terça-feira, 11 de agosto de 2015

LARGA O OSSO



Vamos direto ao ponto?

Eduardo Costa


Como cansa essa lenga-lenga que é a corrupção no país... O que impressiona é como a gente perde tempo nos “entretantos” e não vai direto “aos finalmente” como dizia Odorico Paraguaçu… Alguém tem dúvidas de que as campanhas eleitorais no Brasil são bancadas por dinheiro que vem dos contratos assinados por estatais dirigidas por gente indicada pelos políticos? Por que algumas figuras medonhas como Sarney, Renan, Lobão e tantos outros sempre brigam por postos-chave na Petrobrás, Eletrobrás?
Por que o marco mineral, que vai melhorar a compensação aos estados do Pará e de Minas e aos municípios onde a mineração gera fortunas nunca é aprovado em Brasília? Aliás, quem indica os dirigentes do órgão que controla novos registros de áreas para a mineração? E essas agências reguladoras, quem indica seus dirigentes? E no futebol, por que a CBF fica mais na página policial que na esportiva? E a relação de políticos com bancos, construtoras, empresas de ônibus? Lojas de peças usadas e outros tipos de comércio frequentemente relacionados com receptação?Por que a Ordem dos Advogados do Brasil está tão irritada com a convocação de uma associada para dizer de onde veio o dinheiro que recebe de seus clientes envolvidos em sujeira? Não devia a OAB, a Federação dos Jornalistas e a massa crítica do país estar aplaudindo o juiz Moro e todas as outras formas de apuração, mesmo as vindas de gente altamente suspeita como esse brucutu chamado Eduardo Cunha?
Francamente... Vamos aproveitar essa chance única de colocar freios, ainda que tímidos, na safadeza. A corrupção é histórica, endêmica, agora – para alguns – também uma septicemia ou metástase, ou seja, doença que se espalhou, está fora de controle... Por que a gente não acaba com aposentadorias especiais, buscam de volta os militares que ficam à disposição de autoridades? Puxa vida!
É verdade que o conhecimento liberta, mas, seguramente quando se sabe sobre as engrenagens é preciso pegar com Deus para não surtar... Como tem faz de conta... Agora, os prefeitos anunciam fechamento das portas em protesto contra falta de recursos... Ah, se eles soubessem gastar!

CONTINUIDADE BURRA



  

Orion Teixeira


Ainda que democrática e constitucional, a reeleição de um governante e a continuidade repetida de mesmo partido na administração pública nas diversas esferas afetam outro princípio bastante salutar e republicano, que é o da alternância do poder. Mesmo que não seja a vontade popular de momento, espontânea ou dirigida numa campanha eleitoral, a mudança de comando, com todos os possíveis riscos, oxigena e faz bem a quem governa e a todo o sistema político. Quem está no poder, até os menos desonestos, costuma fazer de tudo para nele se manter, fazendo acordos inconfessáveis e abrindo mão de compromissos e outros caros princípios.

Feio é perder, diria um ex-governador de Minas, insinuando o vale-tudo que muitos adotam para garantir a vitória. Perder, no entanto, não significa o fim e pode ser, dos males, o menor. A oxigenação favorece também a quem perde, dando-lhe oportunidade de reavaliar conceitos e estratégias, que, uma vez, ou continuadamente, no poder, tornaria impossível o ajuste com a aeronave em pleno voo.

Esse é um dos males que acomete o atual governo federal, que precisou fazer alianças com setores conservadores e abrir mão de avanços. Com isso, deu brechas para que o principal aliado, o ‘doce inimigo’ que dorme ao lado, experimente, hoje, o exercício da contradição demasiadamente política e humana de ser fiel ou traidor. Nessa condição, vive extremos opostos, o de ser o fiador do mandato ou seu carrasco, sendo que, no primeiro caso, recorreria à coerência de defender o governo do qual é integrante, mas não mandante, e, no segundo caso, usaria de artimanha conspiratória para ganhar em troca o comando do próprio governo.

A reeleição está para ser extinta pelo arremedo de reforma política em curso no Congresso Nacional. Já caiu na Câmara dos Deputados e pode receber o mesmo destino no Senado. O instituto não é rejeitado pelo eleitorado, que não enxerga o alcance do uso desmedido da máquina para convencer o eleitor. Desde que foi instituído pelo então presidente Fernando Henrique (PSDB), a reeleição prevaleceu por três vezes; a primeira, com o tucano, e as duas últimas, com os petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff. Desses, somente Lula conseguiu fazer um segundo mandato bem-sucedido e com alta aprovação. Já Dilma corre o risco de sair dele tão ou mais rejeitada do que FH. Não há uma relação de causa e efeito comprovada, entre reeleição e gestão, porém, os sinais de desgastes são evidentes.

A continuidade do partido, talvez, seja ainda mais complexa. Há desconfiança sobre opções no mercado político e eleitoral, o que leva a alguns prejulgar que a sua é melhor do que as outras, especialmente as rivais. Se o PT deixa o governo, as legendas com maiores chances de assumir seriam o PSDB, PMDB e PSB. Fora daí, as outras cerca de 30 entram no jogo apenas para, como aliado, compor e reforçar as demais.

Aceitar a continuidade de um partido é democrático assim como o resultado que vem das urnas e coloque ou mantenha no poder um ou outro que desagrade. Tudo isso faz parte do amadurecimento democrático que fortalece, cada vez mais, as instituições dentro dos preceitos constitucionais e espírit
o republicano.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

MENTIRAS NA ENTREVISTA DE EMPREGO



4 mentiras que podem acabar com sua entrevista de emprego


Não dá para negar que uma entrevista de emprego – especialmente se for para uma posição que você deseja muito – gera ansiedade e expectativa. Muitas vezes, o ímpeto para não deixar a oportunidade pode levar a candidata a mentir ou distorcer algumas informações que estão no currículo.
Bom, o tiro pode sair pela culatra. Algumas mentiras que ao seu ver possam parecer pequenas, na verdade podem te levar a perder a vaga e ainda deixar uma impressão ruim. Inspiradas em um artigo do Popsugar, listamos abaixo algumas mentiras que podem te comprometer em uma entrevista de emprego.

O endereço
Durante a busca por uma oportunidade de trabalho em outra cidade, é comum ver gente colocando um endereço no currículo que na verdade não é da candidata, pode ser de um amigo ou de um parente. A pessoa teme que a moradia em outra cidade seja um empecilho e que o recrutador incline-se a dar preferência para quem já reside na cidade onde fica a sede da empresa.
Bom, se a sua intenção for dar o endereço de alguém como referência, é importante que você assegure com seu amigo ou familiar se realmente é possível passar alguns dias neste endereço, até conseguir um lugar para si e finalizar sua mudança. Da mesma forma, é preciso deixar claro ao entrevistador que este é um endereço provisório e que você está em processo de mudança. Isso é importante para que você tenha uma certa margem para conseguir se estabelecer. Se isso não é mencionado, o recrutador vai presumir que você já tem endereço fixo e que pode começar no novo emprego de imediato.

O salário
Em geral, as pessoas que mudam de emprego buscam, entre outras coisas, um salário melhor. Se você for questionada sobre seu último salário, não caia na tentação de criar uma certa “inflação” para melhorar seu passe. Se houver qualquer desconfiança, é uma informação fácil de ser checada com seus últimos empregadores. Além disso, as empresas costumam monitorar o mercado e possuem ao menos uma estimativa do salário que seus concorrentes estão oferecendo.
Se o seu objetivo é deixar claro que não está disposta a aceitar uma posição com um salário menor ou igual ao seu anterior, responda dizendo que não está inclinada a aceitar nenhuma proposta abaixo do valor X. Uma outra estratégia é ser objetiva – sem ser indelicada – e deixar claro que seu último salário não estava condizendo com suas capacidades e experiência.

A escolaridade


Mentir sobre a graduação seria uma mentira fácil demais de pegar e poucas pessoas ousam fazer tamanha besteira. Em contrapartida, não é raro ver gente tentando disfarçar quesitos adicionais, como o conhecimento em idiomas. Fez um semestre de determinada língua, mas coloca no currículo que fala o básico. Consegue compreender vagamente um texto em espanhol, mas nunca estudou o idioma profundamente e coloca que possui nível intermediário.
Essas ciladas também podem lhe pegar. A pessoa pode querer testar seus conhecimentos fazendo algumas perguntas em outra língua. Neste momento, seu nervosismo pode lhe entregar de imediato. O domínio de outra língua é importante para muitos setores, seja no dia a dia das funções ou para lidar com clientes e fornecedores. Seja honesta e coloque no papel somente o que você realmente sabe. Se estiver começando a aprender outra língua, é importante mencionar. O entrevistador ficará mais satisfeito em ver seu empenho em aprender um idioma novo do que com a tentativa de mostrar algo que você não sabe.

Demissão
Muita gente fica relutante em mencionar que foi demitida do último emprego e pode até criar histórias para encobrir o que realmente aconteceu. Da mesma forma como dissemos sobre o salário, o histórico pode ser checado e a mentira te deixar em maus lençóis. A situação demonstra ao recrutador que você quis esconder algo e que, se mentiu, provavelmente estava errada.
Para evitar interpretações distorcidas, se você for questionada sobre o motivo da saída da última empresa, não sinta-se desconfortável em dizer que foi demitida. Se houve algum tipo de situação desagradável, você não precisa entrar em detalhes, mas seja honesta quanto ao desligamento. Em tempos de crise, cortes em empresas são mais que compreensíveis.

COLABORAÇÃO PREMIADA



Mais 9 acusados da Lava Jato avaliam fazer delação
Rafael Arbex/Estadão Conteúdo



O avanço da Operação Lava Jato e a avaliação de que há dificuldades para conseguir anulá-la na Justiça têm levado investigados que até então rejeitavam a possibilidade de fazer delação premiada a avaliar a hipótese. Essa lista inclui executivos das empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Galvão Engenharia, o que pode elevar em mais nove a lista de delatores. Dos 112 presos na Operação Lava Jato desde que foi deflagrada em março de 2014, pelo menos 23 fizeram delação premiada.
A mudança de estratégia também tem sido influenciada pela decisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque de iniciar um acordo nesta direção. A expectativa de envolvidos nas investigações e de advogados de empreiteiras é de que ele fará uma das mais duras delações da Lava Jato e tornará mais difícil qualquer tentativa de reverter as acusações contra as empreiteiras.
Nas palavras de um advogado criminalista, "está todo mundo pensando na delação" porque o Judiciário não está anulando nenhuma das ações tomadas até agora pela força-tarefa. Para esse defensor, mesmo que a Justiça venha a anular provas "vai demorar uma década". "Isso gera uma instabilidade no acusado."
O advogado Marcelo Leonardo, que defende Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Júnior, não descarta a colaboração do seu cliente. "Por enquanto não houve conversa sobre isso, mas tudo pode acontecer. No caso da Mendes Junior, deve ter sentença na semana que vem do primeiro processo. Estamos aguardando para fazer uma análise."
Em relação a José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, da OAS, conforme interlocutores, ele aguarda uma definição de Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira que leva seu nome, sobre a delação para tomar sua decisão. Pinheiro e outros ex-dirigentes da OAS foram condenados na Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Erton Medeiros, da Galvão Engenharia, também avalia partir para a delação devido ao cenário desfavorável aos réus. Advogados das OAS e da Galvão negam, formalmente, porém, que seus executivos farão delação.
Gerson Almada, da Engevix, tenta outra estratégia. Até agora ele admitiu fatos, mas não reconheceu crimes, um dos princípios da delação, e espera que isso seja suficiente para amenizar uma eventual pena. A delação seria um plano B. Almada contou como funcionava o "clube" de empreiteiras na Petrobrás. Negou acerto de preços, mas admitiu que as empresas combinavam as "preferências" em cada obra de licitações da estatal.
Outro que avalia o acordo é o ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, que aceitou participar de uma conversa sobre delação. "Não descarto que possa acontecer um desespero e partir para a delação, mas sou contra", disse seu advogado, Edson Ribeiro.
Operadores
Investigados que atuaram como braço operacional do esquema também consideram ou já decidiram colaborar com as investigações. O advogado Roberto Trombeta teria contado aos investigadores detalhes do suposto esquema da OAS fora do País, segundo pessoas próximas a ele. Trombeta é considerado "homem-bomba", o que abrirá uma nova frente de apuração. Procurado, ele não foi localizado pelo Estado. O lobista Fernando "Baiano" Soares, que fazia a ponte com o PMDB, segundo a força-tarefa, também está em processo de delação.
Auxiliar do doleiro Alberto Youssef, o agente da Polícia Federal Jayme Alves, apontado como "carregador de malas" do doleiro, "recentemente iniciou negociações com o MPF (Ministério Público Federal) para celebração de acordo de colaboração", disse sua defesa. O advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, que administrava empresa de fachada de Youssef, também está fazendo delação premiada. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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