Jornal Hoje em Dia
Uma notícia auspiciosa ontem animou os
mercados e as Bolsas de Valores mundo afora. A economia da locomotiva do
planeta – os Estados Unidos –, teve um crescimento de 3,7% no segundo trimestre
de 2015. Isso quando, nos três primeiros meses do ano, o aumento fora de
modesto 0,6%. É o país que mais compra e mais vende para as outras nações. Após
a derrocada de 2008, 2009, quando toda a comunidade internacional sentiu a
recessão na economia norte-americana, Washington empreendeu reformas, sobretudo
no mercado financeiro, que agora estão dando frutos.
Enquanto isso, em um país abaixo do
Equador, o que mais se fala é em como ajustar as contas públicas, depois de uma
gastança desmedida nos últimos anos. Como sempre, o bolso do contribuinte é
visto como “salvação”. O governo petista soltou, com se diz no jargão
jornalístico, “balões de ensaio” (notícias lançadas anonimamente para ver a
reação da população) sobre uma hipotética volta da CPMF, o abominável imposto
do cheque.
A chamada Contribuição “Provisória”
sobre Movimentação Financeira – que de provisória nunca teve nada – foi
derrubada pelo Congresso em 2007. Como mostra reportagem nesta edição, a sanha
arrecadadora do governo vê com olhos famintos esse tipo de imposto, pois,
enquanto perdurou, era responsável, em média, por 5,8% de toda a receita
arrecadada pela União.
Seria a tábua de salvação desse
governo. Conforme os cálculos feitos pela reportagem, se fosse cobrada agora, a
CPMF poderia representar um ganho de R$ 43 bilhões aos cofres públicos, o que
cobriria tranquilamente o atual déficit nas contas. Para alguns, esse tipo de
tributo é considerado dos mais justos, porque ninguém foge dele. Qualquer
movimentação bancária é taxada, seja de pobre ou de rico.
A questão é que os ricos, por terem
mais dinheiro, conseguem recuperar as perdas com a tributação através de
aplicações variadas que multiplicam sua fortuna. Já os pobres, que possuem
capital mínimo, ficam apenas no pagamento da CPMF. O que já é pouco, fica ainda
menor.
Enfim, o governo não pode tentar
resolver seus problemas aumentando a carga tributária, uma das maiores do
mundo. Os líderes do Congresso já avisaram que essa matéria não passará no
Plenário. O cidadão já faz sua parte. Já passou da hora de o governo fazer a
sua.
Como mostra a reportagem, a sanha
arrecadadora do governo vê com olhos famintos esse tipo de imposto, pois,
enquanto perdurou, era responsável, em média, por 5,8% da receita da União
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