Bolsonaro e
Trump se reúnem nesta terça na Casa Branca
Agência Brasil
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Bolsonaro e sua comitiva estão hospedados na Blair House, palácio que
faz parte do complexo da Casa Branca
O presidente Jair
Bolsonaro vai se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
na tarde desta terça (19), na Casa Branca. Eles se reúnem sozinhos,
inicialmente, no Salão Oval e, em seguida, haverá uma conversa ampliada,
incluindo as equipes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos (EUA).
“A expectativa [para
o encontro] é ótima. O presidente Trump já demonstrou, por meio da sua fidalguia
na recepção ao nosso presidente, nos colocando na Blair House, que esse
encontro será histórico para ambos os países”, disse ontem (18) o porta-voz da
Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.
Bolsonaro e sua
comitiva estão hospedados na Blair House, palácio que faz parte do complexo da
Casa Branca. No local já se hospedaram os presidentes Dilma Rousseff, Luiz
Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.
Bolsonaro viaja
acompanhado por seis ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo
Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno
(Gabinete de Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura), Marcos
Pontes (Ciência e Tecnologia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
Parcerias
Nessa segunda (18),
na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, Bolsonaro e Guedes defenderam maior
aproximação comercial com os Estados Unidos (EUA) e convidaram os empresários
daquele país a investir no Brasil.
Após a reunião
bilateral, o presidente brasileiro seguirá para o Cemitério Nacional de
Arlington, onde estão enterrados mais de 400 mil militares que participaram das
guerras pelos EUA. No local, o presidente participará de uma cerimônia e
depositará flores no túmulo do solado desconhecido.
Agenda
A agenda de
Bolsonaro prossegue com um encontro com líderes religiosos, na Blair House. De
manhã, haverá encontro com o secretário-geral da Organização dos Estados
Americanos, Luis Almagro.
O presidente terá
ainda um jantar de trabalho. Às 21h45 (horário de Washington) ele e a comitiva
retornarão ao Brasil. A chegada a Brasília está prevista para quarta (20) de
manhã.
Na quinta-feira (21)
Bolsonaro irá para o Chile, onde participa da Cúpula do Prosur, grupo que se destina
a implementar medidas de interesse comum dos países da América do Sul.
Os governos do
Brasil e dos Estados Unidos firmaram nersta segunda-feira (18), em Washington,
nos Estados Unidos, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) para uso
comercial da base de lançamentos aeroespaciais de Alcântara. O acordo foi
assinado pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Marcos Pontes
(Ciência, Tecnologia, Informação e Comunicações), e pelo Secretário Assistente
do Escritório de Segurança Internacional e Não-proliferação do Departamento de
Estado dos Estados Unidos, Christopher Ford, durante o evento "Brazil
Day", organizado por empresários na Câmara de Comércio dos EUA. O
presidente Jair Bolsonaro, que está em visita oficial àquele país, participou
da solenidade e assinou o documento.
Para entrar em
vigor, o acordo precisará ser ratificado pelo Congresso Nacional. Caso seja
aprovada, a medida permitirá que o Brasil ingresse em um marcado bilionário.
Apenas em 2017, o setor movimentou cerca de US$ 3 bilhões em todo o mundo,
segundo dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos. Estima-se
que, em todo o mundo, exista uma média de 42 lançamentos comerciais de
satélites por ano.
Entenda
O Acordo de
Salvaguardas Tecnológicas (AST) trata de proteger a tecnologia desenvolvida
pelos países contra o uso ou cópia não autorizados. Segundo a Agência Espacial
Brasileira (AEB), sem a assinatura do acordo com os Estados Unidos, nenhum
satélite com tecnologia norte-americana embargada poderia ser lançado da base
de Alcântara, pois não haveria a garantia da proteção da tecnologia patenteada
por aquele país. “Sem o AST, […] o Brasil ficará de fora do mercado de
lançamentos espaciais”, explicou a agência.
Esse tipo de acordo,
segundo a AEB, é praxe no setor espacial. Acordos semelhantes foram firmados
com Rússia e Ucrânia, sem ameaça à soberania nacional. O Centro Espacial de
Alcântara continuará, explicou a AEB, sob controle do governo brasileiro, assim
como o Brasil manterá a supervisão das suas atividades.
À imprensa, logo
após a assinatura do acordo, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do
Rêgo Barros, comparou o acordo envolvendo o Centro de Alcântara a um aluguel.
“A questão da soberania é perene para o nosso país. [Uma metáfora é] a questão
do aluguel. Você tem um apartamento e aluga, a pessoa que aluga tem direito ao
apartamento, não obstante você, obrigatoriamente, por meio de contrato, pode
ter acesso ao apartamento para verificar as questões de estrutura. Acho que é
uma metáfora interessante que pode proporcionar à sociedade o entendimento do
que vem a ser esse acordo”, afirmou.

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