sexta-feira, 28 de agosto de 2015

GOVERNO ATIRANDO PARA TODOS OS LADOS



  

Jornal Hoje em Dia


Uma notícia auspiciosa ontem animou os mercados e as Bolsas de Valores mundo afora. A economia da locomotiva do planeta – os Estados Unidos –, teve um crescimento de 3,7% no segundo trimestre de 2015. Isso quando, nos três primeiros meses do ano, o aumento fora de modesto 0,6%. É o país que mais compra e mais vende para as outras nações. Após a derrocada de 2008, 2009, quando toda a comunidade internacional sentiu a recessão na economia norte-americana, Washington empreendeu reformas, sobretudo no mercado financeiro, que agora estão dando frutos.

Enquanto isso, em um país abaixo do Equador, o que mais se fala é em como ajustar as contas públicas, depois de uma gastança desmedida nos últimos anos. Como sempre, o bolso do contribuinte é visto como “salvação”. O governo petista soltou, com se diz no jargão jornalístico, “balões de ensaio” (notícias lançadas anonimamente para ver a reação da população) sobre uma hipotética volta da CPMF, o abominável imposto do cheque.

A chamada Contribuição “Provisória” sobre Movimentação Financeira – que de provisória nunca teve nada – foi derrubada pelo Congresso em 2007. Como mostra reportagem nesta edição, a sanha arrecadadora do governo vê com olhos famintos esse tipo de imposto, pois, enquanto perdurou, era responsável, em média, por 5,8% de toda a receita arrecadada pela União.

Seria a tábua de salvação desse governo. Conforme os cálculos feitos pela reportagem, se fosse cobrada agora, a CPMF poderia representar um ganho de R$ 43 bilhões aos cofres públicos, o que cobriria tranquilamente o atual déficit nas contas. Para alguns, esse tipo de tributo é considerado dos mais justos, porque ninguém foge dele. Qualquer movimentação bancária é taxada, seja de pobre ou de rico.

A questão é que os ricos, por terem mais dinheiro, conseguem recuperar as perdas com a tributação através de aplicações variadas que multiplicam sua fortuna. Já os pobres, que possuem capital mínimo, ficam apenas no pagamento da CPMF. O que já é pouco, fica ainda menor.

Enfim, o governo não pode tentar resolver seus problemas aumentando a carga tributária, uma das maiores do mundo. Os líderes do Congresso já avisaram que essa matéria não passará no Plenário. O cidadão já faz sua parte. Já passou da hora de o governo fazer a sua.

Como mostra a reportagem, a sanha arrecadadora do governo vê com olhos famintos esse tipo de imposto, pois, enquanto perdurou, era responsável, em média, por 5,8% da receita da União

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