sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

É LADRA OU NÃO?



E se Graça Foster for ladra?

Mário Magalhães 

Tenho convicção de que não é, a julgar pelo testemunho de amigos e conhecidos que acompanham há muito tempo a trajetória da presidente da Petrobras.
A impressão é referendada pela investigação que devassa a empresa criada em 1953 e descobre uma falcatrua atrás da outra. Nenhuma com indício de participação de Maria das Graças Foster.
Até estourar o escândalo em curso, a imagem de competência da engenheira era praticamente unânime.
Graça Foster não é larápia. Mas se fosse?
Do noticiário recente, impressiona a autonomia que diretores e gerentes da Petrobras tinham ou têm para exercer de gatuno.
Existem conselhos e outros colegiados, mas está claro que suas funções são protocolares. Os mecanismos fiscalizadores não funcionam.
Noutras palavras, se executivos que não se tornaram cabeça da companhia roubaram tanto, confessadamente, imagina se um presidente quiser meter a mão no patrimônio alheio. O estrago será mais grave.
Depende-se da integridade do presidente, porque os controles são fragilíssimos.
A Petrobras foi criada contra interesses poderosos. Desde então foi sabotada pelos inimigos do monopólio estatal do petróleo. Nos anos 1990, eles lograram sucesso, e “o petróleo é nosso'' virou slogan do passado, pelo menos “é 'só' nosso''. Hoje e ontem um consórcio de empresários privados e servidores públicos corruptos, incluindo políticos, sangra ainda mais a empresa que representou e representa uma conquista do povo brasileiro.

PROBLEMA DO BRASIL É LIDERANÇA



Líderes carismáticos não são solução para América Latina, diz Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco
Especialistas enfatizam em Davos momento difícil pelo qual passa economia brasileira

O Brasil está enfrentando uma série de dificuldades na economia doméstica. O cenário global — sobretudo em razão da queda dos preços das commodities - tampouco tem ajudado o país. Por isso, ajustes precisam ser feitos. Foi o que defendeu nesta quarta-feira (21/01) o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Para ele, “vamos continuar passando por um momento de pouco crescimento nos próximos anos”.
Durante um painel dedicado ao contexto latino-americano, especialistas destacaram a fase difícil pela qual passam países como Brasil, Argentina e Venezuela, enquanto elogiaram Colômbia, Bolívia e Equador.
O intelectual venezuelano Moisés Naím, editor-chefe da revista Foreign Policy, destacou que todos os países da região têm duas coisas em comum: as instituições continuam fracas e o governo tem de lidar com massas insatisfeitas. A vida dos cidadãos melhorou na última década e eles não querem abrir mão do novo padrão de vida que atingiram. O povo latino-americano, diz Naím, não aceita mais a desigualdade social e a corrupção.
Marcelo Neri, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, reforçou a importância da última década no combate à desigualdade. No entanto, reconhece que “não estamos tão bem” em crescimento e, no que se refere à desigualdade, “parados”. Segundo ele, o Brasil precisa descobrir como se destacar nos dois quesitos ao mesmo tempo, além de investir em educação e engajar a juventude. Neri afirmou ainda que parte da insatisfação dos brasileiros é “efeito colateral” do desenvolvimento. Ele disse que as pessoas só reclamam do trânsito, por exemplo, porque agora conseguem adquirir um automóvel.
Setubal completou comentando as manifestações de junho de 2013. Disse que agora as pessoas se mostram cansadas de problemas como corrupção e ineficiência — então o governo tem de lidar com mais pressão. Ele apontou que a corrupção passou a deixar as pessoas mais irritadas, principalmente, porque elas pararam de melhorar de vida.
Quando um integrante da plateia perguntou sobre o porquê de haver tanto “pessimismo” e falta “ambição e vontade inovar” na América Latina,  Naím foi firme ao discordar de que os países da região precisavam de ambição e criatividade. Segundo ele, esses dois pontos são comuns em líderes como Hugo Chávez, Néstor Kirchner, Dilma Rousseff e Lula — que realizam feitos “sem precedentes”, mas com execução ruim.
“A ‘boa ambição’ é positiva, mas concordo totalmente com Moisés”, afirmou Setubal. “Quando falamos sobre ambições, na nossa região, elas são acompanhadas por líderes carismáticos. E não acho que é o que precisamos — embora nossa região seja a melhor para fazer líderes carismáticos, somos muito bons nisso. Essa não é a solução. Já sofremos muito por causa disso. O caminho é construir uma democracia forte, instituições fortes e dar ênfase à educação. Temos que trabalhar duro.”

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

PACOTES DE BONDADES



OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS CUNHA E CHINAGLIA, OFERECEM “PACOTES DE BONDADES” POR VOTOS,   ÀS CUSTAS DO DINHEIRO PÚBLICO

Na reta final da briga pela presidência da Câmara dos Deputados, os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) E Arlindo Chinaglia (PT-SP) apresentaram como plataforma para conquistar votos um “pacote de bondades”, com antigas reivindicações dos deputados que terão impacto nos cofres públicos. Em comum, os dois candidatos prometem equiparar os salários dos congressistas e do Executivo ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o que evitaria o desgaste de ter que discutir reajustes separados para cada poder.
Há ainda a promessa de construir um novo prédio para abrigar novos gabinetes, uma obra orçada em mais de R$ 400 milhões e a garantia de pagamento da verba destinada pelos parlamentares no orçamento principal para obras em seus redutos eleitorais.
Chinaglia ainda se compromete a reajustar a verba destinada ao pagamento de funcionários que hoje cada um dos deputados tem direito a R$ 78 mil para contratar até 25 servidores, sem concurso.
Em outra frente o petista Chinaglia se compromete a promover um reajuste na verba indenizatória, destinada a pagar despesas com a atividade parlamentar como: telefone, passagens, consultorias, divulgação,  entre outras. Hoje, essa verba varia de R$ 27 mil a R$ 41 mil dependendo do estado. Chinaglia também, promete mudar a metodologia de compra de passagens aéreas para otimizar o uso desses recursos.
Por outro lado, a cúpula do PT comandada por Lula, quer usar a sua força política para ocupar mais cargos no governo Dilma. Estão na mira as presidências e diretorias dos seguintes cargos: Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf), Sudene, Telebras, Embratur e Funasa. Além dos comandos da Caixa Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e BNDES.

COMENTÁRIO:
São duas situações distintas:
1ª – Ao povo pede-se sacrifício com aumento de impostos, dos combustíveis, corte no aumento de correção da tabela do Imposto de Renda, mudanças nas pensões e benefícios de seguro-desemprego,  aumento dos juros e outros aumentos que incidirão diretamente no bolso de todos os contribuintes sem contrapartida de aumentos salariais.
2ª – Com o pessoal lá de cima, Judiciário, Executivo e Legislativo, a coisa é diferente, não fazem parte da massa de assalariados e nem de contribuintes, pois, têm aumentos de salários acima da inflação, não cortam gastos e sempre querem mais, nunca menos, parecem não ligar para o sofrimento da população sofrida pela “derrama de impostos” que lhe é imposta por esta classe privilegiada.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

IMPOSTOS




Quando o Brasil vai se tornar país de primeiro mundo? Medidas conservadoras  adotadas pelo governo como: aumento de impostos, não resolvem o nosso problema, precisamos de um presidente estadista que corte os problemas pela raiz, saneando a máquina pública, inchada e ineficiente, que diminua drasticamente as despesas do estado, para sobrar dinheiro para investimentos, saúde, educação, segurança pública, sem necessidade de aumento de impostos, medida antipopular e inócua que desagrada todos os segmentos da nação. 

Impostos do PT
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aproveitou o apagão de segunda-feira e anunciou quatro medidas para turbinar o caixa do Executivo em 20,6 bilhões de reais. O pacote inclui o aumento de impostos: Levy confirmou a já esperada retomada da cobrança da Cide, o imposto sobre combustíveis; a elevação de 9,25% para 11,75% da alíquota do PIS/Cofins para produtos importados; e o aumento da faixa para operações de crédito (IOF) de 1,5% para 3%.
Dilma está fazendo tudo que disse que não iria fazer.

Apagão do PT
O corte de energia que atingiu diversas cidades em dez Estados brasileiros e no Distrito Federal entre 14h55 e 15h45 desta segunda-feira (19/01/2015) poderia ter sido pior, segundo Veja.com. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou desconectar milhares de unidades consumidoras do sistema de fornecimento para evitar um blecaute muito mais amplo, que poderia deixar dezenas de milhões de brasileiros sem energia por mais de quatro horas, e causar imensos transtornos no trânsito, transportes públicos, hospitais, escolas e na atividade industrial, e ainda danificar a infraestrutura de geradores de energia, entre outros desastres.
Os cortes podem estar relacionados ao pico de consumo, argumento plausível em pleno verão quente e seco como “nunca antes na história dêsti paíf”, mas o fato, lamentável, é que o governo do PT não fez os investimentos necessários para renovar e diversificar o nosso sistema de fornecimento de eletricidade baseado em usinas hidrelétricas que, há 20 anos, conseguiam armazenar água suficiente para gerar energia por até cinco anos caso o país passasse por um período de seca e que hoje, por questões ambientais, têm reservatórios bem menores, do tipo fio d’água, de modo que a nossa “independência” das chuvas é de menos de seis meses. O máximo que o PT fez foi recorrer a termelétricas obsoletas que agora deverão permanecer ligadas durante todo o ano de 2015, aumentando consideravelmente o custo de geração de energia por serem bem mais caras do que as hidrelétricas.
Resultado: o preço da energia deve subir, em média, 40% para os consumidores, porque sim: é você que sempre paga a conta petista.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

PÁTRIA EDUCADORA



Dilma não demonstra firmeza para cumprir lema "Pátria Educadora"

Cristovam Buarque
Especial para o UOL  

Em sua fala de abertura dos trabalhos no Parlamento, em 1888, a princesa Isabel disse que o Brasil precisava ser uma pátria livre da escravidão. Logo depois o governo encaminhou a proposta que viria a ser a Lei Áurea.
O deputado Joaquim Nabuco passou a ser o principal articulador da aprovação da proposta, ainda que o governo da época fosse liderado por um partido diferente do seu, e o chefe do governo, o deputado João Alfredo, fosse seu maior adversário em Pernambuco. A postura moral de Nabuco lhe dá uma grandeza ainda maior do que a própria luta pela abolição.
Se a princesa tivesse dito que seu lema seria "Brasil: Pátria sem Escravidão", sem o governo apresentar o projeto da Lei Áurea, sua mensagem teria atendido a crescente consciência nacional da necessidade de abolir a escravidão, mas sem transformar o lema em um ato realizador.
O lema "Brasil: Pátria Educadora" tem o mérito de explicitar a posição que, depois de décadas de luta por alguns, começa a ganhar corpo na sociedade brasileira: a importância da educação para o progresso do país. Mas a ideia ficará apenas como lema sem um conjunto de leis, a definição dos recursos e a articulação de uma base de apoio, .
Prometer que a educação será financiada pelo pré-sal é menos seguro do que dizer que os escravos seriam alforriados graças aos royalties do café Cristovam Buarque, senador, sobre lema "Pátria Educadora", lançado pela presidente durante sua posse
Dizer que a "pátria educadora" será constituída graças aos royalties do pré-sal é insuficiente. Mesmo se a Petrobras superar suas dificuldades financeiras, se a engenharia for eficaz para extrair o petróleo daquela profundidade, se o preço do barril voltar ao patamar de US$ 100, se a crise ambiental não forçar a substituição do combustível fóssil por outras fontes, mesmo assim, em 2034, o pré-sal só conseguirá fornecer R$ 35 bilhões, cerca de 5,5% dos recursos necessários para o Brasil virar uma pátria educada.
Prometer que a nação educada será financiada pelo pré-sal é menos seguro do que se a princesa tivesse dito que os escravos seriam alforriados graças a royalties obtidos pela exploração de café em novas áreas a serem abertas em regiões ainda não desbravadas.
Ao aumentar o piso salarial do professor em 13,01%, elevando-o para R$ 1.917,78, o governo da presidenta Dilma não demonstra firmeza de cumprir seu lema. Além de ser um valor insuficiente, o lema não ganha consistência devido à opção do seu governo em deixar a responsabilidade pela educação sobre os ombros de pobres e desiguais prefeituras e Estados.
Não há como fazer do Brasil uma nação educada se, ao longo dos próximos anos, a educação não for uma questão nacional com, por exemplo, a adoção das escolas pelo governo federal.
Ao apresentar seu compromisso de construir um Brasil sem escravidão, a princesa sancionou a lei da abolição. Se quiser levar a sério sua ideia de construir uma pátria educada, a presidente Dilma deve apresentar o conjunto de ações necessárias para a adoção da educação básica pela União - a PEC 32/2013 é um exemplo.
Se fizer isso, todos devem seguir o exemplo de Nabuco e dar o apoio necessário.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...