sexta-feira, 3 de julho de 2015

FLATULÊNCIA





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1. O que é o flato? Do que ele é feito?
Flato, do latim flatus, significa sopro e é uma composição de gases altamente variável, expelida pelo ânus.
É formado por parte do ar que engolimos, que é quase só nitrogênio e dióxido de carbono, pois o organismo absorve o oxigênio, e gases resultantes das reações químicas entre ácido estomacal, fluidos intestinais e flora bacteriana.
Ou seja, dióxido de carbono, hidrogênio e metano.

2. O que faz os peidos federem?
O odor dos peidos vem de pequenas quantidades de sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico) e enxofre livre na mistura.
Quanto mais rica em enxofre for sua dieta, mais desses gases vão ser produzidos pelas bactérias no seu intestino e mais os seus peidos vão feder.
Pratos como cebola, couve-flor e ovos são notórios por produzirem peidos fedidos. Feijão, por exemplo, produz grandes quantidades de peidos não necessariamente fedidos.

3. Por que peidos fazem barulho?
Os sons são produzidos pela vibração da abertura anal.
O som depende da velocidade da expulsão do gás e de quanto estreita for a abertura dos músculos do esfíncter anal.

4. Quanto gás uma pessoa normal produz por dia?
Em média, uma pessoa produz cerca de um litro de peido por dia, distribuído em cerca de 14 peidos diários.
Pode ser difícil para você determinar o volume dos seus peidos diários, mas você pode estimar quantas vezes peida.
Pense nisso como um pequeno experimento científico: anote tudo que você come e conte o número de vezes que você peida. Você pode inclusive anotar sobre o fedor deles.
Você descobrirá uma relação entre o que você come, quanto você peida, e quanto seus peidos fedem.

5. Quanto tempo leva até que o peido chegue ao nariz de alguém?
Isso depende das condições atmosféricas, umidade e velocidade do vento, além da distância entre as pessoas também. Os peidos também se dispersam e sua potência nauseante diminui com a diluição.
Condições excepcionais existem quando o peido é liberado numa área pequena e fechada, como um elevador, um quarto pequeno ou um carro, porque essas condições limitam a quantidade de diluente possível (ar) e o peido vai permanecer numa concentração perceptível por mais tempo, até que se condense nas paredes.

6. É verdade que algumas pessoas nunca peidam?
Não. Se elas estiverem vivas, peidam.
Pessoas podem peidar até mesmo algumas horas depois de mortas.

7. Homens peidam mais que mulheres?
Mulheres peidam tanto quanto homens.
O caso é que os homens têm mais orgulho disso.

8. Em que parte do dia um “gentleman” está mais sujeito a peidar?
Durante a manhã, quando estiver no banheiro. Isso é conhecido como “trovoada matinal”.
Se o gentleman conseguir uma boa ressonância, ele pode ser ouvido na casa inteira.

9. Por que feijão faz as pessoas peidarem tanto?
Feijão contém açúcares que seres humanos não conseguem digerir. Quando esses açúcares chegam em nossos intestinos, as bactérias fazem a festa e produzem um monte de gás.
Outros produtores notórios de peidos são milho, pimenta, repolho e leite.

10. Um peido é mesmo só um arroto que saiu pelo lado errado?
Não, a frase “arroto é um peido maroto que subiu de elevador” é puro folclore.
Arroto vem do estômago e tem composição química diferente de um peido.
Peidos têm menos ar atmosférico e mais gases produzidos por bactérias
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11. Para onde vão os peidos quando você segura eles?
Quantas vezes você segurou um flato, pretendendo soltá-lo na primeira oportunidade apropriada e depois descobriu que ele tinha “desaparecido” quando você estava pronto?
Ele saiu lentamente sem a pessoa saber?
Foi absorvido pela corrente sangüínea?
O que aconteceu com ele?
Os médicos concordam que o peido não é nem liberado nem absorvido. Ele simplesmente volta para os intestinos e sai depois. Isso reafirma o fato de que os peidos não são realmente perdidos, e sim adiados.

12. É possível mesmo “acender” peidos?
A resposta é SIM. Normalmente os puns incluem metano e hidrogênio, ambos são gases inflamáveis. Entretanto, você deve estar avisado de que colocar um peido em ignição é perigoso. Não só a chama pode subir de volta para seu cólon, como a sua roupa e o que estiver ao redor pode pegar fogo.
Cerca de 25% das pessoas que o fizeram queimaram as bordas e os cabelinhos do ânus.
Peidos tendem a se traduzir em chamas azuis ou amarelas
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13. Por que as meninas não assumem seus peidos?
Acho que você deveria começar dizendo que somente algumas meninas não assumem seus peidos. A razão é cultural. Elas são ensinadas a pensar que peidar não é coisa que uma dama faça.
É um grande erro pensar assim. Todas as pessoas praticam a emissão de gases anais.

14. Cheirar peido deixa “chapado”?
Não se conhecem agentes intoxicantes na flatulência.

15. É possível enlatar um peido para uso posterior?
Teoricamente sim, mas há uma série de problemas logísticos. Você pode tentar usar um saco plástico ao invés de uma lata.
Você pode usar o seguinte como uma experiência de feira de ciências:
peide em vários sacos plásticos e os vede com cuidado. Então encha outros sacos com ar normal. Espere 6 horas.
Então eleja voluntários para cheirar o conteúdo dos sacos e verifique se eles conseguem dizer se o que tem ali dentro é peido ou é ar. Isso vai te dar a informação se é possível estocar peidos.
Se você fizer na banheira e se inclinar de forma que seus peidos emerjam como bolhas na sua frente e não por trás, você pode pegar as bolhas numa garrafa e ter peidos puros dentro de garrafas, sem estarem contaminados com ar atmosférico.

16. É estranho gostar de peidar?
Não. Mas se a pessoa peida numa quantidade que lhe traz problemas e infelicidade, deveria consultar seu médico.

17. De que cor é o peido?
Via de regra, incolor, porque os gases que o constituem são incolores.
Imagine que interessante seria peidar laranja, tipo dióxido de nitrogênio.
Ninguém mais perguntaria de quem é o peido.

18. Outras pessoas sentem mais o cheiro do peido do que o “autor”?
O peido deveria cheirar tanto para quem o fez quanto para as pessoas que dele “desfrutam”. Mas quem fez leva vantagem pelo fato de que propeliu o ar para longe do seu corpo, numa direção oposta à do seu nariz.
Peidar contra o vento anula essa vantagem.

NOVOS CAMINHOS



Solar Impulse bate novo recorde, mas piloto está 'esgotado'

Jean Revillard/EFE


Foto de 29 de junho mostra o avião Solar Impulse durante o trajeto Japão-Havaí. O avião, movido a energia solar, quebrou o recorde de mais longo voo solo na história durante o período de maior risco de sua volta do mundo: a viagem do Japão para o Havaí, a ilha dos Estados Unidos no Pacífico

O avião Solar Impulse, movido a energia solar, quebrou o recorde de mais longo voo solo na história durante o período de maior risco de sua volta do mundo: a viagem do Japão para o Havaí, a ilha dos Estados Unidos no Pacífico.

Os organizadores da façanha admitiram que o piloto suíço veterano Andre Borschberg está exausto depois de quase quatro dias de voo contínuo e que as últimas 24 horas foram particularmente difíceis.

"@andreborschberg está cansado. Com turbulência a 8.000 pés (2,5 Km) e uma frente fria se aproximando, a situação é difícil", informou o Centro de Controle de Missão (MCC) da pioneira nave Solar Impulse 2 em sua última atualização no Twitter.

A equipe "está trabalhando duro para avaliar a situação e ajudar @andreborschberg durante esta estressante etapa".

Por volta das 13h30 (de Brasília) desta quinta-feira, o Solar Impulse 2 tinha cumprido 84% da rota até a ilha norte-americana, o que representa 6.921 quilômetros. Faltavam apenas 1.250 quilômetros a mais para chegar, segundo o projeto.

Até agora, Borschberg voou mais de 94 horas, o que rompe facilmente o recorde anterior de voo solitário, estabelecido por Steve Fossett ao navegar 76 horas e 45 minutos em 2006. Espera-se que toda a viagem, do Japão ao Havaí, leve 120 horas.

O aviador suíço dorme só 20 minutos por vez para manter o controle da pioneira aeronave. Está equipado com um paraquedas e um bote, caso necessite se jogar no oceano.

O avião experimental alimentado com energia solar saiu do Japão às 15h de domingo. Originalmente viajaria da China para o Havaí, mas o mau tempo forçou um desvio para o Japão.

Borschberg viaja sozinho e depende inteiramente de si mesmo em uma cabine não pressurizada de 3,8 metros cúbicos. Nas ocasiões em que ele viajou a alturas de mais de 9.000 metros, teve que usar tanques de oxigênio para respirar.

O Solar Impulse 2 partiu de Abu Dhabi no início deste ano em uma tentativa de várias escalas para voar ao redor do mundo, com uma só carga de combustível.

A aeronave tem 17 mil células solares em suas asas e uma bateria recarregável que lhe permite voar à noite. Sua envergadura é maior do que a de um jato jumbo mas pesa apenas 2,3 toneladas, aproximadamente o mesmo que um carro.



quinta-feira, 2 de julho de 2015

DIABO EM PELE DE CORDEIRO



  

Luiz Fernando Rocha




“O diabo, quando acuado, vocifera. O que é ruim, por si mesmo se destrói. Uma bruxa nunca consegue ser perfeita num disfarce de princesa. Nem um lobo é convincente em pele de cordeiro. Coloque-os à prova, e todos falharão, irremediavelmente”.

O trecho acima, retirado de um dos trabalhos do jovem poeta rondonense Augusto Branco, traduz o que tenho pensado ao assistir o noticiário, especialmente o político.

Quando a presidente da República diz aos microfones do mundo todo que “Não respeita delator”, fico na dúvida se é apenas mais um episódio da arrogância suicida que nos últimos anos vem caracterizando a presidente e sua trupe, ou se ela realmente está alheia a toda a realidade que a cerca.

Quando confrontada com a informação de que sua campanha havia recebido dinheiro de propina, colhida pela Justiça Federal no depoimento de um de seus maiores doadores, Dilma vociferou. A presidente comparou o instituto da delação premiada, que no Brasil é legítimo e constitucional, aos tristes episódios de confissão sob tortura ocorridos durante a ditadura militar.

Sinceramente, não acredito que ela tenha, com isso, acusado a Polícia Federal de ter torturado os empreiteiros mais ricos do país para conseguir deles informações que ligam o monstruoso esquema de dilapidação da Petrobras aos caixas paralelos de campanhas petistas. Não é possível.

Quero acreditar que a presidente apenas continua muito mal assessorada, como sempre foi.

Mas a queda vertiginosa da popularidade e da credibilidade de seu governo deveriam, de alguma forma, acender o alerta entre seus pares. Não dá mais para culpar a “mídia golpista”. O primeiro passo talvez seja aceitar que há uma crise econômica e institucional, e que essa crise tem potencial para destruir os incontestáveis avanços que o próprio governo petista conquistou contra a desigualdade e a pobreza extrema no país nos últimos anos.

Desde a explosão do escândalo do mensalão, em 2005, passando pelas inúmeras máfias, esquemas, jogadas e maracutaias engendradas no seio do poder federal, com ou sem o aval dos chefes de poderes da República, o primeiro reflexo dos flagrados em delitos tem sido o de atacar a credibilidade do acusador, do investigador e do julgador.

Com a votação expressiva e a grande popularidade de que a presidente desfrutava em seus primeiros anos de mandato – diga-se, maior que a do próprio padrinho dela, o ex-presidente Lula –, bastava a Dilma ter feito o que se esperava de uma pessoa com tão badalado perfil gerencial: afastar os malfeitores e se cercar de gente com menos apego a poder e dinheiro e mais vocação (verdadeira) para o social.

Mas ela fez o contrário. Desde sempre, partiu em defesa de parceiros pouco confiáveis, cedeu às pressões indecentes de seus aliados no Congresso, não se protegeu contra o fogo amigo e se postou frontalmente contra o apelo popular, preferindo transferir a terceiros – quase sempre “a mídia” – a responsabilidade por suas desgraças pessoais e institucionais.

Dilma não respeita delator, mas tem mostrado respeito demais a chantagistas, sociopatas e prevaricadores. Claro, o governo petista não inventou a corrupção, mas tem dado muito abrigo aos corruptos. Chegou a hora de serem colocados à prova.

OS DOIS




Antônio Álvares da Silva


Nesta semana, a Câmara dos Deputados começou a enfrentar o difícil problema da maioridade penal do menor. Nas grandes discussões jurídicas, a doutrina e a filosofia não oferecem certeza da decisão melhor. Em questões sociais, a escolha sempre deixa de lado algum acerto que também havia na ideia rejeitada. O homem caminha com a incerteza ao longo de sua existência. E isto repercute nas instituições que cria ao longo do percurso. Qualquer decisão tomada tem acertos e erros que devem ser completados com melhoramentos permanentes que a vida mostra e os fatos ensinam a todos nós.

Em alguns países, não há idade fixa para a imputabilidade do menor. O critério neste caso consiste em saber se ele tinha conhecimento do fato delituoso. Em caso positivo, responde como qualquer pessoa.

Outros sistemas fixam a idade, que também varia: 14, 16,18 anos, levando-se em conta a maturidade do menor adquirida na experiência de vida que todos temos. Viver é aprender. Estas idades, entretanto, são arbitrárias. O desenvolvimento psíquico do ser humano não tem uma idade certa para completar-se. Varia de pessoa para pessoa. Todos os indivíduos guardam diferenças entre si. Não há nada absolutamente igual no universo. Mas este sistema tem a vantagem de permitir a coleta da prova com mais facilidade. Partindo-se da maioridade, por exemplo, aos 18 anos, o Direito já trabalha com uma definição prévia que vai ajudar muito o juiz ao decidir.

Há também os sistemas mistos. Para os crimes hediondos (estupro, latrocínio e homicídio qualificado e roubo com agravantes, sequestros) e outros delitos que o legislador considerar graves, o menor será sempre imputável. Mas aqui também surge a questão: a partir de qual idade responderá? Haverá limite?

Quase 90% da população brasileira deseja a redução da idade para 16 anos, influenciada pelos assaltos e agressões de menores nas ruas. Isto irrita e amedronta o cidadão, que passa a exigir punição das autoridades. Os crimes realmente graves praticados por menores são exceção. Portanto a votação no Congresso não é uma punição para todos os menores.

Estabelecida a questão da idade, surge outra: a punição do menor não pode se transformar numa vingança do Estado. É preciso cuidar da ressocialização do infrator e não somos tão pobres a ponto de não poder criar um mecanismo educacional que devolva o menor como cidadão à sociedade, e não como criminoso piorado pela lição de nossas prisões, que são escolas do crime e da degradação humana. Uma pequena parcela desviada da corrupção pode ajudar decisivamente na recuperação do menor.

O homem criminoso (maior ou menor) é uma sina da vida social, que não vive sem crimes e desvios. Por isto, primeira providência é a pena. Mas, se somente ela é utilizada, estaremos formando novos criminosos com o dinheiro público. Punir sem reeducar é um contrassenso e um absurdo. O Estado existe para regenerar o criminoso e não para agravar sua antissociabilidade.

Não se há de procurar culpados pelos crimes e desajustes das pessoas. Isto é uma fatalidade, mas temos o dever de lutar para minorá-la. No caso do menor, será até útil sua exclusão momentânea da sociedade, desde que o Estado o submeta à ressocialização, frequentando escola, aprendendo profissões e estudando como qualquer cidadão. A ideia é das mais dignas e deve ter o apoio de todos. Quem sabe ainda veremos o infrator sair da prisão com um título profissional ou universitário na mão? Nenhum professor de ensino superior ou médio deixará de oferecer seus préstimos a este trabalho grandioso. Basta que o Estado aja e intermedeie a presença destes profissionais nas prisões.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...