terça-feira, 26 de agosto de 2014

CIÊNCIA E INTELIGÊNCIA



Questões que a ciência não explicou

5 questões “simples” que a ciência ainda não explicou

Por Gabriel Tonobohn

Nós sabemos que a ciência ainda tem muito o que explicar sobre nosso mundo e o Universo. Como surgiu a vida na Terra? Como surgiu o Universo? Essas são questões complexas, que aceitamos que demoraremos muito para responder.

Mas há questões que parecem bastante simples, mas ainda permanecem um mistério para nós. Veja aqui algumas dessas questões que ainda não sabemos direito como explicar.

2. Como exatamente o magnetismo funciona?

O magnetismo é bastante conhecido por nós e você provavelmente já o estudou na escola, mas ele ainda é um mistério para a ciência de muitas maneiras. Não temos uma explicação razoável, por exemplo, sobre por que partículas carregadas com eletricidade criam um campo magnético forte o suficiente para afastar coisas fisicamente delas. Ou então, quando o fazem, porque exatamente elas se alinham em dois polos, norte e sul.

A questão é tão complicada que o MIT tem até mesmo um laboratório inteiro dedicado apenas à pesquisa relacionada ao magnetismo. Nós sabemos que o magnetismo existe e temos uma boa ideia do está acontecendo exatamente – o suficiente para usarmos isso em nosso benefício. Mas o fato é que o magnetismo ainda não é totalmente compreendido por nós.

2. Por que girafas tem um pescoço grande?

Você já deve ter ouvido falar que existiam girafas de pescoço curtos e girafas de pescoço longo, e a evolução fez com que apenas as girafas de pescoço longo sobrevivessem e se tornassem o animal mais alto do planeta.

Mas a verdade é que pescoços longos não oferecem quase nenhuma vantagem às girafas, porque elas se importam mais com o tipo de folha que comem do que com a altura que ela está. Por isso, não há muito bem um consenso sobre o que teria de fato influenciado para que esses animais evoluíssem com pescoços longos.

De fato, o pescoço longo é uma desvantagem em muitas situações. A girafa precisa afastar as pernas da frente e abaixar lentamente para conseguir beber água, por exemplo. Ela também costuma dormir de pé, já que demoraria muito para levantar com seu longo e grande corpo, caso um predador aparecesse.

Até hoje, não há uma explicação satisfatória para o longo pescoço das girafas.


3. Como pássaros migram?

Nós sabemos que os pássaros migram para botar seus ovos ou para escapar de climas desfavoráveis, procurando um ambiente seguro para a reprodução. Mas nós não sabemos exatamente como eles fazem isso.

Imagine só: um cuco viaja milhares de quilômetros para depositar seus ovos nos ninhos de outras aves (o cuco é uma espécia de “parasita social”) e depois voa de volta para sua terra natal. Quando seus filhotes crescem, voam de volta para a terra de sua mãe, sem ajuda de ninguém.

Incrível, não? Os cientistas acreditam que os pássaros possuem algum tipo de bússola interna baseado nas estrelas e no campo magnético da Terra. O problema é que uma bússola pode apenas guiá-lo para uma direção, mas não pode dizê-lo onde exatamente ir.

4. Como exatamente funciona a gravidade?

Newton estudou a gravidade há mais de 350 anos, mas até hoje ela ainda é um mistério em muitos sentidos para nós. Para se ter ideia, nós sabemos a partícula mediadora de 3 das 4 forças fundamentais do universo: eletromagnetismo, força nuclear fraca, força forte. Só não sabemos da gravidade.

Acredita-se que o graviton seja essa partícula, mas ainda estamos longe de encontrá-la de fato. Outro ponto interessante sobre a gravidade é que ela é, de longe, a mais fraca das quatro forças fundamentais. Pense que basta um pequeno pulo para que você consiga vencer, por um segundo, toda a força gravitacional que o planeta exerce sobre você.

Isso tudo torna a gravidade ainda mais interessante e difícil de ser estudada em um laboratório.

5. O que são os sonhos?

Todos nós sonhamos todas as noites (mesmo que você não se lembre disso), o que torna os sonhos algo bastante comum e presente em nossas vidas, mas ainda assim muito misteriosos.

Apesar de todos os esforços dos cientistas modernos, até hoje não sabemos exatamente porque nosso cérebro decide projetar imagens malucas durante a noite. Há quem diga que são apenas imagens aleatórias sem nenhum propósito, enquanto outros acreditam que os sonhos tenham um significado profundo. Mas são apenas chutes.

O que quase todos os cientistas concordam, no entanto, é que eles podem revelar muito sobre coisas que estão no fundo da nossa psique.


Inteligência Animal

1. Corvos: inteligentes como crianças

Os corvos continuam demonstrando que são aves muito inteligentes. Na verdade, sua inteligência pode ser comparada à de crianças de 7 anos, segundo um estudo recente publicado na revista PLoS ONE. Os corvos analisados concluíram uma tarefa com o “paradigma da fábula de Esopo”, em que deveriam atirar pedras em um tanque para aumentar o nível da água e ter acesso a uma recompensa.

"Compreender as relações de causa e efeito é uma característica fundamental da cognição humana”, destacou a equipe de pesquisadores da Universidade de Auckland, chefiada por Sarah Jelbert.

Segundo suas descobertas, os corvos possuem uma consciência sofisticada das possibilidades de causa e efeito, semelhante às capacidades humanas.

2. Abelhas provam que tamanho não é documento

As abelhas são capazes de contar, classificar objetos semelhantes, como rostos humanos ou de cães, entender os conceitos de “igual” e “diferente”, e distinguir as formas simétricas das assimétricas.

Elas são uma prova de que “animais com o cérebro grande não são necessariamente mais inteligentes”, afirma Lars Chittka, professor de ecologia sensorial e comportamental do Centro de Pesquisas Queen Mary.

3. Cães conhecem centenas de palavras

Os cães entendem aritmética, segundo Stanley Coren, do Departamento de Psicologia da Universidade da Colúmbia Britânica.

Estudos comprovam que os cachorros percebem erros em cálculos simples, como 1+1=3. Em média, um cachorro pode aprender 165 palavras, mas os chamados “supercães” (20% da população canina) podem aprender até 250 palavras e sinais.

A inteligência varia conforme a raça, e os border collies são os mais cães mais inteligentes.

4. Peixes sabem contar

Os peixes são capazes de diferenciar quantidades grandes e pequenas, e ainda sabem “contar” até três, segundo uma pesquisa sobre o peixe-anjo tropical. De acordo com os cientistas, é provável que os peixes possuam habilidades matemáticas avançadas, mas é preciso desenvolver novos métodos para estudar a fundo esses animais.

Angelo Bisazza, professor de Psicologia Comparativa do Grupo de Pesquisa da Universidade de Padova, declarou que pesquisas do tipo “revelam as habilidades cognitivas dos peixes, e no caso das habilidades numéricas, sugerem que suas habilidades não são muito diferentes das de outros animais usados tradicionalmente em estudos, como macacos, roedores e pombos”.

5. Cacatuas conseguem abrir fechaduras

As cacatuas ganharam o apelido de “ladras do mundo animal”, porque são capazes de abrir praticamente qualquer fechadura.

Em um estudo da Universidade de Viena, um macho adulto chamado Pipin conseguiu pegar uma noz depois de abrir uma fechadura seguindo vários passos: remover um pino, depois um parafuso, girar uma roda em 90 graus e, em seguida, abrir um trinco para o lado.

Sem ajuda, Pippin concluiu o desafio em menos de duas horas.

6. Um elefante que sabe falar coreano

Um elefante asiático chamado Koshik consegue imitar a fala humana e até profere algumas palavras em coreano, segundo um estudo publicado na revista Current Biology.

Atualmente, o vocabulário do elefante consiste em pelo menos cinco palavras: annyong (olá), anja (sente), aniya (não), nuo (deite) e choah (bom). Como os elefantes têm tromba em vez de lábios, é uma verdadeira proeza.

"Algumas palavras são comandos que Koshik aprendeu a executar, como “deite” e “sente”, ou palavras de incentivo, e tudo leva a crer que ele entende o significado dessas palavras”, afirma o co-autor do estudo, Tecumseh Fitch, professor de biologia cognitiva da Universidade de Viena.

7. Peixe dourado pode diferenciar Bach de Stravinsky

Os peixes dourados não só ouvem música como diferenciam um compositor do outro.

Segundo um estudo publicado na revista Behavioral Processes, peixes dourados que ouviram duas peças de música clássica, "Tocata e Fuga em Ré Menor", de Johann Sebastian Bach e "A Sagração da Primavera", de Igor Stravinsky, conseguiram distinguir os dois compositores sem dificuldade.

Embora os peixes e a maioria dos animais prefiram o silêncio à música, a pesquisa comprova que os peixinhos dourados conseguem detectar propriedades complexas dos sons, como tons e timbres.

8. Cobras matam metodicamente suas vítimas

As cobras não matam só por instinto: elas monitoram a condição das presas até sua morte, revela um estudo publicado na revista Biology Letters.

A tensão e a duração do aperto mortal das cobras constritoras (como a jibóia) são medidos com precisão, dependendo do batimentos cardíacos e do estado de fragilidade da presa. Segundo os cientistas, esse processo envolve a inteligência e as cobras podem ter outras habilidades que ainda não conhecemos.

9. Os cavalos nunca esquecem seus amigos humanos

Os amigos humanos vêm e vão, mas um cavalo pode ser um dos companheiros mais duradouros e fiéis se você tratá-lo bem.

“Os cavalos têm uma excelente memória”, explica Carol Sankey , da Universidade de Rennes, ao Discovery Notícias. “Eles são capazes de aprender e memorizar palavras humanas e ouvem a voz humana melhor do que os cães devido à amplitude de sua audição”.

10. Os golfinhos só perdem em inteligência para os seres humanos

Quando os padrões de mensuração da inteligência são aplicados a outras espécies, os golfinhos só perdem para o Homo sapiens, segundo Lori Marino, professora de neurociência e biologia comportamental da Universidade de Emory.

" Se usarmos o tamanho relativo do cérebro como medida de inteligência, concluímos que os golfinhos estão em segundo lugar em relação aos humanos modernos", diz Marino, que realizou vários exames de ressonância magnética em cérebros de golfinhos.

Portanto, não foi uma surpresa quando um golfinho recentemente assobiou a palavra "sargaço” para se referir a um tipo de alga comum no ambiente marinho.

No futuro, dispositivos de alta tecnologia talvez permitam que pessoas e golfinhos conversem entre si. Mas do jeito que a humanidade tem causado danos ao meio ambiente e a outras espécies, vamos acabar ouvindo é uma bronca!

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