Relatório pode sair no fim da semana que vem ou
começo da outra, diz Moreira
Estadão Conteúdo
O relator da
proposta de reforma da Previdência na Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), disse
que poderá apresentar seu relatório antes do dia 15 de junho, prazo final
fixado inicialmente. "Quem sabe no fim da semana que vem ou no começo da
outra. Nós estamos nos preparando para isso", comentou o deputado, ao
chegar para a convenção do partido na manhã desta sexta-feira, (31), em
Brasília.
Moreira afirmou que
vai analisar a emenda do PL (ex-PR) com uma proposta alternativa para a
Previdência. Segundo ele, "se possível, vai acolher parte, tudo ou
nada". "Ainda não calculamos a economia com a emenda do PL, soube que
é de R$ 600 bilhões", comentou. Mas acrescentou que vai perseguir a meta
de economia de R$ 1 trilhão na reforma.
Sobre os prazos de
tramitação da reforma, governistas e o próprio presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), vêm falando em antecipar a data de apresentação do relatório de
Moreira para que a Casa consiga concluir a votação da proposta ainda no primeiro
semestre.
O presidente da
comissão especial da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a votação da
reforma na comissão pode ocorrer antes de meados de junho, se o relatório vier
na semana que vem.
Ele explicou que,
apresentado o relatório, o documento é lido no mesmo dia, e aí contam duas
sessões para pedido de vista e na sessão seguinte começa a votação. "Se
partidos de centro e governo estiverem unificados, obstrução não impede
votação", comentou Ramos, que visita a convenção dos tucanos.
Ramos se disse
surpreso com o número de emendas à reforma. Na quinta, foi o último dia para a
apresentação de sugestões de mudança no texto da proposta. Foram feitas mais de
270 emendas, segundo dados do sistema da Câmara de quinta à noite.
"Me surpreendeu
o número de emendas para reforma da Previdência, não podemos ceder a todas as
corporações sob risco de desfigurar a reforma", afirmou Ramos.
Ele ainda destacou
que "não adianta relatório ideal que não tenha apoio de líderes
partidários". "Relator vai construir texto que tenha maioria no
plenário", pontuou.
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