AONDE CHEGAMOS
O mal feito não pode ficar escondido
e felizmente alguém denuncia para o bem da nação e o povo esclarecido pode
fazer o expurgo, através das urnas, desses
malfeitores que querem perpetuar no poder às custas de trapaças e mentiras.
Chefe jurídico participou da
reunião para fraudar CPI da Petrobras
O chefe
do departamento jurídico do escritório da Petrobras em Brasília, Leonan
Calderaro Filho, participou da reunião gravada em vídeo, divulgado na edição
deste fim de semana da revista Veja, na qual foi discutida a "cola"
das perguntas e respostas que seriam feitas pelos senadores na CPI da Petrobras
aos investigados da petroleira.
Calderaro
é o homem de cabelos brancos que aparece no vídeo gravado no dia 21 de maio ao
lado do chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral
Barrocas, e do advogado da empresa Bruno Ferreira. Calderaro não foi
identificado pela revista. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apurou que
ele e Bruno foram designados pela direção da Petrobras para acompanhar a CPI.
É
Calderado quem questiona o chefe de gabinete da Petrobras no vídeo sobre a
forma mais segura de encaminhar para a sede da petroleira no Rio de Janeiro o
gabarito de perguntas e respostas que seriam feitas pelos senadores aos
executivos investigados da empresa. "O que é melhor, fax? O que é mais
seguro?", indagou, na gravação, referindo-se ao envio dos gabaritos à
atual presidente da companhia, Graça Foster, que chegou a prestar
esclarecimentos à CPI, mas não na condição de investigada. Ele também comenta
sobre o depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da
Petrobras, que ocorreu um dia depois da gravação.
Cerveró
foi acusado pela presidente Dilma Rousseff, em nota enviada como resposta a
questionamentos do jornal, de ter elaborado "resumo técnico e falho"
que pautou sua decisão favorável à compra de Pasadena, um negócio que gerou
prejuízo de US$ 792 milhões ao País. "A gente vai aguardar a demanda dele
(Cerveró). A gente não vai tomar nenhuma iniciativa? (...) Eu recebi um input
(sinal) de falar com ele e recomendar que ele não faça apresentação, afirma no
vídeo. E complementa: "Será que o Delcídio [Amaral, senador pelo
PT]."
Procurado
pelo jornal, Calderado não ligou de volta. A Petrobras não se manifestou até
esta segunda-feira a respeito da participação de Calderado. A divulgação do
vídeo provocou uma crise no Congresso. A oposição vai pedir o cancelamento dos
depoimentos da CPI que teriam sido combinados. Os envolvidos nas denúncias
negam.
Vídeo revela fraude na CPI da Petrobras, diz revista VEJA
Governo decidiu não correr riscos e montou uma fraude que consistia em passar antes aos investigados as perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores
São Paulo - Um vídeo
a que a Revista Veja teve
acesso revela que houve uma farsa na CPI da Petrobras.
Segundo a denúncia exclusiva, a CPI foi criada com o objetivo de não pegar os
corruptos.
Ainda assim, o
governo e a liderança do PT decidiram não correr riscos e montaram uma fraude
que consistia em passar antes aos investigados as perguntas que lhes seriam
feitas pelos senadores.
Com vinte minutos de
duração, segundo a revista, o vídeo mostra uma reunião entre o chefe do
escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado
da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.
A decupagem do vídeo,
segundo a publicação, mostra que o encontro foi registrado por alguém que
participava da reunião ou estava na sala enquanto ela ocorria.
Veja descobriu que a
gravação foi feita com uma caneta dotada de uma microcâmera. De acordo com a
publicação, quem assiste ao vídeo do começo ao fim percebe claramente o que
está sendo tramado naquela sala. Segundo a revista, a fraude consistia em obter
dos parlamentares da CPI da Petrobras as perguntas que eles fariam aos investigados
e, de posse delas, treiná-los para responder a elas.
O momento mais cínico
da farsa, segundo a Veja, descobre-se agora e se deu no depoimento de Nestor
Cerveró. Depois que o ex-presidente Lula mandou o ex-presidente da Petrobras
José Sérgio Gabrielli parar de confrontar a presidente Dilma Rousseff, Cerveró
se tornou o principal motivo de apreensão do governo porque ameaçara desmentir
a presidente diante dos parlamentares.
Essa ameaça jamais se
consumou. No vídeo, uma das falas de Barrocas desfaz o mistério: ele insista em
saber se estava tudo certo para que chegassem às mãos de Cerveró as perguntas
que lhe seriam feitas na CPI.
Outros personagens
citados como peças-chave da transação são Paulo Argenta, assessor especial da
Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; Marco
Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; e Carlos Hetzel,
assessor da liderança do PT.
De acordo com a
denúncia, a eles coube fazer muitas das perguntas que alimentariam a cadeia de
ilegalidades entre investigados e investigadores. Barrocas conta também que o
senador Delcídio Amaral era peça-chave da operação para manter Cerveró sob o
cabresto governista, porque o senador foi padrinho político do ex-diretor da
Petrobras.
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