quarta-feira, 6 de maio de 2015

VIRUS ZIKA



O VIRUS ZIKA 

O Aedes Aegypti não é o único vetor dessa doença

O vírus zika foi descoberto em 1947, por meio de uma pesquisa com macacos que vivem nas florestas da África e o contágio humano se deu cerca de 20 anos mais tarde na Nigéria.

É uma doença viral, transmitida por mosquitos infectados, principalmente o Aedes Aegypti. Embora esse mosquito seja o grande “vilão” da transmissão da doença, não é o único vetor desse problema. Todos os mosquitos da família “Flavivirus” também podem transmitir a enfermidade, o que pode facilitar a rápida circulação da doença entre a população.

O vírus da febre amarela pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus = amarelo). Ele pertence ao mesmo gênero e família de outros vírus responsáveis por doença no homem, entre os quais o Dengue, o West Nile, o Rocio e a encefalite de St. Louis.

Embora a enfermidade provoque um quadro semelhante ao da dengue e chikungunya, os sintomas são mais leves. A doença não apresenta a forma hemorrágica.
Há indícios que a doença, de origem africana, tenha chegado ao Brasil durante a Copa do Mundo. Que legado essa Copa nos deixou! 

Como exemplo: se uma pessoa contrair a doença durante um passeio ao Nordeste e na volta, um hospedeiro picá-la já na sua casa, o mosquito começará a transmitir a doença para outras pessoas na região onde essa pessoa infectada mora. 

Comparações dos sintomas provocados pelos mosquitos infectados: 

Dengue:
Dores musculares, febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas e erupções na pele, tontura, cansaço extremo, pode ter manifestação hemorrágica. 

Chikungunya:
Dores na articulação, com inflamação, inchaço, vermelhidão e calor local, febre alta, dor de cabeça, erupções na pele, cansaço extremo, não tem manifestação hemorrágica.

Febre Zika:
Febre moderada, dor nas articulações e conjuntivite, vermelhidão e erupções na pele, diarreia, não tem manifestação hemorrágica.

QUEM TEM RAZÃO: OS CIENTISTAS AMERICANOS OU OS NOSSOS PSEUDOS ENTENDEDORES



  

Salesio Nuhs

Este mês completam-se quatro anos de um episódio que chocou o país. Wellington de Oliveira invadiu uma escola no Rio de Janeiro e, com mais de 50 disparos de arma de fogo, matou 12 adolescentes e feriu outros 12, antes de se matar. O ataque somente foi interceptado quando um policial militar enfrentou igualmente armado o criminoso.
Se é impossível prever ou mesmo impedir o ímpeto de um psicopata e evitar que armas cheguem em mãos erradas, temos obrigação de oferecer meios para enfrentar esse tipo de situação. Se alguém pudesse oferecer algum tipo de resistência previamente, a história teria sido diferente no Rio? Menos vidas teriam sido sacrificadas?
Por uma questão lógica, psicopatas escolhem este tipo de ambiente. Podem cometer atrocidades com a certeza de que não serão impedidos. Ao permitir que professores e funcionários, de maneira responsável, legal e com controle portem armas para necessidade de defesa, o Estado poderia resguardar o futuro da sociedade: a vida de jovens estudantes.
Pelo contrário, o governo endurece a cada dia a vida dos cidadãos de bem que desejam ter a posse ou o porte de arma de maneira legal para sua defesa.
Na contramão, a conceituada Universidade de Harvard publicou recentemente um estudo definitivo comprovando que a posse de armas torna a população mais segura e afirma que quanto mais armas os indivíduos de uma nação têm, menor é a criminalidade. A peça acadêmica “O banimento de armas de fogo reduziria assassinatos e suicídios?” foi produzida pelos consagrados criminologistas Don B. Kates e Gary Mauser.
A vergonhosa marca de 50 mil homicídios por ano ocorre justamente em pleno vigor da Lei 10.826/2003, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento, que ao restringir o acesso dos cidadãos de bem às armas, infelizmente, não evitou o sofrimento de milhares de mães neste país.
Números tendenciosos
Não se pode estabelecer relação direta entre o acesso legal da população às armas de fogo e os índices de homicídio, pois não são as armas dos cidadãos que matam, mas as dos criminosos, para o qual a lei não possui relevância, reconheceu a ONU, por meio do Global Study on Homicide (2011), mais amplo e profundo estudo já realizado sobre homicídios, em âmbito global.
Balanços tendenciosos de ONGs desarmamentistas afirmam que a maior parte das armas utilizadas para o cometimento de crimes e apreendidas são nacionais. No entanto, uma parte das dificuldades brasileiras está na escassez de bases de informações confiáveis no tema, dado o caráter ilegal de boa parte do comércio de armas. Apenas 8% dos homicídios são esclarecidos no país, segundo o Mapa da Violência, estudo adotado oficialmente pelo Ministério da Justiça. Geralmente são crimes banais, mais fáceis de serem elucidados.
Na investigação dos crimes por motivos fúteis ou de grande repercussão na mídia, a polícia tem mais elementos para investigar, pois são praticados por pessoas comuns que por vezes conhecem e convivem com as vítimas ou por possuírem maior visibilidade. Nestes casos, as informações são adquiridas com maior facilidade. O mesmo não acontece com os crimes que deixam de ser apurados e que não entram nas estatísticas devido à total falta de informações.
Com índices tão baixos de elucidação criminal, não há como se afirmar que os homicídios registrados no país decorrem do uso de arma de fogo, muito menos de onde vêm as armas utilizadas pelos criminosos. O que caracteriza apenas uma tentativa de transferir para o cidadão de bem a responsabilidade e ônus do cenário crítico.
O Estatuto do Desarmamento e o cerceamento do direito à legítima defesa são não só um desrespeito às vítimas e um convite a novas tragédias. O Estado não pode oprimir ou impedir quem anseia se proteger legalmente, atendendo aos pré-requisitos exigidos por lei.

Presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam)
 

PRÉ-SAL



  

Mauro Santayana

Os jornais voltam a anunciar que se discute, dentro e fora do governo, o fim da atuação da Petrobras como operadora exclusiva do pré-sal, com fatia mínima de 30%.
Alegam, entre outras coisas, seus adversários que seria inviável para a Petrobras continuar a explorar o petróleo do pré-sal com a baixa cotação atual do barril no mercado global, quando a produção oriunda dessa área cresceu 70% em março e se aproxima de 500 mil barris por dia.
Ora, se a Petrobras, que acaba de ganhar (pela terceira vez) o maior prêmio da indústria internacional de exploração de petróleo em águas marinhas, o OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, nos EUA, justamente pelo desenvolvimento de tecnologia própria para a extração do óleo do pré-sal em condições extremas de profundidade e pressão, estaria tendo prejuízo na exploração desse óleo, porque as empresas estrangeiras, a quem se quer entregar o negócio, conseguiriam ter lucro como operadoras, se não dispõem da mesma tecnologia?
Se a Petrobras explora petróleo até nos Estados Unidos, em campos como Cascade, Chinook e Hadrian South, onde acaba de descobrir reservas de 700 milhões de barris, em águas territoriais norte-americanas do Golfo do México, porque tem competência para fazer isso, qual é a lógica de abandonar a operação do pré-sal em seu próprio país, onde pode gerar mais empregos e renda com a contratação de serviços e produtos locais, e o petróleo é de melhor qualidade?
A falta de sustentação dessa tese não consegue ocultar seus principais objetivos. Se quer aproveitar uma “crise” da qual a empresa sairá em poucos meses (as ações com direito a voto já se valorizaram 60% desde janeiro; o balanço foi apresentado com enormes provisões para perdas por desvios de R$ 6 bilhões, que delatores “premiados”, cuja palavra foi considerada sagrada em outros casos, já negaram que tenham ocorrido; a produção e as vendas estão em franco crescimento) para fazer com que o país recue no regime de partilha de produção, de conteúdo nacional mínimo, e na presença de uma empresa nacional na operação de todos os poços, para promover a entrega da maior reserva de petróleo descoberta neste século para empresas ocidentais, como a Exxon, por exemplo, que acaba de perder, justamente para a Petrobras, o título de maior produtora de petróleo do mundo de capital aberto.
Como ocorreu na década de 1990, se cria um clima de terror para promover a entrega de uma das últimas empresas sob controle nacional ao estrangeiro.
Enquanto isso não for possível, procura-se diminuir sua dimensão e importância, impedindo sua operação na exploração de reservas que são suas, por direito, situadas em uma área que ela descobriu, sozinha, graças ao desenvolvimento de tecnologia própria e inédita e à capacidade de realização da nossa gente.
 

CONSTRUIR MAIS ESCOLAS OU PRISÕES



                                                                                                                                                       Crime sem castigo

Uma crise anunciada teve desfecho dramático nessa terça-feira (5) na capital. O esgotamento do sistema prisional do Estado por causa da superlotação deixou policiais militares com suspeitos de crimes presos nas viaturas parados na porta das delegacias por várias horas, sem ter como finalizar a ocorrência. Enquanto isso, o policiamento ostensivo foi relegado, para felicidade dos marginais.
Presídios e centros de remanejamento de presos em Neves, BH e Betim foram interditados pelo Ministério Público por absoluta falta de condições de receber mais internos. Minas tem 58 mil detentos para um total de 26 mil vagas. Aparentemente, parecem números que não apresentam uma distorção absurda, pois são pouco mais de dois presos por vaga. O problema é que em determinadas unidades há a superlotação, como as que estão próximas da capital.
O crime não cessa de aumentar em todo o país. O Brasil já é o líder no ranking mundial de assassinatos, com mais de 60 mil por ano, segundo cálculos da Organização Mundial de Saúde. São 32 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.
Há uma divergência sobre a posição do país em termos de população carcerária. Um número apresentado dá conta de que o total de presos estaria em 580 mil, o que coloca o Brasil em quarto lugar no mundo, atrás de Estados Unidos (2,217 milhões), China (1,657 milhão, mas organizações internacionais dizem que esse total é subnotificado) e Rússia (673 mil).
O problema é que, em recente relatório, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou que esse número do Brasil não considera as prisões domiciliares, que estariam na casa das 147 mil, o que colocaria o país no terceiro lugar.
E a população carcerária seria ainda maior se fossem contabilizados os mandados de prisão em aberto, ainda segundo o CNJ, que alcançam a fantástica cifra de 370 mil. Tudo isso somado, seriam mais de um milhão de presos. Sem esses dois aspectos – prisões provisórias e mandados em aberto, o déficit de vagas no sistema prisional estaria em pouco mais de 200 mil.
Ou seja, a questão prisional é um barril de pólvora. A crise mineira deflagrada nessa terça-feira serve de alerta para as novas autoridades que governam Minas.