EUA vão aumentar deportações rápidas com nova regra
Por Tom Hals
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Reuters/KEVIN LAMARQUE .
(Reuters) - O governo Trump disse nesta
segunda-feira que irá expandir e acelerar as deportações de imigrantes que
entrarem nos Estados Unidos ilegalmente ao retirar a necessidade de supervisão
judicial, permitindo que as autoridades removam as pessoas em questão de dias,
ao invés de meses ou anos.
A medida, que deverá ser publicada no Registro
Federal na terça-feira, irá aplicar "remoção acelerada" para a
maioria dos que adentram os Estados Unidos ilegalmente, a não ser que eles
consigam provar que estão morando no país há pelo menos dois anos.
Especialistas dizem que o ato é uma expansão
dramática de um programa já utilizado ao longo da fronteira entre Estados
Unidos e México e que elimina a necessidade de uma revisão dos casos por um
juiz de imigração, normalmente sem acesso a um advogado. Ambos estão
disponíveis em procedimentos regulares.
"O governo Trump está avançando na
transformação do ICE (Autoridade de Alfândega e Imigração, na sigla em inglês)
em um exército do 'mostre-me seus documentos'", disse Vanita Gupta,
presidente da Conferência de Liderança em Direitos Humanos e Civis, em uma
teleconferência com jornalistas.
É provável que a medida seja bloqueada rapidamente
pela Justiça, disseram especialistas. A União Americana de Liberdades Civis,
que entrou com inúmeras ações para combater a política de imigração de Trump
nos tribunais, já prometeu tomar medidas legais.
O presidente Donald Trump tem tido dificuldades
para combater o aumento da chegada de famílias, a maioria delas vindas da
América Central, na fronteira dos Estados Unidos com o México, o que tem levado
a superlotações nas instalações de detenção de imigrantes, e a uma batalha
política diante de uma crescente crise humanitária.
O governo disse que o aumento das deportações
rápidas liberaria espaços nos centros de detenção e aliviaria as tensões nos
tribunais de imigração, que atualmente lidam com um acúmulo de mais de 900 mil
casos.
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