terça-feira, 26 de agosto de 2014

TECNOLOGIA



TECNOLOGIA

China quer criar submarino que viaje até os EUA em 2 horas

Meio de transporte alcançaria a velocidade do som debaixo da água, o equivalente a 3,6 mil quilômetros por hora

Chineses pretendem usar uma tecnologia avançada para criar um 'submarino supersônico'
Os chineses estão planejando criar um meio de transporte que faça com que uma viagem entre Xangai e São Francisco, na Califórnia, demore menos de duas horas. O desafio seria a criação de um veículo subaquático extremamente veloz. As informações são do RT.
Segundo a publicação, os chineses pretendem usar uma tecnologia avançada para criar um 'submarino supersônico'. O meio de transporte alcançaria a velocidade do som debaixo da água, o equivalente a 3,6 mil quilômetros por hora.
Para alcançar tal velocidade, a ideia se baseia no conceito utilizada pela União Soviética, há anos: uma bolha de ar é criada em torno do submarino, para que ele não enfrente muito atrito embaixo da água e consiga viajar mais rápido.
Com a invenção, seria possível atravessar o oceano Pacífico em apenas 100 minutos. Uma viagem transatlântica seria feita em menos de uma hora. 
Embora a China esteja encabeçando o projeto, outros países - como os EUA, Rússia, Alemanha e Irã - também estudam criar submarinos semelhantes. 

CIÊNCIA E INTELIGÊNCIA



Questões que a ciência não explicou

5 questões “simples” que a ciência ainda não explicou

Por Gabriel Tonobohn

Nós sabemos que a ciência ainda tem muito o que explicar sobre nosso mundo e o Universo. Como surgiu a vida na Terra? Como surgiu o Universo? Essas são questões complexas, que aceitamos que demoraremos muito para responder.

Mas há questões que parecem bastante simples, mas ainda permanecem um mistério para nós. Veja aqui algumas dessas questões que ainda não sabemos direito como explicar.

2. Como exatamente o magnetismo funciona?

O magnetismo é bastante conhecido por nós e você provavelmente já o estudou na escola, mas ele ainda é um mistério para a ciência de muitas maneiras. Não temos uma explicação razoável, por exemplo, sobre por que partículas carregadas com eletricidade criam um campo magnético forte o suficiente para afastar coisas fisicamente delas. Ou então, quando o fazem, porque exatamente elas se alinham em dois polos, norte e sul.

A questão é tão complicada que o MIT tem até mesmo um laboratório inteiro dedicado apenas à pesquisa relacionada ao magnetismo. Nós sabemos que o magnetismo existe e temos uma boa ideia do está acontecendo exatamente – o suficiente para usarmos isso em nosso benefício. Mas o fato é que o magnetismo ainda não é totalmente compreendido por nós.

2. Por que girafas tem um pescoço grande?

Você já deve ter ouvido falar que existiam girafas de pescoço curtos e girafas de pescoço longo, e a evolução fez com que apenas as girafas de pescoço longo sobrevivessem e se tornassem o animal mais alto do planeta.

Mas a verdade é que pescoços longos não oferecem quase nenhuma vantagem às girafas, porque elas se importam mais com o tipo de folha que comem do que com a altura que ela está. Por isso, não há muito bem um consenso sobre o que teria de fato influenciado para que esses animais evoluíssem com pescoços longos.

De fato, o pescoço longo é uma desvantagem em muitas situações. A girafa precisa afastar as pernas da frente e abaixar lentamente para conseguir beber água, por exemplo. Ela também costuma dormir de pé, já que demoraria muito para levantar com seu longo e grande corpo, caso um predador aparecesse.

Até hoje, não há uma explicação satisfatória para o longo pescoço das girafas.


3. Como pássaros migram?

Nós sabemos que os pássaros migram para botar seus ovos ou para escapar de climas desfavoráveis, procurando um ambiente seguro para a reprodução. Mas nós não sabemos exatamente como eles fazem isso.

Imagine só: um cuco viaja milhares de quilômetros para depositar seus ovos nos ninhos de outras aves (o cuco é uma espécia de “parasita social”) e depois voa de volta para sua terra natal. Quando seus filhotes crescem, voam de volta para a terra de sua mãe, sem ajuda de ninguém.

Incrível, não? Os cientistas acreditam que os pássaros possuem algum tipo de bússola interna baseado nas estrelas e no campo magnético da Terra. O problema é que uma bússola pode apenas guiá-lo para uma direção, mas não pode dizê-lo onde exatamente ir.

4. Como exatamente funciona a gravidade?

Newton estudou a gravidade há mais de 350 anos, mas até hoje ela ainda é um mistério em muitos sentidos para nós. Para se ter ideia, nós sabemos a partícula mediadora de 3 das 4 forças fundamentais do universo: eletromagnetismo, força nuclear fraca, força forte. Só não sabemos da gravidade.

Acredita-se que o graviton seja essa partícula, mas ainda estamos longe de encontrá-la de fato. Outro ponto interessante sobre a gravidade é que ela é, de longe, a mais fraca das quatro forças fundamentais. Pense que basta um pequeno pulo para que você consiga vencer, por um segundo, toda a força gravitacional que o planeta exerce sobre você.

Isso tudo torna a gravidade ainda mais interessante e difícil de ser estudada em um laboratório.

5. O que são os sonhos?

Todos nós sonhamos todas as noites (mesmo que você não se lembre disso), o que torna os sonhos algo bastante comum e presente em nossas vidas, mas ainda assim muito misteriosos.

Apesar de todos os esforços dos cientistas modernos, até hoje não sabemos exatamente porque nosso cérebro decide projetar imagens malucas durante a noite. Há quem diga que são apenas imagens aleatórias sem nenhum propósito, enquanto outros acreditam que os sonhos tenham um significado profundo. Mas são apenas chutes.

O que quase todos os cientistas concordam, no entanto, é que eles podem revelar muito sobre coisas que estão no fundo da nossa psique.


Inteligência Animal

1. Corvos: inteligentes como crianças

Os corvos continuam demonstrando que são aves muito inteligentes. Na verdade, sua inteligência pode ser comparada à de crianças de 7 anos, segundo um estudo recente publicado na revista PLoS ONE. Os corvos analisados concluíram uma tarefa com o “paradigma da fábula de Esopo”, em que deveriam atirar pedras em um tanque para aumentar o nível da água e ter acesso a uma recompensa.

"Compreender as relações de causa e efeito é uma característica fundamental da cognição humana”, destacou a equipe de pesquisadores da Universidade de Auckland, chefiada por Sarah Jelbert.

Segundo suas descobertas, os corvos possuem uma consciência sofisticada das possibilidades de causa e efeito, semelhante às capacidades humanas.

2. Abelhas provam que tamanho não é documento

As abelhas são capazes de contar, classificar objetos semelhantes, como rostos humanos ou de cães, entender os conceitos de “igual” e “diferente”, e distinguir as formas simétricas das assimétricas.

Elas são uma prova de que “animais com o cérebro grande não são necessariamente mais inteligentes”, afirma Lars Chittka, professor de ecologia sensorial e comportamental do Centro de Pesquisas Queen Mary.

3. Cães conhecem centenas de palavras

Os cães entendem aritmética, segundo Stanley Coren, do Departamento de Psicologia da Universidade da Colúmbia Britânica.

Estudos comprovam que os cachorros percebem erros em cálculos simples, como 1+1=3. Em média, um cachorro pode aprender 165 palavras, mas os chamados “supercães” (20% da população canina) podem aprender até 250 palavras e sinais.

A inteligência varia conforme a raça, e os border collies são os mais cães mais inteligentes.

4. Peixes sabem contar

Os peixes são capazes de diferenciar quantidades grandes e pequenas, e ainda sabem “contar” até três, segundo uma pesquisa sobre o peixe-anjo tropical. De acordo com os cientistas, é provável que os peixes possuam habilidades matemáticas avançadas, mas é preciso desenvolver novos métodos para estudar a fundo esses animais.

Angelo Bisazza, professor de Psicologia Comparativa do Grupo de Pesquisa da Universidade de Padova, declarou que pesquisas do tipo “revelam as habilidades cognitivas dos peixes, e no caso das habilidades numéricas, sugerem que suas habilidades não são muito diferentes das de outros animais usados tradicionalmente em estudos, como macacos, roedores e pombos”.

5. Cacatuas conseguem abrir fechaduras

As cacatuas ganharam o apelido de “ladras do mundo animal”, porque são capazes de abrir praticamente qualquer fechadura.

Em um estudo da Universidade de Viena, um macho adulto chamado Pipin conseguiu pegar uma noz depois de abrir uma fechadura seguindo vários passos: remover um pino, depois um parafuso, girar uma roda em 90 graus e, em seguida, abrir um trinco para o lado.

Sem ajuda, Pippin concluiu o desafio em menos de duas horas.

6. Um elefante que sabe falar coreano

Um elefante asiático chamado Koshik consegue imitar a fala humana e até profere algumas palavras em coreano, segundo um estudo publicado na revista Current Biology.

Atualmente, o vocabulário do elefante consiste em pelo menos cinco palavras: annyong (olá), anja (sente), aniya (não), nuo (deite) e choah (bom). Como os elefantes têm tromba em vez de lábios, é uma verdadeira proeza.

"Algumas palavras são comandos que Koshik aprendeu a executar, como “deite” e “sente”, ou palavras de incentivo, e tudo leva a crer que ele entende o significado dessas palavras”, afirma o co-autor do estudo, Tecumseh Fitch, professor de biologia cognitiva da Universidade de Viena.

7. Peixe dourado pode diferenciar Bach de Stravinsky

Os peixes dourados não só ouvem música como diferenciam um compositor do outro.

Segundo um estudo publicado na revista Behavioral Processes, peixes dourados que ouviram duas peças de música clássica, "Tocata e Fuga em Ré Menor", de Johann Sebastian Bach e "A Sagração da Primavera", de Igor Stravinsky, conseguiram distinguir os dois compositores sem dificuldade.

Embora os peixes e a maioria dos animais prefiram o silêncio à música, a pesquisa comprova que os peixinhos dourados conseguem detectar propriedades complexas dos sons, como tons e timbres.

8. Cobras matam metodicamente suas vítimas

As cobras não matam só por instinto: elas monitoram a condição das presas até sua morte, revela um estudo publicado na revista Biology Letters.

A tensão e a duração do aperto mortal das cobras constritoras (como a jibóia) são medidos com precisão, dependendo do batimentos cardíacos e do estado de fragilidade da presa. Segundo os cientistas, esse processo envolve a inteligência e as cobras podem ter outras habilidades que ainda não conhecemos.

9. Os cavalos nunca esquecem seus amigos humanos

Os amigos humanos vêm e vão, mas um cavalo pode ser um dos companheiros mais duradouros e fiéis se você tratá-lo bem.

“Os cavalos têm uma excelente memória”, explica Carol Sankey , da Universidade de Rennes, ao Discovery Notícias. “Eles são capazes de aprender e memorizar palavras humanas e ouvem a voz humana melhor do que os cães devido à amplitude de sua audição”.

10. Os golfinhos só perdem em inteligência para os seres humanos

Quando os padrões de mensuração da inteligência são aplicados a outras espécies, os golfinhos só perdem para o Homo sapiens, segundo Lori Marino, professora de neurociência e biologia comportamental da Universidade de Emory.

" Se usarmos o tamanho relativo do cérebro como medida de inteligência, concluímos que os golfinhos estão em segundo lugar em relação aos humanos modernos", diz Marino, que realizou vários exames de ressonância magnética em cérebros de golfinhos.

Portanto, não foi uma surpresa quando um golfinho recentemente assobiou a palavra "sargaço” para se referir a um tipo de alga comum no ambiente marinho.

No futuro, dispositivos de alta tecnologia talvez permitam que pessoas e golfinhos conversem entre si. Mas do jeito que a humanidade tem causado danos ao meio ambiente e a outras espécies, vamos acabar ouvindo é uma bronca!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NOBEL DE MATEMÁTICA



Com muito orgulho para todos os brasileiros, destacamos o prêmio “Nobel de Matemática” recebido pelo brasileiro Artur Ávila nesta quarta-feira. Salientamos que este cidadão brasileiro é o único no Brasil que possui este título tão importante e histórico para todos nós. Que esta distinção sirva de exemplo para outros brasileiros em outras áreas do conhecimento.

Brasileiro recebe 'Nobel' de Matemática

PARIS, 13 Ago 2014 (AFP) - O matemático brasileiro Artur Ávila recebeu nesta quarta-feira, em Seul, a Medalha Fields, um prestigiado prêmio concedido a cada quatro anos pelo Congresso Internacional de Matemática (ICM) e que também reconheceu, pela primeira vez, o trabalho de uma mulher.

O ICM destacou a profunda contribuição de Ávila, nascido em 1979 no Rio de Janeiro, "para a teoria dos sistemas dinâmicos".

Ávila, que também tem nacionalidade francesa, "lidera e molda o campo dos sistemas dinâmicos. Junto aos seus colaboradores, realizou progressos essenciais em várias áreas, incluindo dinâmicas unidimensionais reais e complexas", escreveu a organização em seu site.

Tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o líder francês, François Hollande, felicitaram Ávila por esta distinção.

"O reconhecimento mundial do trabalho de Ávila enche de orgulho a ciência brasileira e todo o Brasil", escreveu Dilma em sua conta no Twitter na noite de terça-feira.

"Felicito Artur Ávila, que acaba de receber a Medalha Fields, a mais alta recompensa no domínio da matemática. Seus trabalhos se centram na teoria dos sistemas dinâmicos", disse Hollande em um comunicado.

Ávila, doutor pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) do Rio de Janeiro, é atualmente pesquisador desta instituição e do Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS).



Primeira mulher com a Medalha Fields

Além do brasileiro, o australiano Martin Hairer, o canadense Manjul Bhargava e a iraniana-americana Maryam Mirzakhani também foram premiados com este "Nobel" da Matemática.

Mirzakhani foi a primeira mulher a receber esta medalha.

Nascida em Teerã em 1977, Mirzakhani fez doutorado em 2004 na Universidade de Harvard e atualmente é professora da Universidade de Stanford, na Califórnia.

Esta especialista em geometria das formas incomuns criou novas maneiras de calcular o volume de superfícies hiperbólicas estranhas.

"Hábil no manejo de um conjunto extraordinariamente diverso de técnicas matemáticas e culturas matemáticas diversas, (Mirzakhani) encarna uma pouco frequente combinação de destrezas técnicas, ambição audaz, visão de longo alcance e profunda curiosidade", explicou o ICM em um comunicado.

"É uma grande honra e ficarei feliz se isso encorajar jovens mulheres cientistas e matemáticas", declarou Mirzakhani, citada em um comunicado da Universidade de Stanford.

Os outros dois premiados nesta quarta-feira em Seul foram Manjul Bhargava, da Universidade americana de Princeton, e Martin Hairer, da Universidade de Warwick, no Reino Unido.

O ICM definiu Bhargava, nascido em 1974 no Canadá, mas criado principalmente nos Estados Unidos, como um "matemático de uma criatividade extraordinária" e reconheceu seu trabalho e influência na teoria dos números.

O australiano Hairer, nascido em 1975, se destacou por sua "contribuição à teoria de equações diferenciais parciais fortuitas", às quais deu pela primeira vez um rigoroso significado intrínseco, afirmou a organização.

A Medalha Fields de Matemáticas é concedida pelo ICM, o maior congresso da comunidade matemática. Realizado a cada quatro anos sob os auspícios da União Internacional de Matemáticas, reconhece desde 1936 o trabalho de pesquisadores de menos de 40 anos.

O prêmio foi proposto em 1923 pelo matemático canadense John Charles Fields, falecido em 1932, que legou seus bens para financiá-lo. Os vencedores são recompensados com 15.000 dólares canadenses (cerca de 14.000 dólares americanos).

Os Estados Unidos, com 13 Medalhas, e a França, com 12, são os países mais premiados, de um total de 55.


Artur Ávila, o gênio brasileiro 'cool' das equações

PARIS, 13 Ago 2014 (AFP) - O brasileiro Artur Ávila se tornou famoso entre os matemáticos do mundo por sua capacidade em resolver problemas sobre sistemas dinâmicos, o que lhe valeu a Medalha Fields, o "Nobel dos números", a primeira para a América Latina.

Aos 35 anos, Ávila vive entre o Rio de Janeiro e Paris, onde, desde 2003, trabalha no Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS).

Este "príncipe das equações", como foi chamado pela revista especializada do CNRS, tem um estilo tranquilo: sua condição física revela que frequenta academia, muito distante da caricatura de um nerd ou de um rato de biblioteca perdido nos cálculos.

"Gosto de fazer matemática na praia, você caminha, e pensa", comentou o brasileiro à publicação.

Esta reflexão "cool" permite que ele compreenda os problemas antes de afundar em suas equações escritas. O sistema deu resultado, ao que parece, a julgar por seus trabalhos bem-sucedidos com 30 matemáticos de todo o mundo.

"Nestas colaborações, Ávila forneceu uma capacidade técnica formidável, a ingenuidade e a tenacidade de um mestre na solução de problemas", segundo o Congresso Internacional de Matemática (ICM), que nesta quarta-feira concedeu a ele a Medalha.



Uma corrida de obstáculos

Após a conquista em Seul no ICM, que se reúne a cada quatro anos e premiou pela primeira vez um latino-americano, chegaram as felicitações dos presidentes de Brasil e França. A coroação de uma corrida que, no entanto, não esteve isenta de obstáculos.

Seu interesse pela árdua disciplina começou aos 13 anos, quando participou das Olimpíadas Internacionais de Matemática, um concurso para estudantes do ensino médio.

As primeiras participações foram fracassadas: o adolescente desconhecia partes inteiras do programa. Mas isso atingiu seu orgulho e o levou pela primeira vez ao IMPA, Instituto de Matemática Pura e Aplicada, na cidade carioca.

Após várias tentativas, terminou conquistando a medalha de ouro e com ela a atenção de Wellington de Melo, professor do prestigiado instituto.

A partir deste momento seu périplo se acelerou: se formou na escola, entrou no IMPA e aos 19 anos se lançou em uma tese de "dinâmica unidimensional", defendida em 2001.

Foi durante a tese que descobriu a Europa, onde chegou a Paris como um simples turista. Aprendeu francês e se apresentou ao concurso do CNRS, que o rejeitou em duas oportunidades - em 2001 e 2002 -, mas um pesquisador francês que o conheceu no IMPA facilitou seu acesso a um cargo de pós-graduação no College de France.

Em 2003 entrou finalmente no CNRS, onde chegou, em 2008, ao título de diretor de pesquisa, um recorde para alguém de apenas 29 anos. Ali desenvolveu a especialidade de "sistemas dinâmicos", ou seja, aqueles que evoluem com o tempo.

O movimento dos planetas, a dinâmica das populações e dos oceanos são alguns exemplos concretos das equações abstratas com as quais lida diariamente.

Junto a outros pesquisadores, resolveu nesta época três dos 15 "problemas para o século XXI" levantados em 2000 pelo matemático Barry Simon.

A Medalha Fields lhe escapou por muito pouco em 2010. Foi quando decidiu frequentar a academia para liberar energia e conseguir dormir bem.

Ávila espera que sua medalha inspire outros jovens do Brasil a se lançar no campo da matemática, uma opção relativamente mais acessível que as concorridas carreiras de engenheiro, médico ou advogado.

"Acredito que muita gente lá nem imagina que existe a pesquisa em matemática, pensam que é uma disciplina na qual tudo já foi concluído, definido e conhecido", comentou o brasileiro, que no ano passado obteve a dupla nacionalidade francesa.

SISTEMA DINÂMICO 

Na física matemática e na matemática, o conceito de sistema dinâmico nasce da exigência de construir um modelo geral de todos os sistemas que evoluem segundo uma regra que liga o estado presente aos estados passados.
Os primórdios da teoria dos sistemas dinâmicos podem ser identificados já no século XVI, nos trabalhos de mecânica celeste escritos por Johannes Kepler. As contribuições de Isaac Newton à modelagem matemática através da formalização da mecânica clássica abriram espaço para uma sofisticação crescente do aparato matemático que modela fenômenos mecânicos, culminando nos trabalhos de Lagrange e Hamilton, que definiram a teoria da mecânica clássica num contexto matemático, que essencialmente é o mesmo estudado até hoje.
O matemático francês Henri Poincaré é considerado um dos criadores da teoria moderna dos sistemas dinâmicos, tendo introduzido muitos dos aspectos do estudo qualitativo das equações diferenciais que permitiram estudar propriedades assintóticas das soluções (ou da maior parte das soluções) de uma equação diferencial, como estabilidade e periodicidade, sem ser necessário resolver explicitamente a equação diferencial. Tal abordagem pode ser encontrada na sua obra-primaLes méthodes nouvelles de la mécanique céleste, publicada em três volumes entre 1892 e 1899.
Considera-se que o primeiro livro publicado na área de sistemas dinâmicos é a obra Dynamical Systems, escrita pelo matemático estado-unidense George Birkhoff, e publicada em 1927.
Entre as ferramentas mais utilizadas na teoria dos sistemas dinâmicos estão a geometria diferencial, a teoria da medida e a geometria simplética.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

DOAÇÕES DE CAMPANHA E O SEU MAL



O MAL QUE AS DOAÇÕES DE CAMPANHA FAZEM AO BRASIL

Estão previstos gastos para as eleições presidenciais desse ano de mais de 1 bilhão de reais.
Dos 20 maiores doadores de campanha, 10 são empreiteiras, ou braços desse setor.
Há décadas grande parte dos escândalos e CPIs nacionais, estaduais ou municipais nasce nesse território: o das empreiteiras e similares.
Escândalos ligados a obras são centenas. E suas origens estão quase sempre nas licitações pós-campanhas, e nos acertos de campanha.
Há também as “maracutaias” conectadas ao setor de incorporações imobiliárias que não são divulgadas, mas infernizam o cotidiano das cidades.
O esquema é o de sempre: campanhas são financiadas e, em troca, Executivo, Legislativo ou funcionários liberam geral.
Cada um constrói o que quiser, onde quiser e com a altura que quiser. Daí cidades são arrebentadas como o foram São Paulo, Salvador, Rio, Recife e tantas outras.
Daí shoppings onde não deveria existir nem uma padaria. Daí prédios onde não se deveria liberar nem uma tenda.
Existem outros motivos dessa nefasta troca de favores para possibilitar a multiplicação de engarrafamentos e de cidades enfartadas.
Até aqui o PMDB levou algo como R$ 51 milhões dos R$ 170 milhões doados, até o momento perfazendo 30% das doações. O PMDB é a grande “cunha” no Congresso Nacional.
Cada congressista tem o direito de incluir no Orçamento anual da União até R$ 15 milhões em emendas individuais.
Isso dá R$ 60 milhões por cabeça a cada mandato, R$ 35 bilhões a cada legislatura. Tal direito foi conquistado na marra; para não dizer que foi fruto de chantagem.
No meio dessa farra toda com o dinheiro público - quem vai propor a reforma política? Os atuais congressistas não irão propô-la e também não irão contribuir para isso, como fazem atualmente.
No faz de conta, a reforma política seria com ou sem Constituinte Exclusiva? Com ou sem financiamento público para campanhas? Com ou sem voto distrital? Com ou sem fidelidade partidária? Com ou sem cláusula de barreira?
São muitas as reformas que precisam ser feitas e com relação a todos elas o que se vê é o silêncio e com certeza à espera do estouro do próximo escândalo e dos ecos da marquetagem para abafá-los.

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...