segunda-feira, 11 de agosto de 2014

GASTOS COM AS ELEIÇÕES



DE ONDE VEM TANTO DINHEIRO PARA AS CAMPANHAS?

Segundo informações dos meios de comunicação, o custo de campanha que os 11 candidatos à Presidência da República declararam à Justiça Eleitoral, para o pleito desse ano, somam estimativas de custo de quase 1 (um) bilhão de reais. O valor real dos gastos de campanha deve ser bem maior após a inclusão do caixa 2.
Em Minas Gerais, os dois líderes Fernando Pimentel e Pimenta da Veiga (é muita pimenta), preveem gastos de mais de 100 milhões ao término da campanha.
Comparando com as eleições dos Estados Unidos da América (USA), Barack Obama e Mitt Romney  gastaram cerca de US$ 900 milhões nas eleições de 2012 incluindo gastos de propaganda em televisão e rádio e aqui não se paga, é de graça.
Em outros tempos mais antigos, o candidato tinha que gastar do seu próprio bolso para fazer santinhos, brindes, camisetas e claro, gastar para fazer botinas e dentaduras para os seus fiéis eleitores que necessitassem desses favores.
Hoje, as campanhas estão mais sofisticadas que antes, cada candidato tem à sua disposição, na prática, uma agência de publicidade, uma produtora de TV, um instituto de pesquisas, uma empresa de assessoria de imprensa, uma empresa de produtos digitais e uma outra de serviços, cada uma delas recheada de profissionais de alto nível (mais gastos) remunerados em tabela bem superior ao do mercado.
Nos cruzamentos das ruas, uma bandeira balançada pelos “colaboradores”, custa dinheiro,  os quais são bem remunerados pelo candidato e ainda o candidato gasta com a gasolina para carreatas e outras manifestações.
A coisa está ficando tão pesada que já há contratos exclusivos para os últimos 45 dias de campanha ou com valores diferenciados por período – menores quando a coisa está morna, até 15 de agosto, e mais vantajosos na reta final.
A maior parte dos gastos está direcionada para os programas e inserções comerciais na televisão, onde o candidato deve aparecer bonito e lustroso, com discurso afiado, para conquistar os votos necessários para concretizar sua ambição.
O mais impressionante disso tudo com todo esse arsenal de informação e comunicação, os políticos estejam distanciando tanto de seu público.
O cientista político Fernando Azevedo, da Universidade de São Carlos, estima que há 60 mil pessoas trabalhando em comitês de campanha, apenas na área digital. Esse número é uma estimativa da dimensão da expansão de custos de uma campanha política no Brasil. 

DE ONDE VEM TANTO DINHEIRO PARA ALIMENTAR TODO ESSE  GASTO? 

FONTE: Carlos Moreira (Jornal Hoje em Dia do dia 11/082014)

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