segunda-feira, 4 de agosto de 2014

AONDE CHEGAMOS



AONDE CHEGAMOS

O mal feito não pode ficar escondido e felizmente alguém denuncia para o bem da nação e o povo esclarecido pode fazer o expurgo, através das urnas,  desses malfeitores que querem perpetuar no poder às custas de trapaças e mentiras. 

Chefe jurídico participou da reunião para fraudar CPI da Petrobras

O chefe do departamento jurídico do escritório da Petrobras em Brasília, Leonan Calderaro Filho, participou da reunião gravada em vídeo, divulgado na edição deste fim de semana da revista Veja, na qual foi discutida a "cola" das perguntas e respostas que seriam feitas pelos senadores na CPI da Petrobras aos investigados da petroleira.
Calderaro é o homem de cabelos brancos que aparece no vídeo gravado no dia 21 de maio ao lado do chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, e do advogado da empresa Bruno Ferreira. Calderaro não foi identificado pela revista. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apurou que ele e Bruno foram designados pela direção da Petrobras para acompanhar a CPI.
É Calderado quem questiona o chefe de gabinete da Petrobras no vídeo sobre a forma mais segura de encaminhar para a sede da petroleira no Rio de Janeiro o gabarito de perguntas e respostas que seriam feitas pelos senadores aos executivos investigados da empresa. "O que é melhor, fax? O que é mais seguro?", indagou, na gravação, referindo-se ao envio dos gabaritos à atual presidente da companhia, Graça Foster, que chegou a prestar esclarecimentos à CPI, mas não na condição de investigada. Ele também comenta sobre o depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, que ocorreu um dia depois da gravação.
Cerveró foi acusado pela presidente Dilma Rousseff, em nota enviada como resposta a questionamentos do jornal, de ter elaborado "resumo técnico e falho" que pautou sua decisão favorável à compra de Pasadena, um negócio que gerou prejuízo de US$ 792 milhões ao País. "A gente vai aguardar a demanda dele (Cerveró). A gente não vai tomar nenhuma iniciativa? (...) Eu recebi um input (sinal) de falar com ele e recomendar que ele não faça apresentação, afirma no vídeo. E complementa: "Será que o Delcídio [Amaral, senador pelo PT]."
Procurado pelo jornal, Calderado não ligou de volta. A Petrobras não se manifestou até esta segunda-feira a respeito da participação de Calderado. A divulgação do vídeo provocou uma crise no Congresso. A oposição vai pedir o cancelamento dos depoimentos da CPI que teriam sido combinados. Os envolvidos nas denúncias negam.

Vídeo revela fraude na CPI da Petrobras, diz revista VEJA

Governo decidiu não correr riscos e montou uma fraude que consistia em passar antes aos investigados as perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores

São Paulo - Um vídeo a que a Revista Veja teve acesso revela que houve uma farsa na CPI da Petrobras. Segundo a denúncia exclusiva, a CPI foi criada com o objetivo de não pegar os corruptos.
Ainda assim, o governo e a liderança do PT decidiram não correr riscos e montaram uma fraude que consistia em passar antes aos investigados as perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores.
Com vinte minutos de duração, segundo a revista, o vídeo mostra uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.
A decupagem do vídeo, segundo a publicação, mostra que o encontro foi registrado por alguém que participava da reunião ou estava na sala enquanto ela ocorria.
Veja descobriu que a gravação foi feita com uma caneta dotada de uma microcâmera. De acordo com a publicação, quem assiste ao vídeo do começo ao fim percebe claramente o que está sendo tramado naquela sala. Segundo a revista, a fraude consistia em obter dos parlamentares da CPI da Petrobras as perguntas que eles fariam aos investigados e, de posse delas, treiná-los para responder a elas.
O momento mais cínico da farsa, segundo a Veja, descobre-se agora e se deu no depoimento de Nestor Cerveró. Depois que o ex-presidente Lula mandou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli parar de confrontar a presidente Dilma Rousseff, Cerveró se tornou o principal motivo de apreensão do governo porque ameaçara desmentir a presidente diante dos parlamentares.
Essa ameaça jamais se consumou. No vídeo, uma das falas de Barrocas desfaz o mistério: ele insista em saber se estava tudo certo para que chegassem às mãos de Cerveró as perguntas que lhe seriam feitas na CPI.
Outros personagens citados como peças-chave da transação são Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; Marco Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; e Carlos Hetzel, assessor da liderança do PT.
De acordo com a denúncia, a eles coube fazer muitas das perguntas que alimentariam a cadeia de ilegalidades entre investigados e investigadores. Barrocas conta também que o senador Delcídio Amaral era peça-chave da operação para manter Cerveró sob o cabresto governista, porque o senador foi padrinho político do ex-diretor da Petrobras.

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