sexta-feira, 28 de agosto de 2015

NOTÍCIA INTERESSANTE



Sistema de construção utiliza princípios do Lego

Construções desse tipo podem ser operadas por qualquer pessoa e não prevêem utilização de argamassa ou cola



Os princípios do Lego e do Meccano, dois dos mais famosos jogos de montar do mundo, foram aplicados em um novo sistema de construção "faça você mesmo".

A invenção, batizada de SpeedyBrick, é de Flavio Lanese, engenheiro de Aosta, na Itália, que obteve a aprovação do Escritório Europeu de Patentes.

O sistema se baseia na montagem de blocos modulares para a edificação de paredes divisórias, muros ou outros itens em construções, móveis, criações artísticas, etc.

"O sistema de encaixe dos blocos permite que eles sejam montados de modo rápido e preciso. Elementos mecânicos ligam os blocos uns aos outros, formando uma armadura metálica que garante a resistência das construções", disse Lanese.

Para conectar os artefatos a pisos, paredes e tetos pré-existentes, é previsto um sistema baseado em elementos de compressão, que podem ser utilizados sem conhecimentos técnicos.

"As construções realizadas com SpeedyBrick não requerem mão-de-obra especializada e podem ser operadas por qualquer pessoa. O conjunto não prevê utilização de argamassa ou cola e não produz poeira, e os blocos não necessitam de revestimento ou tratamento", acrescentou.

Entre as principais vantagens do sistema, está a reversibilidade das obras: rapidamente e sem sujeira, os muros podem ser desmontados e suas peças, reutilizadas.

Além disso, os blocos já são predispostos para a instalação de redes elétricas e hidráulicas. Eles também podem ser produzidos utilizando uma grande variedade de materiais, como madeira e os mais diversos tipos de plástico, incluindo os reciclados. 

APÓS A ELEIÇÃO VALE TUDO



  

Márcio Doti




Todo o exagero dos gastos públicos desmedidos e praticados nos últimos 12 anos está sendo cobrado agora por uma economia em frangalhos. As grandes façanhas sociais realizadas sem limite, sem equilibrar a boa ação com o dinheiro disponível, acabaram provocando o que aí está: uma conta imensa que já está sendo paga com desemprego, conta de luz cara, altos preços de produtos de sobrevivência e agora se anuncia um pacote de indisfarçáveis maldades. Sempre quem paga a conta por erros governamentais é o povo, mas desta vez, a cobrança está vindo misturada com uma boa dose de crueldade. Alguém poderia imaginar que um governo petista chegaria ao absurdo de propor a volta do imposto do cheque? Foram muitos os governos que sofreram a ira do PT oposição por causa da CPMF, uma contribuição criada para ser provisória, para valer por poucos anos e que o brasileiro levou muito tempo para afastar de suas contas mensais.

Se alguém pensa que é só isto se engana. Depois de gastar com países amiguinhos o dinheiro do BNDES, quer dizer, o dinheiro do povo operado por aquele banco de fomento, e de administrar mal a Petrobras ao ponto de permitir o roubo de bilhões de reais naquela estatal brasileira, o governo agora já está cuidando de vender parte da BR Distribuidora, um apêndice da Petrobras que vale em tempos de vacas gordas R$ 35 bilhões. E faz outro anúncio sobre a venda de 10% das operações dos principais aeroportos do país, ou seja, Guarulhos, Viracopos, Confins, Brasília e Galeão.

Ajuda de governadores

Para ressuscitar o imposto do cheque a presidente Dilma está pedindo a ajuda dos governadores. Não terá muita dificuldade porque estão todos correndo atrás de dinheiro a qualquer custo. Basta ver esse caminho imaginoso tomado pelo governador de Minas, Fernando Pimentel, ao fazer uma lei com a ajuda dos deputados estaduais mineiros, para gastar agora um dinheiro que pertence a quem fez depósitos judiciais. Gente que aguarda a decisão dos processos, certamente que esperançosa de ganhar as causas e poder ficar com o dinheiro que, entretanto, já terá sido gasto com uma promessa de retorno que ninguém será capaz de garantir. Mas a busca obstinada por dinheiro só não está passando por cima, por enquanto, daqueles que questionam o ato nas nossas cortes superiores, preocupados com o desarranjo a ser produzido pelo emprego desse dinheiro e com o problema que ficará para solução que ninguém sabe quando e nem como.

É certo que o cidadão espera dos administradores o emprego da criatividade para solucionar um problema eterno, o de combinar a necessidade sempre crescente de dinheiro com a falta de recursos. É antiga essa tendência da burocracia brasileira de resolver os problemas enfiando as mãos nos bolsos da população. E haja bolso porque mãos não faltam, como falta racionalidade e sobra incompetência para controlar o limite de gastos e combater o roubo de fortunas.
É antiga essa tendência de resolver problemas enfiando as mãos no bolso da população

AJUSTE FISCAL É NÃO GASTAR COM COMPANHEIROS



  

Paulo Haddad



Não é difícil vender um programa de austeridade fiscal para uma população que foi educada psicologicamente visando a receber como fato normal atos punitivos após ter cometido atos de abusos comportamentais. Trata-se da imagem de uma síndrome do crime e castigo, muito impregnada na consciência popular. Se numa fase do ciclo econômico o governo gastou em excesso, distribuiu ad nauseam um conjunto de subsídios financeiros e de incentivos fiscais sem critérios de eficiência econômica ou de justiça social e afrouxou a acessibilidade às benesses das políticas sociais compensatórias, então é de se esperar que surjam os tempos de ajuste, de sacrifícios e de desalento numa nova fase mortificante do ciclo econômico.

A ideia da austeridade fiscal é uma ideia perigosa ou uma ideia não muito boa quando generalizada como planilha ou proposta de ajuste de qualquer economia que se encontra desestruturada e fragilizada. A experiência histórica mostra que a austeridade fiscal pode ser uma política pública adequada quando a economia apresenta carga tributária muito elevada, dívidas públicas e privadas sem controle, taxas de juros astronômicas e, principalmente, expectativas desfavoráveis de investidores, empresários e consumidores. Infelizmente, esta é a situação da economia brasileira neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Uma situação que a sua própria equipe econômica criou durante os últimos quatro anos de uma política econômica dominada pelo voluntarismo coroado.

A austeridade fiscal não é, contudo, uma política adequada para ser implementada em vários contextos. Não é adequada quando as taxas de juros estão próximas de zero e as taxas de crescimento e de desemprego não reagem às mudanças na política monetária. Não é adequada quando o conjunto das economias mais desenvolvidas está deprimido não deixando espaço para as exportações das economias periféricas menos desenvolvidas. Não é adequada para países membros de uma União Monetária que não podem substituir autonomamente a insuficiência da demanda interna pela demanda externa através da desvalorização monetária.

Mas, mesmo considerando que as atuais circunstâncias da economia brasileira necessitam passar por um processo de ajuste, não será qualquer ajuste que poderá trazer de volta o crescimento e os empregos para a nossa população. Corte despesas, aumente os impostos e elimine subsídios e incentivos que a confiança de investidores, empresários e consumidores voltará e trará novamente a prosperidade econômica! Slogans e clichês não faltam para ilustrar um ciclo de sofrimentos com desemprego e inflação corretiva seguido de um novo ciclo de expansão econômica, mobilizando o senso comum de uma população desinformada. No Dicionário Aurélio, há até mesmo uma frase de Machado de Assis que caracteriza essa idiossincrasia através das Memórias Póstumas de Brás Cubas: “considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois”.

As nossas autoridades econômicas ainda depositam muita esperança na eficácia de alguns instrumentos de política econômica. Desde quando Keynes mostrou ceticismo em relação à eficácia dos instrumentos da política monetária num contexto de depressão econômica, ficou evidente, contudo, que a eficácia de um instrumento depende do contexto histórico em que ele se opera. No caso específico de Keynes, escrevendo no contexto da crise de 1929, a questão básica era a armadilha da liquidez. Se há uma recessão econômica, a sabedoria convencional recomenda tornar as instituições e agentes econômicos mais líquidos financeiramente, aumentando sua capacidade para gastar e reduzindo o seu custo financeiro para consumir ou investir, ou seja, reduzindo as taxas de juros que são o preço da liquidez.

Na crise de 1929, esse instrumento não foi eficaz como não tem sido eficaz na atual crise norte-americana. Por volta de 2008, as taxas de juros nos EE.UU tornaram-se praticamente nulas e continuam muito baixas. Famílias muito endividadas ao longo do ciclo da bolha imobiliária foram forçadas a gastar menos. Os credores e financiadores não estavam dispostos a gastar mais. Caracteriza-se, assim, uma insuficiência de demanda agregada, um passo a caminho de uma recessão econômica.

Mas há muitas outras situações em que os instrumentos tradicionais de política econômica podem perder sua eficácia em gerar os resultados esperados. Os motivos são vários, destacando-se no caso brasileiro: a sua baixa intensidade de propulsão, as expectativas adversas dos agentes econômicos e a incompatibilidade dos efeitos cruzados no uso dos diferentes instrumentos.

Em primeiro lugar, num contexto em que a desaceleração se caracteriza como uma recessão, não basta acionar um instrumento. Ele precisa de intensidade e de cadência para gerar resultados significativos. Qualquer programa de investimentos a ser lançado pelo governo federal, por exemplo, poderá não ser eficaz na sua dimensão anticíclica, uma vez que as restrições fiscais supervenientes (excesso de despesas correntes, de vinculações de receitas, de pressões para novas despesas de pessoal, de encargos financeiros das dívidas públicas acumuladas) limitam o grau de liberdade dos investimentos públicos. Neste contexto, programas de investimentos do governo federal para reanimar a economia se transformam em pó no próprio dia de seu anúncio.

Em segundo lugar, coloca-se a questão da tempística nas soluções da crise, ou seja, a definição de critérios que possibilitem executá-las no tempo ideal, com os melhores resultados possíveis. Intuitivamente, podem-se destacar três parâmetros básicos de uma abordagem tempística presentes na nossa economia. São eles: uma sequência longa e dolorosa, típica de reformas institucionais de instrumentos globalizados; uma cadência imprevisível, típica dos ambientes de quebra de confiabilidade; e uma intensidade duvidosa, pela dificuldade de mobilização de atores e instituições com diferentes estágios de evolução. Especificamente, poderá ocorrer uma lentidão crucial no tempo em que o setor privado irá se envolver efetivamente nos investimentos previstos por causa dos riscos jurídico-regulatórios e das incertezas sobre o intervencionismo governamental na definição da rentabilidade dos investimentos. Keynes apontava ainda as dificuldades para se obterem projetos de engenharia devidamente elaborados, analisados e avaliado
s à pronto e à hora.

Finalmente, os mercados dos macropreços são interdependentes: o que ocorre e se decide num deles (a redução da taxa de juros, por exemplo) pode afetar outro mercado numa direção (elevação da taxa de câmbio, por exemplo) ou noutra (elevação da taxa esperada de inflação, por exemplo). Os mercados dos macropreços apresentam um grau de sensibilidade ao contexto histórico muito diferente do que os tradicionais mercados de bens e serviços, os quais quando desestabilizados admitem um equacionamento relativamente rápido e de menor efeito de espraiamento tóxico.

Enfim, há muitas formas e estilos de ajuste de uma economia como a brasileira que apresenta enormes potencialidades econômicas, instituições políticas e administrativas de padrão internacional e um pujante capital cívico de sua população. Mas as alternativas de ajuste se encontram bloqueadas pelas contradições ideológicas na base político-administrativa do governo e pela fragilidade política que permeia o segundo mandato de Dilma Rousseff. E o ajuste politicamente possível pode estar predestinado ao fracasso.

Mesmo considerando que as atuais circunstâncias da economia necessitam passar por um processo de ajuste, não será qualquer ajuste que poderá trazer de volta o crescimento e os empregos

GOVERNO ATIRANDO PARA TODOS OS LADOS



  

Jornal Hoje em Dia


Uma notícia auspiciosa ontem animou os mercados e as Bolsas de Valores mundo afora. A economia da locomotiva do planeta – os Estados Unidos –, teve um crescimento de 3,7% no segundo trimestre de 2015. Isso quando, nos três primeiros meses do ano, o aumento fora de modesto 0,6%. É o país que mais compra e mais vende para as outras nações. Após a derrocada de 2008, 2009, quando toda a comunidade internacional sentiu a recessão na economia norte-americana, Washington empreendeu reformas, sobretudo no mercado financeiro, que agora estão dando frutos.

Enquanto isso, em um país abaixo do Equador, o que mais se fala é em como ajustar as contas públicas, depois de uma gastança desmedida nos últimos anos. Como sempre, o bolso do contribuinte é visto como “salvação”. O governo petista soltou, com se diz no jargão jornalístico, “balões de ensaio” (notícias lançadas anonimamente para ver a reação da população) sobre uma hipotética volta da CPMF, o abominável imposto do cheque.

A chamada Contribuição “Provisória” sobre Movimentação Financeira – que de provisória nunca teve nada – foi derrubada pelo Congresso em 2007. Como mostra reportagem nesta edição, a sanha arrecadadora do governo vê com olhos famintos esse tipo de imposto, pois, enquanto perdurou, era responsável, em média, por 5,8% de toda a receita arrecadada pela União.

Seria a tábua de salvação desse governo. Conforme os cálculos feitos pela reportagem, se fosse cobrada agora, a CPMF poderia representar um ganho de R$ 43 bilhões aos cofres públicos, o que cobriria tranquilamente o atual déficit nas contas. Para alguns, esse tipo de tributo é considerado dos mais justos, porque ninguém foge dele. Qualquer movimentação bancária é taxada, seja de pobre ou de rico.

A questão é que os ricos, por terem mais dinheiro, conseguem recuperar as perdas com a tributação através de aplicações variadas que multiplicam sua fortuna. Já os pobres, que possuem capital mínimo, ficam apenas no pagamento da CPMF. O que já é pouco, fica ainda menor.

Enfim, o governo não pode tentar resolver seus problemas aumentando a carga tributária, uma das maiores do mundo. Os líderes do Congresso já avisaram que essa matéria não passará no Plenário. O cidadão já faz sua parte. Já passou da hora de o governo fazer a sua.

Como mostra a reportagem, a sanha arrecadadora do governo vê com olhos famintos esse tipo de imposto, pois, enquanto perdurou, era responsável, em média, por 5,8% da receita da União

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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