. Neste segmento, o que há de maior valor agregado são ímãs. Eles permitem, no caso do gerador eólico, por exemplo, aumento de produtividade – com um gerador menor e mais leve se produz mais eletricidade.
Em diversas parcerias, uma delas com laboratórios japoneses, a CBMM tenta desenvolver produtos finais a partir das terras raras. “Nosso negócio é nióbio, não temos plano de negócio para terras raras, isso depende dos produtos que vamos conseguir desenvolver. E para que isso se torne um negócio, o Brasil também precisa decidir se quer entrar nesse mercado, desenvolvendo políticas industriais, sobretudo para qualificação. . Do lado da produção novamente a China ocupa o topo, com 85% da oferta, seguida pelos Estados Unidos, com 7%.
70 milhões de reais foram investidos pela CBMM em tecnologia para desenvolver processos de separação e transformação das terras raras
As terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos e diferentemente do que o nome pelo qual ficaram conhecidas sugere, não são tão raras. O que ocorre é que não são encontrados grandes depósitos de terras raras e eles estão sempre espalhados e em poucas quantidades, o que dificulta a produção.
“De raro em terras raras no Brasil só a tecnologia, a educação para formar profissionais capacitados e uma política industrial para o setor”, disse o presidente da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), Tadeu Carneiro. Ele participou nesta quarta-feira (16) do 16º Congresso Brasileiro da Mineração, que ocorre no Expominas, em Belo Horizonte.
Está em Minas Gerais, no município de Araxá, o que se encontra de mais avançado em terras raras no Brasil. A CBMM possui uma planta piloto onde realiza a separação de terras raras produzindo alguns tipos de óxido – um estágio intermediário no processo para chegar a um metal de terras raras ou um ímã. Neste segmento, o que há de maior valor agregado são ímãs. Eles permitem, no caso do gerador eólico, por exemplo, aumento de produtividade – com um gerador menor e mais leve se produz mais eletricidade.
Em diversas parcerias, uma delas com laboratórios japoneses, a CBMM tenta desenvolver produtos finais a partir das terras raras. “Nosso negócio é nióbio, não temos plano de negócio para terras raras, isso depende dos produtos que vamos conseguir desenvolver. E para que isso se torne um negócio, o Brasil também precisa decidir se quer entrar nesse mercado, desenvolvendo políticas industriais, sobretudo para qualificação. . Do lado da produção novamente a China ocupa o topo, com 85% da oferta, seguida pelos Estados Unidos, com 7%.
70 milhões de reais foram investidos pela CBMM em tecnologia para desenvolver processos de separação e transformação das terras raras




