DE ONDE VEM TANTO DINHEIRO PARA AS CAMPANHAS?
Segundo
informações dos meios de comunicação, o custo de campanha que os 11 candidatos à
Presidência da República declararam à Justiça Eleitoral, para o pleito desse
ano, somam estimativas de custo de quase 1 (um) bilhão de reais. O valor real dos
gastos de campanha deve ser bem maior após a inclusão do caixa 2.
Em Minas
Gerais, os dois líderes Fernando Pimentel e Pimenta da Veiga (é muita pimenta),
preveem gastos de mais de 100 milhões ao término da campanha.
Comparando
com as eleições dos Estados Unidos da América (USA), Barack Obama e Mitt Romney
gastaram cerca de US$ 900 milhões nas
eleições de 2012 incluindo gastos de propaganda em televisão e rádio e aqui não
se paga, é de graça.
Em outros
tempos mais antigos, o candidato tinha que gastar do seu próprio bolso para
fazer santinhos, brindes, camisetas e claro, gastar para fazer botinas e
dentaduras para os seus fiéis eleitores que necessitassem desses favores.
Hoje, as
campanhas estão mais sofisticadas que antes, cada candidato tem à sua
disposição, na prática, uma agência de publicidade, uma produtora de TV, um
instituto de pesquisas, uma empresa de assessoria de imprensa, uma empresa de
produtos digitais e uma outra de serviços, cada uma delas recheada de
profissionais de alto nível (mais gastos) remunerados em tabela bem superior ao
do mercado.
Nos
cruzamentos das ruas, uma bandeira balançada pelos “colaboradores”, custa
dinheiro, os quais são bem remunerados
pelo candidato e ainda o candidato gasta com a gasolina para carreatas e outras
manifestações.
A coisa está
ficando tão pesada que já há contratos exclusivos para os últimos 45 dias de
campanha ou com valores diferenciados por período – menores quando a coisa está
morna, até 15 de agosto, e mais vantajosos na reta final.
A maior parte
dos gastos está direcionada para os programas e inserções comerciais na
televisão, onde o candidato deve aparecer bonito e lustroso, com discurso
afiado, para conquistar os votos necessários para concretizar sua ambição.
O mais
impressionante disso tudo com todo esse arsenal de informação e comunicação, os
políticos estejam distanciando tanto de seu público.
O cientista
político Fernando Azevedo, da Universidade de São Carlos, estima que há 60 mil
pessoas trabalhando em comitês de campanha, apenas na área digital. Esse número
é uma estimativa da dimensão da expansão de custos de uma campanha política no
Brasil.
DE ONDE VEM TANTO DINHEIRO PARA
ALIMENTAR TODO ESSE GASTO?
FONTE: Carlos Moreira
(Jornal Hoje em Dia do dia 11/082014)