As últimas notícias sobre a pandemia de coronavírus
Número de mortos no mundo passa de 165 mil.
Datafolha aponta que maioria dos brasileiros prefere que médicos decidam sobre
uso da cloroquina. Alemanha começa a reabrir comércio, e Merkel alerta para
risco de recaída.
©
Getty Images/AFP/S. Avila Médicos com equipamento de proteção no Hospital de
Clínicas de Porto Alegre
Resumo desta
segunda-feira (20/04):
Mundo tem mais de 2,4 milhões de casos
confirmados, mais de 165 mil mortes e 628 mil pacientes recuperados, segundo
levantamento da Universidade Johns Hopkins Brasil registra 38.654 casos e 2.462
óbitos, segundo Ministério da Saúde Maioria dos brasileiros acredita que
médicos, e não políticos devem decidir sobre o uso da cloroquina contra
covid-19 Alemanha começa a reabrir comércio e escolas Merkel alerta para risco
de recaída
06:50 – Merkel alerta para risco de recaída
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, criticou
discussões sobre amplos afrouxamentos das restrições impostas para combater a
pandemia de covid-19, segundo informações da agência de notícias alemã dpa e da
revista Der Spiegel.
Numa teleconferência com a presidência de seu
partido, a União Democrata Cristã (CDU), Merkel teria deixado claro como está
insatisfeita com o fato de em alguns estados do país a mensagem sobre um
afrouxamento cauteloso ter desencadeado "orgias de discussões sobre
abertura", o que aumentaria o risco de uma recaída.
Segundo a dpa, a chanceler federal tem grandes
preocupações de que as infecções pelo novo coronavírus voltem a aumentar no
país pelo fato de poucas pessoas adotarem restrições de contato. A discussão
sobre afrouxamentos não é útil, teria dito.
Na semana passada, o governo federal e os estados
chegaram a um acordo sobre um prolongamento do distanciamento social até ao
menos 3 de maio e uma reabertura gradual da
economia, a partir desta segunda.
Segundo o Instituto Robert Koch, responsável pela
prevenção e controle de doenças na Alemanha, o país tem mais de 141 mil casos
de covid-19 confirmados, 4.404 mortes e mais de 91 mil recuperados da doença.
06:10 – Baviera impõe uso de máscaras no
comércio e no transporte público
Após a Saxônia e Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental,
a Baviera é o terceiro estado alemão a anunciar o uso obrigatório de máscaras
de proteção em todos os estabelecimentos comerciais e no transporte público. A
partir da próxima semana, deverão ser usadas máscaras ou lenços que cubram o
nariz e a boca. Além dos três estados, algumas cidades alemãs também adotaram a
regra.
05:30 – Alemanha começa a reabrir comércio e
escolas
A partir desta segunda-feira, lojas com até 800
metros quadrados podem reabrir suas portas na Alemanha, segundo decisão do
governo federal em conjunto com os governos estaduais. Lojas de carros,
bicicletas e livrarias também têm permissão para voltar a funcionar,
independentemente de seu tamanho. E em algumas regiões da Alemanha, zoológicos
voltarão a receber público. Regras de distanciamento social deverão ser
aplicadas nos estabelecimentos.
Em alguns estados do país, as regras entrarão em
vigor em outras datas: em Berlim e Brandemburgo, o comércio poderá reabrir
somente na quarta-feira, e na Turíngia, na sexta-feira. Há ainda outras
diferenças entre os estados. Na Baviera, por exemplo, lojas de jardinagem e
construção podem voltar a funcionar nesta segunda, enquanto lojas pequenas, de
carros, de bicicletas e livrarias só poderão reabrir as portas daqui uma
semana. Críticos falam numa colcha de retalhos quanto às regras nos 16 estados
alemães, e a Federação do Comércio Alemã alerta para distorções da
concorrência.
A maioria das escolas do país permanece fechada,
mas nos estados da Saxônia, de Berlim e Brandemburgo, alunos do último ano
retornam às aulas nesta segunda-feira para provas e para se preparar para os
exames finais. Nos outros estados, isso ocorrerá daqui alguns dias ou em maio.
Universidades poderão voltar a realizar provas, e laboratórios, bibliotecas e
arquivos terão permissão para reabrir sob regras rígidas.
© Getty Images/AFP/T. Kienzle Lojas com até 800 m²
podem reabrir na Alemanha
04:50 – Datafolha: para 89% dos brasileiros,
médicos devem decidir sobre cloroquina
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha apontou que a
grande maioria da população brasileira considera que a decisão sobre o uso da cloroquina no tratamento
contra a covid-19 deve ser tomada por especialistas da área médica, e não por
políticos.
O resultado da pesquisa foi publicado no jornal Folha
de S. Paulo neste domingo (19/04). Entre os entrevistados, 89% avaliam que
os políticos devem deixar que médicos e especialistas na área decidam sobre o
uso da cloroquina, enquanto 7% afirmaram achar melhor os políticos incentivarem
o uso do controverso medicamento, e 4% não opinaram.
A cloroquina e a hidroxicloroquina têm sido
testadas e usadas em pacientes infectados pelo novo coronavírus. No entanto, as
pesquisas sobre a eficácia de ambos os medicamentos contra a covid-19, a doença
respiratória causada pelo novo coronavírus, ainda são inconclusivas. Cloroquina
e hidroxicloroquina são usadas para tratar lúpus, malária, artrite reumatoide e
doenças inflamatórias.
Seguindo o discurso do presidente americano, Donald
Trump, o presidente Jair Bolsonaro vem defendendo o uso de ambos os
medicamentos no tratamento da covid-19, inclusive em estágios iniciais da
doença.
Atualmente, o Ministério da Saúde indica que
somente pacientes em estado grave e crítico de covid-19 sejam tratados com
cloroquina ou hidroxicloroquina.
A pesquisa do Datafolha foi realizada por telefone
na última sexta-feira (17/04) e ouviu 1.606 pessoas em todas as regiões do
Brasil. A margem de erro é de três pontos percentuais. O resultado apontou muito
pouca variação entre os estratos do levantamento, como os de gênero, renda,
idade, ocupação, escolaridade e localização do município.
Resumo dos principais acontecimentos de domingo (19/04):
China registra novos casos de contágio
local Maduro diz que covid-19 pode adiar eleições legislativas na Venezuela
Aumento no número de casos bate recorde na Rússia Número de mortos na Europa passa
dos 100 mil Na Itália, números da doença mantêm tendência de queda Bolsonaro reaparece em público e
discursa em ato pró-intervenção militar
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