Petrobras tem
recorde na produção de petróleo e gás
Agência Brasil
A Petrobras
registrou em 2019 uma média diária recorde de produção de petróleo e gás. Foram
produzidos, em média, 2,77 milhões de barris de óleo equivalente (boe, medida
que une barris de petróleo e metros cúbicos de gás).
O volume ficou acima
da meta de 2,7 milhões de boe diários e foi 5,4% superior ao registrado na
média de 2018. Os números incluem a produção no Brasil (2,688 milhões
de boe por dia) e no exterior (82 mil boe por dia). A
produção de petróleo em 2019 ficou em 2,172 milhões de barris, dos quais 1,277
milhão de barris foram no pré-sal.
No último trimestre
do ano, a produção média diária atingiu 3,025 milhões de boe. Foi a
primeira vez que a empresa rompeu a barreira de 3 milhões de boe por
dia, em uma média trimestral.
De acordo com a
Petrobras, as reservas da empresa mantiveram-se em 9,59 bilhões de boe. A
relação entre reservas provadas e produção é de 10,5 anos. O número não inclui
ainda os ativos de Itapu e Búzios, adquiridos no leilão da Excedente da Cessão
Onerosa. As informações foram divulgadas na noite de ontem (10), no Rio de
Janeiro.
Petroleiros em greve
distribuíram gás de cozinha por R$40 na manhã deste sábado (8), em um posto
montado no bairro Santo André, região Noroeste da capital. Em pouco mais de uma
hora, os consumidores compraram o estoque de 200 botijões de 13 kg com 50% de
desconto.
O Sindicato dos
Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG) quis mostrar que é
possível vender o gás de cozinha a custo de produção nacional, mantendo o lucro
das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos
estados e municípios.
Além de Belo
Horizonte, o protesto que vende o botijão de gás de cozinha de 13 kg já
aconteceu no Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. "O
consumidor é punido por uma política de reajuste de derivados que obriga a
Petrobras a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação
do dólar. Os petroleiros lutam para alterar essa forma de reajuste dos
combustíveis", afirmou o diretor do Sindipetro/MG, Alexandre
Finamori.
O sindicalista disse
ainda que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mais de 18% da população não tem acesso ao gás por causa do
preço. "Um a cada cinco brasileiros usa lenha ou outra forma
não convencial para preparar o alimento", afirma.
Reivindicações da
categoria
O movimento grevista
dos petroleiros já atinge, de acordo com o Sindipetro/MG, 30 bases operacionais
em 12 estados. Em Minas, o movimento tem 90% de adesão dos setores operacionais
da Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) e da Refinaria Gabriel Passos (Regap).
Entre outros pontos,
os petroleiros defendem a intervenção do governo federal para barrar os
aumentos sucessivos dos derivados de petróleo.
Conforme nota
divulgada pelos sindicalistas, a categoria também usa o movimento para
protestar "contra a demissão em massa e sem negociação de mil
trabalhadores, efetivos e terceirizados, da Araucária Nitrogenados/
Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Ansa/Fafen-PR), e os prejuízos causados
pela privatização do Sistema Petrobras".
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